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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA RELATÓRIO DO EXPERIMENTO N° 8 PRÁTICA DE DEFORMAÇÕES E TENSÕES PRINCIPAIS EM RÉGUA TRIANGULAR Yago Muniz Dias 00318988 Relatório desenvolvido durante disciplina de Medições mecânicas, ministrada pelo professor Herbert Martins Gomes PORTO ALEGRE Setembro de 2022 2 RESUMO Este relatório teve como embasamento o procedimento prático da aula 7, exibida no dia 1 de setembro de 2022 pela disciplina de Medições Mecânicas ministrada e apresentada pelo professor Herbert Martins Gomes. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4 2 OBJETIVOS ............................................................................................... 4 3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ............................................................ 4 4 PROCEDIMENTOS .................................................................................. 5 4.1 DEFORMAÇÕES, TENSÕES E PLANOS PRINCIPAIS DE UMA ROSETA TIPO DELTA ............................................................................... 6 5 RESULTADOS .......................................................................................... 8 6 DISCUSSÃO ............................................................................................ 11 7 CONCLUSÕES ........................................................................................ 11 8 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 13 4 1 INTRODUÇÃO A obtenção de valores experimentais através da instrumentação de medição é um processo vital em diversas áreas da engenharia, sendo realizada de diversas maneiras e com diversos equipamentos. Os strain gauges são os principais instrumentos para se medir deformações. Esse equipamento é constituído por uma grade de um material que tem alteração de resistência elétrica proporcional a sua deformação, possibilitando a medição da deformação em um ponto de uma peça através da medição da alteração da resistência elétrica do extensômetro. Este experimento visa mostrar a utilização de strain gauges na forma de roseta. Esta configuração é uma das maneiras mais comuns de se utilizar strain gauges. A partir das leituras dos strain gauges poderá se obter as deformações principais. A partir desses dados e com o cálculo das tensões principais através da teoria de Resistência dos Materiais, será possível estimar o valor do módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson do material. 2 OBJETIVOS O relatório 9 tem como objetivo avaliar as tensões e deformações principais e plano principal para a condição de carregamento em um experimento com uma régua triangular, roseta de strain gauges e Ponte de Wheatstone. Avaliar o Coeficiente de Segurança do estado de tensões final na régua. 3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Os seguintes materiais são utilizados nesta prática: - 1 placa de aquisição USB-2408-2AO) da empresa Measurement Computing com cabo USB (conversor A/D de 24 bits e entrada analógica de ±1.25V); - Software de Aquisição de dados DAQami; - 1 régua triangular de aço com roseta de strain gauges colados. Modelo de strain 5 gauge PA-06-150AA-120-LEN da empresa Excel Sensores, com Gauge Factor indicado de k = 2,1; - Conjunto de massas pequenas com valores previamente medidos; - 1 suporte para pendurar as massas na ponta da régua; - 2 suportes (sargentos N°.2) com chapas metálicas para prender e engastar a régua numa mesa; - 1 resistor variável de 1 volta, com resistência total de 100 k para servir de resistor de shunt; - 1 Computador com DAQami (gratuito, da Measurement Compting), instalado; - 1 Ponte de Wheatstone com possibilidade de balanceamento e ajuste de ganho para configuração de ¼ de Ponte e ao menos 3 canais (Condicionador de Sinais analógico Modelo GPRIQI-165120, 16 canais para ¼ de Ponte de Wheatstone, Alimentação 5V, Ganho de amplificação de G=1000, ajuste de ganho e balanceamento para strain gauges de 120, com limite de medição de até 20000 µm/m). 4 PROCEDIMENTOS Prende-se a régua na mesa e põe-se o suporte para as massas na extremidade. Medemse as dimensões até o engaste assim como a espessura da régua. Conectar cada um dos strain gauge à entrada da Ponte de Wheatstone em um canal separado e com a configuração ¼ de ponte. Ligar a Ponte. Conectar a saída da ponte de cada um dos canais na em três entradas analógicas independentes da placa USB-2408-2AO e o terra comum a todos no pino GND. Utilizar o software de aquisição gratuito que vem com a placa de aquisição (DAQami) e começar as medições com a visualização dos dados medidos pelo e gravação no computador. Balancear, cada canal da Ponte (zerar), um por vez, ajustando o resistor variável até que a leitura de saída seja 0 em voltagem. Conectar o resistor padrão de shunt de 1000 µm/m (microstrains) em paralelo a cada um dos resistores da roseta, um por vez, e verificar se a saída indicada é de 1000µm/m. Caso não seja, ajustar o resistor de ganho, até que esta leitura atinja este valor. Retirar o resistor de shunt. Colocar as massas acumuladamente e fazer as leituras de deformação da tela do software DAQami. A figura 1 ilustra o sistema a ser analisado. 