Prévia do material em texto
Nutrição Nutrição é o processo de fornecimento aos organismos animais e vegetais dos nutrientes necessários para a vida. É também a ciência que investiga as relações entre o alimento ingerido pelo homem e as doenças, buscando o bem-estar e a preservação da saúde humana. HÁBITOS ALIMENTARES Proporcionam ao organismo humano condições para uma vida saudável, acrescentando anos com saúde e disposição para os indivíduos que se propõem a ter uma dieta equilibrada e pautada na moderação. Não existem alimentos proibidos (para a comunidade sadia) ou milagrosos. A alimentação é o combustível para nossa vida, uma vez que nos fornece subsídios para a realização de nossas tarefas diárias. Se não nos alimentamos não temos força ou disposição para a realização das atividades mais banais, além de comprometer seriamente o desempenho das funções vitais no nosso organismo. Claro que a qualidade do alimento ingerido é fundamental. Não adianta simplesmente comer. 01 É preciso alimentar-se corretamente, fornecendo ao organismo os nutrientes necessários para seu perfeito funcionamento, sem carências ou exageros. Uma alimentação balanceada, contendo equilibradamente frutas, cereais (inclusive integrais), verduras, legumes, carnes e leite, pode contribuir positivamente para a manutenção da saúde do indivíduo. NECESSIDADES NUTRICIONAIS HUMANAS Todos nós necessitamos de uma alimentação correta e eficiente para nos mantermos ativos e podermos desenvolver as nossas atividades do dia a dia. Já diziam os nossos avós que “Saco vazio não para em pé”. Se levarmos em consideração as diversas fazes da vida e, por analogia, compararmos aos diversos tipos e tamanhos de saco, podemos com certeza afirmar que as necessidades nutricionais diárias variam com a idade e com o estilo de vida. Com certeza, crianças em fase de crescimento devem ter um volume alimentar diferente se compararmos a adultos com vida sedentária, adultos com vida corrida, esportistas e idosos. No fundo, a ingesta alimentar deve responder a uma fórmula bastante simples onde a quantidade e a qualidade dos alimentos devem respeitar a proporcionalidade da pirâmide alimentar. Do ponto de vista energético, devemos levar em conta que o ideal para cada fase da vida é diferente. Enquanto as crianças em fase de crescimento necessitam um maior aporte protéico calórico, idosos inativos devem ter uma alimentação que supra somente as suas necessidades diárias. Todo alimento possui um valor calórico específico. Aprendemos nos bancos escolares que tanto 1 grama de Carboidrato quanto 1 grama de Proteína tem a capacidade de gerar 4 Kcal. Já 1 grama de gordura gera 9 Kcal, o que faz das gorduras substâncias muito mais calóricas que as demais. A epidemia de gordinhos com a qual nos deparamos nos dias de hoje decorre de uma ingesta de substâncias altamente calóricas. 02 Hamburgues, Sorvetes, Chocolates, Frituras, Refrigerantes, são alguns dos exemplos de substâncias altamente calóricas. Toda vez que fizermos uma ingesta que gere mais calorias do que necessitamos, reações metabólicas inatas do nosso organismo farão com que o restante das calorias não consumidas seja armazenada na forma de gordura para ser usada em um período posterior e assim, engordamos. Em contra partida, toda vez que ingerirmos uma quantidade de calorias inferior às nossas necessidades, o sistema metabólico vai usar as nossas reservas existentes e, dessa forma, emagrecemos. Atividades físicas consomem altos níveis de calorias, o que faz com que sejam elas indicadas em todos os processos de perda de peso. A seguir anexamos dois linques que acreditamos ser de interesse para um pouco mais de entendimento sobre o assunto. A nutrição humana é uma ciência que se ocupa do estudo dos processos relacionados à obtenção de nutrientes pelos seres humanos através da alimentação. A via comumente utilizada para a alimentação humana é a boca. Além da alimentação por boca, um indivíduo pode utilizar a via enteral e/ou parenteral. Lança-se mão destas vias alternativas geralmente em situações especiais, onde não se pode, não se deve ou não se quer comer de forma habitual. NUTRIENTES PRINCIPAIS O corpo humano (e o dos seres vivos em geral) é formado essencialmente por moléculas em que os elementos principais são o carbono, o oxigénio, o hidrogénio e o nitrogénio. Por essa razão, os nutrientes mais importantes são os que contém esses elementos e que, por reações enzimáticas irão fornecer energia e matéria para o funcionamento do organismo: Carboidratos ou açúcares e seus polímeros Proteínas e aminoácidos Lipídios, isto é, todo tipo de gordura MICRONUTRIENTES O corpo humano não é um sólido compacto: todas as reações químicas se dão numa solução aquosa, com uma composição muito próxima à da água do mar e o transporte de nutrientes e de oxigénio para as células é feito pelo sangue. Por essa razão os “micronutrientes”, de facto, têm um papel essencial na vida. Entre estes, incluem-se: A água; Minerais, geralmente na forma de sais, ou íons, incluindo o sódio e o cloro, principais componentes da água do mar, e outros em menores quantidades, mas igualmente essenciais, como o ferro, que dá a cor vermelha ao sangue; e Vitaminas, que são compostos orgânicos essenciais ao funcionamento do organismo, funcionando muitas vezes como coenzimas. 03 https://pt.wikipedia.org/wiki/Boca https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o_enteral https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o_parenteral https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_vivos https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_peri%C3%B3dica https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutriente https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Carboidrato https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcar https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna https://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lido https://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_do_mar https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Micronutrientes https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua https://pt.wikipedia.org/wiki/Mineral https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloro https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina https://pt.wikipedia.org/wiki/Composto_org%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Coenzima NUTRIÇÃO ADEQUADA PARA CADA FASE DA VIDA A cada fase da vida (infantil, adolescência, adulta e idosa), temos certo tipo de nutrição. NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA NUTRIÇÃO INFANTIL POR IDADE 0 – 2 anos Nessa fase, o bebê ainda pode se alimentar majoritariamente de leite materno ou não. A partir dos 6 meses, em geral, são introduzidos a água e alguns sucos naturais na dieta. Com 1 ano, o bebê já pode comer papinhas, frutas amassadas e mingaus. É também nessa fase que pode- se começar a usar mais temperos e sal nos alimentos. Com 2 anos, o bebê já pode comer praticamente tudo, de acordo com o crescimento dos dentes e a demanda de amamentação. 2 – 4 anos Nessa idade, a criança já começa a associar a refeição a um ato de convívio social. Por isso, é necessário ter cuidado com as tensões e ansiedades geradas em torno da hora de comer. Deve-se oferecer alimentos de todos os grupos alimentares, de preferência aquelesnaturais e frescos, mas sem forçar a alimentação. Entre 2 e 4 anos, as preferências da criança podem variar muito, ou seja, em um dia ela pode aceitar um alimento e no outro rejeitá-lo. Em geral, a proporção recomendada é de cerca de 50% de carboidratos, 15% de proteínas e 20% a 30% de lipídeos. 04 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000100002 A PARTIR DE 5 ANOS Dessa idade em diante, a criança já sabe identificar quais alimentos ela prefere e fazer suas escolhas nas refeições. Se a introdução alimentar foi feita de forma bem-sucedida, ela comerá praticamente de tudo. Mas se isso não ocorreu, os pais não precisam ficar alarmados. A qualquer momento, é possível criar bons hábitos alimentares. PRINCIPAIS ERROS DOS PAIS Muitos pais ficam ansiosos durante a introdução alimentar, com medo de seus filhos não comerem o suficiente ou não ingerirem as vitaminas necessárias. Por isso, acabam forçando a criança a comer toda a porção e criam uma tensão desnecessária na hora de servir legumes e verduras. Toda essa situação faz com que a criança se interesse menos pelo que come e até desenvolva ansiedade com comida. Além disso, não adianta pedir para os pequenos comerem alimentos saudáveis, mas não dar o exemplo também. Apesar de adultos e crianças terem necessidades nutricionais diferentes, é possível criar cardápios para pais e filhos compartilharem. Dessa forma, todos saem ganhando. Por isso, ter um nutricionista de confiança pode ajudar muito durante a introdução alimentar das crianças. NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA Na adolescência ter uma dieta balanceada também é fundamental, pois as necessidades nutricionais nessa fase são maiores. É importante tomar cuidado, pois os adolescentes muitas vezes desejam ter um corpo magro e fazem qualquer coisa para consegui-lo, quase sempre sem orientação de um profissional da saúde, o que pode levar a deficiências nutricionais e transtornos alimentares como bulimia nervosa e anorexia nervosa, por exemplo. Os pais devem estar atentos e procurar sempre a ajuda de um profissional de saúde. 