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Primeiros Socorros Nas Lesões Traumáticas (acidentes e queimaduras)
As queimaduras são lesões traumáticas e podem ser causadas por vários agentes etiológicos, sendo classificados em 1°, 2° e 3° grau, atingindo a epiderme, a derme e a hipoderme, respectivamente.
 Identificar e analisar os artigos sobre as condutas no atendimento pré-hospitalar no paciente queimado. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura de artigos completos disponíveis nas bases de dados Medline, PubMed e Lilacs, utilizando os descritores “queimaduras”, “atendimento pré-hospitalar”, “primeiros socorros”, serviços médicos de emergência", cuidados críticos" publicados no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Após a leitura analítica, apenas 6 atenderam aos critérios de inclusão e compuseram a amostra final deste estudo. Foi realizada análise descritiva, a qual permitiu resumir e avaliar os dados oriundos dos estudos selecionados.
 O atendimento prestado ao paciente queimado tem como objetivo parar a progressão da queimadura, por meio do resfriamento do local com água a temperatura ambiente. O uso de gelo ou água excessivamente gelada é inadequado, uma vez pode causar vaso constrição, ratificando a importância da retirada dos pertences das vítimas queimaduras e mensuração da superfície corporal queimada para um atendimento pré-hospitalar bem conduzido.
 O atendimento pré-hospitalar ao paciente acometido por injúrias térmicas exige uma avaliação clínica, habilidades e conhecimentos específicos sobre primeiros socorros para um bom prognóstico dessa enfermidade. 
INTRODUÇÃO
As queimaduras consistem em traumas complexos por terem repercussão econômica e social, apresentando uma morbimortalidade de aproximadamente 1 milhão pessoas em escala mundial. Esse tipo de trauma afeta diretamente os custos com a saúde pública, dado que em média 100.000 brasileiros são hospitalizados em decorrência de queimaduras durante ano.
Além disso, podem ser classificadas em 3 graus, conforme sua profundidade, sendo de 1° grau quando atinge apenas a região da epiderme, a título de exemplo as queimaduras pelos raios solares; de 2° grau quando atinge a derme e de 3° grau quando músculos e ossos são prejudicados.
Esse agravo geralmente apresenta gravidade, dependendo de fatores como: agente etiológico, tempo de exposição, profundidade da lesão e superfície corporal queimada. As queimaduras por líquidos aquecidos são mais comuns, como demonstrado por um estudo realizado em um hospital no Líbano, no qual, em uma amostra de 366 queimados, cerca de 54% foram por líquidos quentes.
Tendo caráter predominantemente acidental, esse agravo pode ser devidamente evitado com medidas de prevenção. Estudos mostram que na população infantil e idosa o ambiente mais propício a acidentes com queimaduras é o doméstico, enquanto que os acidentes por queimaduras nos adultos são mais prevalentes no local de trabalho. Desse modo, mudanças no ambiente domiciliar são acoes efetivas para a prevenção desse acidente.
A importância de uma boa condução pré-hospitalar é discutida em estudos sobre o trauma térmico, e no atendimento inicial os profissionais de saúde devem ter uma base considerável de conhecimento, pensamento crítico, além de usufruírem de habilidades técnicas para fornecer um atendimento de excelência, mesmo em condições adversas.
É sabido que, o tratamento inicial das queimaduras se dá em duas fases: a primeira, no instante que ocorreu a queimadura, que se chama tratamento imediato, destacando-se a interrupção da exposição do agente térmico e resfriamento da área afetada; retirada da roupa e adornos da vítima e cobrir a lesão com tecidos limpos. A segunda fase ocorre mediante ao encaminhamento da vítima para tratamento hospitalar.
O atendimento pré-hospitalar é primordial e vem sendo tema de estudos a nível mundial; um estudo na Austrália, de 2010, destaca como ação de primeiros socorros, em caso de queimaduras, o resfriamento imediato da lesão, sendo aceitável a duração da aplicação de água corrente de 10 minutos a 1 hora, e o atraso no início da irrigação de até 3 horas.
