Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MARIA BEATRIZ RIBEIRO A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR VOLUME ÚNICO CLÁUDIO 2017 MARIA BEATRIZ RIBEIRO FAVENI- FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 2ª LICENCIATURA COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO ESPECIAL 16 A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de 2ª Licenciatura em Pedagogia com ênfase em Educação Especial (Complementação). Cláudio 2017 FICHA CATALOGRÁFICA ( Ribeiro, Maria Beatriz. A Educação Especial e a i nclusão no e nsino regular / Maria Beatriz Ribeiro. 2017 21 f . : 30 cm . Orientadora: Ana Paula Rodrigues Trabalho de Conclusão de Curso ( 2ª Licenciatura em Pedagogia c om enfâse a Educação Especial ) - Faculdade Venda Nova do Imigrante - Faveni . Cláudio, 2017 Bibliografia: f.18-21 1. Acesso. 2. qualidade. 3. desafio. 4. igualdade. I. Rodrigues Ana Paula II. Faculdade Venda Nova do Imigrante III.Título ) FOLHA DE APROVAÇÃO MARIA BEATRIZ RIBEIRO A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR VOLUME ÚNICO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de 2ª Licenciatura em Pedagogia com ênfase em Educação Especial (Complementação). Aprovado em: ______/ _______/________ Banca examinadora: Prof. Dr. _________________________________________________________ Instituição: ______________________________Assinatura:_________________ Prof. Dr. _________________________________________________________ Instituição: ______________________________Assinatura:_________________ Prof. Dr. _________________________________________________________ Instituição: ______________________________Assinatura:_________________ DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos que acreditam numa verdadeira inclusão para todas as crianças, inclusive os alunos portadores de Necessidades Educativas Especiais. AGRADECIMENTOS A Deus, inicialmente, por ter me iluminado em todos os momentos. A minhas filhas que sempre me incentivaram e estiveram a meu lado. EPÍGRAFE “As diferenças sejam quais forem, devem ser consideradas como naturais do ser humano, porque cada um é único e deve ser visto como tal em um contexto no qual as diferenças conduzem à igualdade de aceitação e de inclusão” A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR Maria Beatriz Ribeiro RESUMO O presente trabalho tem como proposta estudar formas eficazes de inclusão de todos os alunos, inclusive os alunos portadores de necessidades educativas especiais no ensino regular. Observa-se uma enorme falha no sistema educacional brasileiro quanto ao verdadeiro papel da inclusão. O principal objetivo deste trabalho é tentar encontrar formas concretas e eficientes de se fazer realmente a inclusão nas escolas. Baseada na declaração de SALAMANCA que coloca: “o princípio fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiências e bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes, ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas,” observamos que se tem muito a fazer para que a inclusão de fato,aconteça. Palavras chaves: Acesso, qualidade, desafio, igualdade. 1- Graduada em Pedagogia pelo Instituto de Ensino Superior e Pesquisa ( INESP), Pós graduada em Didática-Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica pela Faculdade de Educação São Luís, aluna do curso de 2ª Licenciatura em Educação Especial pela Faculdade Venda Nova do Imigrante ( FAVENI), atual Supervisora Pedagógica na Escola Estadual Custódio Costa. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 10 DISSONÂNCIA ENTRE TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 3 CONCLUSÃO 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5 6 1 INTRODUÇÃO 4 1.1 O PROBLEMA 5 2 OBJETIVOS 6 2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO 6 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS 6 3 JUSTIFICATIVA 7 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 5 METODOLOGIA 12 6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO 13 REFERÊNCIAS 14 APÊNDICE 16 ANEXO 17 1 INTRODUÇÃO A proposta deste trabalho tem por objetivo apresentar reflexões e questionamentos sobre o verdadeiro papel da Educação especial e Inclusão no Ensino Regular abordando a história dos mesmos no Brasil. A inclusão é um processo dinâmico e gradual, que se resume em “cooperação/solidariedade, respeito às diferenças, comunidade, valorização