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Prévia do material em texto

EXAME PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA 
EM ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA - 2020 
 
 
 
1º Dia – 21/11/2020 
 
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES 
 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 100 questões 
numeradas de 1 a 100. Confira-o e caso esteja 
incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que 
ele tome as providências cabíveis. 
2. DESLIGUE seu celular. Não é suficiente colocá-lo em 
modo silencioso. Mantê-lo ligado causará sua 
eliminação deste concurso. 
3. Preencha a parte superior do CARTÃO-RESPOSTA 
com seu NÚMERO DE INSCRIÇÃO e, na parte inferior, 
escreva seu NOME e assine nos espaços próprios. Utilize 
caneta esferográfica grossa azul ou preta. 
4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-
RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído. 
5. Para cada uma das questões objetivas, são 
apresentadas 4 opções identificadas com as letras A, B, 
C e D. Apenas uma responde corretamente à questão. 
6. No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço 
compreendido no retângulo correspondente à opção 
escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma 
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas 
esteja correta. 
7. O tempo disponível para estas provas é de 4 (quatro) 
horas. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu 
CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações 
assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão 
considerados na avaliação. Não haverá tolerância para 
tempo adicional depois de decorridas as 4 horas. 
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o 
aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o 
CARTÃO-RESPOSTA. 
9. Você poderá levar o CADERNO DE QUESTÕES se sair 
definitivamente da sala nos 30 minutos que antecedem 
o término das provas. 
Abreviações: 
bpm – batimentos por minuto 
FC – frequência cardíaca 
PA – pressão arterial 
PAAF – punção aspirativa com agulha fina 
RM – ressonância magnética 
TC – tomografia computadorizada 
TOTG – teste oral de tolerância à glicose 
TFG – taxa de filtração glomerular 
US – ultrassonografia 
VR – valor de referência
 
 NÚMERO DE INSCRIÇÃO: _____ _____ _____ _____ 
 NOME:__________________________________________________________________________________ 
 ASSINATURA:___________________________________________________________________________
TEEM 2020 
 SBEM 2 
Questão 1 
Em relação ao diabetes mellitus pós transplante (DMPT) 
é CORRETO afirmar: 
A) DMPT é definido por hiperglicemia de jejum que se 
inicia nos primeiros dois meses após transplante de 
órgãos com elevação acentuada da hemoglobina glicada, 
não devendo ser realizado TOTG nesses pacientes; 
B) Pacientes mais jovens e obesos mórbidos, com níveis 
de zinco e magnésio elevados e pacientes com infecções 
virais prévias como citomegalovírus e hepatites B e C 
têm maior risco de DMPT; 
C) Dieta, atividade física e tratamento hipoglicemiante 
farmacológico, redução da dose da prednisolona para 
5mg/dia e o uso de tacrolimus em baixa dosagem ou a 
troca por ciclosporina melhoram o controle glicêmico; 
D) Nos pacientes com DMPT, o risco de eventos e morte 
cardiovascular é extremamente elevado e, dessa forma, 
o tratamento da glicose precisa ser intensificado, tendo 
com meta de hemoglobina glicada valores < 6 %. 
 
Questão 2 
Homem, 60 anos, com diabetes mellitus tipo 2, em uso 
de hipoglicemiante oral, foi internado em unidade de 
terapia intensiva há dois dias por choque séptico e 
descompensação diabética com hiperosmolaridade. No 
momento, hemodinamicamente estável, sem uso de 
droga vasoativa e em antibioticoterapia para tratamento 
de pneumonia. Está recebendo insulina endovenosa em 
bomba de infusão contínua e recebeu 30 unidades nas 
últimas 6 horas. Pretende-se realizar a transição da 
insulina por via endovenosa (EV) para subcutânea (SC). 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Está adequada a administração de dose inicial de 
insulina basal, por via SC, quatro horas antes do 
desligamento da bomba de infusão de insulina EV; 
B) Não é adequada a realização da transição da insulina 
endovenosa para subcutânea enquanto o paciente 
estiver em ambiente de terapia intensiva; 
C) O uso de escalonamento de doses de insulina rápida 
(sliding scale), por via SC, sem insulina basal, é o 
recomendado após desligar a bomba de infusão EV; 
D) Como o paciente não utilizava insulina previamente, 
não há necessidade de insulina basal, por via SC, após 
o desligamento da bomba de infusão EV. 
 
 
Questão 3 
Homem, 63 anos, diabético, com dores nas pernas há 2 
anos, em queimação, que piora à noite ao deitar. Ao 
exame: hipoestesia tátil, térmica e vibratória abaixo dos 
joelhos, hiperalgesia mecânica e ausência de alodinia. 
Com base no quadro clínico, marque a opção CORRETA 
com relação ao tratamento dessa complicação: 
A) A pregabalina é uma medicação de primeira linha no 
tratamento (grau de recomendação A), sendo bastante 
utilizada pois ajuda na perda de peso e não precisa de 
ajuste para função renal; 
B) A duloxetina é medicação de primeira linha de 
tratamento (grau de recomendação A), mas não se 
recomenda o uso junto com antidepressivos tricíclicos, 
nem em pacientes com insuficiência renal estágio final; 
C) A amitriptilina é grau de recomendação B e é 
recomendada para pacientes idosos pois apresenta 
poucos efeitos colaterais nessa população; 
D) O ácido tióctico, grau de recomendação B, é um 
antioxidante e uma boa opção para início de tratamento, 
mas deve ser utilizado com cuidado, pois pode 
aumentar os níveis glicêmicos. 
 
Questão 4 
Sobre a insulinoterapia, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) A insulina glargina pode ser misturada na seringa 
com as insulinas lispro, asparte ou glulisina na hora da 
administração; 
B) As insulinas NPH e regular podem ser misturadas na 
seringa, desde que a insulina NPH seja aspirada antes 
da insulina regular; 
C) A caneta de degludeca em uso precisa ser mantida 
sob refrigeração em geladeira entre 2 e 8 graus Celsius 
e tem duração de um mês; 
D) A agulha de 4 mm pode ser utilizada para aplicação 
de insulina em todos os indivíduos, independentemente 
de sexo, idade ou IMC. 
 
 
Questão 5 
No estudo SUSTAIN-6 houve um aumento na incidência 
de retinopatia diabética no grupo intervenção. A mais 
provável explicação para tal acontecimento é: 
A) Efeito direto da liraglutida na retina, estimulando 
neovasos; 
B) Ação da semaglutida estimulando VEGF; 
C) Rápido controle glicêmico no grupo intervenção; 
D) Aumento de espécies reativas de oxigênio no humor 
vítreo. 
 
 
Questão 6 
Mulher, 18 anos, sem história conhecida de diabetes 
prévio, tem diagnóstico confirmado de cetoacidose 
diabética nas últimas 5 horas. A paciente está 
recebendo hidratação parenteral com solução fisiológica 
a 0,9% e infusão intravenosa (IV) contínua de insulina 
a 0,1 U/kg por hora. A PA está normal e o nível de 
consciência preservado. Os novos exames revelam os 
seguintes resultados: glicemia 120 mg/dl (VR 70 a 99); 
Na 134 mEq/l (VR = 135 a 145), Cloro 90 mEq/l (VR 
90 a 100); K 4,0 mEq/l (VR 3,5 a 5,5); pH 7,19 (VR 7,35 
a 7,45) e HCO3 14 mEq/l (VR 24 a 28). A conduta 
CORRETA nesse momento é: 
A) Adicionar solução glicosada e potássio; 
B) Suspender infusão de insulina por 1-2 horas; 
C) Modificar a insulina IV para via subcutânea; 
D) Administrar bicarbonato por via IV. 
 
Questão 7 
A pioglitazona é um agonista do receptor PPAR-gama 
(“Peroxysome Proliferator Activated Receptor-gama”) com 
efeitos tanto sobre o metabolismo lipídico como 
glicídico. Sobre esse receptor e essa medicação, assinale 
a alternativa CORRETA: 
A) PPAR-gama é um receptor transmembrana acoplado 
a proteína G presente em pré-adipócitos. Sua ativação 
permite a diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos 
maduros; 
B) A pioglitazona tem efeito significativo na redução dos 
triglicérides por possuir também um efeito discreto 
promovendo a ativação do PPAR-alfa (receptor ativado 
pelos fibratos); 
C) O aumento da diferenciação depré-adipócitos em 
adipócitos maduros induzido pela ativação do PPAR-
gama se associa a uma redução significativa dos ácidos 
graxos livres, TNF-alfa e adiponectina; 
D) Mutações no gene do PPAR-gama já foram 
relacionadas com o desenvolvido de lipodistrofia 
congênita generalizada, com perfil fenotípico 
semelhante à Síndrome de Berardinelli-Seip. 
TEEM 2020 
 SBEM 3 
Questão 8 
Para proteção renal no paciente diabético, busca-se o 
uso de inibidores de SGLT2 (iSGLT2) e de anti-
hipertensivos que bloqueiem o sistema renina 
angiotensina (BRA/IECA). Em relação ao local de ação 
(arteríola aferente ou eferente) e à ação (vasodilatação 
ou vasoconstrição) dos iSGLT2 e dos BRA/IECA, 
assinale a alternativa CORRETA: 
A) iSGLT2 – eferente, vasodilatação; 
 BRA/IECA – aferente, vasoconstrição; 
B) iSGLT2 – eferente, vasoconstrição; 
 BRA/IECA – aferente, vasodilatação; 
C) iSGLT2 – aferente, vasodilatação; 
 BRA/IECA – eferente, vasoconstrição; 
D) iSGLT2 – aferente, vasoconstricção; 
 BRA/IECA – eferente, vasodilatação. 
 
 
Questão 9 
Recentemente uma nova insulina foi lançada no Brasil 
com uma característica de ter seu início de ação mais 
rápido que o das insulinas ultrarrápidas disponíveis até 
então. Sobre essa nova insulina, é CORRETO afirmar: 
A) Ainda não pode ser utilizada na gestação, pois é 
classificada como categoria de risco C; 
B) Está indicada apenas para diabéticos tipo 1, pois os 
estudos em diabéticos tipo 2 estão em andamento; 
C) Deve ser administrada cinco minutos antes da 
refeição ou até 15 minutos depois de iniciada a refeição; 
D) Na transição de outras insulinas ultrarrápidas para 
essa insulina, utiliza-se a proporção de 1U:1U. 
 
 
Questão 10 
Sobre os vários tipos de diabetes monogênico, é 
CORRETO afirmar que: 
A) O MODY 5 ocorre por mutação no HNF1A e pode 
apresentar alterações genito-urinárias e auditivas 
concomitantes; 
B) O MODY 3 evolui com perda progressiva na 
capacidade de secreção de insulina e responde bem a 
doses baixas de sulfonilureias; 
C) O MODY 2 (mutação no gene da glucoquinase) 
usualmente é controlado com sulfonilureia, precisando 
de insulina posteriormente. 
D) O MODY 1 (mutação no HNF4A) é o tipo mais 
frequente de diabetes monogênico e geralmente não 
cursa com complicações crônicas. 
 
 
Questão 11 
Menino, 13 anos, encaminhado com quadro de diabetes 
diagnosticado aos 11 anos. A mãe refere que a criança, 
desde os 5 anos de idade, foi perdendo gradualmente 
tecido adiposo e foram aparecendo manchas escuras em 
pescoço e axilas. Atualmente está usando insulina em 
doses elevadas. Refere artralgias e foi diagnosticado com 
artrite reumatoide juvenil. Ao exame apresenta 
acantosis nigricans, hepatomegalia, perda da bola 
gordurosa de Bichat, flebomegalia e escassez da gordura 
subcutânea em tronco e membros. O diagnóstico mais 
provável para essa criança é: 
A) Síndrome de Lawrence; 
B) Síndrome de Berardinelli-Seip; 
C) Síndrome de Duningan; 
D) Síndrome de Barraquer-Simons. 
 