05 Os adolescentes geralmente comem muitos lanches, sem verduras e ricos em gordura. O consumo de frituras, doces e refrigerantes pode ocorrer em excesso. Estes e outros maus hábitos alimentares são freqüentes nesta fase. Por isso é muito importante estimular uma alimentação saudável diariamente e explicar porque há esta necessidade. Além de ter uma alimentação equilibrada, com o consumo de todos os grupos alimentares, podemos enfatizar o consumo de cálcio, mineral importante para a formação do esqueleto, o ferro para o desenvolvimento músculo esquelético e endócrino e de zinco, contribuindo para o crescimento e a maturação sexual do adolescente. O QUE DEVEMOS COMER DURANTE A ADOLESCÊNCIA? A adolescência é o período da vida que se inicia aos 10 anos de idade e se prolonga até os 20 anos (inclusive), ocorrendo durante esse percurso intensas transformações físicas, psicológicas e comportamentais. Nessa fase, o estirão ou o rápido desenvolvimento físico faz com que os jovens necessitem de maior quantidade de calorias: "O ideal é incentivá-los a um café da manhã saudável e a um almoço completo, ou seja, com proteínas (leite, iogurte, queijo, ovo, presunto magro, peito de peru, carne de boi magra, peixe ou frango), carboidratos (pães, cereais, arroz, macarrão, batata, etc.), legumes, verduras e frutas. Assim, o jantar poderá ser uma pequena refeição, um prato leve, uma sopa ou um lanche", destaca a nutricionista. A falta de alimentos é um fator que preocupa menos no nosso meio, mas uma alimentação inadequada, sem que as necessidades nutricionais sejam alcançadas, pode interferir na sua altura e na disposição física e mental dos jovens, perturbando suas atividades e desenvolvimento. As vitaminas e minerais geralmente consumidos abaixo das necessidades são: vitamina A, E, B6, ácido fólico, cálcio, ferro e zinco. ● Vitamina A: Fígado, leite, ovos, óleo de peixe, vegetais, folhosos verde-escuros, legumes e frutas amarelados e/ou verde-escuros; ● Vitamina E: Germe de trigo, óleos vegetais, hortaliças de folhas verdes, gordura do leite, gema de ovo e nozes; ● Vitamina B6: Carnes vermelhas, fígado, ovos, leite de vaca, germe de trigo; ● Ácido fólico: Miúdos, vegetais folhosos e legumes, milho, amendoim, levedo; 06 http://www.conquistesuavida.com.br/noticia/alimentacao-na-adolescencia-o-que-comer-durante-a-puberdade-descubra_a2806/1 ● Cálcio: Leite, iogurte, queijo, brócolis, couve, ovos; ● Ferro: Carnes vermelhas, fígado, miúdos, gema de ovo, leguminosas, vegetais folhosos verde-escuros, frutas secas; ● Zinco: Carnes vermelhas e brancas, fígado, frutos do mar, ovos, cereais integrais, lentilha, germe de trigo NUTRIÇÃO NA FASE ADULTA Na fase adulta começam as dores aqui e ali, os problemas de saúde, o estreasse, dentre outros fatores. Mas, tendo uma alimentação saudável, o risco de desenvolver doenças diminui. Porém, esse efeito é a longo prazo, por isso é importante manter bons hábitos alimentares desde a infância. Além disso, os objetivos na fase adulta são manter o peso ideal, cuidar da pele, evitar a queda de cabelo para que eles possam crescer saudáveis, e ter um bom sistema imunológico e uma grande quantidade de energia para agüentar a correria do dia-a-dia. DICAS Mantenha o peso ideal para evitar as complicações e doenças; Reduza a quantidade de sal; Se possível, evite o consumo de álcool e cigarro, ou diminua a quantidade; Evite o sedentarismo e faça exercícios! Não precisa fazer exercício físico num ginásio, mas uma simples caminhada diariamente pode te ajudar a manter o peso, evitar problemas nas articulações, nos ossos e no coração. A fase adulta é a fase da manutenção, sendo também muito importante ter uma alimentação adequada. Talvez essa seja a fase mais difícil, pois depende dos hábitos alimentares adquiridos, fatores culturais, financeiros, entre outros. Apesar de tudo isso, se deve pesar a importância de uma alimentação saudável tanto para o bom funcionamento orgânico, como prevenção de doenças e melhor saúde quando idoso. 07 O QUE DEVEMOS COMER DURANTE A FASE ADULTA? A rotina corrida e a oferta abundante de alimentos saborosos e calóricos, aliados à diminuição da atividade física e ao estresse diário, prejudicam muito a alimentação equilibrada. Há dois principais problemas na alimentação na fase adulta: erro na hora da escolha do cardápio e muitas horas sem se alimentar. Essa combinação acaba dando espaço a doenças crônicas degenerativas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes. "Não há, na verdade, nenhum alimento que deva ser consumido em maior quantidade, porém existe a necessidade de manter uma dieta equilibrada e variada para garantir a ingestão adequada de todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais e fibras). É preciso fazer dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação’’ Essa variedade significa alimentos de todos os tipos – grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes etc. Utilizados com moderação, óleos, gorduras, sal e açúcar podem contribuir para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada NUTRIÇÃO NA FASE IDOSA Nesta fase, a alimentação além de nutrir, poderá tratar determinadas doenças e proteger o organismo. Devem ser levados em conta alguns fatores, como: estado de saúde físico, mental e emocional, hábitos alimentares anteriores, alterações na capacidade de mastigar, deglutir, digerir e absorver os alimentos, etc. Pode acontecer também uma redução no paladar e do olfato. 08 Conforme a pessoa vai envelhecendo, as suasnecessidades de energia vão diminuindo, porém, por outro lado, a necessidade dos nutrientes vai aumentando. Por isso, deve-se priorizar alimentos de alto valor nutricional. Podemos perceber que muitos idosos deixam de comer alimentos mais consistentes, optando por outros de consistência pastosa, como sopas, chás, torradas, etc. É importante estimular a mastigação e o consumo de uma dieta completa e balanceada. Caso o idoso tenha algum tipo de doença é necessário ter um acompanhamento individual, com aporte nutricional adequado. No geral, é importante consumir alimentos de grupos variados, na consistência adequada, conforme a capacidade que o idoso tenha de mastigar os alimentos. Além disso, comer de forma fracionada, evitando assim a sensação de empaturramento. Outro ponto a ser ressaltado, é o consumo de água, muitos idosos não sentem sede ou não desejam beber líquidos devido a incontinência urinária, podendo correr riscos relacionados a desidratação e problemas renais. A manutenção de uma alimentação adequada é de extrema importância para a saúde da pessoa idosa, tanto na recuperação como na prevenção de doenças. Dado interessante é o fato de se saber que o idoso guarda uma relação mais emocional com a comida do que as pessoas mais jovens. A refeição, para muitos, pode representar o principal evento no decorrer do dia para uma confirmação de valores, lembranças e possibilidade de contato social. Isto freqüentemente faz com que ocorra uma ingestão de proteína animal, açúcar e gorduras indesejável. O conhecimento e controle destes fatos, bem como o esclarecimento de todas as dúvidas sobre uma alimentação balanceada deve passar por uma orientação médica e a participação necessária de profissionais de Nutrição. O QUE DEVEMOS COMER NA TERCEIRA IDADE? Os hábitos alimentares mudam com o avanço da idade devido às diferentes necessidades de energia e nutrientes e, também, a outros fatores, como as informações de saúde pública que relacionam dieta e saúde. Alguns nutrientes importantes nessa fase da vida são: cálcio; ferro; zinco; magnésio (vegetais folhosos são as melhores fontes, seguidos por legumes, produtos marinhos, nozes, cereais e derivados do leite); fósforo (semente de abóbora seca, soja assada, amêndoa, Castanha do Brasil, semente de girassol, sardinha, amendoim); Vitamina D (Leite e derivados, ovos, margarinas, peixes); Vitamina A (fígado, leite e derivados, ovos, cenoura, batata doce, manga, espinafre, folhas de brócolis); Vitamina C (limão, laranja, mexerica, caju, goiaba, manga, mamão, morango, kiwi, acerola e carambola). 09 PERGUNTAS E RESPOSTAS 1. Como deve ser a alimentaçào normal da pessoa idosa? R. O idoso deve alimentar-se de 4 a 6 vezes por dia, incluir alimento de todos os grupos (lipídios ou gorduras, proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais) e os alimentos devem ser nutritivos, saborosos e agradáveis de comer. 2. A água é importante para o idoso? R. Sim. É importante para a manutenção das funções normais do organismo. A quantidade adequada é, no mínimo, 8 copos de água por dia. 3. Qual a importância das fibras para a alimentação na 3a idade? R. As fibras são substâncias encontradas em diversos alimentos, mas não são digeridas. Asseguram um bom funcionamento intestinal, além de auxiliarem na prevenção e tratamento de doenças como câncer do intestino grosso e no controle do colesterol alto. Os alimentos ricos em fibras também diminuem a sensação de fome. As fibras são encontradas nos vegetais, frutas (com casca), cereais integrais, pão integral, etc. 4. Como evitar a prisão de ventre? R. Aumentando a ingestão de água (8 a 10 copos por dia) e ingerindo alimentos ricos em fibras e praticando caminhadas. 5. E as gorduras? Quais o idoso deve e quais as que não deve consumir? R. As gorduras ditas saturadas devem ser evitadas. Isto é, não devem ser consumidos: carnes gordas, leites integrais, queijos, manteiga, chantily, creme de leite, sorvetes à base de leite, massas folhadas, etc. Por outro lado, os óleos de origem vegetal, azeite de oliva, que são gorduras insaturadas, devem ser ingeridos. 