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FÁRMACO USOS FARMACOCINÉTICA PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS Codeína Tosse Dor leve/moderada (20% ou menos da potência analgésica da morfina) Convertida em morfina Principalmente constipação Tramadol Dor aguda e crônica moderada Bem absorvido Meia-via 4-6h confusão mental, convulsões, prolongamento QT (sem depressão respiratória) FÁRMACO USOS FARMACOCINÉTICA PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS Buprenofina o tratamento de manutenção, com baixo risco de sobredose e de abuso e dor Ação de longa duração (12H de meia vida) Pode causar dependência Nalbufina FÁRMACO USOS FARMACOCINÉTICA PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS Morfina Dores intensas - aguda e crônica Meia-vida: 3-4 horas Metabólito ativo: morfina-6-glicuronídeo (recirculação enterohepática) Depressão respiratória, sedação, euforia, constipação, vômito, prurido, tolerância e dependência Metadona Dor aguda e crônica Desmame Adição Meia-vida > 24h Semelhantes a morfina, com menos euforia Oxicodona Fentanil Anestesia (IV); Pós- operatório imediato (espinhal); Dor crônica (alta potência e lipossolubilidade - adesivo transdérmico) Meia-vida 1-2h adesivo: liberação contínua por 72h Semelhante a morfina Remifentanil Anestesia (infusão IV) Meia-vida 5 min (início e recuperação rápidos) Depressão respiratória Sufentanil > Indicação: dor moderada, intensa e refratária; anestesia; trabalho de parto; supressão da tosse e diarreia > Tríade da intoxicação: letargia/coma; depressão respiratória; pupilas pontiformes Opióides OBSERVAÇÕES Receituário de controle A1 - notificação de receita amarela Opióides fracos Agonista opióide parcial/misto OBSERVAÇÕES Opióides fortes A dissociação a partir dos receptores é lenta com menos sinais e sintomas de abstinência em relação a outros opioides + geralmente associado com naltrexona para tratamento da adicção > Mecanismos da dependência: Ativação do sistema dopaminérgico mesolímbico e Hiperexcitabilidade reflexa espinhal OBSERVAÇÕES Opioides fracos - receituário C1 também inibe recaptação NOR e ↑liberação 5-HT TABELÃO DE FARMACOLOGIA > Principais feitos farmacológicos: analgesia; depressão respiratória/broncoconstrição; pupilas pontiformes; constipação; dependência física; sedação (coma/letargia em altas doses); hipotensão/bradicardia; liberação de histamina (urticária e prurido no local da injeção); imunossupressor em altas doses > DEFINIÇÃO: Opioide é qualquer substância, endógena ou sintética, que produz efeitos semelhantes aos da morfina e que são bloqueados por antagonistas como a naloxona > Opioides endógenos: encefalinas, endorfinas e dinorfinas - inibem a transmissão sináptica e são liberados em vários locais do SNC em resposta a estímulos nocivos > Receptores opioides (acoplados à proteina G): MOP (maior repercursão farmacológica dos efeitos adversos); DOP; COP e ORL (naloxona não se liga) - distribuem-se amplamente no cérebro e medula > Mecanismo de ação: Inibição da Adenilato-ciclase, promovendo abertura dos canais de K+ (saída = hiperpolarização) e fechamento dos canais de Ca2+ (↓neurotransmissão) == ativação de neurônios inibitórios da via descendente (inibe a transmissão para o corno dorsal da medula) inibição de fibras aferentes A-delta e C FÁRMACO USOS FARMACOCINÉTICA PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS Naloxona Intoxicação por superdosagem de opióides Intravenoso - meia vida curta (30 a 80min) Naltrexona Tratamento de adicção FÁRMACO USOS FARMACINÉTICA MECANISMO DE AÇÃO PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS REPRESENTANTES OBSERVAÇÃO Benzodiazepínicos Tratar ansiedade e insônia aguda, ataque de pânicos, coadjuvante na estabilização do paciente que iniciou tratamento com antidepressivos Aumento