 
 
Questão 12 
Homem, 46 anos, empresário, diabético há 2 anos com 
sobrepeso (IMC 26,2 kg/m2 e circunferência abdominal 
de 92 cm), em uso de terapia antidiabética oral tríplice 
com sitagliptina (100 mg), metformina (2 g) e 
pioglitazona (15 mg). Sem outras comorbidades, não 
fuma nem ingere bebidas alcoólicas. Há mais de um ano 
pratica exercícios físicos regulares e intensivos e tem 
avaliação cardiovascular recente normal. HbA1c recente 
de 6,5 % e demais exames laboratoriais normais. 
Planeja viajar para Machu Picchu e quer fazer uso de 
acetazolamida, recomendado por amigo médico, para 
evitar mal-estar por altitude, o “Mal da Montanha”. Qual 
a recomendação mais adequada nesse caso? 
A) Proibir a viagem, uma vez que diabéticos com tal 
estado clínico não podem viajar para locais com elevada 
altitude; 
B) Permitir a viagem, desde que com período máximo de 
uma semana, para minimizar os efeitos deletérios da 
altitude, mas sem o uso da acetazolamida, pelo seu 
efeito hiperglicemiante; 
C) Permitir a viagem e o uso da acetazolamida, 
recomendando a suspensão da metformina nesse 
período; 
D) Permitir a viagem e o uso da acetazolamida, 
recomendando a suspensão da sitagliptina nesse 
período. 
 
 
Questão 13 
Observe a figura abaixo: 
 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) O transportador de glicose (GLUT) marcado em A é o 
GLUT-4; 
B) O íon C é o sódio e a sua manutenção no exterior da 
célula a despolariza; 
C) O íon D é o cálcio e a sua entrada na célula é 
essencial para a secreção da insulina; 
D) O canal 1 é fechado pelo aumento do B que 
representa o potássio intracelular. 
 
 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 4 
Questão 14 
Recentemente estudos com uma classe de drogas 
antidiabéticas mostraram proteção renal e redução de 
hospitalização por insuficiência cardíaca. Quanto aos 
efeitos clínicos dessa classe, é CORRETO afirmar que: 
A) Reduz o hematócrito por efeito inibitório na produção 
renal de eritropoietina; 
B) Reduz o colesterol LDL sérico por aumentar o 
clearance do colesterol; 
C) Aumenta a gliconeogênese hepática por aumentar a 
liberação de glucagon pelas células alfa pancreáticas; 
D) Aumenta os níveis plasmáticos de ácido úrico em 
decorrência do aumento da glicosúria. 
 
Questão 15 
Mulher, 33 anos, vem à consulta com 25 semanas de 
gestação e foi feito diagnóstico de diabetes gestacional. 
Tinha glicemias capilares de jejum sistematicamente 
acima de 110 mg/dl e o médico prescreveu insulina NPH 
10 unidades ao deitar. Ela usa um sensor de glicose tipo 
“flash” e traz um relatório onde a glicose estaria “no 
alvo” (entre 70 e 180 mg/dl, conforme o manual) em 88 
% das determinações. Os gráficos mostram que a 
glicemia se eleva acima de 140 mg/dl após o almoço, 
permanecendo nesta faixa até em torno das 17 h. Não 
há hipoglicemias, com valores noturnos após o jantar 
entre 100 e 120 mg/dl e madrugada entre 80 e 95 
mg/dl. Qual das alternativas abaixo seria uma 
providência adequada a tomar a partir de agora? 
A) Adicionar glimepirida pré-almoço; 
B) Aumentar a dose da insulina NPH; 
C) Manter o esquema atual, porque a glicose está no alvo 
do aparelho; 
D) Acrescentar insulina ultrarrápida no almoço. 
 
Questão 16 
Sobre complicações da derivação gástrica em Y de Roux 
(DGYR), da gastrectomia vertical (GV) e das derivações 
biliopancreáticas a Scopinaro (DBP-S) e a duodenal 
switch (DBP-DS), assinale a alternativa CORRETA: 
A) A presença de febre e leucocitose são sinais precoces 
de fístula, que raramente necessita de intervenção 
cirúrgica na DGYR; 
B) Fístulas são mais frequentes na DBP-DS do que na 
DBP-S, mas úlceras de anastomose são mais raras na 
DBP-DS do que na DBP-S; 
C) Vômitos alimentares são sugestivos de obstrução da 
alça biliopancreática e vômitos biliosos de obstrução da 
alça comum na DGYR; 
D) A presença de anastomoses digestivas na GV 
aumenta o risco de fístula na região do fundo gástrico. 
 
Questão 17 
Mulher, 21 anos, com histórico de obesidade desde a 
infância e transtorno disfórico pré-menstrual, em uso 
de sibutramina 15 mg, prescrita pelo endocrinologista, 
e de fluoxetina 40 mg/dia, prescrita pelo ginecologista. 
Este trocou a fluoxetina por paroxetina 20 mg, sem 
pausa entre eles. Uma semana após o início da 
paroxetina, a paciente relatou aumento da ansiedade, 
insônia e agitação constante. Depois de alguns dias 
referiu palpitações, fraqueza, espasmos incontroláveis, 
tremor e ao exame físico apresentava taquicardia, 
hiperreflexia e temperatura de 38,5 oC. O diagnóstico é 
compatível com: 
A) Síndrome neuroléptica maligna; 
B) Síndrome serotoninérgica; 
C) Tempestade tireotóxica; 
D) Síndrome da taquicardia postural ortostática. 
Questão 18 
Mulher, 33 anos, é trazida pelo SAMU ao hospital por 
ter sofrido síncope em um shopping center. Quando os 
paramédicos chegaram, estava torporosa e sudorética. 
Glicemia capilar foi 38 mg/dl. Já no local, recebeu 
solução glicosada por via venosa e o quadro se resolveu 
imediatamente. Ao revisar oprontuário, você constata 
que ela se submeteu a cirurgia bariátrica (derivação em 
Y de Roux) há 5 meses, sem intercorrências, e vinha 
perdendo peso de forma satisfatória. Sem sinais de 
doença sistêmica e teste de gravidez está negativo. A 
paciente refere que vem tendo palpitações, sudorese e 
tremores ao acordar e, não raro, se passa mais de 5-6 
horas sem se alimentar. Assinale a alternativa 
CORRETA sobre o próximo passo de investigação: 
A) Hospitalização para teste de jejum por 72 horas; 
B) Pedir um teste de refeição mista; 
C) Avaliar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal; 
D) Solicitar uma endoscopia digestiva alta. 
 
 
Questão 19 
Mulher, 67 anos, foi submetida a bypass gástrico em Y 
de Roux há 2 anos e, a densitometria óssea de 
seguimento pós-operatório, mostrou osteoporose. O 
tratamento farmacológico da osteoporose MAIS 
ADEQUADO nessa paciente é: 
A) Suplementos a base de carbonato de cálcio, 
colecalciferol objetivando 25OHVitamina D > 20 ng/ml 
e alendronato 70 mg, via oral, semanalmente; 
B) Suplementos a base de citrato de cálcio, colecalciferol 
objetivando 25OHVitamina D > 20 ng/ml e ibandronato 
150 mg, via oral, mensalmente; 
C) Suplementos a base de citrato de cálcio, colecalciferol 
objetivando 25OHVitamina D > 30 ng/ml e zoledronato 
5 mg, endovenoso, anualmente; 
D) Suplementos a base de carbonato de cálcio, 
colecalciferol objetivando 25OHVitamina D > 30 ng/ml 
e ibandronato 3 mg, endovenoso, trimestralmente. 
 
 
Questão 20 
O índice de massa corpórea (IMC) é utilizado para 
diagnóstico de obesidade. Assinale a alternativa 
CORRETA que mostra a faixa de valor normal de IMC 
respectivamente em crianças/adolescentes (desvio-
padrão do IMC ou Z-IMC), adultos ocidentais, adultos 
de origem asiática e idosos (kg/m2): 
A) -1 a +2; 18,5 a 25,0; 18,5 a 25,0; 18,5 a 26,9; 
B) -1 a +1; 18,5 a 24,9; 18,5 a 22,9; 22,0 a 26,9; 
C) -1 a +1; 18,5 a 24,9; 18,5 a 24,9; 20,0 a 24,9; 
D) -2 a +2; 18,5 a 24,9; 18,5 a 22,9; 20,0 a 24,9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 5 
Questão 21 
Adolescente, 13 anos, vem à consulta, acompanhado 
dos pais, por obesidade. O jovem tem IMC 42 kg/m2, 
acantosis nigricans em região cervical e axilas, PA 
normal e nenhum estigma de síndrome de Cushing. 
Exames laboratoriais recentes mostram glicemia 88 
mg/dl, HbA1c 5,1 %, triglicerídeos 200 mg/dl, HDL 34 
mg/dl e ácido úrico 7,1 mg/dl. A mãe relata que há 10 
meses vem em acompanhamento com nutricionista e há 
4 meses uma psicóloga vem fazendo terapia cognitivo-
comportamental. O paciente é ativo fisicamente, 
frequentando academia e fazendo caminhadas (60 
minutos diariamente). Qual dos medicamentos a seguir 
pode ser corretamente indicado como tratamento 
adjuvante da obesidade, nesse caso? 
A) Topiramato; 
B) Naltrexona + bupropiona; 
C) Liraglutida; 
D) Sibutramina. 
 
 
Questão 22 
Mulher, 45 anos, foi submetida a bypass gástrico em Y 
de Roux há 4 anos. Na ocasião, seu IMC era 46 kg/m². 
Perdeu mais de 50 % do excesso de peso até o segundo 
ano pós-operatório. Nos últimos meses, vem tendo 
episódios frequentes de confusão mental, fala 
arrastada, sudorese e cefaleia, iniciando entre 2 e 3 
horas após comer. Nega episódios semelhantes ao 
despertar. Vem usando todas as suplementações 
prescritas e não iniciou nenhuma medicação nova. Peso 
estável, sem alteração de apetite. PA 110 x 80 mmHg. 
Qual seria o passo inicial na avaliação? 
A) Confirmar tríade de Whipple: medir glicose no 
momento do sintoma e ingerir carboidrato para ver se 
sintomas aliviam; 
B) Hospitalizar e fazer um teste de jejum prolongado por 
72 horas, medindo glicemia e insulinemia a cada 6 
horas; 
C) Encaminhar urgentemente para avaliação 
neurológica, face à hipótese de encefalopatia por 
deficiência de tiamina; 
D) Referir novamente ao cirurgião bariátrico para que 
revise a anastomose gastro-jejunal. 
 
 
Questão 23 
Mulher, 34 anos, há cerca de um ano com queixa de 
hiperfagia vespertina/noturna, insônia inicial, 
episódios de ansiedade, frequentemente com 
dificuldade de manter o sono e despertares seguidos de 
ingestão alimentar, com anorexia matinal. Nega 
comportamentos purgativos. O quadro é sugestivo de 
uma alteração do comportamento alimentar. Assinale a 
alternativa CORRETA em relação ao diagnóstico e 
tratamento: 
A) Transtorno da compulsão alimentar - 
lisdexanfetamina; 
B) Síndrome do comer noturno - sertralina; 
C) Transtorno alimentar relacionado com o sono - 
zolpidem; 
D) Bulimia nervosa não purgativa - fluoxetina. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 24 
Em relação à cirurgia bariátrica ou metabólica no 
tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), é 
CORRETO afirmar: 
A) A redução da glicemia ocorre por efeitos incretínicos, 
sem nenhuma relação com a perda de peso; 
B) Menor tempo do diagnóstico à cirurgia se 
correlaciona com menor chance de remissão do DM2; 
C) A remissão do DM2 é menor com bypass gástrico em 
Y de Roux comparado à banda gástrica; 
D) HbA1c mais alta e uso de insulina se correlaciona 
negativamente com a chance de remissão de DM2. 
 