6. Quais os segredos da boa alimentação no idoso? R. Além das orientações dadas anteriormente, os alimentos devem ser bem mastigados, facilitando sua digestão e aumentando o aproveitamento dos nutrientes. Não esqueça: o açúcar deve ser ingerido com moderação. 7. Por que é necessário tomar sol? R. Porque ele é a maior fonte de vitamina D, que é importante na saúde dos ossos. 8. Como os alimentos podem prevenir a osteoporose? R. Fornecendo uma dieta rica em cálcio, encontrado, principalmente, no leite e seus derivados (queijo, iogurte, coalhada), feijão, soja, vegetais verdes escuros, folha da beterraba, nabo. A recomendação diária de cálcio é de 800 mg. É importante lembrar que o abandono do cigarro, álcool e café é fator que contribui para a prevenção da osteoporose 10 PADRÃO ALIMENTAR SAUDÁVEL Historicamente, a formulação de um padrão alimentar sadio percorreu dois períodos sucessivos. Num primeiro período, avançaram-se propostas para contrariar doenças, em especial as cardiovasculares, numa perspectiva preventiva — foi o tempo da «dieta prudente». Num segundo período, atual, a formulação tem em vista conhecer o padrão mais consentâneo com pleno desenvolvimento, completo qualidade de vida e máxima esperança de vida. O conceito tem evoluído e afina-se. Uma coisa é certa: a alimentação saudável não depende apenas de conhecer e satisfazer as necessidades nutricionais do organismo; depende também, aliás, preponderantemente, da boa utilização e do equilíbrio entre os alimentos que satisfazem aquelas necessidades. O momento atual é o da procura da prática alimentar que proporciona a situação nutricional e emocional mais propícia ao qualidade de vida, e não o da procura teórica e simplista de um padrão nutricional fisiologicamente adequado. Por isso, não existe apenas um padrão alimentar saudável; são possíveis vários, como aliás já se inferia de estudos em povos com hábitos tão diferentes como japoneses rurais ou europeus mediterrânicos. No estado atual dos nossos conhecimentos, um padrão alimentar saudável adaptado às exigências e gostos dos povos europeus, pelo menos do Sul da Europa, exige as condições a seguir descritas que recolhem o consenso dos especialistas e o aval da OMS. AJUSTE ALIMENTAR 1. Ajuste perfeito do valor energético da alimentação às características biológicas de cada um, diferentes necessidades das fases sucessivas do ciclo da vida, estatura, atividade física e clima. 11 A finalidade é: http://www.vidadequalidade.org/importancia-de-uma-alimentacao-saudavel-na-mulher-gravida/ http://www.vidadequalidade.org/importancia-de-uma-alimentacao-saudavel-na-mulher-gravida/ http://www.vidadequalidade.org/necessidades-nutricionais-da-mulher-gravida/ 1-Manter o peso do corpo nos limites desejáveis para todas as idades; no fundamental, e no nosso caso, não engordar; 2- Gerar recém-nascidos bem desenvolvidos com peso entre 3,4 kg e 3,6 kg; 3- Promover durante a infância e a adolescência o desenvolvimento máximo consentido pela herança genética; 4- Estimular a aptidão imunitária para que seja grande a resistência do organismo tanto a agressões infecciosas como à doença em geral; 5- Minimizar a morbilidade e a mortalidade induzidas por excessos ou difíceis calóricos. DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR 2- Distribuição repartida da comida necessária por várias refeições a intervalos de 3 a 4 horas, com o cuidado de um primeiro almoço suficiente, completo e equilibrado, e atendendo a que o jejum noturno não deve ultrapassar 10 horas. A finalidade é: mpedir o desenvolvimento de obesidade e de doenças correlacionadas; 1- Ritmar a atividade do aparelho digestivo, do pâncreas endócrino e de outros reguladores metabólicos; 2- Evitarsobrecargas digestivas por refeições copiosas; 3-Impedir períodos de hipoglicemia e de destruição protéica 4- Melhorar a atenção e aumentar a segurança e o rendimento das atividades física e intelectual. EQUILÍBRIO ALIMENTAR 3- Equilíbrio perfeito entre fontes alimentares de energia de acordo com o referido padrão nutricional adequado. 12 Importa salientar que as calorias devem ser fornecidas na sua maior parte por alimentos hidrocarbonados e, de entre estes, por fornecedores de amido; que as gorduras alimentares devem ser usadas com parcimônia e que a mais saudável é o azeite; que as bebidas alcoólicas devem contribuir modestamente para a ração calórica e de acordo com as condicionantes já expostas; que o aprovisionamento de proteínas animais fica garantido com porções modestas de carnes e peixes; que o açúcar é dispensável. Quando a ração calórica é satisfeita com alimentos naturais e, portanto, com grande densidade nutricional, ficam seguramente cobertas as necessidades de minerais, vitaminas, antioxidantes e complantix . A finalidade é: 1. Limitar a expressão de doenças metabólicas genéticas (dislipidemias, diabetes, hiperuricemia, etc.) e impedir o aparecimento desses distúrbios em indivíduos não predispostos, em conseqüência de grande sobrecarga ou desequilíbrio das fontes de energia; 2. Limitar a ocorrência de cancros; 3. Eliminar doenças por abuso de álcool e sal; 4. Estimular a resistência imunitária; 5. Melhorar a situação sanitária em geral, a qualidade e as manifestações da vida e alongar a sua duração EQUILÍBRIO ENTRE GRUPOS 4. Equilíbrio entre grupos de alimentos nas proporções sugeridas por A Roda dos Alimentos portuguesa e atender à grande necessidade de água e aos perigos do sal. A finalidade é: 1. Satisfazer as necessidades de calorias com alimentos naturais de modo a que fiquem também satisfeitas as necessidades de nutrimentos reguladores; 2. Despertar a sensação de saciedade quando estão satisfeitas as necessidades de todos os nutrimentos. 13 UTILIZAÇÃO ALIMENTOS BOA QUALIDADE HIGIÊNICA 5. Utilização de alimentos de boa qualidade higiênica, ou seja, sem microorganismos infectantes e suas toxinas, nutricionamente adequados ou seja, com uma composição nutricional conforme às exigências do corpo, e desprovidos de inquinantes e de aditivos perigosos, suspeitos ou supérfluos. Respeito por preceitos, preferências, poder de compra e intolerâncias de cada um. A finalidade é: 1. Prevenir infecções, infestações e intoxicações; 2. Evitar substâncias não nutritivas e antinutritivas, alergizantes ou com atividade farmacológica; 3. Evitar a troca de produtos naturais por substitutos industrializados com efeito antinutritivo ou com valor nutricional nulo, reduzido ou não balançado; 4. Impedir carências ou sobrecargas de nutrimentos; 5. Evitar recusas a certos alimentos e despertar interesse por comida ADOPÇÃO DE PREPARAÇÕES CULINÁRIAS’ 6. Adopção de preparações culinárias simples e gastronômicas que combinem alimentos e temperos de forma agradável e fácil de digerir, sem destruição de nutrimentos, com pouco ou nenhum sal e sem adulterar as gorduras usadas para cozinhar. Formulação de ementas bem equilibradas, agradáveis e respeitadoras de hábitos e tradições, embora abertas à inovação. A finalidade é: 1. Predigerir, esterilizar e beneficiar sabores e odores; 2. Dar prazer; 3. Evitar que se tenha apetite quando se está saciado; 4. Evitar a formação culinária de irritantes digestivos, tóxicos e carcinogéneos 14 O que acabamos de expor salienta as condições biológicas da alimentação saudável; é importante respeitá-las mas não é suficiente. De fato, o ato de comer, através do qual nos alimentamos (e, conseqüentemente, nos nutrimos) é muito mais do que alimentação: traduz modos de estar na vida e é uma manifestação cultural. VEGETARISMO É um regime alimentar baseado no consumo de alimentos de origem vegetal. Define-se como a prática de não comer qualquer tipo de animal, com ou sem uso de laticínios e ovos. O vegetarianismo pode ser adotado por diferentes razões. Uma das principais é o respeito à vida dos animais. Tal motivação ética foi codificada em várias crenças religiosas juntamente com os direitos dos animais. Outras motivações estão relacionadas com a saúde, o meio ambiente, a estética e a economia. QUANTOS TIPOS DE VEGETARIANOS EXISTEM? 15 OS VEGETARIANOS SE DIVIDEM EM 4 GRUPOS PRINCIPAIS http://www.vidadequalidade.org/regras-de-uma-alimentacao-saudavel/ https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_dos_animais https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia OVOLACTOVEGETARIANOS Não consomem nenhum tipo de carne (nem frango, peixe ou frutos do mar), mas consomem laticínios e ovos. Este tipo de vegetarianismo é o mais comum, embora os produtos de origem animal aceitos neste tipo de dieta não sejam, de fato, vegetarianos . Quando alguém se declara vegetariano, quase sempre pertence a este grupo. As motivações que levam uma pessoa a ser ovolactovegetariana variam, mas quase sempre estão ligadas a compaixão com os animais. Por isso, grande parte dos ovolactovegetarianos passam a ser veganos. LACTOVEGETARIANOS Além de não consumir nenhum tipo de carne – como os ovolactovegetarianos -, os lactovegetarianos excluem também os ovos da dieta. Quase sempre este tipo de vegetarianismo está ligado à razões religiosas. É o tipo de vegetarianismo predominante em países como a Índia. Os produtos de origem animal aceitos neste tipo de dieta não são, de fato, vegetarianos . VEGETARIANOS ESTRITOS Não consomem nenhum tipo de carne, laticínios ou ovos em sua alimentação. 