Ademais, outro estudo destaca o cuidado da equipe com a hipotermia ao se usar água em temperaturas baixas para resfriar a lesão por queimaduras, especialmente em crianças pequenas ou pacientes com grandes áreas queimadas, assim, somente deve-se irrigar o local, mantendo o restante do corpo aquecido.
Ou seja, as evidências na literatura sobre o resfriamento da queimadura quanto à temperatura da água e o tempo de resfriamento da lesão, associado também ao perfil da vítima, podem gerar complicações clínicas importantes.
Nesse contexto, é necessário dar ênfase às queimaduras por produtos químicos, tendo em vista que em muitos casos o resfriamento com água pode ser insuficiente para a descontaminação de produtos lesivos, e quando não forem completamente removidos podem ocasionar maiores complicações como aumento da injúria tecidual.
Desse modo, os profissionais de saúde que atuam no atendimento pré-hospitalar a vítimas de trauma térmico necessitam de respostas a muitos questionamentos acerca das particularidades do atendimento ao paciente queimado.
Percebe-se lacunas em algumas condutas, dentre elas o resfriamento da lesão, uma vez que, embora ele tenha importância comprovada no atendimento precoce, essa medida quando não realizada de forma prudente, no tocante ao tempo e temperatura, leva a complicações clínicas significativas.
Assim, embora a queimadura seja um trauma relativamente comum no atendimento pré-hospitalar, ainda existem muitas controvérsias na literatura acerca da devida conduta a ser adotada pela equipe médica. Portanto, justifica-se a realização desse estudo, devido ao atendimento inicial à vítima de queimaduras ser primordial para a prevenção de complicações e diminuição da morbimortalidade.
A luz dessas considerações, surgiu o seguinte questionamento: Quais as condutas dos profissionais de saúde no atendimento pré-hospitalar à vítima de queimaduras? Os objetivos foram identificar e analisar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre as condutas de atendimento pré-hospitalar ao paciente queimado.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa que propõe o estabelecimento de critérios bem definidos sobre a coleta de dados, análise e apresentação dos resultados, desde o início do estudo, a partir de um protocolo de pesquisa previamente validado.
Foram adotadas seis etapas para o desenvolvimento da revisão: 1. Elaboração da pergunta norteadora; 2. Seleção da amostragem (estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão); 3. Coleta de dados; 4. Análise crítica dos resultados; 5. Discussão dos resultados e apresentação de categorias; 6. Apresentação da revisão integrativa.
Elaborou-se como questão norteadora para responder ao objetivo da pesquisa: Quais as condutas dos profissionais de saúde no atendimento pré-hospitalar à vítima de queimaduras? A seleção dos artigos foi realizada em dezembro de 2017 por meio das bases de dados Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), PubMed (Publisher Medicine), Lilacs (Literatura Latino-Americano e /do Caribe em Ciências da Saúde), utilizando os descritores controlados: Burns/Queimados, Emergency Medical Services/Serviços Médicos de Emergência, First Aid/Primeiros Socorros
Prevenção cardiovascular e a importância do exercício físico em tempos de Pandemia".
A maioria dos malefícios do sedentarismo são conhecidos da população: aumento de peso, doenças cardiovasculares como infarto e AVC, diabetes tipo 2, apneia do sono… A “novidade” da pandemia é que essas comorbidades podem catapultar um paciente acometido pela Covid-19 para um estágio mais grave. Isso nos faz associar a falta de atividade física com maiores complicações e pior prognóstico da infecção pelo novo coronavírus.
Um estudo francês evidenciou que a necessidade de ventilação mecânica invasiva foi maior em pacientes com índice de massa corporal (IMC) elevado – uma das consequências da falta de mobilidade – chegando a 85,7% nos pacientes com Covid-19 eIMC igual ou superior 35. Além disso, o risco de hospitalizações foi 32% maior para pessoas fisicamente inativas. O trabalho está citado na revista científica da SOCESP inteiramente voltada para a relação da Covid-19 com as doenças cardiovasculares.
O combate a uma doença sobre a qual a ciência ainda conhece pouco requer medidas que defendam nosso corpo. E a atividade física regular pode ser uma aliada.
