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Leticia Frei Hipertireoidismo Definição: Hiperfunção da glândula tireoide → aumento da produção e liberação dos hormônios tireoidianos. Classificação: Primário (problema na própria glândula tireoidiana) ; Secundário (problema na hipófise ou no hipotálamo). Epidemiologia: Mais comum em mulheres e na idade de 20 a 40 anos. Etiologia: Primário: Secundário: Doença de Graves ¹ Tireotoxicose gestacional Doença de Plummer Adenoma hipofisário funcionante Bócio multinodular toxico Tumores secretores de GH Mutação do receptor do TSH Strauma ovarii Drogas Metástases Quadro Clinico: Perda ponderal; sudorese; irritabilidade; cabelos quebradiços; agressividade; arritmia; taquipneia; HAS; náusea; fraqueza muscular; fadiga. Diagnostico: Anamnese, exame físico, dosagem de TSH, T3 e T4L. Outros exames a depender da etiologia. Achados Laboratoriais: Primário (↓ TSH ↑ T4L); Secundário (↑ TSH ↑ T4L); Subclínico (↓ TSH ↓ T3L e T4L normal). Tratamento: A depender da etiologia. * Antitireoidianos (metimazol/ propiltiouracil); Betabloqueador; Tireoidectómia. Hipotireoidismo Definição: Sintese/secreção insuficiente ou ação inadequada dos hormônios tireoidianos. Classificação: Primário (falência tireoidiana – T3/T4); Secundário (falência hipofisária – TSH); Terciário (deficiência hipotalâmica -TRH). Fatores de risco: Idade > 65 anos, mulheres, histórico familiar, irradiação, doenças autoimunes e medicamentos. Etiologia: Primário: Central: Transitório: Autoimune (Hashimoto¹) Tumores Tireoidite silenciosa Nutricional Cirurgia Tireoidite subaguda Iatrogênica Irradiação Drogas Síndrome de Sheehan Congênito Trauma Doenças Infiltrativas Congênito Quadro clínico: Ganho de peso, cansaço, intolerância ao frio, depressão, dispneia, bradicardia, hipertensão arterial, alopecia, edema, parestesia. Diagnostico: Dosar TSH, T3 e T4L, Anti-TPO e Anti-tireoglobulina. Achados laboratoriais: Primário (↑TSH↓T4L); Central (↓ TSH ↓ T4L); Subclínico (↑TSH e T4L normal). Tratamento: Repor hormônios → Levotiroxina. Ajustar a dose a cada 2 meses, reavaliar TSH a cada 6meses/1ano. Leticia Frei Tireoidite Aguda Definição: Ocorre uma infecção supurativa da tireoide. Epidemiologia: Indivíduos com doenças tireoidiana prévia, imunossuprimidos, debilitados ou idosos. Etiologia: Staphylococcus, Streptococcus e Enterobacter (bacteriana); Aspergillus, Candida, Coccidioides, Histoplasma e Pneumocystis (fúngica); amiodarona. Quadro clínico: Forma abrupta, dor na tireoide, bócio hipersensível, disfagia, eritema, febre e linfadenopatia. Diagnostico: Anamnese, exame físico e PAAF (infiltração por leucócitos polimorfonucleares e cultura positiva). Achados laboratoriais e de imagem: VSH ↑, leucocitose com desvio a esquerda, função tireoidiana normal. Tratamento: Antibioticoterapia apropriada e drenagem cirúrgica do abcesso. Tireoidite Subaguda Definição: Inflamação granulomatosa da tireoide. Epidemiologia: 30-50 anos, mulheres, após infecção do trato respiratório superior. Etiologia: Enterovirus, Caxumba, Coxsackievirus, influenza, adenovírus (viral). Quadro clínico: tireoide dolorida e aumentada, pode se ter febre, irritação na garganta, quadro mais leve comparado a aguda. Quadro clínico: Anamnese e laboratorial. Achados Laboratoriais: T3, T4 e VSH ↑, leucocitose com desvio a direita (fase tireotóxica), T4L ↓ e TSH ↑ (fase hipotireoidiana). Tratamento: Anti-inflamatório não esteroide (controlar sintomas), acido acetilsalicílico e se necessário recorrer para glicocorticoides. Tireoidite de Hashimoto Definição: é uma tireoidite crônica, autoimune, caracterizada por ataque imunológico aos fólicos tireoidianos com anticorpos. Epidemiologia: principal causa de hipotireoidismo primário, mais comum em mulheres, japonesas (dieta