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Proposta: “A metodologia e a didática são elementos distintos, mas que não se dissociam. Sem 
metodologia, não há didática eficaz na prática ensino-aprendizagem. Portanto, o foco da didática 
deve centrar-se em práticas efetivas e que concedam ao professor alcançar resultados positivos. 
Se a didática estiver presente na formação acadêmica e continuada do profissional da educação, 
isso é possível?” 
De acordo com o dicionário Dicio online1, didática é a arte de se ensinar. O mesmo dicionário 
aponta que didática também pode ser entendida como um conjunto de teorias e técnicas relativas 
à transmissão do conhecimento, ou ainda como o procedimento pelo qual o mundo da experiência 
e da cultura é transmitido pelo educador ao educando, nas escolas ou em obras especializadas. É 
creditado a Comenius (1657) os fundamentos básicos a respeito dessa área da Pedagogia, e para 
esse teórico a didática tinha como principal função a capacidade de habilitar o docente a ensinar 
tudo a todos. Cabe destacar que a obra desse autor estava alinhada com os principais dogmas das 
religiões cristãs, com destaque no protestantismo, por isso, podemos observar em sua obra uma 
grande ênfase no ensino, daí a grande importância da formação e autoridade do professor em sala 
de aula. 
Com o passar dos tempos, diversas mudanças sociais foram observadas, e por isso, 
observamos também na didática mudanças significativas, no entanto, o propósito da didática 
sempre continuou o mesmo, encontrar ferramentas capazes de facilitar o processo de ensino e 
aprendizagem. 
Historicamente, a escola evoluiu através dos tempos. Para Comenius (1657), a ênfase do 
ensino estava na transmissão do conhecimento e as atividades deviam ser centradas em repetições 
e reforços que tinham como objetivo principal o desenvolvimento de competências fundamentais 
para o corpo discente. 
Esse modelo de transmissão de conhecimento é utilizado até hoje em escolas brasileiras 
consideradas tradicionais ou conservadoras. Nessas escolas o professor é o detentor absoluto do 
conhecimento e o aluno deve ser receptivo a esse conhecimento. A formação continuada nesse 
tipo de instituição se através da busca de maior conhecimento por parte do professor em relação 
ao conteúdo que ele ministra. Nessa perspectiva, quanto maior o conhecimento do professor em 
sua área de atuação, maior será a facilidade na transmissão de conhecimento em aulas expositivas 
e maior será sua facilidade em propor avaliações que sejam efetivas em verificar se houve ganho 
de conhecimento por parte dos estudantes. 
Na década de 1980, por influência do trabalho de Paulo Freire, algumas escolas brasileiras 
começaram a trabalhar com Pedagogia Crítica. Modelo de ensino que prioriza o desenvolvimento 
dos estudantes de forma autônoma por meio de situações de aprendizagem que estejam 
 
1 Termo consultado online em https://www.dicio.com.br/didatica/. Acesso em 28/02/2022. 
https://www.dicio.com.br/didatica/
contextualizadas socialmente ao mundo no qual o aluno esteja inserido. São valorizados os 
conhecimentos prévios dos estudantes e por isso, o corpo discente tem um papel ativo em sua 
própria formação. 
Ao professor, nesse modelo de ensino, cabe o papel de agente de transformação da 
realidade social do estudante, desta forma, faz parte da formação continuada do docente, entender 
em que contexto social seu aluno está inserido e propor tarefas que façam o corpo discente pensar 
e refletir sobre seu cotidiano. Desta forma, a didática tem um papel muito importante em sua 
formação profissional, pois é ela que ajudará o professor a relacionar melhor seus saberes de 
formação profissional com os saberes disciplinares e os saberes curriculares. A interação entre 
professores durante a formação contínua deles pode dar grande suporte a prática docente por meio 
do compartilhamento de diversas situações de aprendizagem e também na criação de sequências 
didáticas colaborativas. 
Com o advento de tecnologias de informação ao longo desse século por nossa sociedade, 
coube a escola se adaptar na utilização de novos recursos de informática como ferramentas de 
aprendizagem, por isso, nos últimos anos estamos presenciando a valorização de metodologias 
ativas, na qual o papel do aluno é ser agente de sua aprendizagem, contando com o professor 
mediador (ou facilitador) como apoio no desenvolvimento de suas atividades. 
Nas metodologias ativas são valorizadas as pesquisas e a realização de projetos, desta 
forma, a formação contínua do professor deve enfatizar o estudo de novas ferramentas digitais e o 
trabalho coletivo a ser realizado com os estudantes. Além do mais, o professor mediador deve estar 
preparado para lidar com diversos conflitos e o respeito a diversidade. Neste contexto, a didática 
auxilia o docente a através da utilização de elementos didáticos que sejam eficazes no processo 
de ensino. 
Desta forma, podemos afirmar que a didática é necessária em toda a formação do professor, 
desde sua formação até a sua prática profissional, pois reúne os saberes necessários à prática 
docente e promove a qualificação do processo de ensino e aprendizagem por meio da formação 
contínua em diversos espaços de aprendizagem. 
 
Referências: 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. 8ª.

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