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Ginecologi� � O�tetríci� Lesões de Colo Uterino O trato genital inferior começa a se desenvolver 4 semanas após a concepção; Derivado dos ductos de Müller a cérvice rudimentar é possível ser reconhecida em torno da 16ª semana (que vão formar a cérvice do colo do útero); A junção escamocolunar original ou nativa (JEC) se localiza na região endocervical (endocérvice) entre 24 e 32 semanas, após ela se exterioriza em direção a vagina regredindo no termo (40 semanas) → Assim, nascidos pré-termo têm mais chances de ter ectopias cervicais); O colo do útero é composto pela parte ectocervical e pela endocervical (canal endocervical); Junção escamocolunar (JEC) é uma zona que possui o epitélio colunar (endocérvice) em cima do epitélio escamoso (ectocérvice); Zona de transformação: toda a parte fora da junção escamo-colunar original e demarcada por uma linha, a qual é demarcada com a aplicação do ácido acético (forma uma linha branca) → Demarcação do epitélio metaplásico (tecido que era escamoso e agora tem um tecido colunar por cima); Epitélio escamoso estratificado (da ectocérvice); Epitélio colunar (da endocérvice) → É glandular, ou seja, produz muco e possui criptas – diferente do epitélio escamoso; secretor; O epitélio colunar estende-se sobre a ectocérvice e forma o Ectrópio; O epitélio colunar do ectrópio sofre Metaplasia Escamosa; A região do colo onde ocorre a metaplasia é chamado Zona de Transformação – ZT; A área entre a JEC original na ectocérvice e a nova JEC no orifício interno é chamada Zona de Transformação; A metaplasia escamosa depende do Meio vaginal, dos Traumatismo sofridos e das Cervicites, podendo ocorrer mais rápida ou mais lentamente, conforme for a exposição a esses fatores; Cistos de Naboth: Formação de um epitélio metaplásico escamoso novo por cima do epitélio colunar que retém glândulas formadoras de mucina, ou seja, o epitélio metaplásico escamoso recobre as criptas das glândulas endocervicais e assim forma os cistos de Naboth; Observação - Esse epitélio metaplásico é normal e não displásico; A acidez vaginal normal acaba fechando a cripta e fazendo os cistos de Naboth; Cistos de Naboth - Glândulas endocervicais tornam-se bloqueadas, assim há retenção de mucina e produção de dilatações císticas macroscopicamente visíveis, que são os Cistos de Naboth; não é necessário remoção, não afeta a vida da paciente; Como ver? Colposcopia - É uma membrana branca de delgada e espessa que corresponde ao epitélio escamoso; Teste de Schiller (Lugol) - Exame da zona de transformação pela coloração pelo Iodo; Ginecologi� � O�tetríci� ⤲ Células escamosas maduras na ectocérvice → Marrom-escuro; ⤲ Células escamosas imaturas na ectocérvice → Cor pálida (claras); ⤲ As células que não ficam amarelo-mostarda → Cor indicativa de lesão alterada; Normalmente, quando se aplica o ácido acético faz uma borda como se fosse uma margem branca onde é a junção escamo-colunar – Zona de transformação; a diferença entre a JEC nova e a ZT; Colposcopia Normal Após a aplicação de solução salina ou sem aplicação de solução salina só com a limpeza do colo do útero, iremos ver: ⤲ Epitélio escamoso Metaplásico - Rosa-claro; ⤲ Epitélio escamoso Original - Rosa escuro; O pólipo ectocervical, uma projeção hiperplásica das dobras ectocervicais, é uma das neoplasias benignas mais comuns do colo uterino; Sangramento excessivo na gestação pode ser causado por um pólipo; O pólipo é facilmente retirável em procedimento de consultório. Pode ser clampeado com uma pinça de Allis, rotado o pedículo e remove; Durante o processo, sangra bastante, mas normalmente é controlável; As lesões geralmente são encontradas durante o exame preventivo de rotina do colo uterino; Geralmente são assintomáticas, mas podem estar associadas à leucorreia ou pequeno sangramento pós-coito (as pacientes possuem queixas de sangramento pós-coito ou sangramento pós-menopausa → Sempre realizar o exame especular!); Raramente são malignos, mas sempre são submetidos à biópsia para remoção de todo o pólipo para avaliação anatomopatológica; Os pólipos variam de tamanho desde poucos milímetros até 2 ou 3 cm; São frequentemente encontrados com maior frequência em multíparas e raramente em pré-púberes (→ mulheres de mais idade); Todos os pólipos devem ser retirados? Pólipos de colo de útero quanto de endométrio devem ser retirados, pois têm chance de malignizar (mesmo que chance seja pequena); o pólipo é um tecido diferente do normal, que é afetado pela acidez vaginal, ato sexual, logo, possui muita chance de transformação celular; Com aproximadamente 530 mil casos novos por ano no mundo; Quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres; Ele é responsável por 265 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres; É um câncer prevenível que ainda é muito comum! Não deveria ter tanta incidência na população, pois temos prevenção (vacina) e detecção precoce; Localização mais comum dos cânceres femininos Ginecologi� � O�tetríci� A detecção aumentou com o rastreamento, porém ainda tem muitos exames a serem feitos; Observação - Em alguns estados ele não é feito de maneira correta, além de ter baixa adesão de populações menos instruídas; É um grande problema de saúde pública → Melhor solução é a vacinação; Por que o rastreamento é realizado de 3/3 em anos? Porque a lesão demora de 10 a 15 anos para aparecer (se uma mulher teve relação sexual com 13 anos e inicia o rastreamento apenas com 25 anos, possivelmente, o exame só irá detectar uma lesão precoce). Se não teve lesão em 2 citopatológicos negativos, no intervalo de 3 anos, não irá desenvolver uma lesão