rica em iodo), 60 anos. Etiologia: fatores genéticos, ambientais, hormonais e imunológicos. Quadro clínico: bócio, cansaço, ganho de peso, queda de cabelo, constipação, intolerância ao frio, depressão, mixedema. Diagnostico: Anamnese, exame físico e laboratorial. Achados laboratoriais: TSH ↑, T3 e T4l normais ou aumentados, anti-TPO e antitireoglobulina positivos, CPK, colesterol e triglicérides elevados e anemia. Tratamento: Levotiroxina em jejum, esperar 30 minutos para desjejum. Leticia Frei Doença de Graves Definição: desordem autoimune, síntese e excreção excessivas de hormônios tireoidianos. Epidemiologia: mulheres, 20-50 anos, principal causa de hipertireoidismo. Podendo cursar junto com outras doenças autoimunes, como DM, Addison, vitiligo. Fatores de risco: histórico familiar, infecção, estresse, iodo e medicamentos. Quadro clinico: bócio difuso, perda ponderal, irritação, intolerância ao calor, sudorese, amenorreia, oftalmopatia infiltrativa, dermopatia, acropatia. Diagnostico: Anamnese, exame físico e alterações laboratoriais. Achados laboratoriais: TSH ↓, T3/T3L, T4/T4L ↑, TRAb positivo. Tratamento: drogas antitireoidianas (propiltiouracil, metimazol), betabloqueador (sintomático e inibição da conversão periférica de T3 e T4. Carbonato de lítio (alérgicos a tionamidas e iodo), dexametasona, radio ablação e tireoidectomia. Nódulos da Tireoide Definição: crescimento anormal de células tireoidianas. Classificação: Funcionante (produz hormônios); Não funcionante (não produz hormônios). Maligno ou Benigno. Fatores de risco para malignidade: sexo masculino, <20 anos e >65 anos, historia de irradiação, crescimento rápido, historia familiar. Características suspeitas: nódulo fixo/duro/muito aderido/sintomas obstrutivos. Hipoecoico, mais alto do que largo, margens irregulares, microcalcificações, extensão extratireoidiana e vascularização central. TIRADS: I II III IV V Acompanhamento Acompanhamento PAAF>2,5 PAAF >1,5 PAAF >1cm Cirurgia Cirurgia Obs: lesões benignas realizar acompanhamento, não a necessidade de intervenção, somente se estiver causando sintomas → ablação por radiofrequência. Carcinoma Papilífero Definição: nódulo que vai crescendo lentamente, havendo uma deposição de células neoplásica ao longo dos feixes conjuntivo-vasculares. Epidemiologia: Mais comum entre as neoplasias malignas da tireoide. Acomete mais mulheres de 20-40 anos. Excelente prognostico. Etiologia: mutação genética (BRAF, RAS). Diagnostico: Identificação do nódulo → PAAF. Tratamento: No mínimo tireoidectomia parcial. Se <1cm, parcial; Se maior ou <15 anos ou história de irradiação ou metástase, faz total. Prescrever levotiroxina e dar seguimento acompanhando os exames. Leticia Frei Carcinoma Folicular Definição: proliferação de células foliculares, invadindo a capsula e a vascularização. Disseminação hematogênica. Epidemiologia: 2º mais comum, mais comum em mulheres, 40-60 anos. Bom prognostico. Diagnostico: PAAF + histologia. Tratamento: Nodulo ≤ 2cm suspeito: tireoidectomia parcial. Se confirmar carcinoma totalizar. Nodulo ≥ 2cm: tireoidectomia total. Prescrever levotiroxina e dar seguimento acompanhando os exames. Carcinoma Medular Definição: Tumor que se desenvolve nas células C da tireoide. Epidemiologia: Mais raros e de pior prognostico. Diagnostico: PAAF e dosagem de calcitonina e avaliação de hipertireoidismo e feocromocitoma. Tratamento: Tireoidectomia total associada a linfadenectomia. Seguimento com dosagem de calcitonina. Carcinoma Anaplásico Epidemiologia: Acomete mulheres idosas, raro e com pior prognostico. Etiologia: Mutação genética (p53),gene de supressão tumoral. Quadro clinico: Bem sintomatológico, como por exemplo rouquidão e dificuldade respiratória. Diagnostico: PAAF e imuno-histoquímica (muita