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PFP1- 3SM @brunagsaboia Resumão Fisiopatologia Bloco 2 . Mecanismos Gerais da Inflamação Aguda . ★ A inflamação é uma resposta elaborada por tecidos conjuntivos vascularizados, que acontece frente a diversos estímulos diferentes. Uma vez elaborada essa resposta, a inflamação ocorre com objetivo de combater patógenos e realizar reparo tecidual. • A mediação química inflamatória é importante para justificar as manifestações sistêmicas da inflamação; Sinais flogísticos (cardinais) da inflamação: 1. calor 2. rubor 3. edema 4. dor 5. limitação funcional. Inflamação é uma resposta tecidual, provocada por um estímulo; - apenas tecidos conjuntivos vascularizados sofrem inflamação; Estímulos: o Privação de oxigênio o Traumas o Agentes físicos o Agentes químicos o Necrose o Corpo estranho o Agentes infecciosos o Reações imunes Neutrófilo: célula efetora da inflamação aguda; A resposta inflamatória acontece com a finalidade de reparo tecidual, e de eliminação do agente agressor. ● normalmente a eliminação do agente agressor acontece antes do reparo tecidual (em inflamações agudas) Inflamação aguda: Inflamação aguda tem um padrão que se repete! Fases da resposta inflamatória: 1. Fase irritativa: ocorrem modificações morfológicas e funcionais do tecido agredido que promovem a liberação de mediadores químicos, que irão desencadear as outras fases inflamatórias. ➔ A primeira fase da inflamação aguda é o fenômeno irritativo (reconhecimento do agente agressor, que gera resposta inflamatória); ➔ Existem diferentes classes de padrões moleculares que em determinados tecidos atuam como "guardiãs" → células apresentadoras de antígenos → macrófagos e células dendríticas. ➔ Os macrófagos possuem receptores em sua superfície que se acoplam a diferentes padrões moleculares - PAMPs e DAMPs. ➔ O macrófago produz mediadores químicos que dão continuidade ao processo de inflamação; 2. Fase vascular: alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade vascular no local da agressão. ➔ Neutrófilos chegam aos tecidos através da modificação da vasculatura, proporcionados pelo fenômeno vascular; ➔ Não somente células devem chegar com facilidade na lesão, mas também o plasma → favorece a movimentação de células e fluidos plasmáticos. ➔ As alterações vasculares da inflamação acontecem com o objetivo de transportar células da circulação para os tecidos extra-circulatórios. → Ocorrem em associação do SN autônomo. ➔ Facilita a dispersão de mediadores inflamatórios. ➔ Fluxo laminar: sangue do centro do vaso sanguíneo trafegando mais rapidamente do que o sangue da periferia - evitando lesão endotelial; ➔ Hiperemia ativa O aumento da permeabilidade vascular permite o extravasamento de fluidos e proteínas, através dos espaços endoteliais aumentados - junções intercelulares abrem fendas pelas quais os elementos podem passar. Os macrófagos sensibilizados pela lesão irão produzir diferentes mediadores químicos que sensibilizam outras células que produzem e armazenam histamina Em relação ao filtrado, o edema é classificado como exsudato → presença de grandes quantidades de proteínas, principalmente as mediadoras químicas que perpetuam o processo inflamatório. 3. Fase exsudativa: essa fase é característica do processo inflamatório, e é formada pelos exsudatos celulares e plasmáticos (migração de líquidos e células para o foco inflamatório) oriundos do aumento da permeabilidade vascular. ➔ A fase exsudativa é a mais marcante da inflamação! ➔ O fenômeno exsudativo acontece através da saída do neutrófilo em direção ao tecido lesado (por diapedese). ➔ Diapedese: processo de base molecular → diferentes interações entre moléculas de superfície do neutrófilo e de superfície que são expressas pela célula endotelial. Neutrófilo: grande capacidade de fagocitação → Selectinas: presentes nas células endoteliais (E e P) e nos leucócitos (L) → Integrinas: presentes de forma constitutiva nos leucócitos “Ambas são expressas na superfície da célula endotelial” A presença de citocinas faz com que o endotélio expresse p-selectina e integrinas. ➔ As selectinas promovem adesão fraca entre leucócitos e endotélio, já as integrinas promovem uma adesão forte entre os mesmos elementos → favorece a transmigração leucocitária. ➔ Marginação, adesão fraca ao endotélio, adesão forte ao endotélio, diapedese, migração por quimiotaxia e fagocitose ou efetivação da resposta (depende do tipo celular). Diferentes quimiocinas são produzidas no sítio inflamatório, com a migração de leucócitos seguindo um gradiente de concentração de quimiocinas. ➔ - O macrófago se move de acordo com a concentração de quimiocinas (onde mais quimiocinas, mais atração de macrófagos) Os fatores quimiotáticos mais importantes incluem: ● Produtos bacterianos. ● Componentes do sistema complemento (C5a). ● Metabólitos do ácido araquidônico (leucotrienos). ● Quimiocinas (CXC neutrófilos e CC mononucleares). = ● O núcleo do neutrófilo é dividido em 2 ou 3 lóbulos (multilobular) → infiltrado inflamatório polimorfonuclear. ● Células inflamatórias devem ser chamadas de polimorfonucleares (onde sua maioria é composta por neutrófilos) O leucócito predominante no infiltrado inflamatório é o neutrófilo: • pela lâmina pode-se perceber que são polimorfonucleares • presença dos sinais da inflamação ➔ O processo de fagocitose ocorre por meio da comunicação entre receptores de superfície de neutrófilos e a bactéria → emite projeções que englobam a bactéria. Após a fagocitose ocorre a junção da vesícula contendo a bactéria com o lisossomo → formando o fagolisossomo → enzimas digestivas degradam a bactéria. ➔ Outro mecanismo de degradação da bactéria envolve os radicais livres, que são produzidos em larga escala pelos macrófagos → são colocados no meio extracelular e eliminar as bactérias que não foram fagocitadas → hidrólise enzimática → provoca destruição tecidual 4. Fase degenerativo-necrótica: composta por células derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas consequentes das três fases anteriores. ➔ As alterações teciduais que ocorrem secundariamente a ação dos fagócitos, heterólise enzimática. - Necrose liquefativa; (Se referem às alterações teciduais referentes ao processo inflamatório.) ➔ Predomínio de neutrófilos polimorfonucleares → produzem necrose do alvéolo devido a heterólise enzimática com enzimas neutrofílicas que liquefazem o tecido → lesam a própria célula → cariorrexe 5. Fase produtiva-reparativa: reparar o tecido agredido (por regeneração ou cicatrização). Essas fases se repetem em todas as inflamações agudas! Mediação Química ★ As interações entre os diferentes tipos de células acontecem por meio de mediação química • diferentes classes de mediadores orquestram as interações Se o mediador é derivado de células pode ser dividido em dois grupos: 1. Mediadores pré-formados estocados em vesículas citoplasmáticas ou formados imediatamente. a. Mediadores pré-formados em grânulos secretores. Ex: histamina b. Recém-sintetizados (só são produzidos quando a resposta inflamatória em franca atividade) Ex: prostaglandinas 2. Derivados de proteínas plasmáticas Plasma: a. Ativação do complemento (proteínas da cascata de coagulação) b. Ativação do fator XII Citocinas = produzem mediação química (comunicação entre as células) Podem ser: - Interleucinas - Fator de necrose tumoral Quimiocinas = moléculas que produzem quimiotaxia • diferença no gradiente de concentração Enzimas proteolíticas = são enzimas que quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas. • colagenases, elastases e proteinases que degradam a matriz extracelular. A degradação de matriz extracelular acontece devido a degradação promovida pelos neutrófilos; ➔ Fragmentos do sistema complemento ativado; ➔ Óxido nítrico (gás solúvel): potente vasodilatador. ➔ Aminas vasoativas: 1. Histamina: contida em mastócitos e basófilos, tem ação vasoativa. 2. Bradicinina: são plasmáticas e aumentam a permeabilidade vascular. Prostaglandinas: potentes vasodilatadores,aumentam a formação do edema; Têm efeito pirético e diminuem o limiar de excitação de terminações nervosas. Anti-inflamatórios não bloqueiam a resposta inflamatória, apenas a modulam! O processo inflamatório é importante para a recuperação da lesão; Histamina: Efeitos: 1. Relaxamento da musculatura lisa (em arteríolas pré-capilares - modificação de fluxo). 