 
Questão 25 
Mãe traz menino de 9 anos de idade com redução da 
visão progressiva à noite e com perda da visão central. 
Refere que a criança inclina a cabeça para um dos lados 
para pegar um objeto no chão. Teve um diagnóstico de 
distrofia retiniana. A mãe relata atraso da fala, 
dificuldade no aprendizado, alterações de 
comportamento e incoordenação motora, aumento do 
volume de urina e muita sede. O peso ao nascimento foi 
3 kg com aumento significativo do peso no primeiro ano 
de vida, e posteriormente. Apresenta polidactilia pós-
axial no lado ulnar em mãos e pés, pênis e testículos 
com dimensões reduzidas, palato ogival e anomalias 
dentárias. Um exame radiológico apresentou 
deformidade calicial e rins com lobulação fetal. Sobre 
esta condição, assinale a alternativa CORRETA: 
A) Trata-se da síndrome de Laurence-Moon; 
B) Existem mais de 14 loci situados em cromossomos 
diferentes relacionados com esta síndrome; 
C) A síndrome leva a perda da visão central, mas não à 
cegueira completa; 
D) Trata-se de uma variante da síndrome de Prader-
Willi. 
 
 
Questão 26 
Mulher, 45 anos, assintomática, hipertensa há 3 anos 
em uso apenas de enalapril 10mg/dia. Nega tabagismo 
e história pessoal ou familiar de AVC, IAM ou 
revascularização. IMC 28,4 kg/m² e PA 123 x 78 mmHg. 
Exames recentes: HbA1c 5,1 % (VR < 5,7); Glicemia 98 
mg/dl (VR 70 a 99); LDL 115 mg/dl; Triglicerídeos 332 
mg/dl; HDL 34 mg/dl; Colesterol Não-HDL 145 mg/dl; 
creatinina 1,1 mg/dl (VR 0,7 a 1,2); albuminúria 32 
mg/dl (VR < 15). Utilizando a diretriz da associação 
americana de cardiologia (2018), é CORRETO afirmar: 
A) O alvo de não HDL-colesterol <130 mg/dl é a meta 
terapêutica primária nessa paciente, por apresentar 
hipertrigliceridemia com dislipidemia tipicamente 
aterogênica; 
B) Identificando como doença renal crônica estágio IV e 
V a paciente faz parte de uma população de benefício 
para iniciar o uso de estatinas; 
C) Há indicação do uso de ferramentas (escores de risco) 
para cálculo de risco cardiovascular (CV). A terapia com 
estatina pode ou não ser recomendada se a paciente 
apresentar risco borderline (7,5 a 10 % em 10 anos); 
D) Se a paciente tiver condições sistêmicas como lúpus, 
artrite reumatoide ou história de menopausa precoce 
e/ou diabetes gestacional são agravantes que podem 
mudar a sua estratificação de risco CV. 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 6 
Questão 27 
Em relação à hipertrigliceridemia severa, assinale a 
afirmativa CORRETA: 
A) Quando causada por hiperquilomicronemia, observa-
se um aumento importante dos triglicerídeos às custas 
das moléculas de IDL e VLDL-colesterol circulantes. O 
colesterol total também pode estar elevado, mas sempre 
em uma proporção triglicerídeos:colesterol < 5:1; 
B) O tratamento com volanesorsen, um inibidor 
antisenso do RNA mensageiro da Apo CIII, diminui em 
até 60 a 80 % os níveis de triglicerídeos e com isso o 
risco de evolução para pancreatite aguda;C) Caso se opte pela utilização de ômega 3 e 6, as formas 
purificadas de ácidos graxos que contêm mais ácido 
docosahexanóico (DHA) são as que possuem maior 
efeito redutor, com doses de 6 g/dia; 
D) Os xantomas tuberosos ou tuberoeruptivos, 
localizados nas superfícies extensoras, são geralmente 
móveis, de cor alaranjada ou vermelha e 
patognomônicos de mutações do gene ABCA1, que 
codifica o ATP binding cassette transporter A1. 
 
 
Questão 28 
Homem, 56 anos, com diabetes tipo 2 há 4 anos, 
hipertenso, tabagista, teve infarto agudo do miocárdio 
há 1 ano, sendo realizada angioplastia. Em uso de 
enalapril 20 mg 2 vezes ao dia, hidroclorotiazida 25 mg, 
AAS 100 mg, clopidogrel e metformina 850 mg 3 vezes 
ao dia. Foi prescrito atorvastatina 40 mg, mas ele 
suspendeu há 1 semana por “dor nas pernas”. Exames 
atuais: colesterol total 159 mg/dl; HDL 31 mg/dl; LDL 
86 mg/dl, triglicerídeos 210 mg/dl; CPK total 402 U/l 
(VR 22 a 334). Qual das condutas abaixo é a mais 
apropriada? 
A) Devido à possibilidade de rabdomiólise, manter a 
suspensão da atorvastatina e trocar para ezetimiba já 
que está contraindicado o uso das estatinas; 
B) Nesse momento não há indicação de estatina, 
devendo ser repetido 6/6 meses o perfil lipídico já que 
LDL está menor do que 100 mg/dl; 
C) A atorvastatina é metabolizada pelo CYP3A4, devendo 
ser trocada por outra estatina de alta potência, como 
rosuvastatina 20-40 mg; 
D) Está indicada a troca para um fibrato, já que a 
metabolização da atorvastatina tem interação com o 
clopidogrel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 29 
A lipoproteína (a) é um biomarcador de avaliação de 
risco cardiovascular que: 
A) é um fator de risco causal independente para infarto 
do miocárdio, acidente vascular cerebral, estenose 
valvar aórtica, doença aterosclerótica e morte 
cardiovascular, segundo estudos de randomização 
mendeliana; 
B) apresenta estrutura semelhante à molécula de LDL-
colesterol, sendo composta por uma molécula de Apo A 
ligada à Apo B por pontes dissulfídicas e tendo 80 a 90% 
da sua composição determinada por fatores ambientais 
(dieta e exercícios); 
C) deve ser mensurada em indivíduos com história 
familiar de doença cardiovascular prematura, 
hipertrigliceridemia primária, suspeita de 
hipercolesterolemia familiar ou níveis de LDL-colesterol 
> 160 mg/dl; 
D) indica um risco cardiovascular aumentado quando 
muito elevada (>180 mg/dl ou 430 nmol/l) em adultos 
jovens, devendo-se usar para a sua redução o 
tratamento com estatinas de alta potência ou na dose 
máxima tolerada. 
 
Questão 30 
Menina, 10 anos, com hipercolesterolemia em dieta 
hipolipídica desde os 5 anos de idade, com pouca 
melhora dos exames laboratoriais. PA 90 x 60 mmHg; 
FC 88 bpm, sem xantomas. Mamas Tanner 2. Restante 
do exame físico normal. 
Exames laboratoriais: colesterol total 380 mg/dl, HDL 
55 mg/dl, triglicerídeos 77 mg/dl. 
Pais saudáveis, ignoram níveis pessoais de colesterol, 
avó materna (60 anos) com miocardiopatia dilatada 
isquêmica e tia materna teve morte súbita aos 55 anos. 
Excluídas causas de hipercolesterolemia secundária. 
Sobre o caso clínico, é CORRETO afirmar: 
A) A paciente deverá manter dieta hipolipídica até a 
menarca, quando poderá iniciar estatina; 
B) A paciente deverá iniciar sequestrantes de ácidos 
biliares, já que é a única medicação aprovada nessa 
idade; 
C) A paciente deverá iniciar estatina, podendo ser 
associado a ezetimiba caso necessário; 
D) A paciente deverá iniciar associação de sequestrantes 
de ácidos biliares e ezetimiba, únicas drogas aprovadas 
nessa idade. 
 
Questão 31 
Homem, 65 anos, sem comorbidades e eutireoidiano, 
traz US de tireoide solicitada pelo cardiologista após um 
achado sugestivo de alteração em um doppler de 
carótidas. US de tireoide: volume 12 cm³, textura 
homogênea. Nódulo com 1,8 cm, hipoecogênico, com 
microcalcificações e bordas irregulares em lobo 
esquerdo. 
PAAF evidenciou resultado Bethesda VI. 
Qual a conduta mais apropriada? 
A) Encaminhar para medicina nuclear para iodoterapia 
do nódulo quente; 
B) Pelo alto risco de câncer, solicitar PET-FDG para 
rastreio de metástases; 
C) Solicitar teste molecular para identificar mutações 
sugestivas de carcinoma medular; 
D) Encaminhar à cirurgia de cabeça e pescoço para 
tireoidectomia. 
TEEM 2020 
 SBEM 7 
Questão 32 
Mulher, 45 anos, apresenta quadro de taquicardia, 
tremores, irritabilidade e dor de forte intensidade em 
região cervical anterior há 6 dias. No último mês teve 
uma síndrome gripal e o teste de swab nasal e oral para 
pesquisa de RT-PCR para COVID-19 foi positivo. Ao 
exame físico FC 110 bpm, PA 140x70 mmHg, palpação 
de tireoide prejudicada pela dor de forte intensidade na 
região. Considerando o diagnóstico mais provável, quais 
exames complementares devem ser solicitados? 
A) Hemograma, T4 livre, TSH, VHS; 
B) Tomografia computadorizada de tórax; 
C) Sorologia para COVID-19 IgG e IgM; 
D) Ultrassonografia cervical e D-dímero. 
 
 
Questão 33 
Homem, 40 anos, tem hipertireoidismo por doença de 
Graves há 6 meses. Faz uso de metimazol e está clínica 
e laboratorialmente eutireoideo. Há 3 semanas iniciou 
proptose ocular bilateral associada a lacrimejamento, 
fotofobia, sensação de areia nos olhos e dor retro-ocular 
espontânea. Ao exame físico ocular apresenta hiperemia 
conjuntival, sem edemas. Considerando as 
manifestações clínicas e o exame físico, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) Trata-se de quadro de orbitopatia de Graves em 
atividade inflamatória ativa devendo-se iniciar 
corticoterapia via endovenosa devido ao risco de perda 
de visão; 
B) O quadro corresponde a orbitopatia de Graves em 
atividade inflamatória ativa com indicação de uso de 
corticoide oral em dose imunossupressora associada à 
radioterapia retro-ocular; 
C) Os achados são compatíveis com orbitopatia de 
Graves leve onde medidas locais, como lubrificação 
ocular com colírios, óculos escuros e seguimento clínico 
são mais apropriadas no momento; 
D) O quadro corresponde à orbitopatia de Graves em 
atividade inflamatória ativa e o tratamento de escolha 
envolve medidas locais, tais como colírios, oclusão 
ocular e uso de anti-inflamatórios não esteroides. 
 
 
Questão 34 
Homem, 80 anos, vem encaminhado pelo cardiologista 
com os seguintes exames realizados como parte de uma 
avaliação de rotina por ter hipertensão. 
TSH 8,3 mUI/l (VR 0,4 a 4,0 para a população geral); 
T4 livre 1,4 ng/dl (VR 0,8 a 1,9); 
antitireoperoxidase 10 UI/ml (VR < 35). 
O paciente estava assintomático e não tinha exames 
prévios. Sem história familiar de doenças da tireoide. Os 
demais exames são normais e vem tratando hipertensão 
com uma combinação de diurético tiazídico e poupador 
de potássio com bom controle. 
Em relação a esse paciente, é CORRETO afirmar: 
A) O primeiro passo é repetir os exames de avaliação da 
função tireoidiana para confirmação do quadro; 
B) O tratamento deve ser imediatamente iniciado, com 
objetivo de diminuir mortalidade cardiovascular; 
C) O TSH está muito elevado para essa idade, apesar de 
ainda haver discussão sobre valor normal em idosos; 
D) Há evidências de que o tratamento combinado T4 e 
T3 trará benefício clínico para esse paciente. 
 