Porém, um estudo divulgado em janeiro de 2021 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) confirma que o brasileiro se exercita menos do que deveria. O levantamento aponta que, nos últimos 15 anos, praticamente um em cada dois adultos (47%) no Brasil não faz atividades físicas suficientemente. No contexto promovido pela pandemia, esse cenário poderia ser ampliado, alcançando até aqueles que se mantinham ativos antes das restrições sanitárias. Espaços limitados nas residências, o desigual acesso à internet para aulas online e o contato restrito com professores de educação física são alguns dos fatores que justificariam a descontinuidade dos treinos.
Mas uma pesquisa brasileira realizada com 16 mil pessoas contraria – ainda bem – essa tendência, mostrando que o percentual de praticantes pré-pandemia não mudou muito. Utilizando um questionário online disseminado por redes sociais no ano passado, a apuração identificou que 40% dos entrevistados estavam fazendo algum exercício durante a quarentena. O fato de os números desse levantamento “baterem” com o da pesquisa da OMS não é à toa: podemos pensar que grande parte daqueles que se exercitavam regularmente procuraram algum meio de se manterem ativos.
Sempre dá para começar
A qualquer momento e independentemente da idade, a adoção de hábitos saudáveis tende a trazer longevidade e qualidade de vida. Quanto maior o nível de atividade física, maior o efeito protetor sobre eventos cardiovasculares e mortalidade. Além da melhora na função cardiovascular e imunológica, exercitar-se contribui com a saúde mental, ajudando a reduzir sentimentos como estresse e ansiedade, comuns em tempos de isolamento social.
 Humanização
No campo das políticas públicas de saúde ‘humanização’ diz respeito à transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e trabalhadores e destes entre si.
A ‘humanização’ em saúde volta-se para as práticas concretas comprometidas com a produção de saúde e produção de sujeitos (Campos, 2000) de tal modo que atender melhor o usuário se dá em sintonia com melhores condições de trabalho e de participação dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde (princípio da indissociabilidade entre atenção e gestão). Este voltar-se para as experiências concretas se dá por considerar o humano em sua capacidade criadora e singular inseparável, entretanto, dos movimentos coletivos que o constituem.
Orientada pelos princípios da transversalidade e da indissociabilidade entre atenção e gestão, a ‘humanização’ se expressa a partir de 2003 como Política Nacional de Humanização (PNH) (Brasil/Ministério da Saúde, 2004). Como tal, compromete-se com a construção de uma nova relação seja entre as demais políticas e programas de saúde, seja entre as instâncias de efetuação do Sistema Único de Saúde (SUS), seja entre os diferentes atores que constituem o processo de trabalho em saúde. O aumento do grau de comunicação em cada grupo e entre os grupos(princípio da transversalidade) e o aumento do grau de democracia institucional por meio de processos co-gestivos da produção de saúde e do grau de Co-responsabilidade no cuidado são decisivos para a mudança que se pretende. Transformar práticas de saúde exige mudanças no processo de construção dos sujeitos. 
GÊNESE DO CONCEITO
Por ‘humanização’ entende-se menos a retomada ou revalorização da imagem idealizada do Homem e mais a incitação a um processo de produção de novos territórios existenciais (Benevides & Passos, 2005a).
Neste sentido, não havendo uma imagem definitiva e ideal do Homem,
preciso aceitar a tarefa sempre inconclusa da reinvenção da humanidade, o que não pode se fazer sem o trabalho também constante da produção de outros modos de vida, de novas práticas de saúde.
Tais afirmações indicam que na gênese do conceito de ‘humanização’ há uma tomada de posição de que o homem para o qual as políticas de saúde são construídas deve ser o homem comum, o homem concreto. Deste modo, o humano é retirado de uma posição-padrão, abstrata e distante das realidades concretas e é tomado em sua singularidade e complexidade. Há, portanto, na gênese do conceito, tal como ele se apresenta no campo das políticas de saúde, a fundação de uma concepção de ‘humanização’ crítica à tradicional definição do humano como “bondoso, humanitário” (Dicionário Aurélio). Esta crítica permite argüir movimentos de ‘coisificação’ dos sujeitos e afirmar a aventura criadora do humano em suas diferenças. ‘Humanização’, assim, em sua gênese, indica potencialização da capacidade humana de ser autônomo em conexão com o plano coletivo que lhe é adjacente.