das diferenças, melhora para todos, pesquisa reflexiva” (SANCHEZ, 2005. p.17). O educador é o mediador responsável pela construção do conhecimento, interação e socialização do aluno com Necessidades educativas Especiais, sendo a inclusão considerada uma tentativa de reedificar este público, analisando desde os casos mais complexos aos mais singelos, pois uma educação de qualidade é direito de todos. A inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. Mas na verdade o que vemos são escolas e profissionais despreparados para receber os alunos que sofrem qualquer transtorno de aprendizagem, sejam físicas, mentais ou intelectuais. Neste sentido a pesquisa indagará: A trajetória da Educação Especial e Educação Inclusiva no Brasil. Quais foram os avanços e conquistas? A Dissonância entre a Teoria e Prática da Inclusão Escolar no Ensino Regular. Quais são os meios para que a teoria e a prática possam estar aliadas no contexto da Educação Inclusiva no Brasil? O presente trabalho foi desenvolvido em dois capítulos com o intuito de demonstrar historicamente todas as lutas e conquistas, as frustrações e descontentamento de profissionais que desejam ver acontecer nas escolas uma inclusão verdadeira. A importância do tema que me propôs a estudar está no fato de que a Inclusão nas escolas do Brasil, exerce um papel falho tanto na teoria quanto na prática, na medida em que orienta os profissionais envolvidos de forma incoerente e insatisfatória não dando aos mesmos, que são diretamente responsáveis pelo sucesso da inclusão, meios e formas adequadas de se trabalhar. Para o autor FERREIRA (2005, p. 44) a inclusão envolve: [...] uma filosofia que valoriza diversidade de força, habilidades e necessidade {do ser humano} como natural e desejável, trazendo para cada comunidade a oportunidade de responder de forma que conduza à aprendizagem e do crescimento da comunidade como um todo, e dando a cada membro desta comunidade um papel de valor. (FERREIRA,2005,P.44) Portanto diante de tantas reflexões, a educação inclusiva no Brasil, necessita ser revista em todos os seus segmentos, para que ela possa acontecer de forma funcional. Trazendo assim, benefícios para todos os alunos, principalmente os alunos com necessidades educativas especiais. 2 A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL Para que possamos compreender melhor a Educação Especial e Inclusiva no Brasil nos dias de hoje, é fundamental que retomemos sua história e sua trajetória até os dias atuais. Este capítulo apresenta de forma resumida a caminhada da educação especial e inclusiva no Brasil, analisando o período histórico nos séculos XVII e XVIII. Essa época foi caracterizada pela ignorância e rejeição do indivíduo deficiente, quando a família a escola e a sociedade, discriminavam osmesmos de uma forma extremamente preconceituosa. Os deficientes mentais eram internados em orfanatos, manicômios, prisões e outros tipos de instituições que os tratavam como doentes anormais, “[...] na antiguidade as pessoas com deficiência mental, física e sensorial eram apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou deformadas” (BRASIL, 2001, p.25). No decorrer da história da humanidade, as concepções sobre as deficiências foram evoluindo “ conforme as crenças, valores culturais, concepção de homem e transformações sociais que ocorreram nos diferentes momentos históricos” (BRASIL, 2001, p.25). No século XIX aqueles indivíduos que apresentavam deficiência eram isolados em suas residências, proporcionando uma “educação” fora das escolas, “protegendo” o deficiente da sociedade, sem que esta tivesse que suportar o seu contato. Muitos eram presos em quartos, onde recebiam comida por uma pequena janela feita na porta. Eram tidos como loucos e a própria família os excluíam de qualquer tipo de convívio, por vergonha e medo. Pareciam verdadeiros animais barbados e nus. Comendo com as mãos, sem tomar banho, sem contato nenhum com a sociedade. Gradativamente a partir do século XX, alguns cidadãos começam a valorizar o público deficiente e manifestam-se a nível mundial através de movimentos sociais de luta contra a discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva. Conforme informa JANNUZZI (2004, p.34): A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar- se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade deste alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há m surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação. Desta forma, ao final do século XX, movimentos sociais, políticos e educacionais, estudiosos, associações e conferências propõem aprofundar as discussões, problematizando os aspectos acerca do público referido, resultando em reflexões diante das práticas educacionais. Documentos, como, por exemplo, a Declaração de Salamanca (1994), defendem que o princípio norteador da escola deve ser o de propiciar a mesma educação a todas as crianças. Nessa direção, a inclusão traz como eixo norteador a legitimação da diferença (diferentes práticas pedagógicas) em uma mesma sala de aula para que o aluno com deficiência possa acessar o objeto de conhecimento. “Acessar” tem um papel crucial na legitimação da diferença em sala de aula, pois é preciso permitir ao aluno que tenha acesso a tudo, por outras vias, que eliminem as barreiras existentes. Ao final do século XX até os dias atuais é percebido que os avanços sociais, pedagógicos e tecnológicos, por uma sociedade inclusiva no Brasil, vêm sendo mais valorizada, contando com sala de recursos, atendimento diferenciados, métodos tecnológicos como computadores adaptados, sintetizadores de fala, programas e aplicativos, dentre outros diversos modelos tecnológicos e inclusão social de um público que sofreu arduamente e ainda sofre, com discriminações e preconceitos e hoje busca a garantia de seus direitos perante a sociedade, promovendo o desenvolvimento social, sem se esquecer de suas potencialidades e peculiaridades. Sobre isto GODOFREDO (1999, p. 31) acrescenta: Frente a esse novo paradigma educativo, a escola deve ser definida como uma instituição social que tem por obrigação atender a todas as crianças, sem exceção. A escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade. Portanto, deve manter as suas portas abertas às pessoas com necessidades educativas especiais. Portanto, a escola tem a função de receber e ensinar todas as crianças, jovens e adultos independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, adaptando-se ao processo ensino-aprendizagem, bem como a estrutura física da escola adaptada às necessidades de sua clientela. A Declaração de Salamanca ainda manifesta de forma explicita que a rede de ensino regular deverá disponibilizar os recursos necessários ao atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais. Devem ser disponibilizados recursos para garantir a formação dos professores de ensino regular que atendem alunos com necessidades especiais, para apoiar centros de recursos e para os professores de educação especial ou de apoio. Também é necessário assegurar as ajudas técnicas indispensáveis para garantir o sucesso dum sistema de educação integrada, cujas estratégias devem, portanto, estar ligadas ao desenvolvimento dos serviços de apoio a nível central e intermédio. (Declaração de Salamanca, 1994, p. 42) Portanto depois de conhecer a evolução histórica da educação especial e inclusiva no Brasil, nota-se que várias conquistas foram feitas, mas muito ainda se tem a fazer em prol de uma verdadeira educação inclusiva. 2- I DISSONÂNCIA ENTRE TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Para que aconteça de fato a inclusão é necessário que haja uma verdadeira integração entre os autores da educação. Estes autores são professores, alunos, escola e comunidade. Não são possível ações dissonantes entre estes autores. É preciso que aconteça uma troca de ideias e saberes diferentes em função de um bem comum. A inclusão só se concretizará de maneira mais consistente quando houver uma harmonia, interação e o sentimento de ajuda mútua entre os alunos portadores de deficiência e os ditos normais e toda a comunidade escolar. Pois a partir desta relação harmoniosa crescerá o sentimento de solidariedade, habilidades e aptidões serão desenvolvidas e se dará a oportunidade de haver a inclusão no ensino regular. Ela é um processo educacional que visa atender a criança portadora de deficiência na escola ou na classe do ensino regular para que ela possa potencializar as suas capacidades inatas. A importância da inclusão educacional e seu modelo de atendimento deve reforçar a justiça social e o acesso a todos os alunos independente de suas características. A educação inclusiva resguarda o direito