16 VEGANOS Por motivações éticas, não consomem nada de origem animal em nenhuma área de suas vidas. Alimentação, vestuário, espetáculos ou qualquer outro tipo de atividade que envolva sofrimento animal é excluída da vida de uma pessoa vegana. O veganismo é uma postura política e não uma dieta. Para os veganos, é importante mostrar sua filosofia de vida às empresas, através de boicote a produtos e serviços obtidos com sofrimento de animais. Produtos com qualquer ingrediente ou insumo de origem animal ou ainda testados em animais são riscados da lista de compras veganas. Entre os produtos não utilizados pelos veganos estão o couro (pele), a gelatina (tendões e cartilagens), a lã, o mel, corantes feitos à base de animais como o “Carmim de Cochonilha ” e outros insumos da indústria derivados de animais. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Avaliação do Estado Nutricional é a “condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos”. A definição de Avaliação do Estado Nutricional é uma abordagem completa realizada pelo nutricionista juntamente com outros profissionais da área da saúde para determinar o estado nutricional utilizando histórico médico, social, nutricional, exame físico, medidas antropométricas e dados bioquímicos. 17 A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar os distúrbios nutricionais possibilitando realizar uma intervenção de forma a auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde do indivíduo por meio da coleta de dados clínicos, dietéticos, https://www.vista-se.com.br/redesocial/o-que-e-o-couro/ https://www.vista-se.com.br/redesocial/3-alimentos-que-voce-possivelmente-nao-comeria-se-soubesse-como-sao-feitos/ https://www.vista-se.com.br/redesocial/que-pena-stella/ https://www.vista-se.com.br/redesocial/mel-relato-de-um-ex-apicultor-brasileiro-sobre-a-crueldade-envolvida-na-producao/bioquímicos e da composição corpórea, com a finalidade de identificar e tratar as alterações do estado nutricional. Como parâmetro isolado não classifica o estado nutricional geral de um indivíduo, sendo necessária a associação de vários indicadores para melhorar a precisão do diagnóstico nutricional. A avaliação nutricional tem como objetivo: 1. Identificar indivíduos que necessitem de apoio nutricional intenso; 2. Recuperar ou manter o estado nutricional do indivíduo; 3. Identificar a terapia nutricional adequada; 4. Monitorar a eficácia da terapia aplicada. A Avaliação Nutricional é realizada por meio de métodos diretos e indiretos, que são complementares entre si e não há um único que possa ser considerado completo por si só, por isso devem ser interpretados conjuntamente. Os métodos utilizados para a realização da avaliação nutricional são os métodos diretos e métodos indiretos. Os métodos diretos são aqueles que exploram as manifestações biológicas do organismo humano, por meio de análises antropométricas, bioquímicas e clínicas. Os métodos indiretos são aqueles que poderão ser determinantes da situação de nutrição e alimentação dos indivíduos, por meio de dados de consumo alimentar, estatísticas vitais e socioeconômicas. A tabela 1 mostra os métodos de avaliação nutricional. MÉTODOS DIRETOS MÉTODOS INDIRETOS Anamnese Alimentar Inquérito de Consumo Alimentar Dados Antropométricos Estudos Demográficos Exame Físico Inquéritos socioeconômicos e culturais Dados Bioquímicos 18 A avaliação do estado nutricional é realizada por meio da Anamnese Alimentar, uma ficha utilizada para coletar informações importantes relativas ao indivíduo que está sendo avaliado.A Anamnese Alimentar abrange três etapas: » História Social; » História Clínica; » História Dietética; HISTÓRIA SOCIAL Deve-se investigar aspectos importantes que podem afetar a aderência ao tratamento. Na História Social deve conter: » Nome completo do paciente; » Idade e Sexo; » Estado Civil; » Profissão ou Ocupação; » Número de componentes na família, tipo de moradia, renda familiar; » Vícios, como drogas, álcool (etilismo) e fumo (tabagismo); » Atividade Física (tipo, freqüência e duração).História Clínica A história clínica deve obter Informações necessárias para diagnosticar e realizar o tratamento. HISTÓRIA CLÍNICA » História da doença atual (queixa principal); » Perda ou ganho de peso recente; » Hábito intestinal e diurese; » Sinais de doenças gastrintestinais (náuseas, vômito, etc.); » Saúde bucal; » Fatores que limitam a ingestão de nutrientes (odinofagia, disfagia, anorexia, etc.); » Uso de medicamentos; » Antecedentes médicos (número de cirurgias, doenças crônicas). 19 HISTÓRIA DIETÉTICA A história dietética é utilizada para identificar o padrão de ingestão alimentar do indivíduo, sendo composta por: » Hábito alimentar (freqüência, tipo, horário, quantidade, etc.); » Alimentos prediletos, alimentos excluídos; » Alergias, aversões e intolerâncias alimentares; » Ingestão hídrica; » Local em que se realizam as refeições (restaurante, casa). A técnica mais conhecida é o “Recorda tório de 24 horas”, método qualitativo que investiga tudo o que o paciente consumiu em um período de 24 horas. PIRÂMIDE ALIMENTAR A pirâmide alimentar é uma representação gráfica que reúne informações importantes a respeito dos grupos de alimentos presentes em nossa dieta. Seu principal objetivo é garantir o bem-estar nutricional da população, informando-a, principalmente, sobre as porções recomendadas de cada tipo de alimento. Existem vários tipos de pirâmides alimentares pelo mundo. Elas normalmente apresentam variações, pois cada região possui uma especificidade na dieta. 20 http://brasilescola.uol.com.br/saude/alimentacao-saudavel.htm http://brasilescola.uol.com.br/saude/alimentacao-saudavel.htm A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO COM A ALIMENTAÇÃO Quem é que não gosta de comer? Comer é bom demais mesmo, mas em época de consumo de produtos industrializados em excesso e de fast food, o grau de obesidade da população brasileira vem aumentando bastante. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou resultados de pesquisa com a população brasileira, afirmando que a obesidade está aumentando não apenas na população adulta, como também em crianças e adolescentes. Por isso, o cuidado com a alimentação aliado à prática regular de atividade física é fundamental para a manutenção de sua saúde. Nesse sentido, a proposta desse texto é propor uma reflexão sobre quantos e quais alimentos você costuma ingerir, e fazer com que você procure se adequar a uma alimentação mais equilibrada. Os alimentos são responsáveis por fornecerem ao nosso corpo os nutrientes a seguir enumerados: 1) Carboidratos: são encontrados em vegetais, frutas, pães, cereais, arroz, massas e leite. Entre 50% e 65% da energia necessária ao corpo é fornecida por eles. Deve-se lembrar que eles são fundamentais para um bom funcionamento das funções cerebrais; 2) Proteínas: são necessárias para o crescimento e para o reparo das células deterioradas, além de auxiliar na digestão e na produção dos anticorpos. São encontradas nas carnes, leite, ovos e frutas secas. Fornecem entre 10% a 15% da energia necessária ao corpo; 3) Lipídeos: são as gorduras responsáveis por fornecer ao corpo uma grande concentração de energia alimentar. Neles encontramos as vitaminas A, D, E e K, além de auxiliarem na reestruturação dos tecidos. É recomendado que não forneçam mais de 30% de energia ao corpo. O panorama dessa estrutura alimentar pode ser visualizado por meio da pirâmide alimentar. Ela apresenta de um modo bastante visual, as porções de cada tipo de alimento que devem ser ingeridas diariamente. 21 Na base da pirâmide localizam-se os alimentos energéticos (carboidratos), contando entre 6 e 11 porções a serem consumidas; alimentos reguladores como as frutas, legumes e verduras, que fornecem vitaminas, minerais e fibras, e devem somar entre 5 a 9 porções; os alimentos construtores, que são aqueles ricos em proteínas, e as porções diárias devem ser 2 de leite e 2 de carne. Os energéticos extras aparecem no topo da pirâmide, são os açúcares e os doces, que devem ser consumidos com bastante moderação. As gorduras são necessárias em pequena quantidade, portanto, também é preciso ficar alerta com o consumo excessivo. Outro fator importante é tomar consciência da quantidade de calorias diárias aproximadas que devem ser ingeridas por dia: para meninos são indicadas 2800kcal e para meninas 2200 kcal. Por isso, verificar a composição nutricional de alimentos industrializados, antes de consumi-los, é sempre interessante. Dê preferência àqueles com menor quantidade calórica, menor quantidade de gordura e maior quantidade de fibras. E como colocar tudo isso em prática? Elaborar um pequeno diário relacionando os alimentos que você consumiu, e analisá-lo comparando com a pirâmide alimentar é um ótimo meio para que você se conscientize do quanto a sua alimentação está equilibrada. A identificação e consciência da sua dieta diária em relação à dieta ideal, dada pela pirâmide, permite que você melhore a sua alimentação e, conseqüentemente, a sua qualidade de vida. No Brasil, por exemplo, a primeira pirâmide foi desenvolvida em 1999, entretanto, após esse período, ela recebeu uma reestruturação para se adequar melhor à realidade do nosso país. A pirâmide alimentar brasileira atual baseia-se em uma dieta de 2000 quilocalorias e agrupa os alimentos em oito grupos básicos. Como estão distribuídos os alimentos na pirâmide alimentar brasileira? Na pirâmide alimentar brasileira, os alimentos estão divididos em oito grupos dispostos em quatro níveis. Como cada alimento apresenta um grande variedade de nutrientes, eles foram classificados de acordo com o nutriente que se apresentaem maior quantidade. 