Questão 35 
Homem, 36 anos, com hipertireoidismo por doença de 
Graves há 6 meses. Atualmente em uso de metimazol 
20 mg/dia, mantendo nível de TSH suprimido, T4 livre 
1,5 ng/dl (VR 0,8 a 1,9); TRAb 3,2 UI/l (VR < 1,75). Nega 
tabagismo. Ao exame não apresenta sinais da atividade 
inflamatória na órbita com CAS (clinical activity score) 
igual a um. Há 3 semanas iniciou prurido difuso, que 
tem se intensificado nos últimos dias, principalmente 
em membros superiores e inferiores, sem melhora com 
uso de antialérgicos não hormonais. 
Qual a conduta mais apropriada? 
A) Trocar a droga antitireoidiana para propiltiouracila 
pois não existe associação entre efeitos colaterais com o 
uso de metimazol e propiltiouracila; 
B) Tireoidectomiade urgência, pois os efeitos colaterais 
menores podem progredir para agranulocitose ou 
hepatite medicamentosa; 
C) Há indicação de radioiodoterapia como tratamento 
definitivo, associada ao uso profilático de corticoides 
como prednisona; 
D) Mudança de tratamento com realização de 
radioiodoterapia, sem necessidade do uso profilático de 
corticoides. 
 
 
Questão 36 
Mulher, 36 anos, com queixa de cansaço, desânimo e 
queda de cabelo. Ao exame clínico apresentava pele 
seca, hiporreflexia patelar, FC 52 bpm, tireoide não 
palpável. TSH 15,0 mUI/l (VR 0,4 a 4,0); T3 0,65 ng/ml 
(VR 0,7 a 1,8) e T4 livre 0,6 ng/dl (VR 0,8 a 1,9). 
Cintilografia de tireoide com níveis de captação de 
radioiodo discretamente diminuídos. Assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) A paciente apresenta provável resistência aos 
hormônios tireoidianos por mutação da subunidade 
beta do receptor do hormônio tireoidiano; 
B) A paciente apresenta provavelmente tireoidite crônica 
autoimune e o anticorpo antitireoperoxidase ajuda a 
confirmar a hipótese de tireoidite de Hashimoto; 
C) Não é possível afastar o diagnóstico de 
hipotireoidismo subclínico, pois os sintomas de 
hipotireoidismo são frustros e inespecíficos; 
D) A reposição hormonal deve ser feita com levotiroxina 
na dose inicial de 1,6 mcg/kg de peso por dia, embora 
o ideal seja associar T3 ao tratamento. 
 
Questão 37 
Homem, 40 anos, apresenta US de tireoide com “nódulo 
em istmo, com 1,4 cm, sólido, hipoecoico, paralelo à 
pele, margens regulares, com microcalcificações e 
vascularização predominante central, TIRADS 5”. 
De acordo com a classificação de 2017 da American 
College of Radiology, as características 
ultrassonográficas do nódulo que foram consideradas 
para a sua classificação TIRADS são: 
A) Ecogenicidade, margens, vascularização, tamanho e 
composição; 
B) Margens, focos ecogênicos, tamanho, forma e 
vascularização; 
C) Ecogenicidade, focos ecogênicos, vascularização, 
composição e localização; 
D) Ecogenicidade, margens, focos ecogênicos, forma e 
composição. 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 8 
Questão 38 
Homem, 57 anos, observou aumento de volume cervical 
há 6 meses. Ao exame físico mostrou nódulo de 2,3x3,1 
cm em lobo esquerdo de tireoide. Foi submetido à PAAF, 
cujo exame citológico, com amostra representativa, 
mostrou: 
“Células foliculares com anisocariose, cromatina 
irregularmente distribuída, nucléolos proeminentes, 
inclusão citoplasmática intranuclear (pseudo-inclusão 
nuclear) e dobras da membrana nuclear (grooving)”. 
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao diagnóstico: 
A) Trata-se de uma atipia de significado indeterminado 
(Bethesda III), não sendo possível a diferenciação de um 
adenoma ou de um carcinoma folicular; 
B) A citologia da PAAF é benigna (Bethesda II), sendo 
possível o seguimento do nódulo tireoidiano com 
ultrassonografia de tireoide a cada 6 meses; 
C) A citologia da PAAF já é suficiente para diagnóstico 
de carcinoma papilífero de tireoide (Bethesda VI), sendo 
indicada a tireoidectomia total; 
D) As principais hipóteses são carcinoma anaplásico e 
carcinoma pouco diferenciado, não sendo possível 
diferenciar apenas com esses achados citológicos. 
 
 
Questão 39 
Mulher, 43 anos, sem comorbidades, vem para consulta 
de rotina. Queixa-se de prurido em região dorsal e rubor 
facial à ingesta de bebida alcoólica. Ao exame tireoide 
normopalpável e presença de líquen cutâneo em dorso. 
Traz US de tireoide com nódulo em lobo direito com 0,86 
cm, sólido, hipoecoico, com microcalcificações e 
margens espiculadas. Uma PAAF mostrou 
citopatológico de carcinoma medular. Qual a conduta 
mais apropriada? 
A) Seguimento com US e realizar tireoidectomia total se 
volume do nódulo aumentar em mais de 50 %; 
B) Afastar feocromocitoma e indicar lobectomia por se 
tratar de um microcarcinoma (< 1 cm); 
C) Tireoidectomia total imediata com iodoterapia 
complementar e supressão do TSH no seguimento; 
D) Afastar feocromocitoma e realizar tireoidectomia total 
com esvaziamento do compartimento central. 
 
 
Questão 40 
Mulher com doença de Graves em uso de metimazol 
(MTZ) há 8 meses (30 mg/dia) descobre que está grávida 
e retorna ao endocrinologista com 15 semanas de 
gestação, assintomática. 
Exames laboratoriais recentes: 
TSH 0,01 mUI/l (VR 0,4 a 4,0 para não gestantes); 
T4 livre 1,9 ng/dl (VR 0,8 a 1,9); 
TRAb 10 UI/l (VR < 1,75). 
A conduta CORRETA a ser tomada nesse momento é: 
A) Aumentar a dose do metimazol para melhorar o 
controle nesse período crítico da gestação; 
B) Trocar metimazol para propiltiouracila 600 mg/dia 
na relação de 1:20 (MTZ:PTU) pelo risco na gestação; 
C) Manter o metimazol na dose prescrita, considerando 
a idade gestacional atual da paciente; 
D) Associar levotiroxina ao metimazol para fazer a 
terapia “block and replace”. 
 
 
 
 
 
 
Questão 41 
Considerando que os testes moleculares podem ser 
utilizados com valor prognóstico para nódulos 
tireoidianos categorias III e IV de Bethesda, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) Mutações BRAF V600E e TERT têm pior prognóstico 
no carcinoma diferenciado de tireoide; 
B) Rearranjo do RET é típico do carcinoma medular de 
tireoide e sinaliza melhor prognóstico; 
C) Mutação do RET/PTC é encontrada no carcinoma 
folicular de tireoide com melhor prognóstico; 
D) Rearranjo do RAS é específica do carcinoma 
anaplásico com pior prognóstico. 
 
 
Questão 42 
Homem, 45 anos, sem comorbidades prévias, há 3 
meses teve diagnóstico de doença de Graves e iniciou o 
uso de metimazol. Há 1 mês, por melhora dos sintomas 
iniciais do hipertireoidismo, suspendeu a medicação por 
conta própria. Deu entrada no pronto socorro 
apresentando, há 2 dias, quadro de agitação 
psicomotora, taquicardia, vômitos, dispneia, febre, 
tremores. Ao exame físico: temperatura de 40 °C, FC 
146 bpm, PA 160x90 mmHg. Exame laboratoriais: TSH 
0,01 mUI/l (VR 0,4 a 4,0); T4 livre 3,6 ng/dl (VR 0,8 a 
1,9); cálcio 10,3 mg/dl (VR 8,8 a 10,6); glicose 112 
mg/dl (VR 70 a 99); creatinina 1,5 mg/dl (VR 0,7 a 1,3); 
TGO 60 U/l (VR até 40); TGP 57 U/l (VR até 58); 
hemograma e urina normais. Diante desse quadro, qual 
das alternativas representa a melhor conduta? 
A) Reiniciar metimazol imediatamente e medidas de 
suporte (aspirina e cobertor frio) e prescrever 
propranolol, lugol e corticoide para tratamento 
domiciliar; 
B) Iniciar lugol imediatamente junto com medidas de 
suporte (aspirina e cobertor frio), seguido de 
propiltiouracila, propranolol, corticoide e internação 
hospitalar; 
C) Iniciar lugol e medidas de suporte (acetoaminofeno e 
cobertor frio) imediatamente, seguido de prescrição de 
propiltiouracila, propranolol e corticoide para 
tratamento domiciliar; 
D) Iniciar propiltiouracila e medidas de suporte 
(acetoaminofeno e cobertor frio) imediatamente, seguido 
de propranolol, lugol e corticoide e internação 
hospitalar. 
 
 
Questão 43 
Em resposta à doença crítica, os valores dos hormônios 
tireoidianos podem se alterar. Assinale a resposta 
CORRETA: 
A) Paciente com doença leve/moderada, T4 usualmente 
se eleva e o TSH e o T3 estão baixos; 
B) No paciente com doença mais grave e prolongada, T4 
e TSH se reduzem; 
C) No choque séptico, TSH e T4 se elevam 
significativamente; 
D) Na fase aguda do infarto do miocárdio, TSH se eleva 
e T4 cai abaixo do valor de referência. 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 9 
Questão 44 
Mulher, 30 anos, é avaliada com sintomas de cansaço e 
obstipação. Exames laboratoriais revelam: TSH 70 
mUI/l (VR 0,4 a 4,0) e T4 Livre 1,5 ng/dl (VR 0,8 a 1,9). 
A avaliação laboratorial foi reavaliada e mostrou os 
seguintes resultados: 
TSH 75 mUI/l (VR 0,4 a 4,0), T4 livre 1,6 ng/dl (VR 0,8 
a 1,9), T4 total 10,0 mcg/dl (VR 6 a 12). Anticorpos 
antitireoidianos negativos e ultrassonografia de tireoide 
normal. Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Trata-se de hipotireoidismo primário e deve-se iniciar 
tratamento com levotiroxina; 
B) Deve-se considerar a possibilidade de interferênciaanalítica como a presença de macroagregados (macro-
TSH) levando ao achado discordante; 
C) Hipertireoidismo central por tumor hipofisário ou 
síndrome de resistência aos hormônios tireoidianos 
devem ser considerados como causa do achado 
laboratorial; 
D) O quadro laboratorial discordante deve ser 
decorrente de provável uso de biotina pela paciente. 
 