6 figura 1- Esquema das ligações. A figura 2 mostra, com detalhes, a posição e o dimensionamento dos strain gauges, em vista em perspectiva e vista superior com os strain gauges. figura 2- Posição e dimensionamento dos strain gauges. 4.1 DEFORMAÇÕES, TENSÕES E PLANOS PRINCIPAIS DE UMA ROSETA TIPO DELTA A figura 3 ilustra uma régua triangular engastada livre com quatro strain gauges colados. 7 figura 3- Parâmetros utilizados na régua. Seguindo a hipótese de Euler-Bernouli, a partir de duas integrações da equação diferencial da linha elástica, obtêm-se a equação da linha elástica da viga (equação 1). A equação 2 é para condições de contorno assumidas de um engastamento perfeito, assim chega-se à equação da linha elástica para uma régua com variação linear da seção da base. No ponto de aplicação da carga (𝑥 = 𝐿 𝑒 𝑦(𝐿) = 0), tem-se a flexão máxima igual a equação 3 abaixo. Ao unir as equações 2 e 3, obtêm-se a equação 4, a qual relaciona a flexão no ponto de aplicação da carga e a tensão nas faces da viga. 8 A equação 5 mostra em termos da carga aplicada e geometria da régua, a tensão máxima, a qual coincide com a tensão 𝜎1 da figura 3. Esta tensão é a mesma em qualquer ponto da régua em sua superfície, independente da distância que esteja do engastamento. As equações das deformações principais são referenciadas em 6 e 7. A equação do ângulo principal é mostrada em 8. 5 RESULTADOS A tabela 1 apresenta os dados iniciais do experimento medidos a partir de um paquímetro com resolução de 0,02 mm. 9 Tabela 1- Dados medidos. Roseta retangular Dados Medidos em Laboratório L 0,1886 m Distância ponto aplicação da carga até o engaste b0 0,093 m Base da Régua triangular t 0,002 m Espessura da régua triangular Sigmax 2,5E+08 Pa Tensão limite do material A partir dos dados apresentados na tabela 1, consegue-se aplicar os valores nas equações citadas na seção anterior. A tabela 2 apresenta os valores das deformações adquiridos pelos strain gauges. Tabela 2- Dados coletados pelo SG. Medição A B C D 1 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 2 -5,80E- 05 -1,66E- 04 -6,30E- 05 3,20E-05 3 -8,10E- 05 -1,96E- 04-8,30E- 05 3,90E-05 4 -9,70E- 05 -2,66E- 04 -1,00E- 04 4,60E-05 5 -1,16E- 04 -2,96E- 04 -1,20E- 04 5,30E-05 6 -1,34E- 04 -3,46E- 04 -1,39E- 04 6,40E-05 A tabela 3 apresenta os valores obtidos através da aquisição de dados dos strain gauges, sendo aplicados nas equações da seção anterior para obter os valores da deformação máxima principal (𝜀2), da tensão máxima principal (𝜎2) e com esses valores, obteve-se o valor do ângulo do plano principal e o coeficiente de segurança (valores grifados na tabela). Tabela 3- Valores obtidos. Def. Principal e1 Def. Principal e2 Tens. Pincipal sigma1 (Pa) Tens. Pincipal sigma2 (Pa) Plano Princi. Teta (°) Tens. VM (Pa) Coeficiente de segurança 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 - 4,50E-05 -1,66E- 04 1,84E+06 -3,28E+07 4,57E+01 3,38E+07 7,40E+00 3,20E-05 -1,96E- 04 -2,27E+06 -3,97E+07 4,53E+01 3,86E+07 6,47E+00 10 6,90E-05 -2,66E- 04 2,29E+06 -5,27E+07 4,53E+01 5,39E+07 4,64E+00 6,00E-05 -2,96E- 04 -9,74E+05 -5,94E+07 4,53E+01 5,89E+07 4,24E+00 7,30E-05 -3,46E- 04 -5,37E+05 -6,93E+07 4,53E+01 6,91E+07 3,62E+00 Com o valor da tensão de da deformação máxima principal, obtêm-se o gráfico de tensão x deformação (gráfico 1), onde a inclinação do ajuste da reta será o valor do módulo de Young (E). Gráfico 1- Tensão X Deformação Principal. Ao analisar o gráfico e a equação de ajuste da reta, encontramos o valor para o módulo de Young como: 𝐸 = 2 ∗ 1011 [𝑃𝑎] O gráfico das deformações (gráfico 2), ou seja, 𝜀2 × 𝜀1, fornece o valor do coeficiente de Poisson através da equação do ajuste da reta. 11 Gráfico 2- Deformações Principais. Ao analisar a inclinação do ajuste da reta, encontramos o valor do coeficiente de Poisson: 𝑣 = 0,2184 6 DISCUSSÃO Os valores de módulo de elasticidade são semelhantes ao encontrado na literatura, encontrou-se um módulo de elasticidade de 200 GPa e o encontrado na literatura é de 210 GPa, há entre esses valores uma diferença de quase 5%. Valor esse que é atribuído ao procedimento ser experimental. O coeficiente de segurança deve ser maior que 1, no experimento encontrou-se o valor de 3,62. 7 CONCLUSÕES O experimento foi considerado um sucesso devido aos resultados obtidos coincidirem com os da literatura. y = -0,2184x R² = 0,9797 0,00E+00 1,00E-05 2,00E-05 3,00E-05 4,00E-05 5,00E-05 6,00E-05 7,00E-05 8,00E-05 -4,00E-04-3,00E-04-2,00E-04-1,00E-040,00E+00 1 [- ] 2 [-] 12 13 8 BIBLIOGRAFIA Notas de aula de medições mecânicas, Prof. Herbert Martins Gomes. 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 4 PROCEDIMENTOS 4.1 DEFORMAÇÕES, TENSÕES E PLANOS PRINCIPAIS DE UMA ROSETA TIPO DELTA 5 RESULTADOS 6 DISCUSSÃO 7 CONCLUSÕES 8 BIBLIOGRAFIA
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