Para esta capacidade se exercer é necessário o encontro com um ‘outro’, estabelecendo com ele regime de trocas e construindo redes que suportem diferenciações. Como o trabalho em saúde possui “natureza eminentemente conversacional” (Teixeira, 2003), entendemos que a efetuação da ‘humanização’ como política de saúde se faz pela experimentação conectiva/ afetiva entre os diferentes sujeitos, entre os diferentes processos de trabalho constituindo outros modos de subjetivação e outros modos de trabalhar, outros modos de atender, outros modos de gerir a atenção
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
Nos anos 90, o direito à privacidade, a confidencialidade da informação, o consentimento em face de procedimentos médicos praticados com o usuário e o atendimento respeitoso por parte dos profissionais de saúde ganham força reivindicatória orientando propostas, programas e políticas de saúde. Com isto vai-se configurando um “núcleo do conceito de humanização [cuja] ideia [é a] de dignidade e respeito à vida humana, enfatizando-se a dimensão ética na relação entre pacientes e profissionais de saúde” (Vaitsman & Andrade, 2005, p. 608).
Cresce o sentido que liga a ‘humanização’ ao campo dos direitos humanos referidos, principalmente ao dos usuários, valorizando sua inserção como cidadãos de direitos. As alianças entre os movimentos de saúde e os demais movimentos sociais, como por exemplo, o feminismo, desempenham aí papel fundamental na luta pela garantia de maior eqüidade e democracia nas relações.
A XI Conferência Nacional de Saúde, CNS (2000), que tinha como título “Acesso, qualidade e humanização na atenção à saúde com controle social”, procura interferir nas agendas das políticas públicas de saúde. De 2000 a 2002, o Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar (PNHAH) iniciou ações em hospitais com o intuito de criar comitês de ‘humanização’ voltados para a melhoria na qualidade da atenção ao usuário e, mais tarde, ao trabalhador. 
Tais iniciativas encontravam um cenário ambíguo em que a humanização era reivindicada pelos usuários e alguns trabalhadores e, por vezes, secundarizada por gestores e profissionais de saúde. Por um lado, os usuários reivindicam o que é de direito: atenção com acolhimento e de modo resolutivo; os profissionais lutam por melhores condições de trabalho. 
Por outro lado, os críticos às propostas humanizantes no campo da saúde denunciavam que as iniciativas em curso se reduziam, grande parte das vezes, as alterações que não chegavam efetivamente a colocar em questão os modelos de atenção e de gestão instituídos (Benevides & Passos, 2005a).
Entre os anos 1999 e 2002, além do PNHAH, algumas outras ações e programas foram propostos pelo Ministério da Saúdes voltadas para o que também foi-se definindo como campo da ‘humanização’. Destacamos a instauração do procedimento de Carta ao Usuário (1999), Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH –1999); Programa de AcreditaçãoHospitalar (2001); Programa Centros Colaboradores para a Qualidade e Assistência Hospitalar (2000); Programa de Modernização Gerencial dos Grandes Estabelecimentos de Saúde (1999); Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (2000); Norma de Atenção Humanizada de Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru (2000), dentre outros. Ainda que a palavra ‘humanização’ não apareça em todos os programas e ações e que haja diferentes intenções e focos entre eles, podemos acompanhar a relação que vai-se estabelecendo entre humanização qualidade na atenção satisfação do usuário (Benevides & Passos, 2005a).
Com estas direções foram definidos norteadores para a Política Nacional de Humanização (Brasil, 2004): 1) Valorização das dimensões subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas (índios, quilombolas, ribeirinhos, assentados etc); 2) Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando a transversalidade e a grupalidade; 3) Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção de saúde e com a produção de sujeitos; 4) Construção de autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos implicados na rede do SUS; 5) Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de gestão e de atenção; 6) Fortalecimento do controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS; 7) Compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos profissionais de saúde, estimulando processos de educação permanente.  
EMPREGO NA ATUALIDADE
A ‘humanização’ enquanto política pública de saúde vem-se afirmando na atualidade como criação de espaços/tempos que alterem as formas de produzir saúde, tomando como princípios o aumento do grau de comunicação entre sujeitos e equipes (transversalidade), assim como a inseparabilidade entre a atenção e a gestão. Este movimento se faz com sujeitos que possam exercer sua autonomia de modo acolhedor, co-responsável, resolutivo e de gestão compartilhada dos processos de trabalho.
