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Retalhos em Cirurgia Plástica


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MARIANA MARQUES – T29 
CIRURGIA PLÁSTICA 
Retalhos 
 
 INTRODUÇÃO 
• Consiste no segmento de pele e tecido subcutâneo 
que é perfundido com sua própria vascularização. 
• Os retalhos são removidos de uma área doadora 
para uma área receptora sem que ocorra a perda 
da comunicação (através de um pedículo) entre as 
duas áreas. 
Observação: retalho microcirúrgico é feito a distância, 
no qual, tem-se a transferência do pedículo vascular e 
anastomose dos vasos da área doadora com a área 
receptora, não mantendo um contato direto entre as 
áreas. 
 
VASCULARIZAÇÃO DA PELE 
 
• O suprimento vascular da pele é limitado à derme 
e constitui-se de um plexo profundo em conexão 
com um plexo superficial. 
• Estes plexos correm paralelos à superfície cutânea 
e estão ligados por vasos comunicantes dispostos 
perpendicularmente. 
 
INDICAÇÕES 
• Podem ser utilizados para cobrir grandes defeitos, 
recriar estruturas ou fornecer uma melhor 
cobertura sobre as articulações, impedindo assim 
as contraturas como ocorre nos enxertos. 
• São indicados para reconstrução de estruturas 
vitais e/ou anatômicas, para tecidos com 
vascularização ruim e implantes. 
CLASSIFICAÇÃO 
• Podem ser simples, quando são apenas cutâneos ou 
compostos, quando os retalhos são fasciocutâneo, 
musculocutâneo ou osteocutâneo. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SUPRIMENTO SANGUÍNEO: 
➔ Retalhos randômicos ou ao acaso: quando não 
existe um pedículo principal, ou seja, são 
retalhos cuja irrigação vem de artérias 
perfurantes musculocutâneas. 
➔ É mais comum em retalhos pequenos, utilizados 
nas proximidades da lesão primária que são 
compostos apenas por pele ou por pele e 
subcutâneo. 
• Retalhos axiais ou arteriais: possuem sua nutrição 
baseada em um pedículo principal. 
➔ Comportam maior quantidade de tecido em 
sua estrutura, como músculo ou osso. 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MÉTODO DE MOVIMENTO: 
RETALHOS À DISTÂNCIA: retalhos cuja irrigação vem de 
artérias perfurantes musculocutâneas; 
A. Distância direto: são realizados em duas etapas 
cirúrgicas, sendo a primeira para a confecção do 
retalho e outra para a liberação do pedículo, 
cerca de 21 dias após a realização do retalho. 
B. Distância indireto: nesse caso, transferem-se 
tecidos através e migrações por tubos pediculados 
(pouco utilizados). 
 
C. Distância - Microcirurgia: tem-se a transferência 
do pedículo vascular e anastomose dos vasos da 
área doadora com a área receptora, não 
mantendo um contato direto entre as áreas. 
MARIANA MARQUES – T29 
CIRURGIA PLÁSTICA 
RETALHOS DE VIZINHANÇA: 
A. Avanço: consiste no retalho que se move em 
direção ao defeito sem rotação ou lateralização, 
ou seja, estica a pele e cobre a lesão. 
 
Observação: triângulo de Burow – realizado quando há 
a formação de uma redundância de pele na base. 
B. Avanço em VY: retalho se move em direção ao 
defeito sem rotação ou lateralização e ao se 
encontrarem, são suturados em forma de Y. 
 
C. Rotação: consiste no retalho semicircular que é 
direcionado para o ponto do defeito a ser 
corrigido. 
 
D. Transposição: retalhos de forma variável que, para 
alcançar a área receptora, realizam um movimento 
giratório, transpondo a área de pele normal. 
 
E. Interpolação: são retalhos de forma variável que, 
para alcançar a área receptora, realizam um 
movimento giratório, passando em ponte sobre a 
área de pele normal. 
 
➔ RETALHOS DE TRANSPOSIÇAÕ ESPECIAIS: 
 
- Zetaplastia: consiste no retalho de transposição que 
tem como objetivo aumentar a extensão da cicatriz a 
fim de um ganho de mobilidade e redução da 
contratura cicatricial. 
 
- Romboide (Limberg): feito por meio da criação de um 
romboide (um corte em forma de losango de lados 
iguais) com ângulos de 60 e 120º. 
 
- Bilobado: retalho de dupla transposição, permitindo 
melhor distribuição das forças de tensão ao longo de 
seu eixo de rotação, evitando distorções e 
redundâncias cutâneas 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
• A principal complicação é o comprometimento 
vascular (pedículo), podendo levar à perda parcial 
ou total do retalho. 
• As duas principais complicações são a trombose 
venosa (em que o retalho recebe irrigação arterial, 
mas não há retorno venoso, levando a necrose) e a 
isquemia arterial (em que o sangue não chega no 
retalho corretamente gerando áreas de isquemia – 
brancas/pálidas). 
• Pode-se ter também complicações como: infecção, 
deiscência, formação de hematomas e seromas, 
podendo comprometer a sua cicatrização.

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