diferenciação celular). Tratamento: Temer sempre compressão de via aérea, assim se faz traqueostomia, químico e radio paliativas. Leticia Frei Diabetes Mellitus Tipo I Definição: doença autoimune, onde acontece a destruição das células B pancreáticas, culminando na deficiência de secreção em insulina, logo a hiperglicemia. Etiologia: Interação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos. A maioria possui o haplotipo HLA DR3/DR4. Epidemiologia: mais comum em idade <20 anos Quadro clínico: polidipsia, poliuria, perda de peso inexplicada e nocturia. Ou com sintomas de cetoacidose diabética (náuseas, vômitos, sonolência, torpor e coma). Diagnostico: Clinico + laboratorial. Achados Laboratoriais: glicemia aleatória >200mg/dL; Glicemia de jejum >126mg/dL; Hemoglobina glicada >6,5%; Glicemia 2h após TOTG >200mg/dL; Anti-GAD e Anti-IA2 positivos. Peptídeo C zerado. Tratamento: Insulinoterapia plena 0,5- 1,0u/kg/dia. NPH (antes de dormir) 50% + Regular (50%). Diabetes Mellitus Tipo II Definição: caracterizado por resistência a insulina e deficiência parcial de secreção de insulina e alterações na secreção de incretinas. Etiologia: Genético (herança poligênica), ganho de peso, inatividade física → resistência a insulina. Epidemiologia: Aumentando o nível de diabéticos tipos 2 devido ao aumento da obesidade. Quadro clínico: Normalmente tardio apresentando complicações crônicas → retinopatia, nefropatia, neuropatia. Ganho de peso, acantose nigrans. Diagnostico: Laboratorial: glicemia aleatória >200mg/dL; Glicemia de jejum >126mg/dL; Hemoglobina glicada >6,5%; Glicemia 2h após TOTG >200mg/dL; Peptideo C alto. Tratamento: Primariamente mudança de estilo de vida + Metformina (monoterapia), podendo evoluir para até quadrupla terapia ou então insulinização. Diagnostico diferencial (pré-diabetes): Glicemia de jejum entre 100-125mg/dL; Glicemia 2h após TOTG entre 140-199mg/dL e HbA1c entre 5,7 e 6,4%. LADA Definição: diabetes latente autoimune do adulto. DM1 só que com apresentação tardia. Etiologia: autoimune. Epidemiologia: > 30 anos Quadro clinico: 4Ps. Diagnostico: idade >30 anos; anticorpo positivo e ausência de necessidade de insulina por 6 meses e o laboratório clássico de DM. Achados Laboratoriais: glicemia aleatória >200mg/dL; Glicemia de jejum >126mg/dL; Hemoglobina glicada >6,5%; Glicemia 2h após TOTG >200mg/dL; Anti-GAD positivo. Peptídeo C reduzido. Tratamento: Primeiramente metformina e com o passar do tempo necessário insulinização. Leticia Frei MODY Definição: é uma forma de DM em que crianças e adolescentes desenvolvem precocemente um quadro similar ao DM2. Epidemiologia: A maioria das vezes ausência de obesidade, <25 anos e pelo menos 3 gerações de uma mesma família acometida. Etiologia: inativação de gene. Classificação: MODY GCK (t2): hiperglicemia leve não progressiva. MODY HNF1A (t3): sensibilidade a sulfonilureias. MODY HNF1B9 (t5): manifestações extrapancreaticas. Diagnostico: hiperglicemia precoce (<25anos); historia familiar de 2 a 3 gerações de DM antes dos 25 anos; anticorpos antipancreaticos negativos; pepetideo C detectável após 5 anos de diagnostico de DM; ausência de sinais de resistência a insulina. Tratamento: Depende do subtipo. t2: apenas dieta; t3: boa respostas com doses baixas de sulfanilureias; t5: insulinoterapia. Cetoacidose Diabética Definição: complicação aguda grave em pacientes com DM1, caracterizada por alterações metabólicas. Epidemiologia: 30% em adultos e 15-67% em crinas e adolescentes. Principal de causa de óbitos em diabéticos com <24 anos. Fatores de risco: sexo feminino, doenças psiquiátricas, baixo nível socioeconômico, episódios previso de cetoacidose. Quadro Clínico: Abrupto. poliuria, polidipsia, perda de peso, náusea, hiperpneia, desidratação, agitação (estado de alerta), hipotonia muscular, pulso rápido, choque hipovolêmico, hálito cetonico. Diagnostico: glicemia >200mg/dL; acidose metabólica (pH venoso <7,3 ou bicarbonato sérico <15mEq/L) e presença de cetose – cetoanemia ≥3mmol/L ou cetonuria ≥2+ nas tiras reagentes. Tratamento: Reposição volêmica (isotônico de cloreto de sódio 0,9% na 1ª hora); Correção dos distúrbios eletrolíticos e acidobásicos (bicarbonato de sódio, fosfato de potássio); Redução da hiperglicemia (dose baixa de insulina regular); Identificação e tratamento do fator precipitante. Encefalopatia Definição: Forma de descompensação típica do portador de DM2 idoso. Epidemiologia: mais comum > 40 anos. Quadro clínico: Mais arrastado. polidipsia, poliuria, polifagia, perda de peso e rebaixamento do nível de consciência, desidratação profunda. Diagnostico: glicose plasmática >600mg/dL; pH arterial >7,3; HCO3 >18 e osmolaridade plasmática efetiva >320mOsm/kg. Tratamento: Reposição hídrica vigorosa ( 1º solução salina isotônica e depois 2º solução salina hipotônica), insulina regular IV em bomba de infusão, reposição de potássio, antibioticoterapia (após obtenção de cultura), heparina subcutânea e drenagem do conteúdo gástrico e enterocineticos. Meta: osm<315, paciente alerta e glicemia 200 a 300. Leticia Frei Hipercortisolismo – Independente de ACTH Definição: aumento da secreção de cortisol pela adrenal, sem estimulo de ACTH. Primário. Etiologia: iatrogênica¹ (medicação – glicocorticoide), adenoma adrenal (incidentaloma), carcinoma adrenal, hiperplasia macronodular, hiperplasia cortical primaria. Epidemiologia: iatrogênica é a causa principal, seguido de adenoma adrenal. Quadro clinico: Síndrome de Cushing - hiperglicemia, hipertensão, obesidade visceral, estrias violáceas, fase em lua cheia, osteoporose. Diagnostico: clínico, exames laboratoriais (cortisol salivar a meia noite, cortisol livre urinário e teste de estimulação com cortisol basal após 1mg de dexa e ACTH) e de imagem (TC de adrenal). Achados laboratoriais: Cortisol ↑ e ACTH ↓ e na TC achados compatíveis com adenoma ou carcinoma. Tratamento: descartar iatrogênica. Adenoma: adrenalectomia unilateral. Carcinoma: adrenalectomia. Hipercortisolismo – Dependente de ACTH Definição: aumento da secreção de ACTH que resulta em maior secreção de cortisol pelas adrenais. Secundário. Etiologia: Doença de Cushing¹ (adenoma hipofisário produtor de ACTH), secreção ectópica de ACTH e síndrome do CRH ectópico. Epidemiologia: mais comum em mulheres, adultos jovens. Quadro clínico: Sinais e sintomas de Cushing com hiperpigmentação (devido ao ACTH alto), cefalia e alterações visuais podem ser relatadas devido a compressão do quiasma optico. Diagnostico: clínico, exames laboratoriais (cortisol salivar a meia noite, cortisol livre urinário e teste de estimulação com cortisol basal após 1mg de dexametasona e ACTH) e de imagem (RM de sela túrcica). Achados laboratoriais: Cortisol ↑ e ACTH ↑ e RM se + doença de Cushing, RM se – tumor ectópico. Tratamento: Doença de Cushing: cirurgia transfenoidal. Tumor ectópico: depende da localização, mas sempre tentar ressecar. Hipocortisolismo Primário Definição: incapacidade da glândula suprarrenal produzir cortisol. Etiologia: auto imune (DM1, hipopatireoidismo, Addison, candidíase, hipotireoidismo), infecção e metástase. Epidemiologia: 40 anos e em mulheres. Quadro clinico: hipotensão, hipoglicemia, dor abdominal, hiperpigmentação e diminuição da pilificação. Diagnostico: clínico e exames laboratoriais. Achados Laboratoriais: cortisol ↓, ACHT ↑, androgênios ↓, aldosterona ↓, hiponatremia, hipercalcemia, acidose (H+), eosinofilia. Tratamento: glicocorticoide + fludrocortisona. Leticia Frei Hipocortisolismo SecundárioDefinição: deficiência na secreção hipofisária