2. Diminuição da expressão de moléculas de adesão interendoteliais e estímulo para produção de mediadores químicos inflamatórios. Citocinas: Principais classes: interleucinas (IL) e fator de necrose tumoral (TNF). Efeitos locais e sistêmicos - mediados pelas citocinas • reação em cascata Em um hemograma de paciente com inflamação aguda, teremos: • leucocitose (neutrófilos aumentados) com desvio a esquerda; - é uma manifestação sistêmica da inflamação aguda, mediada por citocinas inflamatórias Metabolismo do ácido araquidônico: ➔ É um lipídio que está agregado a membrana celular; ➔ Uma vez que seja deflagrada uma resposta inflamatória aguda, uma enzima chamada fosfolipase desacopla o ac. araquidônico → ele fica livre → está sujeito a alterações enzimáticas → produzem mediadores químicos que sustentam o processo inflamatório, e que revertem esse processo → cicloxigenase e lipoxigenase Dois tipos de enzimas modificam o metabolismo do ácido araquidônico, convertendo o em: A. ciclooxigenase (converte em prostaglandina, prostaciclina e tromboxano) B. 5.lipoxigenase Por que a inflamação dói? A dor inflamatória é quimicamente mediada (como pelas prostaglandinas, que sensibilizam as terminações nervosas livres periféricas); Uso de AINE podem lesar a vascularização da mucosa, devido à ausência de prostaglandinas fisiológicas e perda de mucoácidos gástricos em contato direto com a parede do estômago causam lesão; Sistema Complemento: ➔ As proteínas do sistema complemento precisam ser clivadas para que estejam ativas; ➔ Ativação de vias específicas de clivagem: a. via clássica (acontece toda vez que anticorpos do tipo igm ou igg se ligam a epítopos específicos na superfície dos patógenos, cliva a proteína do sistema complemento) b. via alternativa (é dependente de elementos estruturados na parede do próprio patógeno) c. via dependente da lectina (carboidrato que deflagra a 3a via da clivagem de proteínas do sistema complemento) As três vias convertem na ativação da C3 convertase que cliva a fração C3 do sistema complemento → C3a (fator quimiotático -> recrutamento e ativação de leucócitos) // C3b se liga a receptores da bactéria, facilitando a identificação (opsonização) → formação da MAC. Papel da hemostasia: Trombina (fibrinogênio - fibrina): adesão leucocitária e proliferação de fibroblastos. Plasmina (fibrinólise): quimiotaxia e ativação do complemento. • A proliferação dos fibroblastos acontece em processos de lesão; Desfecho de um processo inflamatório agudo: fase reparativa Reparo tecidual: - Após a lesão as células do tecido são reconstituídas em fisiologia e função (Regeneração); - Cicatriz de tecido conjuntivo, com graus variados de perda de função (Cicatrização) - Perfil inflamatório se modifica, inflamação se torna crônica (Cronicidade) • O macrófago é a célula que organiza o reparo tecidual; Características Gerais - Predomínio dos fenômenos exsudativos. - Início precoce, com duração curta (pode aparecer em recidivas). - A célula efetora principal é o neutrófilo. - Grande destruição tecidual. Sinais inflamatórios: • Locais: dor, calor, rubor, aumento de vo- lume (tumor), perda função. • Sistêmicos: febre, tremores, prostração, anorexia, emagrecimento. Dor: mediadores químicos Calor e rubor: alterações vasculares Aumento de volume: fenômenos exsudativos Perda de função: amplo, podem ser todos os sinais Inflamação aguda . ★ Não é uma doença, mas uma resposta protetora inespecífica do organismo. Função: • eliminar tecido morto • proteger contra infecção local • permitir o acesso imune ao local Possui 3 componentes principais: 1. alteração do calibre vascular → aumento do fluxo sanguíneo 2. alteração estrutural da microvasculatura → saída de proteínas plasmáticas e leucócitos da circulação 3. emigração de leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco da lesão 1. Aguda: até 6 meses (três meses para alguns) 2. Subaguda: 3 e 6 meses 3. Crônica: as que persistem por mais tempo. Obs: ➔ inflamação aguda → neutrófilos ➔ inflamação crônica → macrófagos Classificação morfológica: 1. inflamação exsudativas • Exsudativa serosa: Exsudato límpido, aquoso, pobre em células. Patogênese: estímulo não infeccioso → inflamação aguda com ↑ da permeabilidade vascular → formação de exsudato límpido, translúcido e sem agentes infecciosos. → Vesículas: edema de até 5mm circunscrita por epitélio de revestimento com elevação na superfície. → Bolha: diâmetro > 5mm A hiperemia produz um processo inflamatório em membranas serosas, incluindo o pericárdio → pericardite urêmica. • Exsudativa fibrinosa Patogênese: estímulo infeccioso ou não → inflamação aguda com ↑ importante da permeabilidade vascular → exsudação de proteínas (fibrinogênio e outras), células inflamatórias e necróticas. Característico de inflamação no revestimento de cavidade corporal, como pericárdio e pleura. Aspecto em pão com manteiga: filamentos de fibrina projetando-se da superfície pericárdica. OBS: 1. Exsudativa fibrinosa pseudomembra- nosa → normalmente de origem bacteriana → Clostridium difficile → O agente produz toxinas que causam necrose do epitélio e formação de fibrina → formação de crostas, placas ou pseudomembranas a partir de exsudato fibrinoso. Acompanhado de necrose e descamação do epitélio de revestimento → depósito de fibrina no conjuntivo subjacente (aspecto esbranquiçado) → a fibrina forma uma camada espessa na mucosa e dá aspecto de uma membrana (pseudomembranosa). Exsudativa serofibrinosa: broncopneumonia → exsudato seroso, ou seja, constituído de proteínas → aspecto homogêneo róseo → Há também fibrina. • Exsudativa purulenta Possui pus, ocorre em qualquer tecido → material viscoso, espesso, turvo, amarelo-esverdeado. Constituído de 2 partes: 1. parte fluida: plasma e produto da liquefação dos tecidos lesados 2. parte sólida: piócitos (neutrofilos, macrofagos, eosinófilos) e debris celulares (resíduos) → Pústula: lesões mucocutâneas superficiais preenchidas por pus. → Furúnculo: coleções purulentas circunscritas na derme ou epiderme, afetando folículo piloso (geralmente associado a Staphylococcus aureus) → Abscesso: coleção circunscrita de pus em cavidades neoformadas, revestida por membrana piogênica, em órgãos parenquimatosos. É formado por ações de enzimas que formam a cavitação (abscesso subpleural) Extenso exsudato neutrofílico de uma pneumonia aguda com abscesso: tecidos normais são destruídos na região do abscesso porque os neutrófilos liberam inúmeras enzimas. → Flegmão (fleimão): inflamação purulenta difusa que dissocia e infiltra o tecido conjuntivo, sem membrana piogênica. Geralmente associada a infecção por estreptococos beta hemolíticos → exsudato é muito fluido, devido à exagerada coliquação enzimática dos tecidos. → Empiema: coleção circunscrita com acúmulo de exsudato purulento/ pus em cavidades pré-formadas. Empiema pleural: O empiema é o derrame parapneumônico complicado, com secreção purulenta espessa. À medida que o derrame pleural evolui, é ativada uma cascata de coagulação que leva à diminuição da fibrinólise e deposição de fibrina, causando as loculações e espessamento pleural. ABCESSOS E EMPIEMAS em cavidades devem ser DRENADOS; → Exsudativa mucosa ou catarral: Inflamações catarrais: é quando há exsudação líquida e de leucócitos na superfície de mucosas, com descamação do epitélio e secreção de muco, que, juntos, formam o catarro (daí o nome catarral). Faringites e laringites, tão comuns em gripes e resfriados, assumem esse aspecto. As formas crônicas de inflamações catarrais podem acompanhar-se de atrofia da mucosa, e são denominadas inflamações atróficas (p. ex., gastrite crônica) 2. inflamações alterativas Fenômenosalterativos → degeneração, necrose causados pela ação direta ou indireta do agente inflamatório. Na maioria dos casos, degenerações e/ou necrose em inflamações resultam de produtos das células do exsudato, de trombose na microcirculação ou de fenômenos imunitários. Em algumas inflamações, necrose é componente frequente e muito importante na doença (p.ex., tuberculose). Subtipos: • Erosiva: descamação, mas sem atingir camadas profundas • Ulcerativa: atinge camadas mais profundas, pode haver hemorragia. Caso fosse mucosa gástrica que formasse ulcerativa seria uma hemorragia interna por diabrose. • necrosante/gangrenosa: Quando os tecidos inflamados e necróticos sofrem a ação de agentes exógenos, quase sempre consequência e agravamento de inflamações do tipo necrosante, em partes do organismo que se comunicam com o exterior (contato com ambiente contaminado). Inflamação crônica . ★ É uma inflamação ativa prolongada (meses a anos), onde ocorre simultaneamente: a. Persistência da resposta inflamatório b. Inflamação ativa c. Destruição tissular d. Reparo (eventos proliferativos de fibroblastos e vasos neoformados) Inflamação de duração prolongada (semanas ou meses) na qual se processam simultaneamente: inflamação ativa, destruição tecidual e tentativas de cura. Exemplos: • Artrite reumatóide • Aterosclerose • Tuberculose • Dç pulmonares crônicas Causas da Inflamação Crônica ➔ Persistência do estímulo após inflamação aguda; ➔ Surtos repetidos de inflamação aguda; ➔ Resposta de baixo espectro SEM inflamação aguda prévia; Quais são as células que participam do processo inflamatório crônico? R: Células mononucleares! ● Macrófagos ● Linfócitos ● Plasmócitos Macrófagos Quando está no sangue, o macrófago é chamado monócito circulante; ● Eliminam agentes nocivos; ● Apresentam antígenos; ● Fazem reparo; São células do sistema de fagócitos mononucleares (SFM), apresentadoras de antígenos aos linfócitos; Para que o macrófago adquira suas funções ele precisa ser ativado: a. Ativação não imunológica b. Ativação imunogênica Inflamação crônica = constante inflamação → estímulo constante de destruição e reparo, que causa fibrose; ex: cirrose hepática Macrófagos ativados: ● Maior meia-vida ● Maior capacidade fagocítica ● Aspecto eosinofílico (células epitelióides Linfócitos: interação direta com macrófagos (IL-12 e IFN-g) Plasmócitos: linfócitos B ativados, produtores de anticorpos Mastócitos: tecido conjuntivo, presente nas reações alérgicas; Eosinófilo: - Característicos nas reações imunomediadas causadas pela IgE e infecções parasitárias; - Tóxica para parasitas e causa lise celular Classificação: ESPECÍFICA (granulomatosa): a morfologia e a disposição dos elementos inflamatórios sugerem a etiologia (indispensável a pesquisa de agentes específicos); ➔ padrão específico de inflamação no tecido sugere o agente que está provocando a inflamação; ➔ forma granuloma (inflamação crônica construída de forma específica) INESPECÍFICA: a morfologia e a disposição dos elementos inflamatórios não são suficientes para sugerir a etiologia ➔ não existe um padrão facilitador de diagnóstico; Inflamação Crônica Inespecífica: Inflamação ativa (com indícios de cura e reparo) - Denso infiltrado linfomononuclear; Eventos proliferativos: - Substituição por tecido conjuntivo - Proliferação vascular (angiogênese) - Fibrose; Necrose tecidual: inflamação ativa - Destruição tecidual induzida pela persistência do agente nocivo ou pelas células inflamatórias; Lâmina de Infiltrado inflamatório de Linfócitos Comparação com uma lâmina de tireóide normal: Tecido de Granulação: constituído por vasos neoformados, fibroblastos reativos com acentuada síntese de colágeno, permeado por infiltrado linfomononuclear (linfócitos, macrófagos e plasmócitos), base para a reparação e cicatrização. Padrão Específico Inflamação Granulomatosa Padrão distinto de reação inflamatória crônica caracterizada pelo acúmulo focal de macrofagos ativados (granuloma) Granuloma = estruturas inflamatórias em que células inflamatórias migradas para o foco flogístico se agrupam em arranjos especiais. O macrófago é ativado, e após a ativação ele muda de forma, e é chamado de Macrófago Epitelióide; (se assemelha morfologicamente a uma célula epitelial) Dependendo do padrão de ativação: 1. Granuloma Imunogênico: Célula de Langhans: multinucleada, citoplasmas fundidos, e núcleos unidos nas periferias “em ferradura” /”em colar de contas” - Esse padrão de ativação é característico da forma Imunogênica! 