nova; Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolau); Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%.; Quando visualizar uma alteração no colo, mesmo com citopatológico normal, devemos encaminhar para um especialista; Especificidade de 98% (mas é um exame pouco sensível +- 50%); → Não é necessário repetir exame se o laudo apresentar “lesão de alto grau”, pois se há lesão, aparece!; Preparação para o exame ⤲ Não estar menstruada (nem para coleta em meio líquido, nem para lâmina); ⤲ Evitar relação sexual vaginal 48h antes; ⤲ Evitar duchas e tampões vaginais; ⤲ Evitar cremes vaginais; ⤲ Tratar cervicites e vaginites antes da coleta (porém, às vezes pode perder o seguimento da paciente, então há profissionais que limpam o colo com uma gaze e coletam mesmo assim); Não coleta citopatológico para diagnosticar infecção vaginal – CP é rastreamento de câncer de colo de útero; Registrar na solicitação informações como ⤲ DUM; ⤲ Gravidez em curso; ⤲ Uso de hormônios exógenos; ⤲ Menopausa (existem muitas alterações relacionada à atrofia); ⤲ Sangramento uterino anormal (alterações endocervicais); ⤲ Qualquer alteração em exame citopatológico prévio; Como fazer a coleta ⤲ Visualização adequada do colo; ⤲ Espéculo confortável (não pode estar desconfortável para paciente); ⤲ Lubrificante à base de água (não usar vaselina ou outra substância que altere o preventivo); ⤲ Não realizar remoção da celularidade do colo (evitar uso de gaze); Amostragem da zona de transformação; Fazer pelo menos uma rotação completa da escova; Material → Espéculo (descartáveis); → Espátula de Ayre (tem uma divisão com duas ondulações, encaixa a parte menor e rota no colo do útero e rota em sentido horário); Ginecologi� � O�tetríci� → Lâmina, escova endocervical (cytobrush) – pode ser feita por giros (pega mais células) ou por tração (para frente e para trás); No SUS, como há apenas uma lâmina, a espátula é passada primeiro no sentido vertical e a escovinha é feito um giro completo da escovinha no sentido horizontal; Após, aplicar o fixador a base de água (normalmente são 5 gotinhas); ThinPrep 1996; 4 após surgiu o BD SurePath 1999; Aumento de sensibilidade ena legibilidade; Aumento de 60% na detecção da doença de colo uterino comparada ao método convencional (é muito mais sensível); É o exame mais sensível, muito melhor, mas é unicamente disponível no meio privado (+/- R$ 100,00), mas é possível também avaliar DSTs com PCR – rastreamento para Clamydia, Gonococo, Ureaplasma e Mycoplasma; Citopatológico de colo uterino com intervalo anual durante 2 anos, se resultados negativos → A cada 3 anos; Populações alvo Início da coleta aos 25 anos; Até 64 anos se tiverem 2 exames negativos nos últimos 5 anos (normalmente se faz até 64, pois depois disso mulher está com vagina atrófica e a maioria não tem relação sexual ativa); Se nunca tiver feito deve realizar 2 exames entre 1 a 3 anos; Gestantes - Segue rastreio normal (é uma oportunidade de rastrear em uma mulher que está querendo ser atendida); Não tem contraindicação, entretanto o uso da escovinha é controverso, pois pode provocar um sangramento e provocar um aborto; Pós Menopausa - Estrogenizar se necessário (na pós-menopausa a vagina vai estar atrófica). Realizar perguntas antes da coleta Vagina é muito seca?; Apresenta dificuldade durante relação sexual?; Usa algum creme? Se paciente afirmar que não usa cremes e tem vagina atrófica, primeiro estrogenizar (uso de Promestrieno creme vaginal é bom, pois não provoca alterações hormonais sistêmicas) e na próxima consulta – entre 2 a 3 meses - realizar a coleta; ⤲ Histerectomizadas por doença benigna (ex.: mioma) – excluídas do rastreamento; ⤲ Histerectomizadas por lesão precursora acompanhadas de acordo com a lesão (NIC II e NIC III acompanhar por 5 anos; NIC I – resolve espontaneamente em 2 anos – seguir rastreio por um tempinho, depois não precisa mais); O HPV causa muita lesão por contiguidade, então há chance de desenvolver CA de vagina HPV +; → Acompanhamento de 3/3 meses no primeiro ano; 6/6 meses no segundo ano; e por anual por mais 3 anos (ao todo são 5 anos de acompanhamento); Mulheres sem atividade sexual não devem ser submetidas a exame (virgens não devem fazer, mesmo aquelas que possuem entre 25-64 anos); Imunossuprimidas - HIV + (CD4 baixo e CV alta), transplantadas, uso de corticoides – 6/6 meses primeiro ano, após anual; HIV + CD4 baixo e carga viral alta tem que seguir 6/6 meses mesmo depois do 1º ano; Observação - A maioria dos citopatológicos apresenta inflamação e não infecção! Isso é normal, não necessita consulta com ginecologista!; Ginecologi� � O�tetríci� Além da baixa incidência de câncer do colo do útero em mulheres jovens, há evidências de que o rastreamento em mulheres com menos de 25 anos seja menos eficiente do que em mulheres mais maduras. Um estudo caso-controle, no Reino Unido, que incluiu 4.012 mulheres com câncer invasor do colo do útero mostrou dois resultados relevantes: o primeiro foi que 75% das mulheres de 20 a 24 anos que tiveram um câncer invasor já tinham pelo menos um exame citopatológico prévio; O segundo resultado foi que as mulheres que tiveram câncer diagnosticado entre 25 e 29 anos não foram protegidas por controles citológicos realizados antes dos 24 anos (evidência moderada); O que deve ser feito? Observar, mas lembrar que medicina não é uma ciência exata, existem muitas variáveis, obviamente serão diagnosticados CA de colo de útero antes dos 25 anos. O HPV demora tempo para resolver a lesão e normalmente a imunidade até os 25 anos consegue eliminar as infecções pelo HPV. Essa infecção nunca desaparece, como herpes e HIV? Muitos estudos evidenciam que a pessoa cria anticorpos e o corpo acaba eliminando o vírus, então por que não