da frequência de abertura dos canais GABA-A permitindo maior influxo de cloreto, aumentando a inibição da transmissão sináptica do SNC = (1) na amígdala, aumenta a ação inibitória do GABA-A (↓ansiedade medo) e (2) no córtex pré-frontal potencializa os interneurônios gabaérgicos inibitórios (↓preocupação) Amnésia, redução da cordenação motora (idosos!), sensação de ressaca, tolerância e dependência física Fármaco Duração Uso Midazolam Ultracurta (<6H) Hipnótico Anestésico i.v. Lorazepam, Oxazepam e Temazepam Curta (12 - 18H) Ansiolítico Hipnótico Lorazepam - anticonvulsivante Alprazolam Média (24H) Ansiolítico Transtorno do pânico Clonazepam Longa (24 - 48H) Ansiolítico (incluindo o tratamento da mania) Anticonvulsivante Diazepam e Clordiazepóxido Longa (24 - 48H) Ansiolítico Diazepam: anticonvulsivante relaxante muscular Antidepressivos Ansiedade generalizada, fobias, ansiedade social e estresse pós- traumático Agentes serotoninérgicos aliviam ANSIEDADE, PREOCUPAÇÃO E MEDO por parte dos seus efeitos serem inibitórios sobre a amígdala e os circuitos corticoestriadotalamocortical Inibidores do transportador de noradrenalina aliviam ESTRESSE E PREOCUPAÇÃO por ter feito infraregulatório sobre os receptores alfa-1 e beta-1 ISTS = Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina ISRSN = Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina ADT = Anti-depressivos Triciclicos 3 ou mais semanas para notar o efeito farmacológico Desmetilzepam: metabólito ativo com meia-vida de 60H → efeito cumulativo (ressacas prolongadas com uso repetitivo) Ansiolíticos e hipnóticos Ansiolíticos: reduzem a ansiedade (↑ vigilância, emoções negativas, efeitos somátivos, hiperatividade autônomica - que interferem nas atividades cotidianas) e exercem efeito calmante Hipnóticos: depressão do SNC que produz sonolência e manutenção do estado de sono Observação Componentes da ansiedade: MEDO (pânico + fobia) - circuito centrado na amígdala e PREOCUPAÇÃO (sofrimento ansioso + exprectativa apreensiva + obsessões) - circuito corticoestriadotalamocortical Ansiolíticos Muito mais seguros que os barbitúricos - menos abstinência e menos pontentes em altas doses. Interrupção abrupta = síndrome da abstinência: ansiedade rebote com sintomas físicos confusão mental e insônia RECEPTORES GABA-A α1: efeitos sedativo, hipnótico, anticonvulsivante α2: efeito ansiolítico α2, α3 e α5: relaxamento muscular α1 e α5: amnésia Antogonistas opióides OBSERVAÇÕES FÁRMACO USOS FARMACINÉTICA MECANISMO DE AÇÃO PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS REPRESENTANTES Buspirona Mais efetivo no Transtorno de ansiedade generalizada início ação mais prolongado (>2 semanas) Agonista parcial dos receptores 5- HT1a que funcionam como autorreceptores inibitórios de neurônios dos cirucitos corticolímbicos (p.ex. locus coeruleus) e ao longo do tempo desensobilizam-o aumentando a liberação de serotonna na fenda sináptica. Náuses, tontura, cefaleia, inquetação Antiepiléticos Antipsicóticos Beta-bloqueadores FÁRMACO USOS FARMACINÉTICA MECANISMO DE AÇÃO PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS REPRESENTANTES Benzodiazepínicos Diminui latência até o sono e aumentam a duração do sono NREM (↓ duração do sono REM e de ondas lentas) Agentes de curta duração produzem menor efeito “ressaca” + insônio rebote após cessar uso (em cima) Agonistas seletivos GABA-A Encurtam o tempo de indução do sono, reduzem o número de despertares noturnos e aumentam o tempo total de sono Rapidamente absorvidos no TGI, rápido início de ação e meia-vida de eliminação curta Moduladores alostéricos positivos que interagem seletivamente com receptores que contém subunidade α1 Sonolência e tontura; dor de cabeça; sintomas gastrointestinais; problemas de memória; pesadelos e confusão mental Fármacos Z: Zopiclona; Eszoplicona; Zaleplona e Zolpidem Agonistas melatoninnérgicos ✓ Reduzem latência do sono ✓ Pouco efeito na arquitetura do sono ✓ Sem sintomas significativos de abstinência ✓ Ressincronizam o ritmo circadiano em indivíduos que tenham atraso de fase ou avanço de fase ✓ Eficaz em idosos Receptores MT1 e MT2 são envolvidos na regulaçãodo sono Agomelatina; Melatonina, a Ramelteona e o Tasimelteona Antiepilépticos, tais como tiagabina, valproato e levetiracetam, podem também ser eficazes no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Alguns antipsicóticos atípicos, tais como olanzapina, risperidona, quetiapina e ziprasidona, podem ser eficazes no transtorno da ansiedade generalizada e no transtorno do estresse pós-traumático Antagonistas beta-adrenergicos (p. ex., propranolol) são utilizados principalmente para reduzir os sintomas físicos da ansiedade (tremor, palpitações etc.); não têm efeito no componente afetivo Agomelatina: agonista melatoninérgico, antagonista 5-HT2B e 5-HT2C Hipnóticos Utilizados para tratamento da insônio transitória ou crônica Um bom hipnótico: ✓ Reduz a latência até o sono ✓ Proporciona sono com duração suficiente com mínimo efeito de ressaca ✓ Pouco efeito na atv. motora durante a vigília O ponto “desligado” ou promotor de sono localiza-se no núcleo pré-óptico ventrolateral (POVL) do hipotálamo, enquanto o ponto “ligado” – promotor de vigília – está localizado no núcleo tuberomamilar (NTM) do hipotálamo. A. Quando o NTM está ativo e a histamina é liberada no córtex e no POVL, o promotor de vigília está ligado, enquanto o promotor do sono está inibido. B. Quando o POVL está ativo e o GABA é liberado no NMT, o promotor de sono está ligado, enquanto o promotor de vigília é inibido. O interruptor de sono/vigília também é regulado pelos neurônios orexina/hipocretina no hipotálamo lateral (LAT), o qual estabiliza o estado de vigília, e pelo núcleo supraquiasmático (NSQ) do hipotálamo. Este é o relógio interno do corpo e é ativado pela melatonina, pela luz e pela atividade, a fim de promover sono ou vigília. Quando a luz atravessa o olho, ela é transmitida pelo trato retino- hipotalâmico até o núcleo supraquiasmático (ou NSQ) dentro do hipotálamo. Por sua vez, o NSQ envia um sinal à glândula pineal para interromper a produção de melatonina. Durante as horas de escuridão, não há estímulo do trato retino- hipotalâmico para o núcleo supraquiasmático (NSQ) dentro do hipotálamo. Dessa maneira, a escuridão envia um sinal à glândula pineal para produzir melatonina. Por sua vez, a melatonina pode atuar sobre o NSQ para reajustar os ritmos circadianos. Flunitrazepam - amnésia retrógrada Tolerância ao efeito hipnótico é menor (quando presente, 2 semanas) Diazepam: efeito de ação mais longo → tratar a insônia associada a ansiedade diurna modificam menos a arquitetura do sono do que os BZDs; pouco efeito amnésico; pouco efeito de abstinência; menor risco de dependência e insônio rebote (SELETIVOS) OBSERVAÇÃO Sem efeito sedativo e hipnótico | Menor risco de dependência e abstinência Se ligam à subunidade α2β dos canais de cálcio sensíveis a voltagem (tipo N e P/Q) pré-sinápticos podem bloquear a liberação excessiva de glutamato na amígdala e portanto, reduzir os sintomas de ansiedade e medo. Podem bloquear a liberação excessiva de glutamato nos circuitos CETC e, assim, reduzir a preocupação Reduzir os sintomas físicos da ansiedade (tremor, palpitações etc.); não têm efeito no componente afetivo OBSERVAÇÃO FÁRMACO USOS FARMACINÉTICA MECANISMO DE AÇÃO PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS REPRESENTANTES OBSERVAÇÃO Flumazenil Intoxicação por benzodiazepínicos (se respiração deprimida) Rapidação ação, via IV, efeito dura 2H Pode precipitar a síndrome da abstinência aguda e convulsões Antagonista benzodiazepínico