2. Granuloma Não Imunogênico: Célula do tipo Corpo-estranho: multinucleada, com disposição aleatória - Esse padrão de ativação é característico da forma Não Imunogênica! Recrutamento de macrófagos, indução de proliferação, fixação das células no local inflamado e ativação. Para ter certeza de um diagnóstico de Tuberculose, através do granuloma, deve-se fazer uma lâmina corada por ziehl-neelsen, em busca da micobactéria que é um bacilo álcool-ácido resistente. Granuloma Epitelióide Inflamação Granulomatosa: Modelo tuberculose ➔ Centro do granuloma tuberculoso: presença de lesão nodular, com área central de necrose caseosa; ➔ Ao redor da necrose, pode-se ver: - Macrófagos ativados (células epitelióides) - Macrófagos fundidos (células gigantes de langhans - macrofagos fundidos, multinucleares, com os núcleos organizados em forma de ferradura) - Rodeados por linfócitos T - Cápsula de fibroblastos revestindo a estrutura Para fungos, o mecanismo de granuloma é o mesmo! Células epitelióides em disposição compacta e delimitada, circundadas por um halo de linfócitos T; Pode haver necrose central ou não: depende do agente etiológico e da capacidade imune do hospedeiro: Granuloma de corpo estranho: Inflamação granulomatosa • Não Imunogênico, ativação pela presença de corpo estranho; Cura e reparo tecidual . ● Regeneração - restituição completa dos componentes lesados sem dano às estruturas de sustentação e retorno ao estado normal (restitui a funcionalidade do órgão inflamado, o tecido é restituído exatamente com os tipos celulares lesados) -se renovam continuamente, como os epitélios de revestimento e a medula óssea. - Em órgãos com células estáveis, a regeneração se faz a partir de células diferenciadas estacionadas em G0, de células-tronco ou de células progenitoras residentes. A regeneração é mais comum nos processos inflamatórios agudos! ● Cicatrização - reparo por deposição de tecido conjuntivo em tecidos lesados sem capacidade de restituição completa ou com dano aos tecidos de sustentação (não restitui completamente a funcionalidade do órgão) - dentro do tecido conjuntivo é feita pelo fibroblasto →fibrose; A cicatrização é mais tipicamente associada a eventos inflamatórios crônicos! Desmoplasia: fibrose desencadeada pela infiltração de uma célula neoplásica; Gliose = reparo tecidual no Sistema Nervoso Central; ● Gliose é a fibrose no SNC; Parênquima encefálico não tem tecido conjuntivo, então os termos de reparo de todo o sistema (conjuntivo) não se aplicam ao encéfalo! Os componentes básicos envolvidos no reparo tecidual são: - Capacidade proliferativa do tecido - Fatores de crescimento - Lesão de Matriz Extra Celular - MEC A regeneração de célula e tecidos lesados envolve a proliferação celular, que é orientada por fatores de crescimento e criticamente dependente da integridade da matriz extracelular; Condição obrigatória para a regeneração: - tecidos que possam entrar em ciclo de mitoses (proliferação de células iguais a ela); No sistema nervoso não há proliferação de neurônios, portanto não há regeneração; Além do SN, células musculares estriadas (cardíacas e esqueléticas) também não se proliferam. Em termos de extensão de lesão e tamanho do comprometimento da matriz extracelular = definem o processo de reparo tecidual; ● Em contexto de lesão hepática por cirrose alcoólica, os hepatócitos morrem e ativam duas células da reserva do fígado: - célula de kupffer - célula de ito/estrelócito Produzem substâncias (mediadores químicos), aumentandoa produção de matriz extracelular (colágeno); Lesão crônica leva a deposição de colágeno entre os hepatócitos, isolando-os dos sinusóides hepáticos, causando morte celular e aumentando a lesão; Características da Proliferação Celular: Células Lábeis (renovam-se sempre): - Que se encontram em constante divisão - Epitélio: pele, cavidade oral, TGI; - Medula Óssea Células estáveis (quiescentes): - Comumente em G0 e baixo nível de replicação - Proliferação somente se dá sob estímulo - Fígado, rim, pâncreas, endotélio, fibroblastos. Células Permanentes (não se dividem): - Permanentemente removidas do ciclo celular - Lesão irreversível induz uma cicatriz - Células nervosas, músculo estriado: cardíaco e esquelético ● Estáveis e lábeis podem regenerar; ● Permanentes vão sempre para a cicatrização; Sobre os fatores de crescimento: -Fatores de crescimento são proteínas que estimulam a sobrevivência e a proliferação de várias células e podem promover migração, diferenciação e outras respostas celulares. -Fatores de crescimento atuam de maneira autócrina, parácrina e endócrina. -Os fatores de crescimento induzem a proliferação celular através da ligação a receptores específicos e influenciam a expressão de genes cujos produtos possuem várias funções. -Fatores de crescimento promovem a entrada das células no ciclo celular; atenuam bloqueios na progressão do ciclo celular, impedem a apoptose e aumentam a síntese de proteínas celulares, na preparação para a mitose. Fator de crescimento: proteína que expande as populações celulares (estímulo da divisão) e promove a sobrevivência celular Produção: Resposta celular a estímulo externo Ligação de moléculas a receptores celulares Tipos de sinalização: Autócrina = célula produz uma substância, que age sobre ela mesma; Endócrina = substância cai na corrente sanguínea e age a distância; Parácrina = o estímulo é feito por uma célula vizinha, e age no local pela proximidade sem a corrente sanguínea; Estímulos negativos para parar a proliferação: - fatores inibidores e inibição por contato Inibição por contato: - emissão de sinais químicos que interrompem a mitose por meio de contatos físicos entre células de um mesmo tecido. Ex: Caderina - molécula de adesão que sinaliza a beta catenina sobre quando pode parar de se proliferar; Ações dos fatores de crescimento: 1. Indução/bloqueio da mitose 2. Estímulo da migração 3. Estímulo da diferenciação 4. Intensificação da síntese de produtos celulares Sobre o reparo: A MEC consiste em matriz intersticial, formada por colágeno e glicoproteínas e membranas basais composta por colágeno não fibrilar e laminina A MEC fornece suporte mecânico aos tecidos, se liga a fatores de crescimento, regula a proliferação e diferenciação celular • A cicatrização tecidual ocorre quando há destruição da MEC A regeneração tecidual ocorre quando há MEC intacta, se houver lesão a MEC, o reparo é feito por cicatrização; Constituintes da MEC: Colágeno e Elastina: apoio e sustentação ▪ Proteoglicanos e hialuronatos: acúmulo e apresentação de fatores de crescimento; ▪ Glicoproteínas adesivas e receptores de adesão; ▪ Glicoproteínas adesivas: fibronectina (intersticial) e laminina (membrana basal); ▪ Receptores de adesão (CAMs): imunoglobulinas, selectinas, caderinas e integrinas MEC – Formas e constituição: Membrana basal: • Epitélios • Endotélio • M liso Matriz intersticial: • Células e tecido conjuntivo • Epitélio e apoio vascular Funções da MEC: • Suporte mecânico (ancoragem e migração) • Manutenção da diferenciação celular • Arcabouço para a renovação tecidual • Armazenamento de fatores de crescimento Reparos por Regeneração: Eliminação do agente agressor Manutenção do poder de regeneração das células: - Ciclo celular - Células tronco • Irrigação sanguínea adequada • Nutrição suficiente Matriz extracelular preservada - regeneração (sem lesão de matriz extracelular) Regeneração: Conseguem se reparar com o estímulo certo; - possuem células epiteliais (regeneração) Tecidos lábeis: renovação constante (pele, epitélio TGI e medula óssea) Órgãos parenquimatosos pós-lesão: - Fígado (modelo) - Pâncreas - Supra-renal - Tireóide - Pulmão Reparos por Cicatrização: Tecido é constituído por células permanentes; Ex: gliose no sistema nervoso central • Dano tecidual extenso • Afeta a matriz extracelular. • Células permanentes, lesão muito extensa; Cicatrização por fibrose: Inicia-se com a formação de tecido de granulação (após cerca de 5 dias de início da lesão) Tecido de granulação = é constituído por vasos capilares sanguíneos neoformados, tecido conjuntivo propriamente dito e leucócitos (mononucleares - macrófagos); - além de fagocitar, os macrofagos também fazem síntese dos fatores de crescimento; Acontece em 4 etapas: ★ 1. Angiogênese ★ 2. Migração e proliferação de fibroblastos ★ 