 
Questão 45 
Mulher, 54 anos, sem comorbidades prévias, veio 
encaminhada para avaliar tireoide. Ansiosa, com 
tremores, palpitações, insônia e irritabilidade. PA 
130x90 mmHg, FC 100 bpm. Tireoide normopalpável. 
Exames: TSH 0,1 mUI/l (VR 0,4 a 4,0); T4 livre 2,0 ng/dl 
(VR 0,8 a 1,9); T3 1,8 ng/ml (VR 0,7 a 1,8); anticorpos 
antitireoperoxidase, antitireoglobulina e TRAb 
negativos. US de tireoide com volume 11 cm³, 
ecotextura homogênea, com nódulo de 0,7 cm, 
espongiforme em lobo direito. 
Você solicita uma cintilografia de tireoide com I131 que 
mostrou hipocaptação homogênea em região cervical 
anterior e proeminente captação em região pélvica 
esquerda. A mais provável hipótese diagnóstica e a 
conduta mais apropriada é: 
A) Tireoidite de Quervain – Propranolol; 
B) Doença de Plummer – Iodoterapia; 
C) Síndrome de Marine-Lenhart – Tireoidectomia total; 
D) Struma Ovarii – Cirurgia. 
 
 
Questão 46 
Em relação ao tratamento de hipopituitarismo, é 
CORRETO afirmar que: 
A) Mulheres com deficiência de GH necessitam de doses 
menores de GH quando usam concomitantemente 
reposição estrogênica oral; 
B) A reposição de GH, em indivíduos com 
hipopituitarismo e insuficiência de ACTH, pode 
aumentar o risco de insuficiência adrenal; 
C) A reposição de GH, em indivíduos com 
hipopituitarismo e insuficiência de TSH, pode aumentar 
os níveis de T4 livre e reduzir os níveis de T3; 
D) Pacientes que iniciam reposição estrogênica com 
contraceptivos orais combinados podem precisar de 
menores doses de levotiroxina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 47 
Mulher, 38 anos, apresenta sinais e sintomas típicos de 
síndrome de Cushing. Exames laboratoriais: cortisol 
livre urinário de 24 horas (2 amostras) 290 e 370 
mcg/24h (VR 21 a 111); cortisol após 2 mg de 
dexametasona 10,2 mcg/dl; ACTH (2 amostras) 22 e 24 
pg/ml (VR 10 a 45). 
Em relação ao caso é CORRETO afirmar: 
A) Valores normais de ACTH confirmados em duas 
amostras tornam o diagnóstico de doença de Cushing 
improvável; 
B) O próximo passo da investigação seria a realização 
das dosagens de cortisol e ACTH basais e após estímulo 
com desmopressina em veias periféricas; 
C) A presença de um adenoma hipofisário de 3 mm na 
RM de sela túrcica dispensa a realização do cateterismo 
de seios petrosos; 
D) A ausência de visualização de um adenoma 
hipofisário na RM não descarta o diagnóstico de doença 
de Cushing. 
 
Questão 48 
Homem, 52 anos, com diagnóstico de acromegalia, foi 
submetido à cirurgia transesfenoidal. Os exames pós-
operatórios foram: GH 5,3 ng/ml e IGF-1: 770 ng/ml 
(VR 75 a 278). Iniciou tratamento com octreotida LAR 
30 mg e após um ano de tratamento apresenta os 
seguintes exames: GH 2,9 ng/ml, IGF-1: 380 ng/ml (VR 
75 a 278) e glicemia 109 mg/dl. RM de sela túrcica 3 
meses pós-cirurgia e após 1 ano de tratamento com 
octreotida LAR mostra a mesma lesão residual de 8 mm 
localizada dentro do seio cavernoso esquerdo. De acordo 
com o consenso de tratamento da acromegalia 
publicado em 2018, a melhor abordagem para esse 
paciente seria: 
A) Trocar octreotida LAR por pasireotida já que o 
paciente tem resíduo tumoral visualizado em exame de 
RM de sela túrcica; 
B) Adicionar cabergolina já que houve resposta parcial 
ao octreotida LAR e o paciente apresenta níveis de GH e 
IGF-I moderadamente elevados; 
C) Trocar octreotida LAR por pasireotida + pegvisomanto 
já que o paciente apresenta resíduo tumoral e tem 
glicemia alterada; 
D) Realizar radioterapia convencional, pois o paciente 
não controlou a doença com octreotida LAR e tem 
resíduo tumoral. 
 
Questão 49 
Homem, 26 anos, com múltiplas e pequenas lesões em 
pulmão, evoluiu com alteração de sódio. Ao exame 
físico: vigil, mucosas hidratadas, eupneico, estável 
hemodinamicamente, diurese sem alterações. Exames 
laboratoriais: glicemia 80 mg/dl (VR 70 a 99); sódio 130 
mEq/l (VR 136 a 145); osmolalidade plasmática 260 
mOsm/kg (VR 280 a 300); densidade urinária 1040 (VR 
1018 a 1025); creatinina, cortisol, TSH e T4 livre 
normais. Qual hipótese diagnóstica mais provável e o 
tratamento que deve ser instituído? 
A) Diabetes insípidus nefrogênico – diurético; 
B) Polidipsia psicogênica – ansiolítico; 
C) Síndrome de secreção inapropriada de ADH - 
restrição hídrica; 
D) Diabetes insípidus central, fase tardia – DDAVP 
intranasal. 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 10 
Questão 50 
Mulher, 40 anos, sem comorbidades prévias, vem à 
consulta com amenorreia, sonolência excessiva, leve 
aumento de peso e queda de cabelo. G2P2A0, 
amamentou apenas primeiro filho pois no seu último 
parto, aos 30 anos, apresentou hemorragia pós-parto. 
Ao exame: consciente, hidratada, extremidades frias, PA 
decúbito dorsal: 120 x 80 mmHg, PA ortostase: 105 x 
70 mmHg, FC 84 bpm, tireoide normopalpável, sem 
alterações nos demais sistemas. Exames: TSH 5 mUI/l 
(VR 0,4 a 4,0) e T4 livre < 0,20 ng/dl (VR 0,8 a 1,9). Com 
relação ao caso acima é CORRETO afirmar: 
A) A história é sugestiva de síndrome de Sheehan, 
devendo ser realizada dosagem basal de cortisol, FSH, 
LH, estradiol, prolactina e IGF-1 e repetir T4 livre e TSH; 
B) Paciente com provável hipotireoidismo primário, 
devendo ser iniciado de imediato a reposição com 
levotiroxina para melhora dos sintomas; 
C) Paciente com provável insuficiência adrenal primária 
com hipotensão postural e será necessária realização de 
testes dinâmicos para confirmação diagnóstica; 
D) Paciente com provável hipotireoidismo central 
isolado, devendo ser iniciado reposição com levotiroxina 
imediata, sem indicação de deficiência de outros 
hormônios hipofisários. 
 
 
Questão 51 
Mulher, 28 anos, nulípara, encaminhada por 
amenorreia há 4 meses, trazendo dosagem de prolactina 
84 ng/ml (VR 3 a 25). Ao exame físico, apresentava 
apenas galactorreia bilateral à expressão. Negava uso de 
qualquer medicação. TSH, T4 Livre, cortisol e IGF-1 
normais. Nova prolactina após repouso 80 ng/ml (VR 3 
a 25). A RM evidenciou lesão sólida selar de 10x12x9 
mm, com invasão de seio cavernoso à direita. Foi 
iniciada cabergolina 0,5 mg 2 vezes por semana. Após 8 
meses de tratamento, as menstruações estavam 
normais e a prolactina estava 1,5 ng/ml (VR 3 a 25). À 
RM, o tumor apresentou discreto aumento (10x13x10 
mm), mas não encostava no sistema óptico. TSH, T4 
livre, cortisol e IGF-1 permaneciam normais. 
Qual a alternativa CORRETA neste caso: 
A) Aumentar a dose de cabergolina devido ao aumento 
de volume do prolactinoma; 
B) Cirurgia de retirada parcial (cirurgia de debulking) do 
prolactinoma; 
C) Diminuir a dose da cabergolina para 0,5 mg por 
semana e repetir RM em 12 meses; 
D) Associar análogo da somatostatina para controle do 
tamanho tumoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 52 
Mulher, 38 anos, apresenta-se com ganho de peso, 
fraqueza muscular proximal importante, acne facial e 
hiperpigmentação. Exames laboratoriais: glicemia jejum 
210 mg/dl, potássio 3,0 mEq/l (VR 3,5 a 5,0), cortisol 
após 1 mg de dexametasona 17,2 mcg/dl e cortisol livre 
urinário 262 mcg/24h (VR 21 a 111). Foi administrado 
dexametasona 2 mg/dia por dois dias e dosado ACTH 
plasmático 480 pg/ml (VR 10 a 45) e após administrar 
CRH, a dosagem de ACTH foi de 500 pg/ml (VR 10 a 45). 
Teste com altas doses de dexametasona (8mg) mostrou 
cortisol basal 30 mcg/dl e após a dexametasona 25 
mcg/dl. RM hipófise: microadenoma hipofisário de 0,4 
cm. 
Qual a provável etiologia do hipercortisolismo? 
A) Síndrome do ACTH ectópico; 
B) Doença de Cushing; 
C) PseudoCushing; 
D) Síndrome de Cushing exógena; 
 
Questão 53 
Um paciente de 20 anos, atualmente com estatura de 
1,75 m e 70 kg, teve baixa estaturadesde os 2 anos e 
diagnóstico de deficiência de GH e hipotireoidismo 
central aos 9 anos. Refere que, na época, a RM de sela 
túrcica era normal. Aos 15 anos teve diagnóstico de 
hipogonadismo central. Faz reposição hormonal 
regularmente com somatotropina 1U (0,33 mg) por dia, 
levotiroxina 125 mcg ao dia; cipionato de testosterona 
200 mg a cada 21 dias. Possui uma irmã com as 
mesmas deficiências hipofisárias. Há 4 meses o paciente 
vem apresentando tontura, náusea, hiporexia e perda 
de 4 kg, e seu cortisol sérico às 8h da manhã foi de 2,7 
mcg/dl (VR 5 a 25). Em relação ao caso é CORRETO 
afirmar: 
A) O paciente pode estar evoluindo com insuficiência 
corticotrófica tardia, comum no hipopituitarismo 
congênito por mutação no gene PROP-1; 
B) A dose de somatotropina está insuficiente e pode 
estar relacionada aos sintomas que o paciente vem 
apresentando; 
C) A RM deve ser repetida pois, em casos de 
hipopituitarismo congênito com neurohipófise ectópica 
a presença de história familiar é comum; 
D) O paciente pode estar evoluindo com insuficiência 
corticotrófica, e a dosagem de ACTH plasmático está 
indicada para confirmar o diagnóstico. 
 
Questão 54 
Mulher, 36 anos, portadora de lesão hipofisária com 1,6 
cm ao diagnóstico. Prolactina 2500 ng/ml (VR 3 a 25). 
IGF-1, TSH, T4livre, cortisol normais. Fez uso de 
cabergolina 0,5 mg 2 vezes/semana por 2 anos e agora 
está em uso de 0,5 mg por semana há 2 anos. No 
momento, apresenta ciclos menstruais regulares, 
ovulatórios e sem galactorreia ou outras queixas. 
Prolactina atual 3,5 ng/ml (VR 3 a 25) e RM de sela 
túrcica com adenoma de 0,3 cm. 
Segundo as últimas recomendações da SBEM de 2018, 
qual a conduta mais adequada para este caso? 
A) Manter o uso de cabergolina até a menopausa, para 
evitar aumento do tamanho tumoral; 
B) Realizar a campimetria visual, para identificar a 
possibilidade de suspender a cabergolina; 
C) Trocar para bromocriptina para obter efeito aditivo e 
maior resolução da massa tumoral; 
D) Suspender a cabergolina e reintroduzi-la se 
prolactina voltar a se elevar. 
 