pode dizer que vai curar? Pode, mas as pessoas podem se recontaminar. É uma infecção cujo vírus ainda muta muito, ele cria muitos subtipos diferentes, e os que estão criando são todos oncogênicos, então não tem como dizer que não vai acontecer, pode acontecer, mas o rastreamento não tem benefício; Isso vem de uma força-tarefa norte-americana, que hoje no Brasil vale também, e está disponível na UBS para rastrear clamídia, gonococo para mulheres sexualmente ativas até 25 anos, anualmente. Pois essas infecções irão levar o HPV para dentro da célula e deixar o HPV se proliferar e se tornar uma lesão maligna; É um fator que predispõe o HPV a infectar, mas não é necessário, pois ele tem vários mecanismos para entrar na célula, como traumatismo, microfissuras. É um facilitador; Então o que se deve fazer? RASTREAR essas doenças; Se começa 1 ano depois do início das atividades sexuais, e daí se faz anualmente; São doenças bem prevalentes, irão dar positivo em 90% dos casos. Hoje se pede p/ todo mundo rastrear porém é muito difícil de chegar até a população; Lembrar que o SUS cobre o exame → Coleta com escova em meio de PCR (o mais fácil e acessível; captura hibrida é muito cara e a cultura poucos fazem); Isso é muito novo, provavelmente em 5 anos isso vai estar implementado como uma rotina; Não se rastreia parceiro, mas se trata os dois; A classificação de Richart é histológica, não tem como fazer diagnóstico disso com citologia; A classificação de Bethesda é a utilizada atualmente; LSIL - Lesão intraepitelial de baixo grau; HSIL - Lesão intraepitelial de alto grau; Atipias de significado indeterminado: ASC-US, ASC-H e AGC; Ginecologi� � O�tetríci� É um espectro de alterações que começa com atipia mínima e progride através de estágios desde alterações intra-epiteliais mais acentuados até carcinoma de células escamosas invasivo; Displasia: Alteração que possui o potencial de transformação maligna; NIC I (Displasia leve): raramente progredirão em gravidade e comumente desaparecerão; NIC II (Displasia moderada); NIC III (Displasia grave); NIC II e NIC III – tendem a progredir e exigem tratamento; Se lesão de alto grau → Conização para confirmar diagnóstico, porque normalmente não se sabe quanto que está invadindo para dentro do canal; Iniciação sexual precoce; Múltiplos parceiros: está relacionado pelo traumatismo, não pela infecção pelo HPV (porque pode pegar de uma única pessoa e ter lesão – Fatores: traumatismos ou ter iniciado a vida sexual antes → Dão maior chance de absorver o HPV; Tabagismo - Pela baixa da imunidade; DST; ACH prolongado - Estudos dizem que o uso de anticoncepcional favorece o desenvolvimento de alterações de colo de útero, mas não se sabe o porquê; Multiparidade - Pelo traumatismo do parto, pois normalmente o parto abre o colo do útero, lacera, daí tem mais chances de desenvolver lesão; Imunossupressão - Pela baixa da imunidade; Def. nutricionais; Baixas condições sócio-econômicas; Higiene íntima inadequada; Infrequência de exames ginecológicos - Porque aí a lesão vai avançando e não há diagnóstico precoce; Bethesda System for Reporting Cervical Vaginal Cytologic Diagnoses - É a classificação usada atualmente agrupa essas lesões em 2 grupos: LIE baixo grau - NIC I; LIE de alto grau - NIC II e NIC III; Câncer cervical - Mais comum entre 40-60 anos; NIC: mais comum em menos de 40 anos, por isso que as lesões têm um tempo de evolução. Para as lesões evoluírem de um NIC I, para os outros, é anos (5 anos). NIC II para câncer invasor → 10 anos; Fatores mais importantes Múltiplos parceiros sexuais; Idade precoce no 1º coito; Lesão causada pelo HPV (99% dos casos, exceto os cânceres não causados pelo HPV, que são raros); Mutação do gene p53 (favorece o desenvolvimento do câncer); Vírus da família Papovaviridae capazes de induzir lesões as quais mostram crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente (a maior parte das lesões pelo HPV regridem espontaneamente; NIC I – lesão vai sumir); Cerca de 3% das mulheres com HPV podem desenvolver câncer de colo do útero; A lesão é rara – ter o HPV de alto grau não significa que a paciente vai ter lesão de colo de útero; Cerca de 99% das mulheres com câncer do colo foram antes infectadas pelo vírus; Somente os subtipos de alto risco (16 e 18, são os mais comuns) estão associados ao câncer do colo, outros causam verrugas no corpo e região ano-genital → As verrugas são Ginecologi� � O�tetríci� geralmenteassintomáticas, podem ser únicas, cor da pele, róseas ou acastanhadas; Verrugas genitais são chamadas Condiloma Acuminado (são causadas normalmente pelo 6 e o 11); Infecção pelo HPV DST + frequente; Acontece mais ou menos entre os 20 – 40 anos; Mais de 100 subtipos; Alto risco - 16, 18; Baixo risco - 6, 11. Causam as verrugas vulgares; O 16 é o que mais causa o carcinoma de células escamosas, e o 18 causa 20% dos tumores e dos adenocarcinomas; Proteínas E6 e E7: são as proteínas early (precoces) dos vírus, as dos subtipos de baixo risco não mutam a célula; alto risco mutam a célula; Infecção clínica - Verrugas ou doença malignas evidente; Subclínica - Visualizada somente na colposcopia; Latente - A doença latente é quando tem o vírus sem alterações; Lesões clínicas, achados citológicos, histológicos e colposcopia → Se faz diagnóstico pelas lesões clínicas, ou por detecção do DNA por hibridização in situ, por PCR ou por captura híbrida; Verrugas, neoplasia de colo de alto grau ou câncer invasivo presume-se infecção; Definitivo: detecção direta do DNA do HPV por hibridização in situ – PCR; Lesões de vulva - Destruir lesão (normalmente com ácido tricloroacético, a 80%, aplicando diretamente na lesão – verrugas sintomáticas, neoplasia de alto grau