de todos os alunos a terem iguais oportunidades educativas. Porém, na realidade não é muito bem isso que se encontra. Em muitos casos, a realização do próprio sentido expresso da lei entra em choque com as adversidades encontradas na educação pública brasileira (CURY, 2002). O sistema regular de ensino tem se mostrado incapaz de lidar com o número cada vez maior de alunos que, devido a problemas sociais, culturais, psicológicos e ou de aprendizagem, fracassam na escola (GLAT; OLIVEIRA, 2005). Sabemos que a inclusão defende os princípios da igualdade, da cidadania e justiça social. Seus objetivos são atender os portadores de deficiência próximos a sua residência para facilitar o processo de locomoção; ampliar o acesso desses alunos a classes comuns para evitar a segregação; fornecer capacitação para os professores evitando assim problemas e dificuldades nas aulas; favorecer uma aprendizagem onde as crianças possam adquirir conhecimento juntas, tendo o mesmo objetivo, mas em processos e metodologias diferentes; desenvolver no professor formas criativas de trabalhar, abandonando o ultrapassado e buscando novas práticas pedagógicas. Para se conquistar uma educação inclusiva verdadeira é preciso romper com o princípio da normatização e buscar o ensino da pluralidade e da diversidade. A produção do conhecimento não se faz sozinho é um processo de construção coletivo, baseado na troca de experiências e no diálogo entre a família e a comunidade escolar. A realidade da inclusão ainda não se concretiza de forma desejada. Por parte dos professores é preciso que haja uma adaptação ao novo processo educacional, um novo olhar sobre os portadores de necessidades educativas especiais. É necessário que se faça uma revisão de conceitos e preconceitos, deixando à margem aquele modelo falidode escola e buscar um trabalho de qualidade, onde deva existir mais solidariedade que críticas. As relações humanas devem ser de solidariedade, aceitação e incentivo a sentimentos para uma boa convivência humana numa postura de tolerância e cooperação diante da vida. Os problemas estruturais não podem ser uma barreira. Todos devem se esforçar para fazer o melhor possível dentro de suas possibilidades. As dificuldades existem, mas precisam ser superadas. O que falta muitas vezes é um entendimento do processo de inclusão. Há um desconhecimento de práticas que atendam este novo paradigma educacional. Na verdade romper com metodologias passadas que foram construídas ao longo do tempo, exige muita cautela e cuidados. Adequar o planejamento também é um fator importante, bem como o número de alunos por turma, já que é fundamental o atendimento individualizado. O respeito às individualidades – o ser é único e merece ser visto e valorizado dentro de suas peculiaridades e diferenças. A participação dos pais merece um lugar de destaque neste processo. A troca de informações e diálogos entre a família e a comunidade escolar levam a fazer ajustes e correções no processo de inclusão. Os filhos estão crescendo sua autoestima e haverá ganhos na aprendizagem. As capacitações dos professores, além de todos os itens citados acima, vão diminuir a dissonância entre a teoria e a prática da educação inclusiva. A Declaração de Salamanca esclarece que a inclusão diz respeito não só aos portadores de necessidades educativas especiais, mas também aos excluídos socialmente e economicamente. Não se pode negar o direito de todos à educação. O que se espera é que as políticas públicas criem condições efetivas para a inclusão acontecer de forma plena e eficaz, atendendo a todos os alunos portadores de necessidades educativas especiais e também aos excluídos e marginalizados pela sociedade. 4. CONCLUSÃO A educação inclusiva é um processo em pleno desenvolvimento, sujeitando de reflexões e especialmente ações concretas para alcançar práticas eficientes. Entretanto, é inegável o avanço da educação inclusiva historicamente, conforme reparado pelo presente estudo. A promoção do acesso educacional a todos os indivíduos, a legislação vigente a Declaração de Salamanca e a LDB que abriram portas para as pessoas com NEE em prol da inclusão de uma sociedade mais justa. Contudo, é questionável o alcance de tais iniciativas e legislação vigente quando se pretende analisar a qualidade da educação ofertada. Através da pesquisa é possível reconhecer que para a