TEEM 2020 
 SBEM 11 
Questão 55 
Em relação ao diabetes insipidus, é CORRETO afirmar: 
A) A principal causa de diabetes insipidus é a 
compressão da neurohipófise por macroadenoma 
hipofisário; 
B) Perda do sinal hiperintenso da neurohipófise na RM 
de sela túrcica é considerado patognomônico de 
diabetes insipidus central; 
C) Osmolalidade urinária < 300 mOsm/Kg e sérica 
acima do limite superior da normalidade ao final do 
teste de restrição hídrica confirma polidipsia primária; 
D) Aproximadamente 90 % dos casos de diabetes 
insipidus diagnosticado no pós-operatório de cirurgia 
hipofisária por adenoma de hipófise são transitórios. 
 
Questão 56 
Dois residentes estavam conversando sobre uma 
proteína X com as seguintes características: é produzida 
pelo osteócito; inibe formação óssea; quando afetada por 
mutação inativadora causa doença de Van Buchem. 
Sobre qual proteína eles estavam falando? 
A) RANK-L; 
B) Esclerostina; 
C) Catepsina K; 
D) FGF-23. 
 
Questão 57 
Mulher, nissei, 68 anos, iniciou alendronato oral aos 55 
anos para prevenção de osteoporose. Na ocasião, tinha 
T-score de coluna lombar -2,0 DP e colo de fêmur -1,5 
DP. Relata tomar alendronato corretamente até hoje. 
Menopausa foi aos 52 anos e faz reposição hormonal 
estroprogestagênica desde então. Nega fraturas. Há 6 
meses refere dor na face lateral da coxa direita quando 
caminha ou se movimenta. Na radiografia, observa-se 
uma espícula na cortical lateral do fêmur direito. Nesta 
situação, qual das condutas abaixo estaria ERRADA? 
A) Interromper o alendronato, retirar carga e solicitar 
RM para avaliar a lesão óssea; 
B) Encaminhar ao ortopedista para avaliar necessidade 
de colocação de haste intramedular neste fêmur; 
C) Trocar o alendronato por um antirreabsortivo mais 
potente, pelo risco iminente de fratura; 
D) Avaliar se o fêmur contralateral apresenta lesão 
semelhante. 
 
Questão 58 
Mulher, 55 anos, com paraplegia por lesão de medula 
causada por acidente automobilístico, vem para 
consulta com os seguintes resultados na densitometria 
óssea (T-score): 
L1-L4: -1,8 DP 
Colo do fêmur: -2,7 DP 
Fêmur total: -2,6 DP 
Dentre os bisfosfonatos, considerando os resultados dos 
estudos pivotais, qual é o MENOS indicado para essa 
paciente? 
A) Ibandronato; 
B) Risedronato; 
C) Alendronato; 
D) Ácido zoledrônico. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 59 
Segundo as recomendações atuais da SBEM, estaria 
indicada a dosagem de 25OHvitamina D nas seguintes 
situações: 
A) Indivíduos usando anticonvulsivantes, orlistate, 
sibutramina ou colestiramina; 
B) Indivíduos com doença celíaca, gestantes e usuários 
crônicos de antirretrovirais; 
C) Em indivíduos com mais de 50 anos, pelo menos uma 
vez por ano; 
D) Em atletas, crianças e gestantes. 
 
Questão 60 
Homem, 52 anos, portador do vírus HIV em uso de 
tenofovir há 7 anos. Nega outras medicações. Refere dor 
e fraqueza muscular há aproximadamente 6 meses, de 
caráter progressivo, e que atualmente apresenta 
dificuldade para deambular. Relata ainda que neste 
período apresentou fraturas em metatarso direito e 
fêmur esquerdo e que todas as fraturas tiveram atraso 
no diagnóstico, sendo diagnosticadas apenas na RM. 
Assinale a alternativa CORRETA em relação ao provável 
diagnóstico e alterações laboratoriais desse paciente. 
A) Osteoporose secundária ao HIV; hipocalcemia; 
B) Doença de Paget; aumento da fosfatase alcalina; 
C) Osteomalácia oncogênica; redução do FGF23; 
D) Osteomalácia induzida por tenofovir; hipofosfatemia. 
 
Questão 61 
Mulher, 35 anos, fez densitometria óssea solicitada pelo 
seu médico generalista que revelou Z-score em: 
L1-L4: -2,6 DP 
Colo do fémur: -2,4 DP 
Fêmur total: -2,2 DP 
Não tem antecedentes patológicos e negou fraturas por 
fragilidade óssea. A investigação de causas secundárias 
de osteoporose não demonstrou anormalidades. Sobre 
esse caso, é CORRETO afirmar: 
A) Diante desse diagnóstico de osteoporose, está 
indicado tratamento com bisfosfonatos a fim de reduzir 
o risco de fraturas; 
B) Para essa paciente, a indicação de denosumabe é 
preferível aos bisfosfonatos, para evitar possíveis efeitos 
adversos sobre uma futura gestação; 
C) Em virtude da ausência de fraturas, a osteoporose 
diagnosticada nessa paciente deve ser tratada apenas 
com cálcio e vitamina D; 
D) Na ausência de causas secundárias e de fraturas, 
além de adequação do cálcio e vitamina D, essa baixa 
massa óssea deve ser reavaliada após 1 ano. 
 
Questão 62 
Paciente com 1 mês de vida, apresentou grave hipotonia 
e bradicardia. Os exames laboratoriais mostraram: 
glicemia 60 mg/dl (VR 50 a 80); sódio 140 mEq/l (VR 
138 a 145); cálcio 18 mg/dl (VR 8,8 a 10,5); cálcio 
ionizado 2,8 mmol/l (VR 1,20 a 1,40); fósforo 3,8 mg/dl 
(VR 4,5 a 6,7); magnésio 2,8 mg/dl (VR 1,6 a 2,6); PTH 
intacto 500 pg/ml (VR 12 a 65). Exames adicionais 
mostram função renal normal e calciúria diminuída. 
Qual hipótese melhor explica o quadro descrito? 
A) Mutação inativadora da 1-alfa hidroxilase; 
B) Hiperparatireoidismo materno; 
C) Mutação inativadora do receptor sensor de cálcio; 
D) Pseudohipoparatireoidismo congênito. 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 12 
Questão 63 
Homem, 48 anos, há 3 anos apresenta dificuldade de 
deambulação. Era previamente saudável, mas há 5 anos 
começou a ter dores no corpo e fraqueza muscular até 
que, há 3 anos, teve uma fratura no colo do fêmur 
esquerdo que necessitou de correção cirúrgica. Desde 
então não consegue mais caminhar sem auxílio e 
atualmente está em cadeiras de rodas. Ao raio X de 
coluna há múltiplas fraturas em vértebras e costelas. 
Exames laboratoriais: 25OHvitamina D 26 ng/ml (VR 
20 a 60); cálcio 9,8 mg/dl (VR 8,8 a 10,6); fósforo 1,7 
mg/dl (VR 2,5 a 4,5); PTH 78 pg/ml (VR 12 a 65); 
atividade de fosfatase alcalina 248 U/l (VR 50 a 110); 
creatinina 0,9 mg/dl (VR 0,7 a 1,2). Esse quadro clínico 
e laboratorial é altamente sugestivo de: 
A) Osteomaláciaoncogênica; 
B) Hiperparatireoidismo primário; 
C) Doença óssea adinâmica; 
D) Osteodistrofia de Albright. 
 
Questão 64 
Calculando o risco de fratura pelo FRAX de uma 
paciente com 65 anos, peso de 56 kg e 150 cm de altura, 
tabagista atual, chegou-se ao gráfico abaixo para risco 
de fraturas maiores, utilizando o método desenvolvido 
pela National Osteoporosis Guideline Group (NOGG): 
 
 
 
Baseado nesse gráfico, é possível afirmar que: 
A) Por estar na faixa amarela, a paciente pode ser 
mantida apenas com cálcio e vitamina D e ser reavaliada 
após 12 meses; 
B) A paciente deve ser tratada com medicações de 
segunda linha (raloxifeno ou calcitonina), uma vez que 
seu risco é baixo; 
C) Para melhor avaliar o risco de fraturas e a 
necessidade de tratamento é preciso realizar uma 
densitometria óssea; 
D) O gráfico indica necessidade de iniciar tratamento 
com bisfosfonato oral, pois a densitometria já mostra 
osteoporose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 65 
Mulher, 52 anos, procura o endocrinologista por 
apresentar cálcio sérico elevado solicitado em exames de 
rotina. Nega fraqueza, dor muscular, fraturas, sintomas 
gastrointestinais, diminuição de memória, nefrolitíase, 
polidipsia ou poliúria. Nega uso de lítio ou diuréticos. 
Exames: cálcio 11,0 mg/dl (VR 8,8 a 10,6); fósforo 2,5 
mg/dl (VR 2,5 a 4,5); cálcio urinário 340 mg/24 h; PTH 
110 pg/ml (VR 12 a 65), marcadores de reabsorção 
óssea elevados, 25OHvitamina D normal, TFG (CKD-
EPI) 70 ml/min. Uma densitometria óssea (DMO) 
mostrou T-score -1,5 em colo do fêmur e -1,2 em coluna 
lombar. US de rins e US cervical normais, cintilografia 
de paratireoides com Tc-sestamibi mostrou captação em 
região posterior e superior ao lobo direito da tireoide. 
Segundo as recomendações mais recentes para esta 
patologia, qual seria a conduta RECOMENDADA? 
A) Exploração cervical bilateral com exérese da 
paratireoide superior direita; 
B) Exploração cervical bilateral com retirada das quatro 
glândulas e implante de fragmento em antebraço; 
C) Reposição com 7.000 UI vitamina D e 1g cálcio, além 
de diurético tiazídico para reduzir calciúria; 
D) Acompanhamento anual com dosagem de cálcio e 
função renal e DMO a cada 1-2 anos. 
 
Questão 66 
Menina, 3 anos de idade, foi encaminhada devido a 
retardo de crescimento e encurvamento dos membros 
inferiores. Nos exames laboratoriais constatava-se 
fósforo 2,8 mg/dl (VR 4,0 a 7,0), fosfatase alcalina 568 
UI/l (VR 80 a 200), cálcio total corrigido 10,5 mg/dl (VR 
8,8 a 10,8), PTH 62 pg/ml (VR 12 a 65), creatinina 0,3 
mg/dl (VR 0,2 a 0,5) e 25OHvitamina D 34 ng/ml (VR 
20 a 50). A taxa de reabsorção tubular de fósforo foi 
calculada em 78 %. Baseado nestes resultados, é 
possível EXCLUIR a hipótese de: 
A) Raquitismo por deficiência da 1-alfa hidroxilase; 
B) Síndrome de Fanconi; 
C) Raquitismo hipofosfatêmico ligado ao X; 
D) Cistinose nefropática. 
 
Questão 67 
Considerando que o gene MKRN3 seja de imprinting 
materno, que alternativa abaixo descreve o impacto de 
mutações deste gene na apresentação do quadro de 
puberdade precoce nesta família? 
A) Se a mãe for portadora da mutação, ela pode 
transmitir o gene e o quadro clínico para filhos de ambos 
os sexos; 
B) Se o pai for portador da mutação, ele pode transmitir 
o gene e o quadro clínico para filhos de ambos os sexos; 
C) Se o pai for portador da mutação ele pode transmitir 
o gene somente para as filhas; 
D) Se o pai for portador da mutação, ele pode transmitir 
o gene, mas não o quadro clínico para as filhas. 
 
Questão 68 
Na avaliação da densitometria óssea em crianças está 
CORRETO: 
A) O diagnóstico de osteoporose não pode ser baseado 
apenas em dados densitométricos; 
B) Deve-se solicitar aquisição da coluna lombar (L1-L4), 
colo de fêmur e fêmur total; 
C) Valores de T-score entre -1,0 e -2,5 DP são 
diagnósticos de osteopenia; 
D) A interpretação diagnóstica deve ser realizada a 
partir do T-score. 
 