ou câncer invasivo; Pode usar Imiquimod, ou cauterização elétrica (quando a lesão é muito grande, e daí leva para o bloco cirúrgico); Quando são poucas lesões se aplica no consultório mesmo o ATA; Não se usa mais a crioterapia: pois é um método difícil, doloroso, precisa de anestesia; Não há tratamento efetivo para as formas subclínicas; Remoção ou destruição mecânica, imunomoduladores tópicos e coagulação química ou térmica; Estimula a produção de anticorpos humorais; Estudos já provaram que a vacina não é só prevenção, ela consegue criar muito mais anticorpos do que as infecções, então a vacina pode ser usada para tratamento, mas claro que não usar ela somente. A vacina vai criar anticorpos, e essas mulheres irão prevenir uma nova infecção, ou seja, uma nova lesão. Então normalmente se estimula o uso até 45 anos da quadrivalente (disponível nas UBSs), que acaba fazendo uma imunidade cruzada, é a Gardasil; Não resolve infecção preexistente → Previne nova infecção; Gardasil – tetravalente (6,11,16 e 18) / Cervarix – bivalente (16 e 18) – 0, 2, 6 meses (na UBS: 0, 2, 6 meses e 5 anos – essa já caiu fora). Estudos provam que 80% da imunidade é criada só com 1 dose; A nonavalente já foi liberada pela ANVISA, mas ainda não foi liberada para venda. Inclui os subtipos 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV, além dos subtipos 6, 11, 16, 18; Pode ser usada de 9-26 anos na rede pública, idealmente antes da exposição sexual (até 26 anos – HIV + ou imunossuprimida); Pode ser realizada em lactantes/ CI na gravidez: ela é contraindicada na gravidez, mas não existe nenhum estudo que prove que ela tenha causado mal-formação, e mulheres que engravidaram logo após terem feito a vacina, e não sabiam que estavam grávidas, não tiveram nenhum tipo de alteração; Proteção segura por no mínimo 5 anos, estudos já dizem mais que 10 anos; Se surgir uma nova vacina, terá que revacinar? Os estudos dizem que possivelmente ninguém Ginecologi� � O�tetríci� precisará revacinar, mas está se estudando para usar uma dose da nonavalente. Mas não se sabe ainda, se acredita que não terá benefício; Faz uma coilocitose - Faz um halo claro em volta do núcleo e pode algumas vezes ter binucleação; As alterações do condiloma plano viral ocorrem nas camadas superficiais do epitélio e caracterizam-se por atipias nucleares: ⤲ Núcleos hipercromáticos de forma e tamanho irregular às vezes parecendo amassados; ⤲ Halo claro em volta do núcleo, o que se chama coilocitose (Koillos = buraco); ⤲ Binucleação; A NIC é uma doença do epitélio metaplásico da ZT e de áreas de metaplasia da ectocérvice; Normalmente visualiza-se a lesão dentro da zona de transformação; raríssimo ter uma lesão fora da zona de transformação, pode ser uma infecção, uma mancha do colo do útero normal dessa mulher; O processo normal de maturação do epitélio escamoso da cérvice encontra-se perturbado na NIC → Há alterações na celularidade, diferenciação, polaridade, características nucleares e atividade mitótica das células (por isso que as camadas ficam tão desorganizadas), de acordo com a alteração, são os números de camadas alteradas; As alterações iniciam-se nas camadas profundas do epitélio (células basais) e progridem às camadas superficiais; Núcleos com variação de tamanho e cromatina densa; Núcleos ovalados e citoplasma escasso; Atipias nucleares e mitose em qualquer altura do epitélio; Nucléolos evidentes; Perda da arquitetura normal do epitélio; NIC I - Displasia no 1/3 inferior do epitélio; NIC II - Displasia nos 2/3 profundos do epitélio; NIC III ou carcinoma in situ - Displasia em toda a espessura do epitélio (in situ) do colo do útero; NIC I – alteração mais na camada de base; NIC II – já tem alteração até nessa camada e na camada mais profunda (flecha não preenchida); NIC III – é todo o epitélio alterado. Extensão glandular: que sempre vem quando tem biópsia de colo de útero ou cone, que tem NIC III com extensão glandular ou carcinoma in situ com extensão glandular: na verdade tem envolvimento das criptas endocervicais; Ginecologi� � O�tetríci� Categoria de diagnóstico citopatológico criada pelo Sistema Bethesda em 1988; O termo células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS – atypical squamous cells of undetermined significance) foi definido como achados citológicos caracterizados pela presença de alterações celulares insuficientes para o diagnóstico de lesão intraepitelial, mas alterações mais significativas do que as encontradas em processos inflamatórios (que é o + comum de aparecer no citopatológico); Como a nova categoria apresentava limitações por não definir se as alterações citológicas eram regenerativas ou neoplásicas, houve uma revisão dessa classificação em 2001; Essa categoria foi então reclassificada em células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US) e células escamosas atípicas de significado indeterminado não podendo excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H); ASC-US – normalmente não neoplásica; ASC-H – não se pode excluir lesão de alto grau; Alteração mais comum no citopatológico; Entre as mulheres com esse diagnóstico, é observada prevalência de NIC II/III em 6,4% a 11,9% dos casos e de câncer, em 0,1% a 0,2% (muito baixa a prevalência de câncer nos ASC-US); Estudo realizado com mulheres atendidas pelo SUS na cidade do Rio de Janeiro mostrou uma prevalência de 1,85% de NIC II/III em mulheres com esse diagnóstico citopatológico; Outros estudos mostram uma prevalência de NIC II ou mais grave em 0,8% a 1,3% em mulheres com citologia de ASC-US (ou seja, é muito difícil a lesão ser de alto grau); Observa-se similaridade de recomendações de conduta frente a uma mulher com ASC-US, quando se