22 http://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/conteudo/nutrientes.htm NUTR IENTES Todos os nutrientes são muito importantes para a manutenção do bom funcionamento do nosso organismo, por isso devemos manter uma dieta balanceada. Quando falamos em nutrição, podemos defini-la como processos que vão desde a ingestão dos alimentos até à sua absorção pelo nosso organismo. Os seres humanos são seres heterotróficos e onívoros, ou seja, alimentam-se de outros organismos e mantêm uma alimentação muito variada, composta de produtos de origem vegetal e animal. É muito importante ter uma dieta balanceada, constituída por proteínas, vitaminas, sais minerais, água, carboidratos e lipídeos, que são as fontes de energia e matéria-prima para o funcionamento das células. O nosso organismo consegue produzir grande parte das substâncias de que necessita, a partir da transformação química dos nutrientes que ingerimos com a alimentação. Mas existem outras substâncias nutritivas que não são produzidas pelo nosso organismo, sendo necessário obtê-las prontas no alimento. Essas substâncias são chamadas de nutrientes essenciais e, além das vitaminas, podemos citar alguns aminoácidos que o corpo não consegue produzir, como isoleucina, leucina, valina, fenilalanina, metionina, treonina, triptofano e lisina, chamados de aminoácidos essenciais. As proteínas que ingerimos na alimentação fornecem aminoácidos às células, que os utilizam na fabricação de suas próprias proteínas. São substâncias que constituem as estruturas do nosso corpo e são chamadas também de nutrientes plásticos. Os aminoácidos essenciais devem ser obtidos a partir da ingestão de alimentos ricos em proteínas, como carne, leite, queijos e outros alimentos de origem animal. Mas sempre lembrando que o consumo em excesso de produtos de origem animal pode causar alguns prejuízos ao organismo. 23 As vitaminas são substâncias orgânicas consideradas como nutrientes essenciais. São substâncias necessárias em pequenas quantidades, mas que influenciam muito no bom funcionamento do nosso organismo. A maior parte das vitaminas auxilia as reações químicas catalisadas por enzimas e a sua falta causa sérios prejuízos ao organismo. Os sais minerais são nutrientes inorgânicos muito importantes para o bom funcionamento do organismo de todos os seres vivos e a falta de alguns desses minerais pode prejudicar o metabolismo. A água não é um nutriente, mas é fundamental para a vida. Além de sua ingestão na forma líquida, há também a água ingerida quando nos alimentamos, pois ela faz parte da composição da maioria dos alimentos. Outros nutrientes orgânicos muito importantes para os organismos vivos são os carboidratos(também chamados de glicídios) e os lipídios. Esses nutrientes têm a função de fornecer energia para as células e por isso podem ser chamados de nutrientes energéticos. Em cada um dos grupos presentes na pirâmide, é possível observar a quantidade ideal que deve ser ingerida. Vale destacar que cada grupo tem sua importância, até mesmo o de óleos e gorduras, portanto, não se deve excluir nenhum produto da dieta. Quais são os grupos de alimentos presentes na pirâmide alimentar? Observe os grupos alimentares e o total diário de quilocalorias recomendado por grupo: Arroz, pão, massa, batata, mandioca: 900 kcal (6 porções por dia) Legumes e verduras: 45 kcal (3 porções por dia) Frutas: 210 kcal (3 porções por dia) Carnes e ovos: 190 kcal (1 porção por dia) Leite, queijo e iogurte: 360 kcal (3 porções por dia) Feijões: 55 kcal (1 porção por dia Óleos e gorduras: 73 kcal (1 porção por dia) Açúcares e doces: 110 kcal (1 porção por dia) 24 Com esses dados, é possível perceber que o grupo dos carboidratos (arroz, pão, massa, batata, mandioca) deve ser a base da nossa dieta, uma vez que são alimentos que fornecem energia. Nesse caso, é importante destacar que a melhor opção é investir em produtos integrais, pois ele fornecem mais fibras. Os grupos de óleos, gorduras, doces e açúcares devem ter consumo moderado, pois seu consumo exagerado relaciona-se com a ocorrência de obesidade. CARBOIDRATOS Os carboidratos, também chamados de glicídios e açúcares, são moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Glicídios, hidratos de carbono e açúcares são outros nomes que eles podem receber. São as principais fontes de energia dos sistemas vivos, uma vez que a liberam durante o processo de oxidação. Participam também da formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos. Classificação dos carboidratos ● Monossacarídeos: Os de constituição mais simples, denominados de monossacarídeos, possuem como fórmula geral (CH2O)n, sendo “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses, quando constituídos de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono, respectivamente. 25 http://brasilescola.uol.com.br/biologia/carboidratos.htm http://brasilescola.uol.com.br/biologia/fibras.htm http://brasilescola.uol.com.br/biologia/os-principais-carboidratos.htm http://brasilescola.uol.com.br/biologia/glicidios.htm http://brasilescola.uol.com.br/quimica/classificacao-dos-carboidratos.htm ● A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses. ● Dissacarídeos: são moléculas solúveis em água resultantes da união de dois monossacarídeos por uma ligação glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos de dissacarídeos bastante conhecidos. ● Polissacarídeos: são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água. FIBRAS ALIMENTARES As fibras alimentares podem ser definidas como resíduos de células vegetais que são resistentes à ação das enzimas digestivas humanas. Por não serem digeridas, elas não fornecem calorias, entretanto, desempenham importante papel no funcionamento do corpo humano. Características das fibras alimentares As fibras alimentares pertencem ao grupo dos carboidratos, com exceção da lignina. Diante disso, é comum ouvirmos a definição de que as fibras são polissacarídeos não amiláceos formados por moléculas de açúcares. No caso da lignina, podemos classificá-la como um composto fenólico. O consumo de fibras possibilita a melhora na saúde de uma pessoa, visto que reduz o risco de problemas como acidente vascular encefálico, diabetes, hipertensão, doença arterial coronariana e câncer intestinal. 26 http://brasilescola.uol.com.br/quimica/glicose.htm http://brasilescola.uol.com.br/quimica/celulose.htm http://brasilescola.uol.com.br/quimica/amido.htm http://brasilescola.uol.com.br/biologia/glicogenio.htm http://brasilescola.uol.com.br/biologia/carboidratos.htm http://brasilescola.uol.com.br/doencas/acidente-vascular-cerebral.htm http://brasilescola.uol.com.br/doencas/acidente-vascular-cerebral.htm http://brasilescola.uol.com.br/doencas/diabetes-mellitus.htm http://brasilescola.uol.com.br/doencas/cancer.htm Entretanto, deve-se ficar atento à quantidade dessas fibras ingeridas, pois a recomendação varia com idade, sexo e consumo energético. Porém, de uma maneira geral, a Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão de 25 gramas de fibras todos os dias. CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS ALIMENTARES As fibras alimentares podem ser classificadas em insolúveis e solúveis:● Fibras insolúveis: são fermentadas lentamente e de maneira incompleta, ou seja, sua fermentação é limitada. Essas fibras não são solúveis em água e não formam géis. Elas atuam principalmente no nosso intestino, já que são capazes de reter grande quantidade de água, causando uma distensão da parede do cólon e auxiliando, assim, na eliminação das fezes. Com isso, ocorre uma melhora no funcionamento do intestino e uma prevenção de casos de constipação. ● Como exemplo de fibras insolúveis, podemos citar a lignina, a celulose e algumas hemiceluloses. Elas podem ser encontradas em verduras, cerais integrais e farelo de trigo, por exemplo. ● Fibras solúveis: são facilmente fermentadas por bactérias no cólon, o que contribui para abaixar o pH desse meio. Quando misturadas com água, as fibras solúveis formam um gel. Elas proporcionam um tempo maior dos nutrientes no estômago, melhorando, assim, o processo de digestão. Essas fibras garantem que a transformação de carboidratos complexos torne-se mais lenta, o que faz a absorção de açúcar também ficar mais lenta, levando à diminuição dos níveis de glicose no sangue. Além disso, elas produzem uma maior saciedade (fator que ajuda no controle do peso) e diminuem os índices de colesterol sanguíneo. Elas não aumentam a absorção de água como as fibras insolúveis, no entanto, também agem na velocidade do trânsito intestinal. Como exemplo de fibras solúveis, podemos citar as pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses. Elas são encontradas, por exemplo, nas frutas, verduras, aveia e leguminosas. 