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Sistemas de primeira ordem Sistemas de segunda ordem Projeto de sistemas de controle Prof. Antônio Maia Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Engenharia Mecânica Pólos e zeros Zeros: Raízes do polinômio do numerador da função de transferência. Pólos: Raízes do polinômio do denominador da função de transferência. Zero: s=-2 Pólo: s=-5 Pólos e zeros › Um pólo da função de entrada gera a forma da resposta forçada; › Um pólo da função de transferência gera a forma da resposta natural; Pólos e zeros › Um pólo sobre o eixo real gera uma resposta exponencial da forma e-αt. No semiplano esquerdo, quanto mais à esquerda estiver o pólo, mais rápido a exponencial vai para zero. › Tanto o zero quanto o pólo influenciam na amplitude da resposta natural e da resposta forçada. Pólos e zeros A saída do sistema pode ser estudada a partir da análise dos zeros e dos pólos e de como eles se relacionam com a resposta temporal. Resposta ao impulso para sistemas com pólos em diferentes localizações. O conjugado complexo não está sendo representado. Sistemas de primeira ordem A resposta ao degrau unitário pode ser calculada fazendo R(s)=1/s: Expandindo em frações parciais: A resposta ao degrau unitário para sistemas de primeira ordem Sistemas de primeira ordem Aplicando a transformada inversa de Laplace: Para t=T o valor de c(T) é 0,632. A variável T é a constante de tempo do sistema e representa o instante de tempo em que a saída alcançou 63,2% do valor final. Sistemas de primeira ordem A determinação do valor em regime estacionário ou valor final da resposta de c(t) pode ser determinado utilizando o Teorema do Valor Final (TVF). c ∞ = lim 𝑡→∞ 𝑐(𝑡) = lim 𝑠→0 𝑠 𝐶(𝑠) Lembrando que este teorema somente pode ser aplicado a sistemas com pólos apenas no semi-plano esquerdo e até um pólo na origem. O TVF NÃO pode ser aplicado a sistemas com múltiplos pólos na origem, pólos no eixo imaginário ou pólos no semi-plano direito. Sistemas de primeira ordem Forma geral de um sistema de primeira ordem C 𝑠 𝑅(𝑠) = 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝐾 𝑇𝑠 + 1 Ganho estático Constante de tempo Termo independente unitário 𝐾 = ∆𝑐 𝑡 ∆𝑟(𝑡) = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 Sistemas de primeira ordem Na figura abaixo é apresentada a resposta de um sistema de primeira ordem a um degrau de entrada. Determine o ganho e a constante de tempo desse sistema. C 𝑠 𝑅(𝑠) = 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝐾 𝑇𝑠 + 1 𝐾 = ∆𝑐 𝑡 ∆𝑟(𝑡) = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 Sistemas de primeira ordem Na figura abaixo é apresentada a resposta de um sistema de primeira ordem a um degrau de entrada. Determine o ganho e a constante de tempo desse sistema. 𝐾 = ∆𝑐 𝑡 ∆𝑟(𝑡) = 2 − 0 1 − 0 = 2 𝑐(𝑇) = 0,632 ∗ ∆𝑐(t) 𝑐 𝑇 = 0,632 ∗ 2 = 1,264 C 𝑠 𝑅(𝑠) = 2 1,5𝑠 + 1 1,264 T=1,5s Sistemas de primeira ordem com atraso Na figura abaixo é apresentada a resposta de um sistema a um degrau unitário de entrada. Determine uma função de transferência para representar este sistema. Sistemas de primeira ordem com atraso Na figura abaixo é apresentada a resposta de um sistema a um degrau unitário de entrada. Determine uma função de transferência para representar este sistema. 1,264 t=3,7s 𝑐(𝑇) = 0,632 ∗ ∆𝑐(t) 𝑐 𝑇 = 0,632 ∗ 2 = 1,264 T= 3,7 − 0,75 = 2,95 t=0,75s 𝐾 = ∆𝑐 𝑡 ∆𝑟(𝑡) 𝐾 = 2 − 0 1 − 0 = 2 C 𝑠 𝑅(𝑠) = 2 2,95𝑠 + 1 Sistemas de primeira ordem com atraso Na figura abaixo é apresentada a resposta de um sistema a um degrau unitário de entrada. Determine uma função de transferência para representar este sistema. 