consideram as diretrizes adotadas na França, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia; Esses documentos recomendam a repetição da citologia entre seis e 12 meses; Na Nova Zelândia, utiliza-se o ponto de corte de 30 anos para determinar o intervalo de 12 meses para repetição da citologia em função de evidências de que o tempo médio para que o HPV não seja mais detectado é de seis a 18 meses (é o tempo da célula se regenerar e não ter mais lesão por HPV); E como a infecção pelo HPV oncogênico é mais persistente nas mulheres com 30 anos ou mais, estas têm maior probabilidade de apresentarem lesões pré-invasivas; O encaminhamento para a colposcopia é determinado, caso esse resultado seja mantido Na revisão das diretrizes da Sociedade Americana de Colposcopia e Patologia Cervical (ASCCP – American Society for Colposcopy and Cervical Pathology), publicadas em 2013, afirma-se que a utilização do Teste de HPV oncogênico para mulheres acima de 25 anos é preferível do que a repetição da citologia; Brasil - Isso não é uma normativa obrigatória,porque o SUS não cobre, mas se indica (ASC-US é a única indicação de se coletar captura para HPV, porque ele vai diferenciar lesão de possivelmente alto grau de outra lesão não importante). Então antes de se repetir a citopatologia, é mais importante fazer uma coleta de HPV, mas não é aplicável na nossa realidade; Essa mesma diretriz recomenda que o uso do teste de HPV oncogênico é aceitável nas mulheres entre 21 e 24 anos com ASC-US, mas repetir a citologia é preferível; Nas diretrizes publicadas pela Coreia do Sul e pela Argentina, ambas em 2013, o teste do Ginecologi� � O�tetríci� HPV oncogênico também é indicado após o resultado de citologia mostrando ASC-US; Outros estudos publicados recentemente mostram que o seguimento com teste de HPV nas mulheres com citologia de ASC-US diminui o risco de não se fazer o diagnóstico de lesões mais graves nesses casos; Normalmente, quando não se vê a lesão e não tem nada, não tem JEC completamente visível → Se faz uma escova do canal, porque as vezes a lesão está ali; Não se pode excluir lesão de alto grau; A prevalência desse diagnóstico citológico no Brasil foi de 0,2%, entre todos os exames realizados, e de 8,8%, considerando-se apenas os resultados alterados em 2013; Estudos revelam frequência de lesão de alto grau entre 12,2% e 68% e de câncer em torno de 1,3% a 3% nas mulheres com citologia de ASC-H (então a chance de câncer também é baixa); No único artigo original publicado no Brasil, a frequência de lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC II/III) entre usuárias do SUS com esse diagnóstico citolopatológico foi de 19,29%, e nenhum caso de câncer cervical foi identificado; Conduta see and treat (ver e tratar) é muito feita no exterior, que nesse caso o tratamento é a excisão (conização do colo de útero), e acaba se fazendo diagnóstico e tratamento juntos. Aqui no Brasil não é muito aceito, está na diretriz, é uma normativa do MS, está liberado. Mas se fizer isso e a paciente fizer um aborto, um parto prematuro, e ela tinha um NIC I, o médico pode ter complicações legais; Considera-se a categoria atipias em células glandulares de alto risco, pois a ela encontra-se uma associação com NIC II/III ou câncer em 15% a 56% dos casos, sendo as NIC mais comuns em pacientes com menos de 40 anos e as neoplasias invasivas mais frequentes em pacientes acima dessa idade (é uma lesão comum e normalmente as alterações glandulares são comuns em mulheres mais jovens, então se se deve suspeitar quando a mulher se queixa que produz muita secreção vaginal – sempre olhar bem p/ ver se não há nenhuma alteração endocervical); Pacientes com diagnóstico citológico de AGC devem ser encaminhadas para colposcopia; Ginecologi� � O�tetríci� À colposcopia, deve ser realizada nova coleta de material para citologia com especial atenção para o canal cervical; Concomitantemente, é recomendável a avaliação endometrial com ultrassonografia transvaginal (USTV) em pacientes acima de 35 anos e, caso anormal, estudo anatomopatológico do endométrio; Abaixo dessa idade, a investigação endometrial deverá ser realizada se presente sangramento uterino anormal ou se a citologia sugerir origem endometrial dessas células atípicas; A investigação da cavidade endometrial será prioritária em relação à investigação da ectocérvice e canal endocervical sempre que mencionada a possível origem endometrial dessas células atípicas; O AGC é importante, pois ele é glandular e é raro ter alterações glandulares precoces, por isso que normalmente ele é diagnosticado já mais em fases avançadas. E o AGC se vier, tem que fazer avaliação endometrial e ficar atento ao canal; Avaliação endometrial: deve ser feita em mulheres a partir dos 35 anos, ou nas que têm sangramento uterino anormal, que daí tem indicação para fazer antes, por isso é importante que antes de coletar o citopatológico questionar se essas mulheres estão sangrando normal; A prevalência de LSIL foi de 0,8% de todos os exames citopatológicos realizados no Brasil, em 2013; Considerando-se apenas os exames anormais, a prevalência de LSIL foi de 27,6%, representando o segundo diagnóstico citopatológico mais frequente e demandando investigação ou acompanhamento adicionais, precedida apenas pela categoria ASC-US; A LSIL representa a manifestação citológica da infecção causada pelo HPV, altamente prevalente e com potencial de regressão frequente, especialmente em mulheres com menos de 30 anos (normalmente regride espontaneamente, principalmente em mulheres de 25 – 30 anos); Os estudos que buscam estabelecer o risco de progressão e a probabilidade de regressão de atipias citológicas sofrem de várias