TEEM 2020 
 SBEM 13 
Questão 69 
Menina, 3 anos, vem à consulta por pubarca precoce há 
6 meses, aumento do clitóris e acne. Mãe nega uso de 
qualquer tipo de medicação nos últimos meses. Ao 
exame físico peso no percentil 50 e altura no percentil 
25; acne em face e pelos pubianos escuros grossos e 
encaracolados já se estendendo em direção ao abdômen; 
genitália feminina, ausência de fusão labial com clitóris 
aumentado de tamanho. Restante do exame físico 
normal. Idade óssea de 2 anos. 
Qual o diagnóstico mais provável? 
A) Tumor de córtex adrenal; 
B) Hiperplasia adrenal congênita, forma clássica não 
perdedora de sal; 
C) Puberdade precoce central; 
D) Hiperplasia adrenal congênita, forma não clássica. 
 
 
Questão 70 
Com relação ao surgimento de telarca em meninas com 
menos de 8 anos de idade cronológica, é CORRETO 
afirmar: 
A) Telarca precoce com aumento da velocidade de 
crescimento e manchas café-au-lait é sugestiva de 
síndrome de McCune-Albright, cujo diagnóstico é 
confirmado por estradiol e gonadotrofinas elevadas; 
B) A presença de telarca antes dos 2 anos e após os 6 
anos de idade pode ser parte do desenvolvimento 
normal em alguns casos, e pode não necessitar 
intervenção medicamentosa; 
C) A visualização de vários folículos em ovários durante 
exame de ultrassonografia pélvica em paciente com 
telarca precoce confirma o diagnóstico de puberdade 
precoce periférica; 
D) A maioria dos casos de puberdade precoce central em 
meninas menores de 6 anos é idiopática, não havendo 
obrigatoriedade de exame de imagem de sistema 
nervoso central nesta situação. 
 
 
Questão 71 
No ambulatório você atende uma criança com queixa de 
baixa estatura. Com relação ao exame clínico e sua 
relação com a abordagem diagnóstica, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) A observação de fronte proeminente e face triangular 
sugere o diagnóstico de pseudohipoparatireoidismo; 
B) A presença de 4º metacarpo curto é característica da 
síndrome de Silver-Russell; 
C) Se a relação segmento superior/segmento inferior 
estiver diminuída deve se pensar em acondroplasia ou 
hipocondroplasia; 
D) Braços e pernas curtos são alterações observadas na 
síndrome de Turner e em doenças relacionadas ao gene 
SHOX. 
 
 
Questão 72 
Com relação à síndrome de McCune-Albright, é 
CORRETO afirmar: 
A) O hipercortisolismo ocorre com maior frequência em 
meninos, durante a puberdade; 
B) Deve-se avaliar GH, IGF1 e prolactina, pela 
possibilidade de cossecreção de GH e prolactina; 
C) Na presença de hipertireoidismo, não há indicação de 
radioiodoterapia como tratamento definitivo; 
D) Há redução da concentração do FGF-23, sendo 
marcador da gravidade da lesão óssea. 
 
Questão 73 
Na consulta de uma lactente com genitais femininos 
típicos, a mãe refere que a pesquisa do sexo fetal por 
DNA em sangue materno (“sexagem”) havia concluído 
que o feto era de sexo genético masculino. Um exame de 
imagem feito por profissional experiente revelou 
ausência de útero. Com esse quadro, é possível 
AFASTAR a hipótese diagnóstica de: 
A) Insensibilidade total a andrógenos; 
B) Mutação no receptor LH/HCG; 
C) Defeito de síntese de testosterona por deficiência 
enzimática; 
D) Disgenesia gonadal pura. 
 
 
Questão 74 
Menina, 10 anos e 7 meses vem para avaliação por baixa 
estatura. Apresentava-se com estatura -3,0 DP, sem 
alterações fenotípicas características, exceto um 
discreto palato em ogiva. Exames laboratoriais: LH 2,1 
mUI/ml (VR até 1); FSH 18,2 mUI/ml (VR até 4); TSH, 
T4Livre, IGF-1 normais; cariótipo 45,X. Idade óssea 9 
anos. Sobre esse caso podemos afirmar: 
A) A paciente não precisa fazer uso de hormônio do 
crescimento recombinante, pois apresenta IGF-1 
normal; 
B) Estrogenioterapia deve ser iniciada imediatamente e 
mantida por 18 a 24 meses, quando se associará 
progestágeno; 
C) Deverá realizar rastreio de outras anormalidades 
como ultrassonografia abdominal, de vias urinárias e 
ecocardiograma; 
D) É obrigatória a investigação de outras causas de 
baixa estatura, já que o diagnóstico citogenético não 
explica o graude comprometimento estatural. 
 
 
Questão 75 
Criança de 3 anos apresenta história de 2 fraturas da 
tíbia direita, 1 fratura da tíbia esquerda e 1 fratura do 
úmero esquerdo, frouxidão ligamentar e anormalidades 
dentárias, além de raio-x de crânio que mostra ossos 
wormianos. A base fisiopatológica e o perfil laboratorial 
plasmático mais prováveis são: 
A) Defeito na síntese do colágeno, cálcio baixo, fósforo 
elevado; 
B) Defeito no receptor de cálcio, cálcio baixo, fósforo 
elevado; 
C) Defeito na síntese do colágeno, cálcio normal, fósforo 
normal; 
D) Defeito na reabsorção do fósforo, cálcio baixo, fósforo 
elevado. 
 
 
Questão 76 
A condição clínica que permite o uso de contraceptivos 
hormonais combinados orais, sendo considerada 
categoria 1 ou 2 segundo o CDC (Centers of Disease 
Control and Prevention) é: 
A) Diabetes mellitus com complicações crônicas como 
retinopatia e neuropatia; 
B) Cirurgia bariátrica com procedimento restritivo como 
a banda gástrica vertical; 
C) Cirrose hepática descompensada; 
D) Cirurgia bariátrica com procedimento de bypass 
gástrico em Y de Roux. 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 14 
Questão 77 
Menino, 16 anos, vem se queixando de aumento das 
mamas, bilateralmente, há aproximadamente 06 meses 
que o impedem de tirar a camisa para jogar futebol. Vem 
praticando musculação regularmente e, na academia, 
foi prescrito testosterona para potencializar o ganho de 
massa muscular, que o paciente vem utilizando há 
aproximadamente 1 ano. Ao exame, presença de tecido 
mamário glandular bilateral, indolor, sem nódulos ou 
tumorações. Sua genitora refere que logo após o 
nascimento, o mesmo apresentou aumento das mamas, 
autolimitado. Em relação ao caso, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) A ginecomastia após o nascimento como história 
pregressa não é relevante, já que pode ser encontrada 
em grande número de recém-nascidos; 
B) Pela grande possibilidade de ser ginecomastia 
puberal, por respeito à privacidade do adolescente, não 
há necessidade da avaliação testicular no exame físico; 
C) Caso apresente elevação isolada de estradiol, com 
beta-HCG, testosterona, LH, TSH e prolactina normais 
não é necessário investigação adicional; 
D) O uso de testosterona não é relevante, pois está 
associado à virilidade e aumento de massa muscular e 
não a aumento de mamas. 
 
 
Questão 78 
Doenças sistêmicas podem levar ao aparecimento do 
hipogonadismo masculino. Sobre esse assunto, assinale 
a alternativa ERRADA: 
A) O hipogonadismo secundário à sobrecarga de ferro 
(talassemia e hemocromatose) é diretamente devido à 
deposição de ferro nas glândulas endócrinas como 
consequência da doença sistêmica primária; 
B) Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, 
fatores coexistentes contribuem para o desenvolvimento 
do hipogonadismo como hipoxemia, inflamação 
sistêmica e uso de glicocorticoide; 
C) A sarcoidose causa mais frequentemente 
comprometimento testicular, levando a uma 
apresentação clínica e laboratorial de hipogonadismo 
hipergonadotrófico; 
D) Alterações dos hormônios sexuais em homens com 
doenças hepáticas são frequentemente funcionais, 
sendo revertidas pelo transplante de fígado ou quando 
há recuperação da função hepática. 
 
 
Questão 79 
Mulher trans, 30 anos, entrou em relação estável com 
mulher cis e quer discutir alternativas para o casal ter 
seus filhos biológicos. A paciente vem em tratamento de 
afirmação de gênero há 2 anos, em uso de estradiol e 
espironolactona. Traz exames recentes, com estradiol 
sérico em concentração típica de mulheres na menacme 
e testosterona suprimida. Qual seria a postura inicial 
mais adequada? 
A) Adicionar citrato de clomifeno ao esquema utilizado; 
B) Discutir se a suspensão da terapia hormonal atual 
seria uma opção aceitável; 
C) Propor adoção como única alternativa; 
D) Encaminhar para aspiração microcirúrgica do 
epidídimo para coleta de esperma. 
 
 
 
 
 
Questão 80 
Com relação à investigação de amenorreia e abordagem 
da amenorreia hipotalâmica funcional (AHF), assinale a 
alternativa ERRADA: 
A) Sugere-se avaliar AHF em mulheres cujo intervalo do 
ciclo menstrual persistentemente exceda 45 dias e/ou 
com amenorreia por 3 meses ou mais; 
B) A indução da ovulação em mulheres com AHF deve 
ser recomendada se o IMC for superior a 18,5 kg/m2 e 
após tentativas de normalizar o balanço energético; 
C) Pacientes com AHF e com baixa densidade mineral 
óssea devem receber tratamento com bisfosfonatos ou 
denosumabe para recuperação da saúde óssea; 
D) Após excluir a gravidez, o teste de progesterona 
objetiva induzir sangramento de privação e garantir a 
integridade anatômica. 
 
 
Questão 81 
A figura abaixo mostra o ciclo menstrual. 
 
Qual das características abaixo pode ser atribuída à 
FASE 2 do gráfico? 
A) Transformação do endométrio pelo hormônio D de 
proliferativo para secretório; 
B) Produção de hormônio C pelo corpo lúteo, cuja queda 
levará à descamação uterina e menstruação; 
C) Produção de hormônio B pelo corpo lúteo, levando o 
endométrio de secretório para proliferativo; 
D) O pico concomitante dos hormônios B e D no meio 
da fase causa descamação do endométrio. 
 
 
Questão 82 
Sobre o hipogonadismo masculino, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) Hipogonadismo orgânico é causado por condições 
que suprimem gonadotrofinas e testosterona, 
reversíveis com o tratamento da etiologia; 
B) Hipogonadismo funcional é causado por doença 
congênita, estrutural ou destrutiva e leva à disfunção 
hipotalâmica, pituitária ou testicular permanente; 
C) Hiperprolactinemia, doença renal em estágio 
terminal e abuso de álcool são causas de hipogonadismo 
orgânico ou clássico; 
D) O uso de opioides, obesidade e diabetes mellitus do 
tipo 2 são possíveis etiologias de hipogonadismo 
funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 15 
Questão 83 
Mulher, 28 anos, há dois meses com dor em porção 
proximal do fêmur a despeito do uso de dipirona. Com 
a piora progressiva da dor, necessitou de sedação 
continuada com oxicodona e avaliação com exames de 
imagem que mostrou lesão óssea sugestiva de 
neoplasia. Deprimida, começou a usar paroxetina sob 
orientação médica. Indicada intervenção cirúrgica, foi 
identificada elevada pressão arterial na avaliação pré-
operatória e iniciou o uso de losartana. Reavaliada duas 
semanas após, estava com níveis pressóricos 
controlados, mas referiu que a sua menstruação pela 
primeira vez não tinha acontecido. 
Considerando os medicamentos em uso pela paciente, 
assinale a alternativa na qual a justificativa explica uma 
potencial e plausível interferência da droga no ciclo 
menstrual. 
A) Dipirona: interferência na pulsatilidade do GnRH 
hipotalâmico aumentando sua frequência; 
B) Oxicodona: antagonismo competitivo na ligação ao 
receptor de progesterona; 
C) Losartana: interferência paradoxal ovariana de 
síntese de esteroides por vasoconstrição; 
D) Paroxetina: redução do tônus inibitório 
dopaminérgico e elevação dos níveis de prolactina. 
 
