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Prof.ª Leuda Leal de Medeiros Graduada em Biomedicina – FSL Mestra pelo PGBIOEXP – UNIR Graduada em Medicina - UniSL Pós-graduanda em Educação Médica – UniSL Biomédica responsável pelo laboratório do Centro de Especialidades Médicas – CEM INSULINA, GLUCAGON E DIABETES Caso clínico O Sr. S tem 54 anos de idade e apresenta DM2 desde a idade de 45 anos. Comparece ao hospital referindo uma ferida com secreção em seu pé direito. Informa que a percebeu há uma semana ao retirar suas meias, que apresentavam-se sujas de secreção. Não sabe como o ferimento foi causado: “não senti nada”. Relata história de hipertensão, colesterol alto, ausência de albuminúria. Nega Infarto agudo do miocárdio, retinopatia ou doença no fígado. Fuma 1 maço de cigarros por dia desde a idade de 18 anos. Ingere socialmente ½ litro de cerveja nos fins de semana e não utiliza drogas ilícitas. Trabalha como vendedor em uma loja de departamentos Medicamentos: Metformina 850 mg 3x ao dia Exames complementares: Glicemia em jejum 132 mg/dl. Colesterol total 250 mg/dl, HDL 40, LDL 160, Triglicérides 200 mg/dl. Exame físico O primeiro metartarso direito apresenta uma úlcera redonda com 1 cm de diâmetro. Base de cor rósea; secreção volumosa com odor desagradável. O pé apresenta edema, eritema e aumento da temperatura à palpação. Não há relato de dor durante esse procedimento. O formato do pé é oval sem arco. Dedos em garra. Pulsos pedioso e tibial posterior presentes e cheios. Enchimento capilar maior do que 3 segundos. O sapato utilizado é sem cadarço e a sua altura é baixa exercendo pressão na região do ante-pé. As meias estão em boas condições. Quais as hipóteses diagnósticas? Glicemia: Glicose sanguínea Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo intermediário; Caracterizado fundamentalmente pela ocorrência de HIPERGLICEMIA CRÔNICA; Secreção inadequada de insulina, da resposta anormal das células-alvo ou de ambas. Descompensação metabólica aguda; Lesões de órgãos alvos a longo prazo (lesões nos vasos sanguíneos, nos olhos, nos rins e no sistema nervoso). Metabolismo Intermediário Normal Metabolismo intermediário é o conjunto de reações bioquímicas orgânicas de síntese e degradação de moléculas CRH – Hormônio Liberador de Corticotrofinas ACTH – Hormônio Adrenocorticotrófico ou Corticotrofina CBG - Globulina Ligadora de Corticosteroides Cortisol + CBG Cortisol Livre GHRH – Hormônio Liberador do GH = SOMATOTROFINA IGFs Insulina e Glucagon Respostas de Insulina e Glucagon após uma refeição rica em carboidratos Insulina (µU/ml) Glucagon (µµg/ml) Glucose (mg/100 ml) Ausência de DM 2 DM 2 150 0 140 90 360 80 240 –60 Tempo (minutos) 30 60 90 120 110 270 300 330 100 110 120 130 Refeição Glucagon não suprimido 0 60 120 180 240 Resposta de insulina deprimida/retardada glicogenólise hepática / muscular HIPOGLICEMIA insulina glucagon cortisol / GH adrenalina glucagon + adrenalina cortisol + glucagon gliconeogênese GH + cortisol antagonizam ação insulínica Regulação da glicemia período pós-prandial insulina glicose fígado glicogênese glicólise lipogênese 25% glucagon cortisol / GH adrenalina 75% músculo glicogênese glicólise anabolismo proteico 90% cérebro / outros tecidos 10% Regulação da glicemia Regulação para baixo (down-regulation) Se a secreção de um hormônio é anormalmente alta por um período extenso de tempo, as células-alvo podem regular para baixo (diminuir o número de) os receptores desse hormônio, em um esforço para diminuir sua resposta ao hormônio em excesso. A hiperinsulinemia é um exemplo clássico de regulação para baixo no sistema endócrino. Nessa doença, os altos níveis sustentados de insulina no sangue fazem as células-alvo removerem seus receptores de insulina da membrana celular. Pacientes que apresentam hiperinsulinemia podem apresentar sinais de diabetes, apesar de seus altos níveis de insulina no sangue. Os especialistas atribuem a causa da epidemia ao estilo de vida sedentário, à comida abundante, ao sobrepeso e à obesidade, os quais afetam mais de 50% da população. DIABETES MELLITUS TIPO 1 (DM1) Quadro clínico de DM1 Sintomas clássico: 4Ps = Poliúria, Polidpsia, Perda de peso e Polifagia POLIÚRIA (osmótica) (desidratação sede) POLIDIPSIA DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) A insulina pode estar normal ou alta insuficiente; Ocorre em qualquer idade, principalmente após 40 anos; Pode ser necessário o uso de insulina para melhor controle metabólico. Quadro clínico de DM2 Grande maioria apresentam hiperglicemia assintomática; Detectada acidentalmente; Paciente típico é adulto >40-45 anos; Sintomáticos apresentam: poliúria e polidpsia; A maioria (80%) tem obesidade; 50 a 60% são hipertensos e dislipdêmicos; Evolução insidiosa (retinopatia, nefropatia, neuropatia e doença cardiovascular manifesta); Acanthosis (acantose) nigricans. Pé diabético - classificação image2.jpeg image3.jpeg image4.png image5.gif image6.png image7.jpeg image8.png image9.png image10.png image11.png image12.jpeg image13.png image14.png image15.png image16.png image17.jpeg image18.jpeg image19.wmf image20.jpeg image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.jpeg image29.jpeg image30.jpeg image31.gif image32.gif image33.gif image34.jpeg image35.jpeg image36.png image37.jpeg image38.jpeg image39.jpeg image40.jpeg image41.png image42.png image43.png image44.png image45.jpeg image46.jpeg image47.png image48.jpg image49.png image50.jpeg image51.jpeg image52.png image53.png image54.png image55.png image56.jpeg image57.jpeg image58.jpeg image59.jpeg image60.png image61.png image62.png