limitações, relacionadas ao tamanho amostral e ao teste diagnóstico; pois, se baseado na citologia, têm limitações de acurácia e, se baseado em biópsia, esta pode mudar a história natural da doença (porque a biópsia em si – se biopsiou o colo, ele irá regenerar e sumir doença; normalmente a biópsia estimula a produção de células que vão regenerar o colo e vai sumir a lesão, e aí vai mudar todo o curso natural da doença, então o que poderia regenerar espontaneamente, se está tirando e vai fazer uma regeneração mais rápida). NIC I não se tira a lesão; Uma metanálise de estudos publicados após 1970 estimou que 47,4% das LSIL regridem após 24 meses; mas, mais importante, apenas 0,2% das mulheres com esse diagnóstico citológico evoluem para o carcinoma invasor; Mulheres com diagnóstico citopatológico de LSIL devem repetir o exame citopatológico em seis meses na unidade de atenção básica; Ginecologi� � O�tetríci� Processos infecciosos ou atrofia genital identificados devem ser tratados antes da nova coleta; Se a citologia de repetição for negativa em dois exames consecutivos, a paciente deve retornar à rotina de rastreamento citológico trienal na unidade de atenção básica; Se uma das citologias subsequentes no período de um ano for positiva, encaminhar à unidade de referência para colposcopia; A prevalência desse diagnóstico citopatológico no Brasil foi de 0,26% de todos os exames realizados e de 9,1% de todos os exames alterados em 2013 (Prevalência baixa de lesão de alto grau); Cerca de 70% a 75% das mulheres com laudo citopatológico de HSIL apresentam confirmação histopatológica desse grau de doença e em 1% a 2%, de carcinoma invasor (exame muito específico, se vem com alguma alteração é alterado -quando dá alterado, praticamente 75% é lesão de alto grau); Dados da literatura evidenciam a necessidade de tratamento das lesões pré-invasivas para impedir sua progressão para o câncer (NIC I, II e III tem indicação de cone); Os métodos de escolha para a abordagem dessas lesões têm sido os excisionais; pois, além de permitirem diagnosticar os casos de invasão não detectados pela citologia ou pela colposcopia, servem de tratamento quando a lesão é intraepitelial; No Brasil, o tratamento excisional ambulatorial é chamado de exérese da zona de transformação – EZT, (em inglês LLETZ – Large loop excision of the transformation zone ou LEEP – Loop electrosurgical excision procedure), realizado sob visão colposcópica e anestesia local , no Brasil é chamado de CAF – cirurgia de alta frequência, normalmente exérese do tipo I e II; ou cone, exérese tipo III, mais ampla com bisturi frio); Está indicado para doença ectocervical ou quando a JEC não ultrapassa o primeiro centímetro do canal endocervical; Achado colposcópico anormal = Biópsia. Dependendo do resultado, encaminha para tratamento. Não tem achado colposcópico anormal = pede para rever a lâmina da paciente (não é fazer novo exame); Ginecologi� � O�tetríci� A prevalência desses diagnósticos citológicos no Brasil, em 2013, foi de 0,13%, entre todos os exames realizados, e de 4,7%, considerando-se apenas os resultados alterados; Buscando-se a prevalência desses diagnósticos em outros países, verificou-se que, na Bélgica, células glandulares atípicas de significado indeterminado(AGC) são diagnosticadas em 0,1% das citologias; Em outras publicações, esses valores oscilam entre 0,08% e 0,81%; Baixo grau e ASCUS = Não faz Colpo; Não faz colpo logo de início; Objetivos da colposcopia Visualizar a cérvice, a vagina, a vulva e a área perianal; Identificar a JEC e a zona de transformação; Determinar se o exame é adequado ou inadequado; Identificar e realizar biópsia das lesões; Correlacionar com o exame citopatológico; Soro fisiológico - É uma solução umedecedora e de limpeza comumente utilizada (aplica o soro para fazer a colposcopia inicialmente; o ideal é primeiro olhar com a luz sem ter nenhum tipo de solução – aplica soro fisiológico só para limpar, para ver os vasos, que são melhor visualizados quando não há nenhum tipo de ácido ou lugol); Solução de ácido acético Aumenta a detecção de neoplasias durante a colposcopia; Solução de 3 a 5%, menos de 3% não é adequado para colposcopia. (No ambulatório é 2%, não cora nada); Lugol É uma solução de contraste à base de iodo (iodo e iodeto de potássio); O Lugol cora o glicogênio intracelular de marrom escuro (por isso que é importante saber – quando a paciente tem uma célula que tem glicogênio normal, ou seja, uma célula saudável ela vai corar inteira, as células metaplásicas não coram por inteiro porque elas têm alteração celular, e as células que têm alteração de glicogênio, que são as células cancerígenas ou pré-cancerígenas também não vão corar bem); Benzocaína tópica age eficientemente na remoção rápida do iodo de Lugol do epitélio – para pessoas que tem alergia a iodo e não sabe; Utilizar terminologia atualizada e recomendada (Rio 2011); Evitar termos e descrições obsoletas (p.ex. mácula rubra, colposcopia alargada, Zona iodo negativa muda e etc.); Diferente da Terminologia anterior, de Barcelona 2002, a nova Terminologia de 2011 descreve os achados colposcópicos para o colo uterino e para a vagina; Laudar se a colposcopia é adequada ou inadequada (antigamente – satisfatória/insatisfatória); ⤲ Se inadequada, especificar o motivo (sangramento, inflamação, etc.); ⤲ Colocar em "observações" a necessidade de tratamento e da repetição do exame; ⤲ Importante se faz ressaltar que a não visibilização da junção escamo-colunar não deve ser usado como critério de inadequação do exame (não ver a JEC adequadamente não significa que o exame seja inadequado!); Ginecologi� � O�tetríci� Especificar a visibilidade da junção escamocolunar - Se completamente visível, parcialmente visível e não visível bem como o Tipo de zona de transformação (se é tipo 1, 2 ou 3); ZT tipo 1 é completamente ectocervical e completamente visível, de pequena ou grande extensão; A ZT tipo 2 tem componente endocervical completamente visível e pode ter componente ectocervical de pequena ou grande extensão; A ZT tipo 3 tem componente endocervical que não é completamente visível e pode ter componente ectocervical de pequena ou grande extensão; Quanto mais dentro do canal, vai subindo a numeração e fica mais difícil de ser avaliada; No Brasil é muito comum o uso da classificação da Junção escamo-colunar proposta por F. Victor Rodrigues. ZT tipo 1 - Para for; ZT tipo 2 - Um pouco para dentro; ZT tipo 3 – praticamente não enxerga No caso é aceitável sua utilização como um acréscimo à Terminologia usada. Definir a localização da JEC separadamente quando for distinta no lábio anterior e posterior; Para facilitar a compreensão do laudo, de preferência, a JEC deve ser descrita em localização ectocervical (ectopia), endocervical ou justa-orificial (além de botar em -1, tem que botar JEC completamente ectocervical, endocervical ou justa-orificial); Os princípios gerais consistem em descrever a localização (dentro ou fora da ZT e a localização de acordo com a posição do relógio; 0-12h onde está a lesão – importante para padronizar as lesões) e o tamanho da lesão (número de quadrantes do colo uterino envolvidos pela lesão, tamanho da lesão em porcentagem do colo uterino. Ex: 25% do colo do útero: 0-3 horas ou 50% do colo do útero: 0-6 horas); Fazer referência às características dos epitélios após a aplicação do ácido acético a 3 ou 5%, os achados anormais são divididos em grau 1, grau 2 e não específicos - (Não precisa saber muito isso); Grau 1 (menor) - Epitélio acetobranco fino, de borda irregular ou geográfica; mosaico fino; pontilhado fino; Grau 2 (maior) - Epitélio acetobranco denso (normalmente quando cora mais rápido, a lesão é mais grave; quando a lesão absorve mais rápido o ácido acético ela fica mais branca e densa e não brilhante), acetobranqueamento de aparecimento rápido, orifícios glandulares espessados; mosaico grosseiro; pontilhado grosseiro; margem demarcada; sinal da margem interna (a lesão difere da junção escamo-colunar, marca a margem da junção onde que onde está alterado). Incluir achados anormais não específicos: leucoplasia (áreas de queratose, hiperqueratose); erosão; teste de Schiller (que pode ter impregnação do lugol positiva/negativa); Descrever a captação do Lugol (corado ou não corado) ou teste de Schiller (negativo ou positivo); Lugol negativo – quando não cora; Schiller positivo – é quando não cora; JEC 0 = exatamente no orifício externo (anatômico) do canal cervical; JEC + 1 = Pouco acima de JEC 0 , dentro do canal; JEC + 2 = Entre JEC +1 até a quarta parte da altura do canal; JEC + 3 = Entre JEC +2 e a metade da altura do canal; JEC + 4 = Na metade superior do canal cervical JEC - 1 = Pouco abaixo de JEC 0; JEC - 2 = Entre JEC –1 e a quarta parte da distância entre o orifício externo e o fundo de saco vaginal; JEC - 3 = Entre JEC –2 até a metade da distância entre o orifício externo e o fundo de saco vaginal; JEC - 4 = De JEC –3 até o fundo de saco vaginal; Sempre pede que um cone tenha no mínimo 1,5cm de profundidade para ser dito como um Ginecologi� � O�tetríci� cone de profundidade, para ser diagnosticado. A alça do Caf penetra e tira parte do ectocérvice mas tira parte da endocérvice que é o importante; Mais comum; Há 50 anos era a causa principal de morte por câncer nas mulheres americanas; Após a instituição da triagem citológica a incidência diminuiu em 50 a 85% nos países ocidentais; 2º tumor mais frequente no mundo, no Brasil, região Sul no sexo feminino!; OMS (1998): 470 mil casos novos e pelo óbito de 230 mil mulheres / ano; INCA, 2008: Brasil → 18.680 casos/ano com risco; 19 casos/ 100 mil mulheres; Doença de evolução lenta; 15,6 anos da LIE inicial até fase clínica diagnosticável (demora tempo até ter uma lesão que vai ter alteração – desde a lesão intraepitelial inicial até a fase clínica de câncer: 15,6 anos); Se inicia em idade precoce → permitindo melhor prognóstico; Incidência = 0,7 a 2,0% de chance na vida (Armstrong, et al, 1992); Tipos histológicos Carcinoma Escamoso Invasor (85%) Faixa etária risco - Após 35 anos e principalmente entre a 5ª e 6ª décadas de vida – é o + comum; Adenocarcinoma (8-10%), podendo ser assintomático em 15% das mulheres (dá mais sintomas – sai muito muco, as pacientes referem que sai muita secreção, que chega a molhar a roupa, de tanto muco vagina; não é corrimento – é muco mesmo); Faixa etária mais jovem - 20-35 anos; Observação - Raro os sarcomas de colo uterino; ⤲ Exofítico; ⤲ Papilífero; ⤲ Ulcerado; ⤲ Infiltrativo (com áreas de necrose); Importante saber: O estadiamento é clínico, feito com a paciente no consultório, através de Ginecologi� � O�tetríci� toque, toque retal, palpação de linfonodos. Não precisa fazer exames de imagem; Estadiamento Ia, Ia1, Ia2 são considerados microinvasores, menos que 5mm de invasão. Normalmente o tratamento dos microinvasores é cone (não tem chance de metástases). A partir do IB são tratamento mais agressivos; Invasão direta (por continuidade/contiguidade): para vagina, corpo uterino, paramétrios, bexiga e reto; Invasão indireta: embolização pelos vasos linfáticos epitelial e sanguíneos menos comum = metástases: ossos, fígado, pulmões etc. → estágios avançados; Diagnóstico Fase inicial pré-invasiva: Assintomático; Eventualmente sinusorragia(sangramento após a relação sexual); Fase inicial de invasão Sinusorragia é comum; Fase de franca invasão Perda