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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA RELATÓRIO DO EXPERIMENTO N° 7 (10/03/2022) PRÁTICA DE CALIBRAÇÃO DE UMA CÉLULA DE CARGA Régis Henrique da Silva Souza 00288794 Relatório desenvolvido durante disciplina de Medições mecânicas, ministrada pelo professor Herbert Martins Gomes. PORTO ALEGRE Março de 2022 2 RESUMO O presente relatório teve como embasamento o procedimento prático da aula 7, exibida no dia 10 de março de 2022 e apresentada pelo professor Herbert Martins Gomes, ministrante da disciplina de Medições Mecânicas. O objetivo da aula prática foi levantar uma curva de calibração experimental através da aplicação de cargas conhecidas em uma célula de carga (Reaction BCDL-10). 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 2 OBJETIVOS........................................................................................................................ 5 3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ..................................................................................... 6 4 PROCEDIMENTOS ........................................................................................................... 7 5 RESULTADOS ................................................................................................................... 8 6 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 10 7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 11 4 1 INTRODUÇÃO A célula de carga é um dispositivo eletromecânico, o qual possui o objetivo de realizar medições das deformações ou flexões no qual um corpo é submetido, transformado essas medições em uma tensão. Para obter os sinais é utilizado um strain gauge, o qual converte a deformação em tensão em conjunto com uma Ponte de Wheatstone (abordado no relatório 6). Essa combinação produz um sinal em micro strains que é alterada proporcionalmente à medida que se aplica maior peso ou força no corpo de prova ou na estrutura a ser submetida ao teste experimental. 5 2 OBJETIVOS O relatório 7 tem como objetivo calibrar uma célula de carga de flexão. Fazer ligações da célula de carga com sistema de aquisição. Aprender o princípio de funcionamento de célula de carga de flexão com furo em forma de binóculo. Identificar a característica de sensibilidade da célula de carga e estimar resultados medidos a partir de leituras de voltagem. Leitura do data sheet de uma célula de carga. 6 3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Os seguintes materiais são utilizados nesta prática: − 1 Placa de aquisição externa USB2408-2AO da empresa Measurement Computing (24 bits e faixa de medição utilizada de ±0,15625V); − 1 Célula de carga para flexão em Ponte Completa de strain gauges comercial modelo Flexar Reáccion BCDL-10; − Massas pequenas com valores previamente medidos; − 1 Suporte para pendurar as massas na ponta da célula de carga; − 2 Suportes (sargentos N°.2) com chapas metálicas para prender e engastar a célula de carga numa mesa; − 1 Computador com Software TracerDAQ instalado (gratuito, incluído no pacote da placa de aquisição de dados externa USB2408-2AO); − 1 Multímetro digital 3 ½ dígitos ICEL MD-5770A. 7 4 PROCEDIMENTOS Como instruído no documento disponibilizado pelo professor, os seguintes procedimentos foram realizados: Prender a célula de carga na mesa e pôr o suporte para as massas na extremidade. Identificar dentre os 4 fios disponível na célula de carga, quais são para alimentação e quais são para medição. Medir com o Multímetro, dois a dois, os fios quanto à sua resistência. A célula de carga é feita com 4 strain gauges nominalmente idênticos. Haverá duas possibilidades de resistências medidas conforme a indicação abaixo de uma Ponte de Wheatstone completa (figura 1): Figura 1 – Identificação de fios de alimentação e de medição na célula de carga Fonte: Fornecida pelo professor. Deve-se configurar a placa de aquisição para trabalhar de forma diferencial, aumentando-se assim a precisão e o cancelamento de modos comuns aos dois fios de medição da célula de carga. Ajuste a taxa de aquisição a um valor baixo (p.e. 50Hz) já se farão medições quase que estáticas, aumentando ainda mais a estabilidade dos sinais medidos. Liga-se o software TracerDAQ, ajusta-se para o modelo de placa de aquisição conectada, taxa de aquisição (50Hz) e faixa de medição (±0,15625V) desejada. Procede-se à gravação dos dados e colocação das massas na extremidade da célula. Exportam-se os dados medidos em formato CSV (Comma sepparated values) para ser lido numa planilha numérica para gerar gráficos e obter a sensibilidade calibrada. 8 5 RESULTADOS Com os dados coletados, avaliar qual a sensibilidade real da célula de carga. Comparar este valor com o indicado pelo data sheet da célula fornecido pelo fabricante, levando em conta a incerteza padrão indicada. Avaliar qual a resolução em E do sistema de aquisição empregado, assim como a resolução final da célula de carga F (menor variação de força possível de ser lida com o sistema montado). Os seguintes dados foram disponibilizados (tabela 1): Tabela 1 – Dados para a Calibração A tabela 2 abaixo apresenta os valores obtidos através da medição experimental da força aplicada pela massa e da tensão criada na célula de carga. Tabela 2 – Carga aplicada e suas respectivas saídas (V) Com os valores tabelados, é possível traçar o gráfico comparativo (gráfico 1) entre a saída teórica e a saída obtida através do experimento. No eixo y têm-se a carga em função da medição de tensão apresentada no eixo x. 9 Gráfico 1 – Tensão Elétrica x Força Aplicada No gráfico é apresentado a relação entre tensão de saída e carga aplicada, sendo igual a 8,903E-5 [V/kgf], indicando uma sensibilidade de 1,73E-3 [mV/V], como mostra a tabela 3. A tabela também apresenta os valores teóricos e experimentais da inclinação, onde é perceptível a diferença entre a inclinação e a sensibilidade da célula de carga. Tabela 3 – Inclinações e Sensibilidades da Célula de Carga 10 6 CONCLUSÕES Os dados coletados no experimento, podem ser considerados tecnicamente aceitáveis, pois a célula de carga, de acordo com o data sheet, deve ter uma sensibilidade de 2,0E-3 [mV/V] e o valor encontrado experimentalmente foi de 1,7E-3 [mV/V], indicando um erro dentro das normas aceitáveis. O erro apresentado pode ser aceito quando se leva em conta as incertezas de medições associadas ao experimento. . 11 7 BIBLIOGRAFIA Notas de aula de medições mecânicas, Prof. Herbert Martins Gomes.
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