educação inclusiva acontecer na prática, é necessária a qualidade, eficiência e competência dos gestores educacionais, bem como a disponibilidade de recursos e oferecimento de boa estrutura escolar pelas políticas públicas, pois a educação inclusiva necessita do seu cumprimento, acordado à qualidade que a legislação brasileira oferece. Observa-se por meio dessa pesquisa que na organização para educação inclusiva há muitos ajustes a serem feitos, e para que ocorra o exercício da inclusão mudanças são necessárias, não só mudanças físicas no ambiente escolar como também mudanças no interior do ser humano, para que haja a conscientização de todas as pessoas com relação à inclusão. A proposta de inclusão tal como foi abordada tem seus aspectos favoráveis, mas há também os desfavoráveis. De forma equivocada, muitos professores e outros profissionais pensam que para praticar a inclusão basta colocar o aluno com necessidades especiais matriculado em uma classe regular. Todos os professores regentes e demais profissionais da escola deveriam ter uma formação mínima para não sofrer com tantos desafios e dificuldades. As famílias devem ser envolvidas de forma efetiva para dar suporte no desenvolvimento do aluno, uma vez que muitos pais acham que matricular o filho com deficiência na escola regular já resolve a situação da aprendizagem do filho, visto que o seu papel não acaba, pois os pais devem também estar preparados para firmar uma boa parceria com a escola. A inclusão é uma proposta promissora, que precisa sair do papel, pois na prática às vezes se mostra ainda diferente e excludente, porém, é preciso salientar a sua importância, que permite a convivência de alunos especiais e demais alunos, o que proporciona ganhos a todas as pessoas, família, sociedade, escola, e principalmente aos alunos, aos quais é dada a oportunidade de conviverem com a diversidade. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, 1988. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12716&Itemid=863. ______. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Áreadas Necessidades Educativas Especiais. Brasília: UNESCO, 1994. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. ______. Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei n°7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial,1999. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/decreto/D3298.htm ______.Decreto Nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001. Disponívelem:http://www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/decreto3956.pdf. ______. Decreto N° 6094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando à mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2007.Disponívelem:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.htm. ______. Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 1989. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L7853.htm. ______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2008.Disponível em:http://www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. CAPELLINI, Vera L. M. F. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns: avaliação do rendimento acadêmico. 2001. 237 dissertação (Mestrado em Educação Especial) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2001. FERREIRA, Bárbara C.; MENDES, Enicéia G.; ALMEIDA, Maria A.; DEL PRETTE,ZILDA, A. P. Parceria colaborativa: descrição de uma experiência entre o ensino regular e especial. Revista Educação Especial: revista da UFSM, Rio Grande do Sul, n. 29, 2007. FERREIRA, Maria E. C.; GUIMARÃES, Marly. Educação inclusiva. Rio de Janeiro:DP&A editora, 2003. 158 p. GURGEL, Thais. Inclusão, só com aprendizagem. Nova Escola: A revista do professor, Ministério da Educação, ano XXII, n. 206, p. 38 – 45, out. de 2007. MANTOAN, Maria T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?. São Paulo: Moderna, 2006. GODOFREDO, Vera Lúcia Flor Sénéchal. Educação: Direito de todos os Brasileiros. In: Salto para o Futuro: Educação Especial: Tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação,SEED, 1999. JANUZZI, Gilberta de Martinho. A Educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas, Coleção Educação contemporânea. Autores Associados. 2004 SANCHEZ, Pilar Arnaiz. A Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. Revista da Educação Especial – Out/2005, Nº 07.
Compartilhar