 
Questão 84 
Com relação à monitorização do tratamento de homens 
submetidos à terapia hormonal (TH) com testosterona, 
assinale a alternativa CORRETA: 
A) Pacientes em uso de undecanoato de testosterona 
injetável, a testosterona sérica total deve ser avaliada 
logo antes da próxima aplicação objetivando avaliar o 
nadir do efeito; 
B) Monitorar as concentrações de testosterona sérica de 
3 a 6 meses após o início da TH objetivando 
concentrações séricas de testosterona total no limite 
superior da normalidade; 
C) Avaliar as concentrações de testosterona sérica até 1 
hora após a aplicação do gel transdérmico desde que o 
paciente esteja em uso da TH há pelo menos 1 semana; 
D) Homens em TH entre 55 e 69 anos com risco para 
câncer de próstata e PSA superior a 1,4 ng/ml, 
confirmado, é indicativo de avaliação urológica. 
 
 
Questão 85 
Paciente, 23 anos, encaminhada ao endocrinologista 
por amenorreia primária. Ao exame físico: 57 kg, 1,63 
m, PA 120x80 mmHg, fácies atípica, Tanner M4P1. 
Genitáliaexterna feminina, ausência de clitoromegalia. 
Exames laboratoriais: testosterona 406 ng/dl (VR < 75); 
estradiol 20 pg/ml (VR 27 a 125); LH 15 mUI/ml (VR 
2,1 a 10,9); FSH 9,4 mUI/ml (VR 3,85 a 8,8) prolactina 
8,3 ng/ml (VR 3 a 25). 
Qual a hipótese diagnóstica mais provável? 
A) Deficiência de 5-alfa redutase; 
B) Deficiência da 17alfahidroxilase; 
C) Resistência androgênica completa; 
D) Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 86 
Dentre as principais formas de hiperplasia adrenal 
congênita (HAC), é CORRETO afirmar que: 
A) Meninas com deficiência da 11-hidroxilase se 
apresentam com quadro de hipertensão arterial 
associado à pseudopuberdade precoce isossexual; 
B) Os meninos com deficiência da 21-hidroxilase se 
apresentam normotensos, hipocalêmicos e com atraso 
puberal; 
C) Em ambos os sexos, na deficiência da 17-hidroxilase, 
pode ser encontrado hipertensão arterial e 
hipercalemia; 
D) Em meninos com deficiência de 21-hidroxilase, a 
presença de restos adrenais testiculares é frequente e 
pode levar à infertilidade. 
 
 
Questão 87 
Mulher, 56 anos, realizou TC por dor abdominal e 
detectou, acidentalmente, uma massa de 1,7 cm na 
adrenal direita, com índice de atenuação de 5 HU e 
eliminação do contraste > 65 % em 10 minutos. Negava 
sintomas paroxísticos como elevação da PA, dor 
torácica, sudorese, cefaleia ou palpitação. História 
patológica pregressa nada digno de nota e não usava 
quaisquer medicamentos. Menopausa aos 50 anos. 
Exame físico normal, PA 116x74 mmHg; FC 68 bpm. 
Peso 60 kg e estatura 1,65 m. Apresentava hemograma 
normal; glicose 78 mg/dl (VR 70 a 99); sódio 141 mEq/l 
(VR 136 a 145); K 4,3 mEq/l (VR 3,5 a 5,0); ureia 31 
mg/dl (VR 19 a 49); creatinina 0,7 mg/dl (VR 0,7 a 1,2). 
Sobre esse caso é CORRETO afirmar: 
A) Apesar da ausência de paroxismos e a paciente ser 
normotensa, deve-se proceder a investigação de 
feocromocitoma; 
B) Uma vez que a paciente é normotensa e não tem 
estigmas associados ao hipercortisolismo, não há 
indicação de investigação de hiperaldosteronismo 
primário e de secreção autônoma de cortisol; 
C) As características da imagem à TC sugerem 
malignidade e, portanto, a paciente deve ser submetida 
à adrenalectomia direita; 
D) Mesmo na ausência de hipersecreção hormonal 
atual, a paciente tem grande chance de desenvolver 
hipersecreção futura. 
 
 
Questão 88 
Homem, 35 anos, apresentando quadro clínico de perda 
ponderal inexplicada, adinamia, vômitos, palidez e dor 
abdominal. Resultados iniciais mostraram: cortisol 
basal 5 mcg/dl (VR 5 a 25), ACTH 17 pg/ml (VR 10 a 
45), sódio 134 mEq/l (VR 136 a 145); potássio 4,5 
mEq/l (VR 3,5 a 5,0). Assinale a alternativa CORRETA: 
A) O cortisol basal definiria diagnóstico etiológico se 
estivesse inferior a 3 mcg/dl; 
B) A ausência de hiperpigmentação cutânea e 
hipotensão sugerem insuficiência adrenal primária; 
C) Os resultados não são conclusivos e testes funcionais 
são necessários para o diagnóstico; 
D) O paciente tem indicação de realizar TC de abdome 
com protocolo de adrenal. 
 
 
 
 
 
 
 
TEEM 2020 
 SBEM 16 
Questão 89 
Homem, 35 anos, teve diagnóstico de hipertensão 
arterial resistente aos 19 anos. Nega câimbras e 
fraqueza muscular. Atualmente em uso de losartana 50 
mg 2x/dia, anlodipino 10 mg, hidralazina 50 mg 8/8h, 
hidroclorotiazida 25 mg. Os exames mostraram: K 3,2 
mEq/l (VR 3,5 a 5,0), aldosterona 45 ng/dl e renina <1,6 
mUI/ml. TC de abdômen superior mostrou adrenais 
normais. Em relação à investigação diagnóstica desse 
paciente, é CORRETO afirmar: 
A) É essencial que as drogas anti-hipertensivas em uso 
sejam substituídas por hidralazina, verapamil e 
prazosina e a investigação laboratorial repetida; 
B) O rastreamento foi positivo para hiperaldosteronismo 
primário, mas a realização de um teste confirmatório é 
essencial para o diagnóstico; 
C) Deve-se investigar hiperaldosteronismo supressível 
por glicocorticoide com teste prolongado com 
dexametasona; 
D) O cateterismo de veias suprarrenais está indicado e 
deve ser realizado antes de qualquer investigação 
adicional. 
 
 
Questão 90 
Homem, 32 anos, teve diagnóstico de feocromocitoma 
de 10 cm (critério de PASS = 10) à direita há 5 anos. Foi 
orientado que estava curado e não realizou mais 
seguimento. Há 6 meses, voltou a apresentar crises 
paroxísticas de hipertensão arterial associada a 
sudorese, cefaleia e palpitação. A dosagem de 
metanefrinas fracionadas totais plasmáticas mostrou: 
normetanefrinas 5,3 nmol/l (VR <0,9) e metanefrinas 
0,9 nmol/l (VR <0,5). Exames de imagem mostraram 
massa interaortocaval à esquerda de 3 cm sugestiva de 
paraganglioma e múltiplos nódulos hepáticos suspeitos 
de acometimento secundário. Em relação a esse caso, é 
CORRETO afirmar: 
A) No diagnóstico inicial, o escore de PASS > 4 já é 
suficiente para o diagnóstico de feocromocitoma 
maligno; 
B) O sítio mais frequente de metástase é ósseo, o que 
contribui para que a malignidade nos feocromocitomas 
e paragangliomas seja subdiagnosticada; 
C) O tratamento de escolha para esse paciente é 
quimioterapia sistêmica com ciclofosfamida e 
dacarbazina; 
D) Cintilografia com MIBG-I131 é o método mais sensível 
para o diagnóstico de metástases, sendo superior ao 
PET-FDG com DOTATATE marcado com Ga68. 
 
 
Questão 91 
Para se realizar o diagnóstico sindrômico do 
hiperaldosteronismo primário, é CORRETO afirmar: 
A) Renina plasmática e atividade plasmática de renina 
são adequadas para calcular razão aldosterona-renina; 
B) A razão aldosterona-renina obedece a um ritmo 
circadiano e deve ser colhida no horário da noite; 
C) Níveis séricos de potássio são utilizados na triagem, 
pelo custo acessível, praticidade e sensibilidade; 
D) A US de adrenais é o exame de imagem mais 
adequado para localizar o aldosteronoma. 
 
 
 
 
 
 
Questão 92 
Homem, 67 anos, dá entrada na Emergência após 
acidente automobilístico. TC de abdome revela lesão em 
adrenal direita, com 3,2 cm no maior diâmetro e índice 
de atenuação 1 UH. Nega sintomas paroxísticos e 
fraqueza muscular. Tem hipertensão há 2 anos em uso 
de atenolol 100 mg/dia e anlodipino 10 mg/dia, 
diabetes tipo 2 em uso de metformina XR 1500 mg/dia 
e dislipidemia, em uso de sinvastatina 20 mg/dia. Nega 
tabagismo ou etilismo. Ao exame fácies atípica, 
presença de acantose cervical. PA 130x80 mmHg. FC 60 
bpm. IMC 30,4 kg/m². Hemograma normal; glicose 119 
mg/dl; HbA1c 6,4 %; sódio 140 mEq/l (VR 136 a 145); 
potássio 4,1 mEq/l (VR 3,5 a 5,0); função renal normal. 
Cortisol após 1 mg de dexametasona 3,9 mcg/dl. Duas 
dosagens de cortisol livre urinário: 100 e 98 mcg/24h 
(VR 21 a 111). Duas dosagens de ACTH 6,1 e 5,0 pg/ml 
(VR 10 a 45). Aldosterona 12 ng/dl e atividade de renina 
plasmática 1,5 ng/ml/min. Metanefrinas urinárias: 
metanefrinas 171 mcg/24h (VR <320); normetanefrinas 
199 mcg/24h (VR <390). 
Em relação a esse caso, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) Caso esse paciente seja submetido à adrenalectomia 
direita, não há risco de insuficiência adrenal pós-
operatória; 
B) Deve ser realizado a dosagem de sulfato de DHEA por 
ser a medida mais confiável para o diagnóstico de 
secreção autônoma de cortisol; 
C) Os níveis normais de cortisol livre urinário em duas 
dosagens excluem o diagnóstico de secreção autônoma 
de cortisol; 
D) A adrenalectomia direita pode melhorar os 
componentes da síndrome metabólica desse paciente 
(hipertensão, diabetes e excesso de peso). 
 
Questão 93 
Mulher, 34 anos, com hipotireoidismo primário desde os 
14 anos, apresenta astenia, hiporexia, tonturas e perda 
de peso nos últimos 6 meses. Ao exame: hipocorada, 
hidratada. Tireoide impalpável. PA (sentada) 90x70 
mmHg; PA (em pé): 80x60 mmHg. FC 88 bpm, IMC 19 
kg/m2. Restante do exame físico normal. 
Exames: hemograma discreta anemia normocítica e 
normocrômica; glicose 71 mg/dl (VR 70 a 99); sódio 136 
mEq/l (VR 136 a 145); K 5,2 mEq/l (VR 3,5 a 5,0); ureia, 
creatinina, TSH e T4 livre normais. 
Cortisol matinal sérico em duas ocasiões

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