sanguínea espontânea; Sinusorragia; Corrimento água de carne, fétido, coloração rósea; Sintomas de TGU e TGI e edema de MMII → Moléstia (doença) avançada; 1 – Especular; 2 – Colpocitologia oncótica; 3 – Colposcopia; 4 – Estudo anatomopatológico; Associação dos métodos = 100% de acurácia Exames isolados = 10-15% de erro (normalmente tem que associar os métodos para confirmar câncer); O carcinoma microinvasor constitui o estadiamento IA da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e também é denominado microcarcinoma; A invasão do espaço linfovascular, apesar de não mudar o estadiamento deverá ser relatada, pois indicará mudança na abordagem dessas mulheres (não vai mudar o estadiamento, mesmo que tenha linfático comprometido; normalmente linfovascular já é relatado no cone); É o estágio inicial do câncer cervical (estágio Ia) e caracteriza-se por invasão mínima do estroma por células neoplásicas; Ausência de invasão vascular; Sem metástases para linfonodos; Tratamento: conização O diagnóstico de carcinoma microinvasor é realizado em espécime obtido por EZT ou conização (excisões tipos 1, 2 ou 3), desde que as margens cirúrgicas estejam livres; Alguns autores recomendam que a conização seja efetuada utilizando-se o bisturi frio, pois as técnicas eletrocirúrgicas (uso do eletrodo em alça ou agulha) propiciam maior probabilidade de fragmentação do espécime e pela presença de artefatos térmicos que podem dificultar a avaliação da profundidade de invasão e do envolvimento de espaços linfovasculares; Todas as pacientes que apresentem exame citopatológico com diagnóstico de lesão de alto grau não podendo excluir microinvasão ou carcinoma epidermoide invasor, ou tenham suspeita clínica de câncer na unidade básica, devem ser encaminhadas à unidade secundária para colposcopia; Ginecologi� � O�tetríci� Em 10% dos tumores cervicais; Média de idade: 56 anos; Tipo mais comum: Mucinoso; Com frequência associados a Adenocarcinoma in situ e HPV dos tipos 16 e 18; A prevalência do diagnóstico citopatológico de AIS ou invasor no Brasil foi menor do que 0,01% entre todos os exames realizados em 2013 e ocorreu em 0,29% de todos os exames alterados nesse ano; Todavia, 50% dos casos de AIS podem coexistir com lesões escamosas pré-invasivas ou carcinoma invasivo, o que pode dificultar o diagnóstico, já que os fatores de risco para AIS são semelhantes àqueles para as doenças pré-invasivas escamosas; Aproximadamente 48% a 69% das mulheres com laudo citopatológico sugestivo de AIS apresentam confirmação da lesão no exame de histopatologia e, dessas, 38% apresentam laudo de invasão (quando tem alteração provavelmente é); 50 % está no canal endocervical sendo difícil acesso e diagnóstico; As formas invasivas são mais comuns (porque o diagnóstico geralmente é mais tardio); Se assemelha ao câncer de endométrio = 2 a 3 x em obesas, diabéticas, e HAS; **Adeno in situ ou adeno invasor não é cone, é histerectomia. Umas da únicas situações que não é cone; Prognóstico – depende: Do mínimo comprometimento histológico dos paramétrios; Volume do tumor; Propagação para endométrio; Comprometimento linfonodal; Margem cirúrgicas comprometidas; Estádio Ib = 100% de sobrevida livre da doença em 3 anos; Estádio IIa = 81% de sobrevida; Estádio III = 66% de sobrevida; Apesar de ser uma doença mais grave, o prognóstico é bom; Baseia-se no diagnóstico, estadiamento e fatores prognósticos; Cirurgia: extirpação do tumor; Radioterapia externa: para reduzuir o volume do tumor e melhorar a geometria local; Braquiterapia (Radiomoldagem = RTX interna): redução do tumor, sempre que possível; Ia1 = conização clássica ou HTA (histerectomia total aberta); Ia2 = HTA + linfadenectomia pélvica (se > 50 anos = anexectomia bilateral); Ginecologi� � O�tetríci� Os Ia são todos cone, se a paciente tiver prole constituída pode histerectomizar. Mas não precisa. Normalmente é indicado!; Ib e IIa = Wertheim-Meigs (HTA + AB + Hemicolectomia + Parametrectomia bilateral + linfadenectomia pélvica); ⤲ Se prolapso → Cirurgia de Schauta-Amreich + Mitra (linfadenectomia e atual por videolaparo); ⤲ Se linfonodos comprometidos → RTx; IIb = radiomoldagem + radioterapia externa da pelve seguida 30 - 40 dias após de HTA + linfadenectomia; III = radioterapia + radiomoldagem + complementação parametrial; IV = igual acima só que com doses mais altas de RTx ou Quimioterapia: 5- fluoracil e cisplatina pacientes selecionadas nos estádios IIb, III e IV com metástases para-aórticos e pélvicas; para tumores recidivantes após Rtx e cirurgia; Recidivas: 3 meses após tratamento e antes de 2 anos → Mais comuns em Cúpula Vaginal (retorno pós-tratamento fazer uma avaliação colposcópica – Avaliação das orelhinhas de cachorro, porque a cúpula vaginal fica caindo, então tem que aplicar o logol/ácido e erguer com a pinça porque às vezes a lesão está ali embaixo e fica lesão – As lesões são mais comuns logo depois do tratamento); Tríade - Perda de peso + dor pélvica + edema unilateral das pernas = Sugestivo de doença em atividade; 1. Exame ambulatorial 3/3 meses no 1º ano (seguimento de câncer); 2. Após passa a ser semestral com: ⤲ Exame ginecológico; ⤲ Colpocitologia; ⤲ Colposcopia; ⤲ RX ou TC de Tórax; ⤲ Urografia excretora (dilatação ureteral pós cirúrgica → Regride em 6 meses); ⤲ TC ou RM para visualizar os linfáticos (normalmente faz TC total bare – tórax, abdome e pelve). Se a paciente tiver condições de fazer RM de pelve é melhor; Nenhuma mulher deveria morrer de câncer do colo uterino, pois esse é um câncer fácil de prevenir e curar; Basta se adequar às medidas de higiene e prevenção; Programar consultas ginecológicas periódicas!;
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