Podemos dizer que se trata de uma:
“estratégia de interferência no processo de produção de saúde, através do investimento em um novo tipo de interação entre sujeitos, qualificando vínculos interprofissionais e destes com os usuários do sistema e sustentando a construção de novos dispositivos institucionais nessa lógica” (Deslandes, 2004, p. 11).“Trabalharmos em prol da transdisciplinaridade, buscarmos relações mais horizontalizadas de poder entre os diversos saberes (...) não descartar a clínica (...)” (Onocko Campos, 2005, p. 578), [indicam que] “em saúde (...) é sempre necessário não separar, nem dissociar a questão clínica das formas de organização do trabalho e sua (...) gestão” (Onocko Campos, 2005, p. 579).
Com a desestabilização do caráter unitário e totalitário de ‘homem’ e com a valorização da dimensão concreta das práticas de saúde, o conceito de ‘humanização’ ganha capacidade de transformação dos modelos de gestão e atenção.
Assim, ao ser proposto como política pública, o conceito de ‘humanização’ se amplia, por um lado, incorporando concepções que procuram garantir os direitos dos usuários e trabalhadores e, por outro, apontando diretrizes e dispositivos clínicos políticos concretos e comprometidos com um SUS que dá certo.
 Negócios de Impacto
Em um país como o Brasil, desigual e ainda precário em áreas sensíveis como saúde, educação, habitação e serviços financeiros, os negócios de impacto podem assumir um papel relevante no caminho para a transformação social. Esses empreendimentos têm a missão explícita de gerar benefícios sociais e/ou ambientais ao mesmo tempo em que proveem resultado financeiro positivo e de forma sustentável.
Os negócios de impacto podem assumir diferentes formatos legais: associação, fundações, cooperativas ou empresas. Há quatro princípios que os diferenciam, independentemente da constituição jurídica da organização:
	Têm um propósito de gerar impacto socioambiental positivo explícito na sua missão
	Conhecem, mensuram e avaliam o seu impacto periodicamente
	investidores, clientes e a comunidade
	 O que são negócios de impacto
	Negócios de impacto são empreendimentos que geram impacto socioambiental e financeiros positivos.
	Negócios de impacto são iniciativas empreendedoras que objetivam gerar impacto socioambiental positivo e ganho financeiro, simultaneamente. Normalmente, um negócio de impacto é norteado pela carta de princípios para negócios de impacto no Brasil. Nessa carta, os negócios de impacto são embasados em quatro princípios essenciais que os diferenciam de ONGs ou negócios tradicionais: 
	1. Compromisso com a missão social e ambiental
	seus objetivos centrais) em seus documentos legais e de comunicação (interna e externa).
	Além disso, os negócios de impacto devem deixar em evidência como De acordo com o princípio 1 da carta de princípios para negócios de impacto no Brasil, todo negócio de impacto tem que deixar explícito o seu compromisso com a missão social e ambiental (como parte de Têm uma lógica econômica que permite gerar receita própria
	Possuem uma governança que leva em consideração os interesses de suas operações, produtos e serviços, geram, continuamente, impacto social e/ou ambiental positivo. Para isso, os negócios de impacto podem adotar diferentes níveis de formalização de seu compromisso com os impactos socioambientais.
Nível 1: Deixa explícita sua Teoria de Mudança na Missão (essa teoria deve ser construída antes da mudança efetiva, tornando claras suas hipóteses de transformação social e ambiental, possibilitando a empreendedores, aceleradoras e investidores terem uma visão concreta da lógica e da viabilidade da geração de impacto);
Nível 2: Inclui no Contrato Social, no Estatuto Social ou em documento similar, os impactos que visa gerar;
Nível 3: Comunica por meio de documentos (internos e externos), sua missão, visão e valores a todos públicos de interesse.