27 http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-celulose.htm ALIMENTA ÇÃO SAUDÁVEL Uma alimentação saudável consiste em combinar variedade e quantidade adequadas de alimentos. O nosso organismo gasta energia constantemente ao manter todas as suas atividades vitais. Essa energia provém da respiração celular, processo no qual moléculas orgânicas são oxidadas, liberando energia. Um grama de gordura libera, na respiração celular, aproximadamente 9,5 kcal de energia, sendo que um grama de carboidrato ou proteína libera cerca de 5 kcal. Chamamos de quilocalorias (kcal) a medida de energia que os alimentos contêm. Um indivíduo adulto necessita de aproximadamente 3.000 kcal por dia e a sua alimentação deve ser balanceada, de forma que essa pessoa consuma entre 50% e 60% de carboidratos, 25% e 35% de gorduras e 15% e 25% de proteínas. Conseguiremos manter o nosso peso estável se a quantidade de calorias ingeridas for aproximadamente igual à quantidade de calorias que o nosso corpo gasta. Se a ingestão de calorias for maior do que o corpo necessita, haverá aumento de peso, ou seja, a pessoa engordará; mas se essa ingestão for menor do que o corpo necessita, haverá perda de peso e a pessoa emagrecerá. Para manter o peso ideal e ainda obter todos os nutrientes de que o corpo necessita é imprescindível ter uma dieta variada, na qual a deficiência de um nutriente em certos alimentos seja compensada por sua presença em outros. Por isso, é muito importante consumir alimentos dos quatro grupos básicos (verduras, legumes e frutas; cereais; leite e derivados; carne). Uma dieta balanceada consiste em combinar variedade e quantidade adequadas de alimentos à idade e ao grau de atividade física de cada um. 28 O consumo de verduras, legumes e frutas fornece grande parte das vitaminas e sais minerais de que o nosso organismo necessita, além de fibras e pouca quantidade de carboidratos. É importante que a cada refeição haja o consumo de uma hortaliça e que pelo menos uma vez ao dia uma fruta seja consumida, de preferência fresca. O consumo de cereais (como arroz, pães, massas, batata, mandioca, milho, etc.) fornece ao organismo carboidratos (responsáveis pela grande parte da energia necessária às atividades do corpo), além de minerais, algumas vitaminas e fibras. As fibras são alguns carboidratos que não são digeridos pelo organismo, mas que estimulam o funcionamento do intestino. Os cereais integrais ou enriquecidos contêm mais fibras, vitaminas e sais minerais do que os cereais comuns; e o arroz mal cozido (arroz que passa por um processo diferente, onde não há perda de sais minerais e vitaminas) também é mais saudável do que os outros tipos de arroz. O consumo de leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, amendoim), castanhas e nozes é importante para o fornecimento de proteínas, lipídeos, minerais e algumas vitaminas do complexo B. O consumo de leite e derivados (como queijo, iogurte, entre outros) fornece cálcio, proteína, vitamina D e gordura, além de alguns sais minerais. É preciso ter muito cuidado ao consumir a manteiga, pois ela é rica em gordura e pobre em proteína. O consumo de carnes (carne de vaca, aves e peixe) e ovos abastece o organismo com minerais (principalmente o ferro), proteínas, lipídeos e algumas vitaminas. O consumo de carnes deve ser feito com moderação, já que a ingestão em excesso de gorduras animais pode trazer prejuízos. Alimentos fritos e que contêm açúcar comum (balas, sorvetes, bolos, doces, chocolates, etc.) devem ser evitados ou consumidos em pequenas quantidades, já que eles não fornecem nutrientes e são ricos em calorias. O consumo frequente desses alimentos e também das refeições tipo fast food levam ao aumento de peso e ao desenvolvimento de problemas circulatórios. O que a pirâmide alimentar brasileira apresenta além da quantidade de alimento recomendado? A pirâmide alimentar brasileira apresenta como diferencial a presença de duas mensagens importantes: a necessidade da seis refeições diárias e da prática de atividades físicas. 29 De acordo com as recomendações presentes na pirâmide alimentar, faz-se necessário realizar as três refeições diárias básicas e lanches intermediários entre elas. Também é importante a prática de pelo menos 30 minutos diários de atividades. Portanto, é necessário que o profissional da área de nutrição e outros profissionais da área da saúde planeje o programa alimentar, pois este varia conforme sexo, peso, idade, altura e necessidades individuais. Em média, a maioria dos indivíduos necessita de, pelo menos, um número mínimo de porções dentro das variações recomendadas ANOREXIA E BULIMIA Anorexia é a redução ou perda do apetite, que resulta em uma extrema magreza do indivíduo. A anorexia é causada por distúrbios psicológicos em que a pessoa afetada, mesmo sendo magra, se vê gorda e, desejando emagrecer ainda mais, cria inapetência alimentar, resultando conseqüentemente em redução do peso corpóreo. A anorexia é um transtorno alimentar que ocorre com freqüência em adolescentes, que cultuam a magreza, o que resulta em sérias complicações para a saúde, como desnutrição, desidratação, infertilidade, queda do cabelo, queda da pressão arterial, problemas na visão, podendo até levar à morte, se não for tratada a tempo. O tratamento da anorexia é multidisciplinar e envolve psicoterapia, mudança de hábitos alimentares e uso de medicamentos psiquiátricos 30 A anorexia é um transtorno alimentar caracterizado por um medo intenso de engordar e preocupação exagerada com o peso. A pessoa se olha no espelho e acha que está gorda, mesmo que esteja muito magra. Esse medo de engordar leva a pessoa a fazer dietas inadequadas, jejuns, praticar exercícios físicos intensamente e ainda utilizar outros métodos para emagrecer ainda mais. A característica mais marcante da anorexia é a magreza exagerada, que pode chegar a um grau de desnutrição extrema chamada de caquexia. Pessoas com anorexia também podem desenvolver bulimia, como conseqüência daquele transtorno. A anorexia está associada a um perfeccionismo exagerado, ansiedade e comportamentos obsessivos. Anorexia simples sé a perda ou ausência de apetite também usada como sinônimo de hiporexia villa (hipo menos + orexis apetite), diminuiçãodo apetite. Não deve ser confundida com anorexia nervosa, que é um transtorno alimentar em que ocorre recusa constante de alimentos mesmo quando se sente fome BULIMIA Bulimia é um transtorno alimentar que leva a pessoa a exagerar na ingestão de alimentos e logo a seguir provocar o vômito, ou ainda fazer uso de outros recursos como tomar laxante, ficar um longo período sem se alimentar ou praticar exercícios físicos em excesso, para impedir o ganho de peso. A prática da bulimia pode levar a sérias complicações de saúde, como desnutrição, inflamação na garganta, desidratação, desmaios, arritmia cardíaca, problemas gastrintestinais, podendo inclusive levar à morte.. Na maior parte dos casos, a bulimia atinge mulheres que estão dentro do peso ideal, mas que são obcecadas com o corpo e por isso seguem dietas muito rigorosas. De fato, a bulimia não é marcada pela magreza exagerada das pessoas, como ocorre na anorexia, estando mais relacionada com baixa auto-estima e sintomas depressivos. 31 VÔMITO, NÁUSEAS, GASES ESTOMACAIS. Náusea é uma desagradável sensação de vontade de vomitar. Geralmente é sentida na parte superior do abdômen. Varia em intensidade e pode ou não ser seguida por vômito. Vômito é a expulsão forçada pela boca do conteúdo do estômago ou da porção inicial do intestino. Pode haver eliminação de alimentos ainda não digeridos, já digeridos ou apenas de secreções produzidas pelo corpo para possibilitar a digestão (saliva, suco gástrico, suco pancreático, bile). O tipo de material que será eliminado dependerá do tempo desde que a pessoa se alimentou até o momento do vômito e do tipo de problema que o está causando. É importante diferenciar vômito de regurgitação. Esta última é o retorno não forçado de material do esôfago, estômago ou porção inicial do intestino, sem esforço ou contração de músculos da barriga ou tórax, e geralmente não associado à náusea. É o que freqüentemente ocorre com bebês nos primeiros meses e em adultos com queixa de azia (refluxo gastresofágico). Os gases estomacais ou flatulências são um sintoma digestivo muito comum entre a população, produzido como resultado de uma indigestão, intolerância alimentar ou qualquer doença de maior gravidade. 32 ALIMENTAÇÃO AO PACIENTE Assistência de enfermagem na alimentação Os processos vitais de um organismo vivo dependem de uma boa nutrição. Nutrição é o processo pelo qual o organismo utiliza o alimento para sua sobrevivência e para a manutenção de suas funções. Os nutrientes contidos nos alimentos fornecem energia para o trabalho celular, para a formação e a restauração dos tecidos e para o equilíbrio necessário ao bom funcionamento celular. Por ser uma das necessidades básicas do ser humano, a alimentação é considerada de fundamental importância no tratamento e na evolução de uma doença. Com base neste princípio, a enfermagem deverá assistir o paciente no atendimento dessa necessidade, providenciando meios para o fornecimento da dieta e favorecendo sua aceitação. ALIMENTAÇÃO ORAL Consiste em favorecer ao paciente os alimentos e recursos necessários para sua alimentação, promovendo conforto e higiene adequados em um ambiente agradável, a fim de manter ou estimular seu apetite. 