3. Deposição de MEC (formação de cicatriz) ★ 4. Maturação e reorganização do tecido conjuntivo fibroso (remodelação) 1. Angiogênese A angiogênese se dá a partir da mobilização de EPCs da medula óssea; Aumento da vascularização localmente, pela ramificação dos vasos, gerando uma maior área de vascularização; • Vasodilatação • ↑ permeabilidade de vasos existentes • Degradação da MEC • Proliferação e Migração de células endoteliais • Remodelação em tubos capilares 2. Migração e proliferação de fibroblastos Tecido constituído por vasos neoformados, fibroblastos reativos com acentuada síntese de colágeno, permeado por infiltrado linfomononuclear (linfocitos, macrófagos e plasmocitos), base para a reparação e cicatrização. Podem ser do tipo corpo estranho ou langhans; 3. Depósito de MEC: Redução da proliferação endotelial e fibroblástica; • Aumento da atividade sintética dos fibroblastos (TGF-β, PDGF, FGF, EGF, IL-1) • Redução da degradação da MEC (inibição pelo TGF-β) Substituição do tecido de granulação por matriz fibrosa (fibroblastos e colágeno) 4. Remodelação tecidual Ação de metaloproteases (MMPs): Secretadas como proenzimas e ativadas no meio extracelular • modelar a fibrose para que ela não haja além do necessário! Tipos: ● Colagenases: colágeno I, II e III ● Gelatinases: colágeno amorfo e fibronectina ● Estromelisinas: colágenos amorfos, fibronectina, proteoglicanos e laminina ● ADAM Inibidas por TGF-β, esteróides e TIMPs (inibidores teciduais de MMPs) Produzidas por vários tipos celulares (fibroblastos, macrófagos, neutrófilos, células sinoviais e algumas células; Exemplos de casos em que o reparo é prejudicado: - O diabético descompensado não monta um processo inflamatório corretamente, prejudicando o reparo (por glicação de proteínas na matriz); - Infecção em um local também dificulta o reparo correto, aumentando a necessidade do sítio lesado por demandas metabólicas; Quelóide: Espessamento localizado na pele, devido a um depósito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes da pele; Existe uma predisposição genética para o desenvolvimento da queloide; A cicatrização aconteceu, ela apenas foi excessiva! - queloide é uma falha na remodelação tecidual; Cicatrização de Ferida cutânea: Etapas: • Hemostasia (fechar a saída de sangue) • Inflamação (mesmo que a ferida seja limpe, há inflamação devido a necrose) - inicialmente uma inflamação aguda • Proliferação -Formação de tecido de granulação -Deposição de MEC • Remodelamento -Retração da ferida* (2a intenção) Cicatrização: Em 1° intenção: Processo através do qual uma ferida limpa é imediatamente reaproximada ou ferida superficial limpa é imediatamente suturada → bordas regulares Em 2a intenção: Uma ferida aberta se fecha pela formação de tecido de granulação com consequente reepitelização e contração da ferida. Feridas agudas que cicatrizam sem a aposição das bordas (biópsias cutâneas, queimaduras profundas, feridas infectadas mantidas abertas). Neste caso o tempo para reepitelização depende de vários fatores (profundidade, localização e forma). Fatores que interferem na cicatrização: Nutrientes: má-nutrição é importante fator de interferência na cicatrização, especialmente em idosos Hipoproteinemia:retardo na cicatrização, inibição da angiogênese, da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no acúmulo e remodelagem do colágeno Hipóxia: encontrada em pacientes anêmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas, com hematoma e suturas sob tensão; Diabetes: neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbios metabólicos; - A ativação reduzida das células inflamatórias e a quimiotaxia reduzida, resultam em menor eficiência na destruição das bactérias Infecção: a contaminação da ferida por bactérias acarreta em infecção clínica e retardo na cicatrização Drogas e outros fatores: - Corticosteróides: inibem a migração de macrófagos, a proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz proteica. - Irradiação local (radioterapia): reduz a população de fibroblastos e reduz o potencial proliferativo do endotélio Adaptações do Crescimento e Diferenciação Tecidual . Aspectos gerais: A resposta celular ao estímulo nocivo depende do tipo de lesão, sua duração e gravidade. As consequências do estímulo nocivo dependem do tipo, adaptabilidade e fenótipo da célula lesada. Hipertrofia: não possui capacidade de realizar replicação. Hiperplasia/atrofia Ex: hormônios, estimula a célula a passar da fase G0 para a fase G1 do ciclo celular → fase de crescimento. Metaplasia: um tipo maduro, especializado de tecido, se converte em outro tipo de mesma linhagem tecidual, mais adaptado; Ex: metaplasia do epitélio respiratório para um epitélio estratificado pavimentoso para aguentar o dano químico provocado pelo tabagismo → caso haja mutação nessa mudança, é possível surgir um câncer. Displasia: processo em que o tecido se torna mais proliferativo e, em contrapartida, as células se tornam menos especializadas → perdem a capacidade de se especializar. • Agenesia: ausência congênita de um órgão ou tecido • Aplasia: desaparecimento de uma linhagem celular, por mecanismo patogênico, após a formação do órgão. • Hipoplasia: falha no desenvolvimento que impede o órgão ou tecido de atingir o volume adulto. É um defeito no desenvolvimento embrionário. Não representam adaptações celulares. Atrofia: redução do tamanho e/ou número de células de um tecido ou órgão previamente normal. Sinônimo: hipotrofia. Tipos: • Simples: somente o volume celular é diminuído sem perda de célula • Numérica: diminuição do volume e do número de células do tecido; Atrofia fisiológica: timo, útero e mama pós-gravidez e pós-lactação, senilidade (cérebro e musculatura esquelética). Atrofia patológica: desuso, desnutrição ou inanição, desnervação, perda do estímulo endócrino, compressão, isquemia. Ocorre por dois mecanismos: 1. Ubiquitinação: a proteína se liga a proteína ubiquitina que marca essa proteína para degradação; 2. Autofabia: as células criam vacúolos autofagicos nos quais as organelas celulares são progressivamente sendo digeridas → a célula se torna inviável. Hipertrofia: aumento do tamanho das células de um tecido ou órgão previamente normal. Tipos: Hipertrofia fisiológica: músculo esquelético, útero gravídico. Hipertrofia patológica: miocárdio na HAS. Hipertrofia compensatória: o órgão aumenta de tamanho para compensar função de homólogo ausente ou alterado (hipertrofia vicariante). Patogênese: Diferentes estímulos (químicos e mecânicos) fazem com que as vias de transdução de sinal aumentem a produção de fatores de transcrição que promovem o aumento da síntese de proteínas contráteis, o aumento da produção de fatores de crescimento → aumentam o desempenho mecânico. Hiperplasia: aumento do número de células de um tecido ou órgão previamente normal. Hiperplasia fisiológica: glândulas mamárias na lactação. Hiperplasia patológica: endométrio, próstata. Patogênese geralmente associada ao aumento do estímulo proliferativo induzido por hormônios. O estímulo principal é a exposição hormonal prolongada ao longo dos anos. A célula sai da fase G0 e vai para as fases de crescimento G1 e G2. Metaplasia:: Adaptação em que um tipo tecidual diferenciado é substituído por outro também diferenciado e de mesma linhagem. • Processo adaptativo e reversível. Exemplos relevantes: mucosa esofágica distal na doença do refluxo gastroesofágico, na mucosa respiratória de indivíduos tabagistas, colo uterino. Patogênese: reprogramação genética das células-tronco do tecido afetado → novo fenótipo. Displasia: Alteração da diferenciação e da proliferação celular (redução ou perda). Ocorre em mucosas (colo uterino, trato aerodigestivo, brônquios) e pele. • Patogênese: Agente mutagênico (químico, físico, microbiológico) → mutações genéticas → perda progressiva da capacidade de se diferenciar. Pode ser graduada com base em critérios morfológicos. Silenciamento do gene supressor de tumor, e alterações nos genes que controlam o ciclo celular. Perda da estratificação - atividade mitótica; Neoplasias: conceito, classificações e nomenclatura . Metaplasia: Processo adaptativo, quando a célula é exposta a estímulos. Porém, não é grave para apoptose, mas prolongado pode ser para se adaptar. REVERSÍVEL. ❖ Tecido sofre mudança adaptativa e se transforma em outro tecido do mesmo tipo, mudando a coleção de genes expressados (reprogramação genética= expressa genes diferentes). Displasia: Especialização deixa de ocorrer por processos patológicos (perdendo a capacidade de se diferenciar), causando danos genéticos não letais mas perpetuados. Mais proliferativo. Tumor: Aumento de volume. Neoplasia: Estrutura neo formada por células que perderam a proliferação celular. Novo crescimento. Se as neoplasias são doenças de base genética, qualquer mutação se relaciona com transformação neoplásica? Não, apenas as que afetam a regulação do ciclo celular que podem. ❖ Benigna: Não tem capacidade de produzir metástase, porém pode se transformar em maligna. ❖ Maligna: Possui capacidade de produzir metástase. Câncer: Sinônimo de neoplasia maligna. Definição moderna: Neoplasia é uma neo estrutura tecidual composta por um conjunto de células de origem clonal cujas alterações genéticas acumuladas conferem vantagem competitiva para sua proliferação e sobrevida, mas com graus variáveis de perda da diferenciação celular (displasia). ★ Parênquima: células neoplásicas + estroma = neoplasia Crescimento integrado ao estroma (sustentação): invasão e metástase, definindo malignidade. Classificação quanto ao comportamento biológico: Benignas: Características: morfologicamente semelhantes ao tecido normal de origem, poucas atipias celulares ou arquiteturais, crescimento lento e não infiltrativo (formação de pseudocápsula - no entanto, podem comprimir estruturas, promover obstruções ou produzir substâncias com efeitos deletérios), não recidivam se completamente removidas. ➔ Crescimento lento não infiltrativo (cápsula ou pseudo cápsula de tecido conjuntivo que engloba, separando essa neoplasia do restante). ➔ Expansivo ➔ Bordas bem definidas Malignas: Características: atípicas morfológicas com graus variados de perda de diferenciação, necrose e hemorragia (os vasos do estroma não acompanham a proliferação neoplásica), crescimento infiltrativo, tendem a recidivar, potencial para produzir metástases. ➔ Infiltrativa, com bordas infiltrativas que se projetam no tecido em ângulos agudos. Malignidade incerta ou indeterminada: Características: aspectos morfológicos e biológicos intermediários. Nomenclaturas: ★ NEOPLASIAS BENIGNAS: Tipo tecidual reproduzido + Sufixo OMA (associado à qualquer neoplasia) Exemplos de neoplasias benignas: • Adenoma: glândulas • Papiloma: pele • Lipoma: adipócitos • Condroma: cartilagem • Osteoma: ossos • Leiomioma: músculo • Rabdomioma: tecido mole Sarcoma: Neoplasia maligna de tecidos Mesenquimais: • Lipossarcoma • Leiomiossarcoma • Condrossarcoma • Osteossarcoma Carcinomas: Neoplasia maligna de tecido epiteliais: • Carcinoma epidermoide • Carcinoma basocelular • Carcinoma hepatocelular • Adenocarcinoma = glândulas Exceções: Neoplasias melanocíticas: nevo e melanoma. Neoplasias hematológicas: leucemia e linfoma (NÃO EXISTEMBENIGNOS) Neoplasias gliais: gliomas, astrocitomas, oligodendrogliomas. Neoplasias de células primitivas: blastomas. Neoplasias neuroendócrinas: comportamento variável. Neoplasias de células germinativas: teratomas, seminoma. Hamartoma: massa desorganizada, não neoplásica, de células nativas de determinado órgão. Coristoma: heterotopias teciduais por defeito embrionário, não neoplásicas. NEOPLASIA BENIGNA VERSUS MALIGNA: Diferenciação e anaplasia Semelhança em relação às células normais. Anaplasia: grau máximo de indiferenciação (“transformar-se para trás”). Uma neoplasia anaplásica apresenta as seguintes características: • Pleomorfismo nuclear (diferenças no formato nuclear). Núcleos diferentes entre si. • Hipercromasia nuclear. + DNA do que deveria ter • Nucléolos evidentes. • Mitoses, por vezes aberrantes, atípicas. • Crescimento anárquico. Carcinoma in situ: não faz metástase. Restrito no tecido que originou e confinado pela membrana no tecido. Desmoplasia: estroma fica com aspecto de fibrose. Invasiva: faz metástase e tem fibrose do tecido conjuntivo. SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS: Efeitos sistêmicos que decorrem da produção de substâncias pelas células neoplásicas. Como descrever o processo patológico? 1- PROCESSO PATOLÓGICO BÁSICO: NEOPLASIA. 2- PROCESSO PATOLÓGICO ESPECÍFICO: 2.1- NEOPLASIAS BENIGNAS: Neoplasia + benigna + histogênese/tecido de origem. Exemplo: lipoma Neoplasia benigna mesenquimal com histogênese em adipócitos. 2.2- NEOPLASIAS MALIGNAS: Neoplasia + maligna + in situ ou invasiva (in situ aplicável para epiteliais primárias e situações específicas) + primária ou secundária + histogênese/tecido de origem. Exemplo: carcinoma epidermóide invasor de pele. Neoplasia maligna epitelial invasiva primária com histogênese em queratinócitos. Neoplasias – Mecanismos de Metástase . ★ Mutação genética em genes de divisão celular; ★ Crescimento integrado ao estroma: invasão e metástase, definindo malignidade. A disseminação pode se dar por duas formas: 1. Contiguidade (invade tecidos próximos, adjacentes ao tumor). - Pleura, peritônio, pericárdio (serosa) 2. Metástase (à distância, levado pela corrente sanguínea. - Vias: sanguíneo-hematogênica, linfática (local), cavitária, semeadura; “Formação de uma nova massa neoplásica a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas” • formação de uma nova massa tumoral, com a mesma característica da original. ex: osteossarcoma com metástase no pulmão ainda é um osteossarcoma, mesmo que não esteja se desenvolvendo em um tecido ósseo. - modulação do microambiente em que a neoplasia se estabeleceu, para favorecer sua implantação; - sem continuidade entre os tumores; Estadiamento: mede quanto o câncer se disseminou. Disseminação Local - contiguidade/cavitárias (Tumor) Disseminação Regional - via linfática (Node) Disseminação Sistêmica - via hematogênica (Metástase) In Situ: ainda não teve metástase, a neoplasia está localizada; • delimitada pela membrana basal! Embolizar = formação de êmbolos neoplásicos, que levam a metástase pelos vasos; Linfonodo Sentinela: é o primeiro linfonodo a drenar a neoplasia; Mecanismo de metástase: - Invasão do estroma Estroma: tecido conjuntivo vascularizado que forma o tecido nutritivo e de sustentação de um órgão, glândula ou de estruturas patológicas, como um tumor maligno. Mecanismos de invasão neoplásica: - “Afrouxamento” das junções intercelulares. - Degradação local da membrana basal e do tecido - Conjuntivo intersticial. - Fixação das células neoplásicas em proteínas da matriz extracelular. - Locomoção celular. Sinais histológicos de malignidade do câncer: o muitas mitoses o núcleo atípico o cariólise o atipia Via linfática Linfonodo Sentinela: • o linfonodo sentinela é o primeiro a ser retirado, para testar se houve metástase; • retirar todos os linfonodos pode acarretar em linfedema. Via hematogênica: 1. Tumor primário passa por expansão clonal, que adere e invade a membrana basal do tecido e passa pela matriz extracelular. 2. Quando o intravasamento ocorre, há formação de um êmbolo de célula tumoral (neoplásico), aderido as plaquetas (evasão do sistema imune). 3. Quando dentro do vaso, o êmbolo neoplásico se adere à membrana basal do vaso e realiza o extravasamento - levando a metástase do local original até o novo depósito de neoplasia; Disseminação por implantes cavitários ou semeadura: o Pleura o Peritônio o Pericárdio o Espaço urinário o Espaço liquórico o Cavidade sinovial Neoplasias - Estadiamento . ★ Estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar seu grau de disseminação. ➔ A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na constatação que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se dissemina para outros órgãos. ➔ O estadiamento implica que tumores com a mesma classificação histopatológica e extensão apresentam evolução clínica, resposta terapêutica e prognóstico semelhantes. Finalidade: • Classificar o estadiamento para garantir a melhor escolha de tratamento para o paciente; • È um fator prognóstico; Sistema TNM T = tumor (disseminação local) T- extensão local da neoplasia primária (maior diâmetro em órgãos sólidos e grau de invasão da parede de órgãos ocos). Tx- neoplasia primária não pode ser avaliada. T0- não há evidência de neoplasia primária. Tis- carcinoma in situ. T1-T4- lesões com extensões locais crescentes. Pode haver subdivisões. N = nodes (disseminação regional por via linfática para linfonodos) N- presença de metástases em linfonodos regionais. Nx- os linfonodos não podem ser avaliados. N0- ausência de metástases linfonodais. N1-N3- comprometimento linfonodal de acordo com as cadeias comprometidas. Podem haver subdivisões. M = metástase (disseminação a distância) M- presença de metástase visceral à distância. Mx- a presença de metástase visceral à distância não pode ser avaliada. M0- ausência de metástase visceral à distância. M1- presença de metástase visceral à distância. • O M0 do patologista só é colocado em caso de necrópsia, visto que deve ser analisado todo o corpo do paciente; • Para o clínico, um exame de imagem (Pet Scan) negativo é um M0; O melhor dos cenários é: TisN0M0 Estadiamento clínico: • cTNM ou apenas TNM Estabelecido com base em dados do exame clínico e exames complementares (laboratoriais e de imagem). Estadiamento patológico: • pTNM • é mais específico; Baseado nos achados cirúrgicos e no exame anatomopatológico da peça operatória, é estabelecido pós-tratamento cirúrgico e determina a extensão da doença com maior precisão. O estadiamento patológico pode ou não coincidir com o estadiamento clínico. O estadiamento patológico (anatomopatológico) é superior ao clínico! - em caso de discordância, o pTNM é dado como o correto; Grau do Estadiamento: ● As combinações desses valores do TNM classificam o estadiamento de 1 a 4; ● Uma vez determinados o T, N e M, são combinados para atribuir uma nota global. Para a maioria dos cânceres, o estágio utiliza um número romano de I a IV, onde o estágio IV (4) é o mais elevado e significa que o câncer é mais avançado do que a fase imediatamente anterior e assim sucessivamente. ● Estágio 0 é o carcinoma in situ, para a maioria dos cânceres. (O câncer se encontra numa fase muito precoce, localizado apenas na área onde originalmente se iniciou e não se disseminou.) ● Estágio I corresponde ao estágio seguinte e têm um bom prognóstico. • O prognóstico vai piorando à medida que o estágio aumenta. Esquemas Específicos de Estadiamento Classificação de Ann-Arbor: Sistema de estadiamento do linfoma de Hodgkin e do linfoma não Hodgkin. A: nenhum sintoma sistêmico B: com sintomas sistêmicos O estadiamento se baseia na localização anatômica da doença, que deve ser vista por meio de exames de imagem, e, em seguida, deve-se identificar a ausência ou presença de sintomas, especificamente febre, sudoresenoturna ou perda de > 10% do peso corporal em um período de 6 meses. Níveis de Clark (microestadiamento) ● identificar a profundidade de um melanoma