de ACTH, logo deficiência de cortisol. Etiologia: iatrogênica (suspensão abrupta de corticoide), tumores. Epidemiologia: afeta mais mulheres com pico de incidência aos 60 anos. Quadro clínico: hipotensão, hipoglicemia, dor abdominal, alteração da visão. Diagnostico: clínico, laboratorial e de imagem (RM do hipotálamo/hipófise). Achados laboratoriais: ACTH e cortisol ↓ e na RM pode apresentar características de adenoma ou sela túrcica vazia devido a atrofia hipofisária. Tratamento: Glicocorticoide. Hiperplasia Adrenal Congênita Definição: distúrbio autossômico recessivo, caracterizado pela falta de uma das enzimas fundamentais para a síntese de cortisol e aldosterona. Devido a baixa do cortisol o ACTH é estimulado fazendo com que a adrenal seja muito estimulada, causando uma hiperplasia e direcionando o estimulo para os androgênios(↑). Etiologia: Congênito (ausência da enzima 21-hidroxilase) Quadro clinico: quadro de hipocortisolismo e hipoaldosteronismo. Com virilização – genitália ambígua. Diagnostico: clinico e exames laboratoriais. Achados Laboratoriais: ACTH ↑, cortisol ↓, hiponatremia, hipercalemia, androgênios ↑. Tratamento: insuficiência adrenal: hidrocortisona. Hipoaldosteronismo: fludrocortisona e cristaloides. Virilização: clitoroplastia ou vulvoplastia. Hiperprolactinemia Definição: Aumento sérico da prolactina. Etiologia: medicações (antipsicóticos e antidepressivos), patologia (prolactinoma¹, hipotireoidismo), herpes, gestação, estresse. Quadro clínico: galactorreia, hipogonadismo (inibe FSH/LH e maior risco para osteoporose). Diagnostico: clínico, laboratorial e de imagem. Achados laboratoriais: prolactina ↑ → RM de sela túrcica. Tratamento: tratar causa base. Medicamento: trocar remédio. Prolactinoma: agonista dopaminérgico. Casos refratários e mulheres que desejam engravidar.: cirurgia transfeinoidal. Leticia Frei Acromegalia Definição: excesso de GH na circulação. Etiologia: adenoma hipofisário produtor de GH (mais comum). Quadro clínico: aumento dos ossos longos – gigantismo (crianças); crescimento de extremidades – mãos, pés, face (adultos). Hiperplasia do ventrículo esquerdo, aumento da língua, aumento da resistência a insulina → risco para eventos cardiovasculares aumentado. Diagnostico: clinico, laboratorial e exame de imagem. Achados laboratoriais: GH>0,4 e/ou IGF1 alto para idade → fazer TOTG com dosagem de GH e IGF1, se não suprimir o GH → acromegalia. RM de sela túrcica para identificar o adenoma hipofisário. Tratamento: cirurgia transfeinoidal. Se ainda secretar GH ou contraindicação de cirurgia → análogos de somatostatina. Hipotuitarismo Definição: redução da função da hipófise, logo queda dos hormônios. Etiologia: Adenoma hipofisário, doenças infiltrativas, síndrome de Sheeran, apoplexia. Se a causa for no hipotálamo (hiperprolactinemia). Quadro clinico: GH (redução da estatura, aumento de tecido adiposo, diminuição da massa muscular); FSH/LH (atraso puberal, hipogonadismo); TSH (hipotireoidismo secundário); ACTH (insuficiência adrenal secundaria); PRL (incapacidade de amamentar). Tumor (cefaleia, alterações visuais, congestão nasal). Diagnostico: dosagem dos hormônios e RM de sela túrcica. Tratamento: repor hormônios e cirurgia transfeoinoidal em caso de tumor. Diabete Insipidus Definição: ausência do hormônio vasopressina (antidiurético). Etiologia: hereditário, dano acidental, fratura de base de crânio, tumor, tuberculose, encefalite, meningite. Quadro clinico: sede excessiva, poliuria, desidratação → hipotensão → choque. Achados laboratoriais: aumento da concentração de sódio e vários eletrólitos. Diagnostico: teste de privação hídrica + vasopressina = normaliza (diabete insipidus). Se não normalizar = diabetes insipidus nefrogenica. Tratamento: desmopressina. Leticia Frei