33 São fatores que favorecem o apetite: · Ambiente limpo; · Conforto físico e mental; · Temperatura adequada e aparência agradável do alimento; · Adequar à preferência do cardápio (respeitando preferências individuais). São fatores que afetam o apetite: · Restrição de certos alimentos na dieta; · Sabor do alimento; · Alteração na atividade do paciente (soro, tração em membros); · Ambiente sujo ou com odor desagradável. A alimentação tem como finalidade: a reposição das perdas calóricas e a adaptação dieta x doença. - Procedimentos para Alimentação oral do paciente a. Lave as mãos e providencie o seguinte material: bandeja com a dieta prescrita, material para higiene oral, mesa para refeição, bacia com água, talheres e copos, toalha, guardanapos e sabonete. b. Verifique se a dieta está de acordo com a prescrição médica. c. Posicione o paciente confortavelmente, elevando a cabeceira do leito. d. Ofereça material para o paciente lavar as mãos e/ ou fazer higiene oral. e. Coloque a mesa de refeição à sua frente, com os alimentos ao seu alcance. f. Ofereça guardanapo para proteger a roupa. g. Observe o paciente durante a alimentação, se estiver impossibilitado de alimentar-se sozinho a enfermagem deve servir o alimento em pequenas porções, vagarosamente, sem apressá-lo. h. Enxugue o queixo e a boca do paciente sempre que necessário. i. Ofereça água ou suco após as refeições. 34 j. Retire a bandeja. k. Ofereça material para lavagem das mãos e higiene oral. l. Deixe o paciente confortável e a unidade em ordem. m. Lave as mãos. n. Anote a aceitação da alimentação e a ingestão de líquidos. Observações importantes · Estimule e oriente o paciente sobre a importância de uma boa alimentação; · Evite interromper a refeição com qualquer conduta terapêutica; · Descreva os alimentos para pacientes impossibilitados de enxergar, antes de oferecê-los; · Ofereça comadre e papagaio aos pacientes acamados antes do horário das refeições; · Não deixem ao alcance da visão do paciente, objetos como comadres, papagaios, roupas sujas etc. ·Se necessário, auxilie o paciente a cortar carne e verduras, descascar frutas etc. ALIMENTAÇÃO POR SONDA (GAVAGEM) Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago, através de uma sonda para alimentar, pacientes impossibilitados de deglutir, doentes graves e inconscientes, desnutridos, portadores de estenose do estômago e outros problemas. 35 A alimentação fornecida por sonda deve ser dada com mais freqüência, em intervalos variáveis de 2 a 3 horas e em quantidade que não ultrapasse 300 ml. Estes cuidados são necessários para evitar cólicas, diarréia, náuseas, vômitos e, eventualmente, aspiração. - Procedimentos para administração de dieta por sonda a. Lave as mãos e providencie o seguinte material: frasco com a dieta, copo com água, equipo de soro e seringa de 20 ml. b. Verifique se a dieta está de acordo com a prescrição médica. c. Observe a temperatura da dieta (deve estar na temperatura ambiente). d. Conecte o equipo ao frasco e retire o ar dele. e. Leve o material para o quarto. f. Explique o procedimento ao paciente. g. Eleve a cabeceira da cama, deixando o paciente confortável. h. Injete a água com a seringa para lavar a sonda (em torno de 10 ml), evitando a entrada de ar. i. Conecte o equipo na sonda, evitando a entrada de ar. j. Abra o equipo não deixando a dieta correr muito rápido. k. Após a introdução da dieta, dobre a sonda, desconecte o equipo, conecte a seringa com água (em torno de 20 ml) e introduza a água, a fim de lavar a sonda. l. Feche a sonda. m. Mantenha o paciente em decúbito elevado por mais tempo. n. Deixe a unidade em ordem. o. Lave as mãos. p. Anote a hora, o tipo de dieta, a quantidade administrada e possível intercorrências. 36 Observações importantes · O gotejamento da dieta deve ser de 30 ml/hora no início, chegando gradativamente a 100/150 ml/hora; · Valorize as queixas do paciente, principalmente quanto à sua aceitação; · Hidrate o paciente nos intervalos entre uma dieta e outra, oferecendo água pela sonda. · Entre uma dieta e outra, pode-se fazer hidratação contínua, não sendo necessário lavar a sonda antes e depois de cada dieta. -Alimentação por Gastronomia Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago, por meio de uma sonda nele colocada através da parede abdominal. Material necessário: · Recipiente contendo o alimento; · Equipo com regulador de velocidade ( quando se utilizaalimento em frasco); · Seringa de 20 ou 50 ml ou frasco com o alimento; · cuba-rim; · Copo com água; · Luvas de procedimento. - Método a. Prepare a bandeja com o material e o alimento. b. Converse com o paciente sobre a alimentação e desocupe a mesa de cabeceira. c. Lave as mãos. d. Organize e leve o material. e. Levante ligeiramente a cabeceira da cama. f. Calce luvas. g. Comprima a sonda com os dedos polegar e indicador da mão não dominante: abra-a e adapte a seringa com o alimento. 37 h. Introduza o alimento contínuo e vagarosamente, ou instale o frasco gota a gota. i. Terminada a introdução do alimento, introduza água em quantidade suficiente para lavar a sonda. j. Dobre a sonda, desconecte a seringa ou equipo e feche a sonda imediatamente. k. Retire as luvas. l. Providencie a limpeza e a ordem do material. m. Lave as mãos. n. Anote o cuidado prestado. - Observações · Antes de administrar o alimento, faça aspiração para verificar se o estômago não está repleto de alimento. Caso esteja, suspenda a dieta e comunique o médico e só administre após liberação médica; · O alimento deve estar aquecido (aproximadamente 37ºC); · Para evitar distensão abdominal, não deixe entrar ar, mantendo a sonda fechada; · Quantidade maiores de alimento deve ser administradas usando um frasco conectado a um equipo, este à sonda. JEJUM É a suspensão da ingestão de alimentos, água ou medicamentos ao paciente por um tempo determinado, para atender às necessidades de exames laboratoriais, preparo para cirurgias, tratamentos e outros procedimentos terapêuticos. - Procedimentos para controle de jejum a. Comunique ao serviço de nutrição e dietética (SND) o horário que o paciente iniciará o jejum. 38 b. Providencie a “placa de jejum” ou outra forma de identificar a suspensão de qualquer substância por via oral. c. Oriente o paciente quanto à necessidade do jejum. d. Coloque a placa de jejum na cabeceira do leito. e. Despreze a água da garrafa da mesa de cabeceira. Se o paciente estiver sob controle hídrico, anote a quantidade de água desprezada. f. Comunique à equipe de trabalho que o paciente está em jejum. g. Anote no prontuário do paciente. h. Terminado o jejum, comunique ao serviço de nutrição e dietética e à equipe de trabalho. i. Retire a placa de jejum. j. Volte a colocar a água na garrafa. Se o paciente estiver sob controle hídrico, anote a quantidade colocada. k. Prepare o paciente para receber alimentação. Observações importantes · Esteja atento às reações dos pacientes em jejum prolongado; · Verifique sempre a dieta prescrita após jejum; · Quando admiti-se paciente já em jejum, certifique-se do horário de início e se ele está bem orientado quanto ao jejum. CONTROLE DOS CUIDADOS DO PACIENTE QUE VOMITA Tratamento para vômitos (independentemente da idade ou causa) inclui: Beber maiores quantidades de água gradualmente 39 Evitar alimentos sólidos até que o episódio de vômitos passe temporariamente tome cuidado com todas as medicações orais que podem irritar o estômago e piorar os vômitos. No entanto, não interrompa qualquer medicação antes de verificar com seu médico. Se os vômitos e diarréia durarem mais de 24 horas, uma solução de reidratação oral, tal como bebidas isotônicas, deve ser utilizada para prevenir e tratar a desidratação. Vômitos associados à tratamentos de câncer muitas vezes podem ser tratados com um outro tipo de terapia medicamentosa. Há também medicamentos que podem ser utilizados para controlar os vômitos associados com gravidez, cinetose e algumas formas de tonturas. No entanto, consulte um médico antes de usar estes tratamentos. PREVENÇÃO E ALIVIO DE GASES ESTOMACAIS A experiência tem mostrado que as formas mais comuns para reduzir o desconforto com gases são mudanças na dieta, tomar remédios e reduzir a quantidade de ar engolido. REMÉDIOS PARA GASES Muitos remédios para gases estão disponíveis, incluindo anti- ácidos com simeticona. Enzimas digestivas, com os suplementos de lactase, ajudam a digerir os carboidratos e podem permitir à pessoas comer alimentos que normalmente produzem gases. Alguns antiácidos contêm simeticona, a qual é um agente espumante que junta as bolhas de gás no estômago de modo que elas sejam mais facilmente arrotadas. Porém, esses remédios não têm efeito nos gases intestinais. Beano, um remédio para ajudar a digestão, contém enzima digestiva de açúcar que auxilia a digerir açúcares em feijões e muitos vegetais. Porém, beano não tem efeito em gases provocados por lactose ou fibra 40 PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM https://www.copacabanarunners.net/acucar.html https://www.copacabanarunners.net/fibra.html Orientar e executar o plano de enfermagem, participando da elaboração do plano de assistência de enfermagem, em conformidade com as normas e procedimentos de biossegurança. Descrição detalhada 1. Executar ações assistenciais de enfermagem, sob supervisão, observando e registrando sinais e sintomas apresentados pelo doente, fazendo curativos, ministrando medicamentos e outros. 2. Executar controles relacionados à patologia de cada paciente. 3. Coletar material para exames laboratoriais. 4. Auxiliar no controle de estoque de materiais, equipamentos e medicamentos. 5. Operar aparelhos de eletrodiagnóstico. 6. Cooperar com a equipe de saúde no desenvolvimento das tarefas assistenciais, de ensino, pesquisa e de educação sanitária. 7. Fazer preparo pré e pós operatório e pré e pós parto. 8. Auxiliar nos atendimentos de urgência e emergência. 9. Circular salas cirúrgicas e obstétricas, preparando a sala e o instrumental cirúrgico, e instrumentalizando nas cirurgias quando necessário. 10. Realizar procedimentos referentes à admissão, alta, transferência e óbitos. 