2. Compromisso com o impacto social e ambiental monitorado
A Teoria da Mudança dos negócios de impacto deve ser periodicamente explícita, monitorada e reportada. Para isso, os negócios de impacto devem:
Nível 1: Esclarecer a transformação socioambiental que pretendem gerar, deixando explícitas as métricas de resultado e de impacto social e ambiental que irão monitorar;
Nível 2: Coletar e analisar os dados para o acompanhamento dos resultados atingidos;
Nível 3: Reportar os resultados, dados e se estão ou não alçando seus objetivos de forma transparente, por meio de mídias e linguagem acessíveis às partes interessadas;
Nível 4: Têm seus resultados auditados por organização externa independente.
3. Compromisso com a lógica econômica
Os negócios de impacto são baseados em um modelo de operação comercial voltado à sustentabilidade financeira. Para isso os negócios de impacto devem obter receitas positivas oriundas de seus produtos e serviços.
É permitida a utilização de recursos filantrópicos ou subsidiados para equilibrar o setor financeiro de um negócio de impacto, a curto e a longo prazo, independente do tamanho do empreendimento.
Entretanto, os negócios de impacto devem explicitar em seus planos de negócios e nos relatórios de resultados a capacidade para desenvolver atividades econômicas sustentáveis por meio, por exemplo, da atração de investidores e de contrato comerciais de maior porte e duração.
A princípio, um negócio de impacto pode depender de capital filantrópico para cobrir mais de 50% de seus custos operacionais. Entretanto, com o passar do tempo, essa dependência deve reduzir de 50% para 25%, até não haver mais a necessidade de capital filantrópico.
4. Compromisso com a governança efetiva
Os demais atores do ecossistema dos negócios de impacto são parte fundamental de seu desenvolvimento. A chave para o desenvolvimento e implementação de ações que atinjam os objetivos esperados é a governança efetiva. Para isso,é preciso que os negócios de impacto cumpram quatro níveis:
Nível 1: Deixe um legado socioambiental superior ao valor econômico extraído, com uma distribuição balanceada do risco entre investidores, empreendedores, fornecedores, clientes, comunidades e sociedade;
Nível 2: Tenha transparência na tomada de decisões, de maneira a manter informados os stakeholders (públicos de interesse) sobre ações que impactam suas dinâmicas e expectativas; e garanta a esses públicos o direito de serem ouvidos, por meio de participação em conselhos consultivos ou deliberativos;
Nível 3: Possibilite à comunidade apoiada ou ao público-alvo do negócio de impacto compartilhamento oficial da propriedade, da governança e do desenho do negócio.
Abrangência dos negócios de impacto
Os negócios de impacto possuem ampla abrangência, podendo incluir temas como qualidade da educação, serviços de saúde, mobilidade urbana, redução de emissões de carbono, entre outras demandas sociais.
Entretanto, é fundamental que as organizações que se definem como negócios de impacto tenham, efetivamente, o compromisso de adotar todos os princípios da carta de princípios para negócios de impacto no Brasil num período de tempo determinado, especificando a intensidade e o alcance das ações para a sua correta implementação.
Distribuição de dividendos.
Os negócios de impacto podem ou não distribuir seus dividendos (parcela dos lucros). No Brasil, se destacam três principais formatos de negócios de impacto:
Organizações da sociedade civil com atividades de geração de receita e que podem receber doações, mas não podem distribuir lucros;
Negócios sociais com formato jurídico de empresa e que visam ao lucro, mas que reinvestem esses recursos inteiramente nos negócios;
Negócios de impacto que distribuem lucros a seus investidores.
O retorno sobre o capital investido (filantrópico ou comercial) não é um princípio para os negócios de impacto. Essa distribuição, deve ser decidida com o investidor.
Legislação dos negócios de impacto
No Brasil não existe nenhuma estrutura jurídica voltada especificamente para negócios de impacto.
Qualquer formato legal de organização (com ou sem fins lucrativos) é passível de ser um negócio de impacto e pode incluir os princípios da carta de princípios para negócios de impacto no Brasil.
Fazer parcerias com negócios de impacto visando inovação para os produtos e serviços da empresa;
Educar outras empresas do setor sobre Finanças Sociais e Negócios de Impacto;
Ofertar fundos para o investimento em negócios de impacto;
Educar investidores sobre a importância dos negócios de impacto;
Incluir os princípios da carta de princípios para negócios de impacto no Brasil como condição para investimento em negócios de impacto.