durante a realização do exame histopatológico. ● Essa classificação baseia-se principalmente na observação anatômica da pele, pois ela visa a avaliar a profundidade da lesão ao longo das camadas do órgão (epiderme, derme, derme papilar, derme reticular e tecido subcutâneo) classificando os graus da lesão em níveis de I a V. Graduação Histológica ● Determina o grau de diferenciação histológica. Se relaciona com o prognóstico de alguns tipos de neoplasias. Pode fazer parte do estadiamento patológico (p.ex., adenocarcinomas de próstata). ● Critérios básicos considerados: diferenciação com base em critérios citoarquiteturais, índice mitótico, pleomorfismo celular e necrose. Classificação básica: 1. bem diferenciado 2. moderadamente diferenciado 3. pouco diferenciado Graduações Específicas: Sistema Nottingham/SBR modificado • Usado para o câncer de mama; Escore de Gleason ● É um sistema que avalia o grau histológico do câncer de próstata; Sistema Fuhrman • Usado em carcinoma de células renais Caquexia por Neoplasia: Fatores intrínsecos fazem o indivíduo perder massa (tecido adiposo, ósseo, muscular, etc..) por consumo; • Câncer induz a produção de substâncias de caquexia; Além disso, o metabolismo do câncer tem um consumo alto de ATP com baixa eficiência. Aterosclerose e Aneurisma . Morfologia vascular adventícia-nutrição vaso vasorum- perda de irrigação, promove enfraquecimento da parede, aneurisma camada íntima- acúmulo de colesterol ★ Condição caracterizada pelo endurecimento, espessamento e perda da elasticidade da parede arterial. ARTERIOSCLEROSE-TIPOS 1. Aterosclerose (em grande ou médio calibre, arteria) 2. Arteriolosclerose (nas arteríolas, pequeno calibre) 3. Medioesclerose calcificada de Mönckeberg (na camada média da arteríola) Doença de artérias de grande e médio calibre caracterizada por alterações representadas pelo acúmulo intimal de lípides, carboidratos complexos, componentes do sangue, células e material intercelular Isquemia (primeira consequência), diminuição de perfusão, estimulando a renina aldosterona, fazendo com que fique mais hipertenso (por causa da diminuição de luz, aumenta a pressão), atrofia, infartos, degeneração hidrópica/gordurosa. ★ Aterosclerose: deposição de um material gorduroso subendotelial, levando a inflamação (células musculares lesionada e ocorrendo uma disfunção que faz com que a produção de colágeno, fibrose, em volta de toda a gordura e inflamação na camada íntima) e consequentemente o espessamento (placa de ateroma). FATORES DE RISCO: Doença Multifatorial: diabetico, tabagista, sobrepeso, hipertensão, sedentarismo, dislipidemia (deposição de ldl). Patogênese: FUNÇÃO ENDOTELIAL E RESPOSTA AO DANO 1. Disfunção ou lesão endotelial crônica (célula íntegra, do endotélio produz substâncias anti trombose, porém quando lesionada, ela entra num estado de proativo, fazendo trombo) 2. Penetração e acúmulo de lipídeos na íntima (colesterol invadindo e se depositando, chamano celulas inflamatorias (macrofagos, fagocita o colesterol, porem alguns ficam com o colesterol dentro do citoplasma, degeneracao gordurosa do tipo lipidose), outras se cristalizam (estrias de gordura que depois vira uma placa) 3. Adesão de macrófagos (células espumosas, xantomizadas) e plaquetas ao endotélio, com liberação de fatores de crescimento (estimulam a célula muscular lisa na camada média migrar para essa região, se diferenciando, metaplasia, em miofibroblasto começam a produzir colágeno) 4. Migração e proliferação de células musculares lisas na íntima 5. Síntese e deposição de MEC (colágeno e proteoglicanos) (capa fibrosa envolvendo toda a estria gordurosa (lipídica) formada, proliferando o crescimento dessas células musculares, mediados pelos fatores de crescimento liberados pela inflamação). Placa de ateroma= capa fibrosa + estria lipídica As placas ateroscleróticas possuem 3 componentes morfológicos principais: Depósitos Lipídicos Intracelulares (dentro do macrofago) E Extracelulares (nas estrias) (colesterol LDL) Células(macrófagos e outros leucócitos, células musculares lisas miofibroblastos) Matriz Extracelular: estabiliza a placa de ateroma (tecido conjuntivo, colágeno, fibras elásticas e proteoglicanos) No centro da placa, áreas de necrose, deposição de cálcio (calcificação distrófica). Morfologia: graus diferentes 1 a 6, depende do que acontece no vaso 1: lesão inicial, células espumosas isoladas 2: Estrias gordurosas, aumu lipídico intracelular 3: Lesão intermediária acúmulo intra e extracelular (estria) 4: Ateroma, acúmulo lipídico intracelular e núcleo lipídico 5: Fibroateroma, ateroma+ camadas fibróticas+ calcificação 6: Lesão avançada, ateroma+ complicações; hematoma, trombo, hemorragia. Placa vulnerável: Cápsula fibrosa fina, centro rico em lipídios e infiltrado inflamatório relativamente denso Placa estável: Cápsula fibrosa, densa, acúmulo mínimo de lipídios e pouca inflamação Complicações da placa de ateroma: calcificacao, ulceração, trombose e hemorragia (se romper o vaso). Isquemia tecidual crônica – atrofia (perda de função crônica de múltiplos órgãos, especialmente membros inferiores – claudicação intermitente, cérebro e rim) Oclusão por trombose – infartos (gangrenas, AVC isquêmico, IAM, infarto intestinal) Fragmentação – Êmbolos aneurismas/hemorragia/dissecções ★ Aneurisma: Dilatação da parede arterial em pontos de enfraquecimento 1. Alterações estruturais da camada média 2. Redução da resistência da parede vascular 3. Dilatação HAS e cardiopatia hipertensiva . HIPERTENSÃO ARTERIAL: Definições ★ Condição crônica caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. ★ Se associa com lesões em órgãos alvo - coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. Aspectos etiológicos (causa): • Hiperaldosteronismo primário. • Hiper e Hipotireoidismo. • Síndrome de Cushing. • Acromegalia (GH aumenta PA) • Doença renal crônica (retém líquido) • Medicamentos e drogas. • Tabagismo (aumento de FC, PA) • Idade (>60 anos), porém, até 50 anos predomina em homens e depois dos 60 em mulheres. • Sexo e etnia: mulheres afro-descendentes tem risco até 130% maior do que caucasianas. • Obesidade: até 30% das HAS aumento do IMC. • Elevado consumo de álcool. • Sedentarismo: até 30% das HAS são atribuíveis. • Consumo de sódio. Manifestações clínicas e critérios diagnósticos : • fadiga e baixa resistência física, cansaço. • Dor de cabeça, dor no pescoço, dor nos olhos. • palpitações e angina. • tontura. • sensação de peso nas pernas. Gravidade da HAS • Urgência hipertensiva: crise hipertensiva (valores de hipertensão grau III) em que não se verifica lesão de órgãos alvo. (pode medicar em casa) • Emergência hipertensiva: crise hipertensiva quando o aumento brusco da pressão arterial se acompanha de lesão dos órgãos alvo. • Encefalopatia hipertensiva, causada pelo edema do cérebro e manifestada através de perturbações da consciência. • Retinopatia hipertensiva com hemorragias e/ou exsudatos no fundo do olho e papiledema • IAM • Dissecção de aorta • Insuficiência do ventrículo esquerdo • edema pulmonar • Insuficiência renal aguda (rápida deterioração da função renal) Manifestações das complicações em órgãos alvos: Aterosclerose e arterioloesclerose • Infarto do miocárdio • Aneurismas. • Perda da visão (retinopatia hipertensiva). • Insuficiência renal crônica. • AVC isquêmico e hemorrágico (40% das mortes) • Demência por microinfartos cerebrais. Secundárias ao remodelamento cardíaco • Hipertrofia e fibrose. (aumenta demanda, oxigênio chegando na mesma quantidade= microinfartos, formando áreas de fibrose que reduz a capacidade contrátil, a longo prazo forças de stalin, sobra sangue dentro do coração, e aquilo que era hipertrófico, começa a dilatar, perde a capacidade de circulação (ejeção ok, porém não é suficiente, mas quando dilatada fica baixa,congestão/estase desse sangue)= insuficiência cardíaca esquerda). • Insuficiência cardíaca esquerda. • Arritmias cardíacas - morte súbita. (condição errática) CARDIOPATIA HIPERTENSIVA: Definições ● Alterações miocárdicas em resposta adaptativa à sobrecarga da pressão arterial (sistêmica ou pulmonar). ● Pode afetar tanto o ventrículo esquerdo como o direito (cor pulmonale). ● As pressões elevadas provocam hipertrofia dos cardiomiócitos e fibrose intersticial que aumentam a espessura e a rigidez da parede. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA ESQUERDA: Generalidades Hipertrofia: resposta compensatória à sobrecarga pressórica. Mesmo a hipertensão leve (acima de 140/90 mmHg), se prolongada, leva à hipertrofia do ventrículo esquerdo. Remodelamento – aumento de expressão de fibrilas contráteis. Isquemia por compressão – miocardioesclerose. Indução de apoptose pela hipóxia. Evolução para a insuficiência cardíaca e dilatação. • Fase compensada: assintomática. Hipertrofia concêntrica do miocárdio: hipertrofia das paredes com redução das câmaras cardíacas. Os novos sarcômeros são depositados “em paralelo” aos pré ́-existentes espessura do miocárdio ultrapassa o limite da normalidade. • Fase descompensada: na evolução do processo, ocorre remodelamento cardíaco e cardiopatia dilatada com diminuição da espessura das paredes cardíacas e diminuição da força de contração. Insuficiência cardíaca pode ocorrer em qualquer fase! CARDIOPATIA HIPERTENSIVA MORFOLOGIA • Aumento do peso (até 1,0 kg) • Coração globoso • Sistêmica: – Hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo (além de 1,5 cm) Aspectos microscópicos: 1. Aumento do diâmetro transverso dos cardiomiócitos 2. Irregularidades nucleares 3. Fibrose intersticial Hipertrofia fisiológica (atletas): • Quando ocorre aumento das solicitações hemodinâmicas nos períodos de exercício, basicamente ocorrem alongamento e tensão nas células cardíacas, que respondem com hipertrofia, caracterizada por aumento das miofibrilas nos cardiomiócitos. Mas...no repouso, há diminuição da frequência cardíaca, tendência à vasodilatação, melhora metabólica e angiogênese... Nas situações patológicas de hipertrofia, não há estímulo para angiogênese, nem o músculo apresenta uma melhora metabólica no uso dos nutrientes, resultando na hipóxia – aguda (IAM) ou crônica (miocardioesclerose). CARDIOPATIA HIPERTENSIVA DIREITA: Cor pulmonale Ocorre no contexto de hipertensão pulmonar. Hipertensão arterial pulmonar é definida como uma anormalidade circulatória caracterizada por aumento da resistência vascular na pequena circulação, em geral por meio de múltiplos mecanismos, envolvendo vasoconstrição, remodelamento da parede arterial e trombose in situ. (trombo no pulmão afeta o coração, porque não há redistribuição de sangue no órgão) • Cor pulmonale agudo: dilatação abrupta do ventrículo direito. TEP maciço (a cavaleiro ou afetando extenso território arterial). • Cor pulmonale crônico: hipertrofia progressiva do ventrículo direito que pode cursar com dilatação. DPOC (enfisema), TEP de repetição, fibrose pulmonar, doenças cardíacas esquerdas que cursam com hipertensão pulmonar, doenças valvares – valva atrioventricular esquerda (mitral/bicúspide) ou aórtica. Cor pulmonale agudo – morfologia – dilatação de ventrículo direito Cor pulmonale crônico – morfologia hipertrofia do ventrículo direito Fibrose intersticial pulmona Miocardites, Endocardites e Pericardites . ★ Pericardites e Efusões pericárdicas (choque obstrutivo, tamponamento cardíaco) ★ Endocardites e Alterações valvares (dilatação e arritmia) ★ Cardiomiopatias (Miocardites) Miocardite: Processo inflamatório cardíaco primário, multifatorial, que atua como causa de lesão a cardiomiócitos (lesão inflamatória a cardiomiócitos com necrose e/ou degeneração dos miócitos adjacentes). Obs.: não é uma inflamação secundária à lesão miocárdica, como nos infartos! Causas: Genéticas Tóxicas (álcool) Amiloidose (deposição de material hialino, produzindo proteína mal dobrada, podendo acumular no coração) Idiopática Agentes Infecciosos Hipersensibilidade, Autoimunidade Evolução: - CURA SEM SEQUELAS - MÚLTIPLOS FOCOS DE FIBROSE- FIBROSE MIOCÁRDICA- CARDIOMIOPATIA DILATADA- ICC PROGRESSIVA Diagnóstico: ● Sinais clínicos (diagnóstico clínico pode ser complicado) ○ Arritmias e Sinais de IC de início súbito, alterações de ECG, morte súbita ○ Pode haver elevação de enzimas cardíacas (dano aos cardiomiócitos) ○ Associar com histórico e outros sinais das possíveis etiologias (infecções do trato respiratório, uso de medicamentos cardiotóxicos, conhecer a epidemiologia) ● Confirmação do diagnóstico – Biópsia endomiocárdica (padrão ouro, causas desconhecidas) ○ Critérios de Dallas (tipo e características do infiltrado inflamatório + necrose de cardiomiócitos), Imunohistoquímica, Técnicas moleculares (PCR) Morfologia: Óbito em Fase aguda: ○ Coração normal a globoso ○ Dilatação de câmaras cardíacas ○ Flacidez muscular ○ TROMBOS MURAIS (aderidos a parede do endocárdio) Fase crônica: ○ Fibrose do miocárdio ○ Cardiomiopatia dilatada Microscopia: - Células gigantes multi nucleada s - Infiltrado inflamatório variável - Edema - Necrose de cardiomiócitos MIOCARDITE VIRAL – Linfo-histiocitária. Infiltrado mononucler (linfocitos, macrofagos e plasmocito) Infecção viral- Via respiratória superior Pulmão- TGI- Arritmias Descompensação cardíaca- CARDIOMIOPATIA DILATADA LESÃO: • Citotoxicidade direta pelo vírus • Rç imunomediada: induz formação autoAC MIOCARDITE BACTERIANA 1 via: Disseminação hematogênica - Invasão do miocárdio- miocardite 2 via: Toxinas produtos bacterianos - miocardite 3 via: Reação Hipersensibilidade produtos bacterianos- miocardite MIOCARDITES por Protozoários Toxoplasma gondii: dano miocárdico pela proliferação do parasita na célula, rompimento e intenso infiltrado mononuclear MIOCARDITE Chagásica: Trypanossoma cruzi Transmissão: Vetorial, Transfusional, Congênita, Oral Chagoma de inoculação: inchaço apresentado na picada Morfologia: Destruição direta de grande número de cardiomiócitos pelo T. cruzi Microscopia: Forma aguda: presença da forma amastigota do parasita no interior do cardiomiócito, Infiltrado celular misto (macrófagos e linfócitos) Edema : dissociando fibras Forma crônica: infiltrado linfoplasmocitário, fibrose, sem o parasito Fase Crônica-Forma Cardíaca • Dilatação global de todas as câmaras, tomando contorno arredondado (moringa) • Reações imunológicas: destruição de miocardiócitos • Lesão de vórtex : afinamento do miocárdio na ponta do VE, acompanhado por fibrose. • A hipocontratilidade do miocárdio gera lentificação de fluxo e favorece trombose nas câmaras cardíacas ENDOCARDITES e VALVOPATIAS: ★ Valvopatias: Doenças que acometem primariamente as valvas cardíacas (estenoses e insuficiências valvares) ★ Endocardite: Inflamação do endocárdio, principalmente associada a agentes infecciosos. Grande parte das endocardites acometem as valvas cardíacas. VALVOPATIAS Estenose: incapacidade de abertura (estreitamento, tinha que estar aberta, dificuldade do sangue ir pra frente) Mudança adaptativa do coração: hipertrofia da parede a montante seguido de dilatação da cavidade se defeito não for corrigido Insuficiência: falta de fechamento completo da válvula (regurgitação)(valva era pra estar fechada, então ele volta) Repercussão inicial: dilatação a montante (câmara anterior a valva (dilatação e hipertrofia), acumula) acompanhada de hipertrofia Dupla lesão: estenose + insuficiência (sobrecarga de pressão), hipertrofia da valva Ocorre quase sempre quando há comprometimento valvar Causas: Doença reumática: principal Endocardite infecciosa e não infecciosa Valvopatia degenerativa - “desgaste” Prolapso valvar/ Calcificação valvar (nas valvas ou depósito de cálcio por fora das paredes, na cavidade entre a vala e o anel). ★ Prolapso valvar: Cúspides valvares de tamanho exagerado projetam-se para a cavidade atrial na sístole ventricular Primária: Alteração síntese e degradação de moléculas de tecido conjuntivo resultando em acúmulo de proteoglicanos.E acúmulo de material mucóide (mixomatoso) e espessamento fibroso Secundária a outras doenças cardíacas: Febre reumática, endocardite infecciosa, trombose intracavitária DOENÇA REUMÁTICA - CARDIOPATIA REUMÁTICA ● Reação imunomediada, multissistêmica, desencadeada em episódios de faringite. ● Resposta com anticorpos contra as células M, mimetismo molecular, parecida com as células cardíacas (miocárdio, pericardio e endocardio), semelhantes a proteína M. ● Primeira manifestação clínica: Indivíduos de 5 a 15 anos (80%) Alterações cardíacas: ➢ Mimetismo Molecular entre proteínas bacteriana e do hospedeiro ➢ Proteína M X Sarcolema miocélulas Glicídeos valvares- MIOCÁRDIO PERICARDIO ENDOCARDIO FASE AGUDA ● Cardiomegalia, flacidez e dilatação das 4 câmaras ● ▪ Miocárdio: Nódulos de Aschoff (conjunto de alterações e inflamações que acontecem no miocárdio, comumente próximo de vasos, infitrado inflamatório com macrofagos e infocitos (as vezes com plasmócito) com necrose fibrinóide. ● Pericardite fibrinosa ● Vegetações pequenas ao longo da borda de fechamento valvar (Constituídas de fibrina, plaquetas células inflamatórias e células do revestimento endocárdio). FASE CRÔNICA ● Valvulite persistente com infiltração mononuclear, angiogênese, fibrose e cicatrização ● Espessamento e endurecimento das valvas Fibrose deformante valvar mitral (predominantemente) ● Fusão, espessamento e encurtamento das cordas tendíneas Fusão das comissuras - lesão em “boca de peixe” Trombose atrial ENDOCARDITES INFECCIOSAS ★ Inflamação do endocárdio provocada por microrganismos ★ Maioria das endocardites ocorre nas valvas previamente lesadas e próteses valvares ★ Podem causar êmbolos sépticos. Valvas mais atingidas: Mitral Aórtica ETIOPATOGÊNESE: Pode vir por bacteremia, lesão do endocárdio (fibronectina) que levam a colonização bacteriana, mas também pode vir pelo estado imunitário do indivíduo causando a endocardite. MORFOLOGIA ● Formação de vegetações – trombos ● Massas pardacentas avermelhadas friáveis de tamanhos variados ● Difícil visualização até grandes causando estenose de valva por obstrução mecânica Localização: ➔ Folhetos valvares face atrial valva atrioventricular e face ventricular das valvas arteriais ➔ Cordas tendíneas Endocárdio mural ★ lesão do endocárdio - lesão de endotélio - Exposição colágeno subendocárdico...adesão de plaquetas…- TROMBOSE - Colonização bacteriana do trombo - Êmbolos sépticos Classificação das formas clínicas: Expressa o ritmo e a variação da gravidade da doença – Aguda e Subaguda (tipo de vírus) Aguda: ● MO virulentos (Staphylococcus aureus endocardite super aguda), Valvas podem estar previamente normais Lesões necrosantes, ulceradas, perfurantes, infiltrantes nas cúspides ● Vegetações valvares volumosas plenas de microrganismos – fenômenos embólicos sistêmicos ● Óbito precoce (dias a semanas) Subaguda: ● MO menos virulentos (Streptococcus viridans comum em cavidades orais) Valvas previamente danificadas ● Lesões brandas, de pequenas dimensões ● Menor taxa de mortalidade Complicações: ● Insuficiência cardíaca por falência valvar ● Obstrução valvar por trombose ● Êmbolo séptico ● Vasculites, infartos ● Choque cardiogênico por insuficiência valvar e séptico ENDOCARDITE TROMBÓTICA NÃO INFECCIOSA Ocorre em indivíduos debilitados (doenças crônicas). Estados de hipercoagulabilidade: deposição de