11. Manter a unidade de trabalho organizada, zelando pela sua conservação comunicando ao Enfermeiro eventuais problemas. 12. Auxiliar em serviços de rotina da Enfermagem. 41 13. Colaborar no desenvolvimento de programas educativos, atuando no ensino de pessoal auxiliar de atividades de enfermagem e na educação de grupos da comunidade. 14. Verificar e controlar equipamentos e instalações da unidade, comunicando ao responsável. 15. Auxiliar o Enfermeiro na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral, em programas de vigilância epidemiológica e no controle sistemático da infecção hospitalar. 16. Auxiliar o Enfermeiro na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde. 17. Desempenhar tarefas relacionadas a intervenções cirúrgicas médico-odontológicas, passando-o ao cirurgião e realizando outros trabalhos de apoio. 18. Conferir qualitativa e quantitativamente os instrumentos cirúrgicos, após o término das cirurgias. 19. Orientar a lavagem, secagem e esterilização do material cirúrgico. 20. Zelar, permanentemente, pelo estado funcional dos aparelhos que compõe as salas de cirurgia, propondo a aquisição de novos, para reposição daqueles que estão sem condições de uso. 21. Preparar pacientes para exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos. 22. Registrar os eletrocardiogramas efetuados, fazendo as anotações pertinentes a fim de liberá-los para os requisitantes e possibilitar a elaboração de boletins estatísticos. 23. Auxiliar nas atividades de radiologia, quando necessário. 24. Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e programas de informática. 25. Executar outras tarefas para o desenvolvimento das atividades do setor, inerentes à sua função. 42 TIPOS MAIS COMUNS DE DIETAS PRESCRITASA Dietoterapia visa à adequação do paciente em determinado momento e situação, para uma alimentação mais adequada. Adaptação – dentro dos limites possíveis – ao paciente, e não o processo inverso. Nem sempre o permitido é o mais adequado, e a possibilidade de um paciente ingerir uma dieta normal, de livre escolha, não leva, ao fato de uma dieta “normal” ser a mais adequada no momento. Na maior parte das vezes, as indicações ou proibições de determinados alimentos ou preparações se encontram mais ligados à patologia do que ao paciente que irá ingerir estes alimentos. Dietoterapia de acordo com a consistência alimentar: DIETA HÍDRICA Fornece líquidos e eletrólitos via oral para prevenir a desidratação, minimizar o trabalho do trato gastrintestinal e a presença de resíduos no cólon. Indicação para o uso: preparo e pós-operatório de cirurgias de trato gastrintestinal, após período de alimentação por via intravenosa, durante infecções graves e diarreia aguda, antes e depois de procedimento de diagnóstico,e como o uso dessa dieta naqueles pacientes apresentando disfagia com risco de brancoaspiração. 43 È indicada à progressão para uma dieta mais adequada logo que tolerada pelo paciente. DIETA LÍQUIDA Fornece uma dieta oral que seja bem tolerada por pacientes que não podem ingerir alimentos sólidos. Garante o repouso gástrico. Indicações de uso: após cirurgias da cabeça e pescoço, em doenças agudas e para aqueles pacientes incapazes de tolerar alimentos sólidos ou com dificuldade de mastigação e deglutição. É uma dieta de transição, e a progressão para alimentos sólidos deve ser completada tão rápido quanto possível. Pode ser administrada a pacientes diabéticos ou não. DIETA LEVE Indivíduos com problemas mecânicos na ingestão e digestão, com dificuldades de deglutição e mastigação; em determinados preparos de exames e cirurgias, pós-operatórios. É usada também como transição para a dieta branda e geral. Indicações de uso: Indivíduos com problemas mecânicos de ingestão e digestão, que impeçam a utilização da dieta geral, havendo assim necessidade de abrandar os alimentos para melhorar a aceitação Usadas nos pré e pós-operatórios, distúrbios gastrintestinais, hipocloridria e preparo de alguns exames. 44 DIETA PASTOSA Fornece uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço. Indicações de uso: pacientes com dificuldades na mastigação ou deglutição devido à inflamação, danos neurológicos, distúrbios neuromotores, retardo mental severo, doença esofágica, alterações anatômicas da boca ou esôfago, e uso de próteses dentarias. Não é indicada aqueles com risco de broncoaspiração. DIETA BRANDA Pode ser adotada em alguns pós-operatórios para facilitar o trabalho digestivo. Contêm o mínimo possível de fibras que não foram abrandadas pela cocção, e uma quantidade moderada de resíduos. Esta dieta é usada como transição para a dieta geral. Indicações de uso: Indivíduos com problemas mecânicos de ingestão e digestão, que impeçam a utilização da dieta geral, havendo assim necessidade de abrandar os alimentos para melhorar a aceitação. Utilizada no pós-cirúrgico, em enfermidades do esôfago, e para aqueles com dificuldade de mastigação ou deglutição, com uso de próteses dentárias, e na presença de gastrite e úlcera péptica. 45 DIETA LIVRE Mantém o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações metabólicas significativas ao risco nutricional. Indicações de uso: Para pacientes que não necessitam de restrição específica e que representam funções de mastigação e gastrintestinais preservadas. Dietoterapia de acordo com o valor nutritivo: o Dieta normal ou geral: usada quando o paciente pode receber qualquer tipo de alimento. É normal em calorias e nutrientes. Ex: dieta geral o Dieta carente: apresenta taxa de nutrientes e calorias abaixo dos padrões normais. Seu prefixo é hipo. Ex: dieta hipocalórica 46 o Dieta excessiva: apresenta taxa de nutrientes e calorias acima dos padrões normais. Seu prefixo é hiper. Ex: dieta hiperprotéica Super alimentação: Usada para indivíduos desnutridos ou que necessitem de um considerável aumento no valor calórico da dieta. Dietas com aumento parcial de nutrientes ou calorias: Usadas em casos específicos onde é necessário a elevação da taxa normal de nutrientes. ● Dieta hiperprotéica: Com elevada taxa de proteínas, indicada em qualquer situação onde ocorra aumento das necessidades de proteínas. Ex: pós operatório, doenças infecciosas na convalescença. ● Dieta hipercalórica: Dieta com valor calórico total acima de 3000 calorias diárias. É indicada nos casos de anorexia severa. ● Dieta hiperglicídica ou hiperhidrocarbonada: Dieta com taxa elevada de glicídios ou carboidratos. É usada em situações que exijam taxas de glicídios abaixo dos padrões de normalidade. Dietas com diminuição parcial de nutrientes e calorias: Usadas em casos específicos, cuja indicação seja diminuição da taxa normal de nutrientes ( proteínas, carboidratos e gorduras, sais minerais e etc ). 47 ● Dieta hipoprotéica: Dieta com taxa reduzida de proteínas, indicada para evitar progressão de lesões renais. ● Dieta hipocalórica: Dieta com valor calórico total abaixo dos padrões de normalidade, indicada em obesidade e programas de redução de peso. ● Dieta hipogordurosa ou hipolipídica: Dieta com taxa reduzida de gorduras. Usada em casos de hepatite, colecistite, pancreatite, colelitíase e etc. ● Dieta hipossódica: Dieta com taxa reduzida de sódio, utilizada em casos de edema cardíaco e renal, hipertensão arterial, cirrose hepática acompanhada de ascite, toxemia gravídica. 48 Dietas com omissão de algum componente. São indicadas quando há necessidade de retirada total de algum componente do cardápio. ● Dieta assódica: Dieta sem sódio, ou seja, sem sal. Geralmente utilizada em casos de hipertensos graves e doenças renais. PAPEL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DA DIETOTERAPIA: O técnico de enfermagem deve administrar a dieta aos pacientes impossibilitados de fazê-lo por si próprio. Após anotar no prontuário a aceitação alimentar do paciente. Deverá também, na ausência do enfermeiro, notificar ao serviço de nutrição e dietética, as admissões e transferências, altas e óbitos de pacientes, bem como as alterações dietéticas prescritas pelo médico OS BENEFÍCIOS DO LEITE MATERNO Natural e nutritivo, o leite produzido pela mãe é o alimento mais completo para o recém-nascido. Porquê? A resposta, segundo dados divulgados numa conferência promovida pela Cuidar +, dedicada aos cuidados do recém-nascido, está nos seus constituintes únicos. Rico em água, proteínas, lipídios, glicídios, vitaminas e minerais, o leite materno está perfeitamente adaptado ao recém-nascido, fornecendo-lhe todos os nutrientes de que ele precisa nos primeiros meses de vida para um desenvolvimento saudável. Além dos benefícios a nível nutritivo e imunológico, reconhecem-se outras vantagens no aleitamento materno não só para o bebê, mas também para a mãe. 49 BENEFÍCIOS PARA O BEBÉ 1. Favorece o desenvolvimento da função respiratória, mastigação, fala e estruturas dentárias. «As crianças que são alimentadas pelo biberão não desenvolvem tão bem estas capacidades porque o bebé faz menos esforço, já na amamentação, o bebé coloca em funcionamento um grande número de músculos faciais. 2. Promove o contacto com diversos sabores, preparando o bebé para a introdução de novos alimentos na sua dieta. «Uma vez que o leite materno resulta da alimentação da mãe, o bebé ao ingerir este leite tem à sua disposição todos os sabores com que a mãe contactou. Mais tarde, com a introdução dos novos alimentos, o bebé já vai estar familiarizado com alguns dos sabores», 3. Graças às suas propriedades, é de mais fácil digestão e melhora o funcionamento