1,264 t2=3,7st1=0,75s C 𝑠 𝑅(𝑠) = 𝐾 𝑇𝑠 + 1 ∗ 𝑒−θ𝑠 = 2 2,95𝑠 + 1 ∗ 𝑒−0,75𝑠𝐴𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 = t1=0,75 θ=t1=0,75s Sistemas de segunda ordem Forma geral de um sistema de segunda ordem C 𝑠 𝑅(𝑠) = 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝐾 𝑤𝑛2 𝑠2+ 2 ξ 𝑤𝑛 𝑠 + 𝑤𝑛2 Ganho estático Coeficiente de amortecimento Frequência natural não amortecida A partir da análise do coeficiente de amortecimento (ξ) é possível determinar a natureza da resposta transiente. Sistemas de segunda ordem Para ξ=0, a saída do sistema oscila com amplitude constante. O sistema é dito sem amortecimento. Exemplo: O sistema possui dois pólos imaginários com parte real nula. A frequência de oscilação é igual a parte imaginária do pólo. Sem amortecimento Sistemas de segunda ordem Para 0<ξ<1, a saída do sistema oscila com amplitude decrescente. O sistema é dito subamortecido. Exemplo: O sistema possui dois pólos complexos conjugados em -σd±j wd. A resposta natural apresenta uma senóide amortecida com uma envoltória exponencial cuja constante de tempo equivale ao inverso da parte real do pólo. A frequência de oscilação amortecida é igual à parte imaginária do pólo. Sub-amortecimento Sistemas de segunda ordem Para ξ=1, a saída do sistema não oscila e não apresenta sobressinal. O sistema é dito criticamente amortecido. Exemplo: O sistema possui dois pólos reais e iguais em -σ. Criticamente amortecimento Sistemas de segunda ordem Para ξ>1, a saída do sistema não oscila e não apresenta sobressinal. O sistema é dito super amortecido. Exemplo: O sistema possui dois pólos reais e diferentes em –σ1 e –σ2. Super amortecimento Sistemas de segunda ordem Comparativo entre as respostas ao degrau para os sistemas de segunda ordem estudados. Sem amortecimento Sub amortecido Criticamente amortecido Super amortecido Sistemas de segunda ordem Exercícios: Para os sistemas abaixo, determine os valores de ξ e wn. Em seguida, apresente a distribuição dos pólos no plano complexo e um esboço da forma da resposta ao degrau. Classifique cada resposta obtida. Sistemas de segunda ordem subamortecidos Resposta ao degrau de um sistema de segunda ordem subamortecido Sistemas de segunda ordem subamortecidos Definição das especificações da resposta transitória 𝑇𝑟 = 𝜋 − 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(𝜉) 𝜔𝑛 1 − 𝜉 2 Tempo de subida (Tr): Tempo de pico (Tp): Máximo sobressinal percentual (%OS ou MP): Tempo de estabelecimento (Ts): O arco-cosseno deve ser calculado em radianos Sistemas de segunda ordem subamortecidos Exercícios: Determine o valor de ξ, wn, Tp, Ts, Tr e MP para o sistema abaixo. Sistemas de segunda ordem subamortecidos Disposição dos pólos no plano complexo para sistemas de segunda ordem subamortecidos ξ=cos(θ) Sistemas de segunda ordem subamortecidos Resposta ao degrau de sistemas de segunda subamortecidos quando os pólos se movem com a parte real constante. Sistemas de segunda ordem subamortecidos Resposta ao degrau de sistemas de segunda subamortecidos quando os pólos se movem com a parte imaginária constante. Sistemas de segunda ordem subamortecidos Resposta ao degrau de sistemas de segunda subamortecidos quando os pólos se movem com fração de amortecimento constante. ζ=cos(θ) Sistemas de segunda ordem subamortecidos Exercício: Determine o valor de ξ, wn, Tp, Ts, Tr e MP para o sistema abaixo.