pequenas massas de fibrina, plaquetas, ausência de agente infeccioso ou processo inflamatório intenso Consequências: Disfunção valvar, embolia ★ Pericardite: Processo inflamatório do pericárdio, na maioria das vezes relacionado à envolvimento secundário de inflamações de estruturas vizinhas como miocárdio, pulmões e mediastino ● Derrames Pericárdicos: Hidropericárdio: Líquido seroso límpido, que se acumula na cavidade do pericárdio (seroso/fibrinoso) ▪ Principal causa: ICC Hemopericárdio: Sangue na cavidade do pericárdio PERICARDITE SEROSA: Exsudato seroso de origem inflamatória. PERICARDITE FIBRINOSA: Líquido seroso misturado com exsudato fibrinoso Reorganização pode causar: aderências, fibrose e pericardite constritiva – restrição movimentos cardíacos Material fibroso branco-amarelado friável Aspecto “pão com manteiga” OUTRAS PERICARDITES Hemorrágica, purulenta (fibrinopurulenta): Variação do exsudato, sendo composto por sangue e derrame fibrinoso ou supurativo Causas principais: Tuberculose Infiltração neoplásica Complicação de cirurgia cardíaca Agentes piogênicos – propagação de tecidos adjacentes Cardiopatias isquêmicas . ★ Isquemia: Diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea de parte de um órgão. Etiologias para isquemia miocárdica: Aterosclerose (trombose podendo ser oclusiva, porém a maioria dos artérias não são oclusivos por causa do fluxo sanguíneo arterial, que ocorre a diferença de pressão, implicando no processo que as isquemias miocárdicas relativas. Podendo romper, lesão por cisalhamento, túnica íntima sofre ruptura aguda exposição do tecido conjuntivo. Pico de glicemia também pode piorar esse quadro. Dissecção aguda com hemorragia (trombose sobreposta) na lâmina. Na hipertrofia, com fibrose consecutiva não há a formação de novos vasos. Já no VE do atleta, não faz isso, por causa da exigência metabólica, fazendo a hipertrofia, porém durante o repouso ele modifica a expressão gênica da musculatura esquelética, tendo uma ótima angiogênese e super utilização de metabólicos (não depende de insulina), portanto a hipertrofia dele é de caráter fisiológico, por causa da reprodução genética. Embolia coronariana. Espasmo coronariano (incluindo causas tóxicas - intoxicação cocaínica e outras drogas com atividade vasoconstritora). Complicação de doenças do tecido conjuntivo (vasculites (deposição de imunocomplexos se depositando a superfície vascular que ava o sistema complemento, ocorre a inflamação lesando o endotelial causando a trombose) ★ Infarto: lesão celular irreversível do tipo necrose que ocorre na isquemia Diabetes e HAS promovem diferentes modificações endoteliais, tornando o mais suscetível a aterosclerose (mais permeável à passagem de colesterol) Dislipidemia: disfunção metabolismo do colesterol, dosagem de colesterol total e LDL (lipoproteína de baixa densidade, no complexo lipoproteico e serve para transporte para o tecido) Mioglobina e CK: marcadores de necrose no tecido (infarto) pelo processo de digestão (autólise enzimática). A primeira alteração que aparece é a de função (cardiomiócitos perde a função de contração, porque não estocam íons cálcio), ou seja, alteração no eletro e depois os marcadores. 1 minuto para os cardiomiócitos passarem para o ponto de irreversibilidade da lesão. CARDIOPATIAS ISQUÊMICAS Generalidades Múltiplas síndromes com relação fisiopatológica e associadas à isquemia miocárdica. Desbalanço entre o Suprimento vascular e Demanda metabólica Tipos de cardiopatias isquêmicas: ANGINA PECTORIS Quadro clínico de dor torácica intermitente causada por (aterosclerose) isquemia miocárdica transitória e reversível, insuficiente para produzir necrose de cardiomiócitos. Aumento transitório de lactato nas fibras musculares causa a dor. Não tem necrose quando tem angina, por isso a dor é intermitente Angina estável: desconforto precordial típico, causado por estresse físico ou emocional, aliviado em repouso ou por uso de nitrato (vasodilatador, aumentando o aporte de suprimento). Dura menos de 20 minutos. Angina instável: dor em repouso com duração de > 20 minutos. Alto risco para infarto miocárdico (início do infarto). Maior grau de obstrução. Angina Prinzmetal: angina por vasoespasmo coronariano (indivíduos tabagistas - menor concentração de óxido nítrico (vasodilatador) fazendo vasoespasmo, constringindo essa coronária). Pode levar a arritmias importantes. Sinais e sintomas típicos: dor precordial intensa e irradiada, epigastralgia, náusea e diaforese. Alterações em eletrocardiograma: supra ou infradesnivelamento de segmento ST.(miocardite viral pode alterar esse eletro semelhante a infarto) Alterações laboratoriais:aumento dos níveis séricos de CK-MB e troponinas T e I (a partir de 4 horas, pico em 24-48 horas). Não são específicos. Morfologia: Presença de sinais de lesão de reperfusão, infarto anêmico ou com transformação hemorrágica, tempo de isquemia ou reperfusão e presença de cicatrização periférica ou central. Infartos agudos- ausência de achados morfológicos ou pálido/ hemorrágico. Halo hiperêmico (inflamação). Infartos subagudos- tecido de granulação. Infarto cicatrizado- cicatriz. Até 24 horas: Bandas de contração (estriações): sinais de que houve infarto Hiperemia ativa (sinais de que houve uma inflamação, ou seja, aconteceu muito rápido, ou seja, agudo. 1 a 3 dias: Necrose em progressão, inflamação estabelecida observados na borda alo hiperêmico. Núcleos somem (cariólise), Neutrófilos (meia vida de 3 dias) aparentes infiltrados na inflamação, macrofago tecidual produzindo citocinas de quimiotaxias para leucócitos (inflamação AGUDA). 7 a 10 dias: Perfil inflamatório se modifica, macrofago recrutado (neutrófilo não mais)(inflamação crônica), sinaliza o reparo (angiogênese), fibroblasto começam a depositar colágeno (tecido de granulação). Espessura da parede substituída pelo tecido de granulação, havendo ruptura de parede livre (podendo levar ao choque hipodinâmico) 2 meses: Reparo tecidual, adaptação tecidual que não sofreu infarto (hipertrofia). LESÃO DE ISQUEMIA-REPERFUSÃO Lesão miocárdica causada por restabelecimento da circulação após evento isquêmico com consequente expansão da área necrótica. Morfologia: transformação hemorrágica do infarto por lesão microvascular. Estresse oxidativo (cardiomiócitos na borda dessa área infartada, sofre necrose, não sustenta esse fluxo sanguíneo que é restabelecido pela dissolução dessa trombos ) Influxo de cálcio intracelular. Regulação abrupta do pH intracelular (choque cardiogênico) Inflamação. MORTE SÚBITA CARDÍACA Síndrome decorrente do colapso cardíaco súbito, que ocorre dentro de uma hora após o início dos sintomas. A patogênese dependente da idade do paciente: 0-6 meses: síndrome da morte súbita do lactente. Adultos jovens (média: 30 anos): cardiomiopatias, displasia, miocardites e endocardites, doenças vasculares e valvares. 45-75 anos: complicações agudas da aterosclerose Morfologia: Eletrofisiologia: fibrilação ventricular, assistolia. Achados anatomopatológicos: ausência de alteração morfológica miocárdica com ou sem estenose coronariana, ruptura aguda de placa aterosclerótica. infarto agudo ou em organização. hipertrofia. Por que ocorre em atletas? muita exigência física, aumento da FC (>190bpm), aumento da ventilação pulmonar (40X), desidratação, alteração eletrolítica, elevado consumo energético. CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA ★ Insuficiência cardíaca progressiva que resulta de lesão miocárdica por isquemia. ★ Histórico de infarto miocárdico na maioria dos casos, que causa hipertrofia compensatória da câmara afetada. Complicações: infartos recorrentes, arritmias e descompensação de insuficiência cardíaca congestiva. Morfologia: graus variados de hipertrofia. Infartos cicatriciais. Miocardioesclerose: manifestação crônica de microinfartos clinicamente silenciosos INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ★ É a incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento. Via final da maioria das cardiopatias. Critérios de classificação: Aguda ou crônica (tempo) Esquerda e/ou direita (região que foi afetada) Sistólica ou diastólica (incompetência para manter a sístole ou diástole) Baixo débito ou alto débito Perfil hemodinâmico (perfusão e congestão): seco/úmido e quente/frio Insuficiência cardíaca aguda: ● Lesões miocárdicas agudas. ● Infartos extensos, miocardite aguda, etc. Insuficiência cardíaca crônica: ● Lesões miocárdicas crônicas. ● Miocardiopatia dilatada, hipertensão arterial sistêmica, valvopatias, cardiopatia isquêmica crônica. Insuficiência cardíaca esquerda: Mais comum. Disfunções relacionadas ao coração esquerdo. Insuficiência cardíaca direita: Secundária à IC-E ou a doenças que cursam com hipertensão pulmonar. Insuficiência cardíaca sistólica: Ocorre por deficiência na contratilidade miocárdica com diminuição do volume de ejeção, dilatação cardíaca e elevação da pressão diastólica de VE. Insuficiência cardíaca diastólica: O ventrículo não se relaxa adequadamente. A ejeção é normal, porém, às custas de uma elevada pressão de enchimento ventricular. Insuficiência cardíaca de baixo débito: Diminuição progressiva do débito cardíaco. Insuficiência cardíaca de alto débito: O débito cardíaco é normal, mas insuficiente para atender às demandas metabólicas - clínica de IC + débito cardíaco aumentado (p.ex. anemia grave, hipertireoidismo). Classificação hemodinâmica Seco: sem sinais de congestão. Úmido: com sinais de congestão (edema) Frio: com má perfusão Quente: com boa perfusão Perfil congestivo: Edema e turgência vascular.
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