Como incorporar os princípios dos negócios de impacto
A incorporação dos princípios dos negócios de impacto pressupõe as principais ações:
Estabelecer, no planejamento anual das compras e das metas, a aquisição de produtos oriundos de negócios de impacto;
Estabelecer metas para que parcerias e alianças tenham negócios de impacto entre seus membros;
Estabelecer metas para que uma porcentagem dos recursos totais seja direcionada a negócios de impacto;
Disseminar o conceito de negócios de impacto utilizando os princípios da carta de princípios para negócios de impacto no Brasil como balizadores;
Desenvolver estudos relacionados aos negócios de impacto e sobre a própria carta de princípios para negócios de impacto no Brasil.
 Educação Empreendedora
O que é Educação empreendedora e como colocá-la em prática na escola?
Ao investir em conhecimento, pensamento crítico e aprendizagem sócio emocional, a escola forma cidadãos autônomos e proativos, ajuda no desenvolvimento de relações interpessoais saudáveis e na construção de um mundo melhor.
Desde crianças, nos deparamos com situações e problemas complicados e tentamos encontrar soluções. Enfrentamos questões das mais diversas: “Como organizar os brinquedos da turma para encontrá-los com mais facilidade no dia seguinte?”, “como construir um balanço novo para o parque da escola usando somente um pneu e cordas?”, “como trocar a resistência do chuveiro?”, “qual profissão seguir?” e “como fazer minha empresa vender mais produtos?” 
Em alguns casos, falhamos na busca pela solução e temos de tentar de novo. E de novo. E de novo. Até conseguir acertar. Em outros, acertamos de primeira. Independentemente do cenário, uma certeza: quanto mais nos empenhamos em buscar a melhor saída, tendo uma postura proativa, engajada e colaborativa, mais aprendemos. É exatamente disso o que trata a Educação Empreendedora, uma abordagem para o desenvolvimento de competências e habilidades importantes para a vida na sociedade contemporânea. 
E o que a escola tem a ver com isso? Tudo! A Educação Empreendedora é uma ferramenta para os educadores despertarem e motivarem os alunos para a construção de ideias inovadoras, auxiliando a formação de cidadãos críticos, autônomos, transformadores e empreendedores.  
Conforme Rose Mary Almeida Lopes, no livro Educação Empreendedora: Conceitos, Modelos e Práticas, essa abordagem é “um processo dinâmico de conscientização, reflexão, associação e aplicação que envolve transformar a experiência e o conhecimento em resultados aprendidos e funcionais. Compreende conhecimento, comportamento e aprendizagem afetivo emocional”. Assim, colocando a Educação Empreendedora em cena é possível fazer que, enquanto estudam os conteúdos previstos no currículo, os alunos se desenvolvam como cidadãos ativos, responsáveis, colaborativos e resilientes.  
Afinal, o que é ser empreendedor? 
Embora no senso comum essa palavra esteja mais relacionada ao mundo empresarial e de negócios, ela vai muito mais além, envolvendo a vida de forma abrangente. O dicionário Michaelis define o termo como aquele “que se lança à realização de coisas difíceis ou fora do comum; ativo, arrojado, dinâmico”.
Como educar de maneira empreendedora na prática?
No Ensino Médio, a Educação Empreendedora é um eixo estruturante, mas na Educação Infantil em todo o Ensino Fundamental já é possível trabalhar nessa perspectiva. “A complexidade das atividades serão diferentes a depender da etapa, mas o foco está sempre no aluno”, diz Paulo Emílio de Castro Andrade, professor especialista em Desenvolvimento Integral e pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas da Universidade de São Paulo (USP). No mais, é importante tratar dos conteúdos de maneira contextualizada com a realidade e o interesse dos estudantes, considerando que as turmas são heterogêneas. Confira: 
 Educação Infantil: colocar em cena qual brincadeira fazer em determinado momento, convidando os pequenos para conversar, opinar e decidir, por exemplo. Outra sugestão é a ação de criar cantos diversos e dar às crianças oportunidade de escolher em qual quer brincar, começando um trabalho de desenvolvimento de autonomia.

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