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EDUCAÇÃO INFANTIL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................ 3 Inclusão Escolar e as Pessoas com Necessidades Educativas Especiais ........................................................................................................................... 5 Educação inclusiva: previsão legal .......................................................... 8 Elementos constitutivos da docência na educação infantil como ato pedagógico: planejar, observar, registrar, avaliar e documentar. ..................... 12 EDUCAÇÃO INCLUSIVA ....................................................................... 15 A inclusão e o papel da escola .............................................................. 16 Atendimento Educacional Especializado ............................................... 18 O papel da escola no processo de inclusão na infância ........................ 23 Bibliografia ............................................................................................. 25 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Introdução A educação inclusiva surgiu de maneira assistencialista, com a finalidade de oferecer assistência às crianças que tinham alguma deficiência. Com o decorrer dos tempos as instituições proliferaram-se em prol da educação inclusiva e as crianças com deficiência começaram a ter seus direitos respeitados. Nesse sentido, a inclusão recebe A Declaração de Salamanca, principal documento a favor da educação inclusiva e as escolas, a partir deste documento, dão início ao processo de inclusão dentro das suas instituições de ensino. Nessa perspectiva as escolas tendem a se adequar para oferecer um ensino/aprendizagem a essas crianças de maneira que todas possam ser incluídas no âmbito educacional sem nenhuma discriminação. Este estudo ajudou a compreender como funciona o processo da educação inclusiva, visto que muitos educadores não estão capacitados e preparados para transmitir o conhecimento de maneira diferenciada, de maneira que, o ensino dedicado às crianças com deficiência precisa ser diferenciado das demais em virtude dos estímulos serem diferentes, tendo o cuidado para não excluí-las, pois os conteúdos ensinados podem ser o mesmo, o que muda é a metodologia. Nesse sentido a sala de aula inclusiva precisa proporcionar um novo arranjo pedagógico, oferecendo um ensino dinâmico e estratégico, complementando, adaptando e suplementando o currículo quando necessário. Pensando assim o que deve ser modificado é a escola, a sala de aula e as estratégias de ensino com a finalidade de o aluno desenvolver e aprender. A importância desta pesquisa é compreender como é realizado o processo de educação inclusiva com as crianças na faixa etária de três a cinco anos na E.M.E.I.E.F Horizonte, sabendo que a educação inclusiva deve acontecer de fato e de direito em todo o âmbito educacional. 4 Tendo como objetivos: Identificar os desafios do processo de inclusão para crianças com deficiências no ambiente escolar; descrever e refletir acerca das ações de inclusão dos educadores da Escola Horizonte com crianças do maternal e observar e compreender o papel dos educadores frente à inclusão das crianças com deficiência no ambiente escolar. A inclusão social é um movimento mundial que luta contra a exclusão social de grupos minoritários, que sempre estiveram à margem da sociedade, lesados em seu exercício do direito a recursos e serviços. Esse movimento representa um novo paradigma e visa à construção de uma sociedade democrática, em que exista a equiparação de oportunidades e a conquista da cidadania para todos. Dentro deste contexto surge a proposta da educação inclusiva, que representa uma educação para todos, com respeito à diversidade e oportunizando a todos a apropriação do saber. Não se trata apenas do acesso a salas e escolas regulares – trata-se de oferecer vagas e promover a permanência com a interação participativa de todos e qualidade na gestão dessa educação. A educação infantil é importante não só para atender à inclusão da criança que já apresenta uma deficiência comprovada, mas também para a prevenção de déficits no desenvolvimento daquelas que se apresentam em ambiente de risco, ou seja, que não têm suas capacidades e habilidades estimuladas no ambiente familiar. Nestes casos, a escola pode complementar essa formação, na medida em que tem a responsabilidade de promover o desenvolvimento integral da criança. A educação infantil parece ser o estágio cuja perspectiva inclusiva pode ocorrer de forma mais natural, tanto pelas características particulares inerentes a essa etapa do processo educacional quanto pelos aspectos de desenvolvimento dessa faixa etária. 5 Inclusão Escolar e as Pessoas com Necessidades Educativas Especiais Para que o termo inclusão, muito em voga na nossa sociedade atual, seja bem analisado e compreendido, torna-se necessário entendermos primeiro o que significaria seu extremo oposto, a exclusão. De acordo com Donzelot, citado por Demo (1998), o termo exclusão apareceu nos anos 1970, com o livro de Lenoir, publicado em 1974, que denuncia os esquecidos do progresso: prisioneiros, doentes mentais, incapacitados, velhos... Analisando essa conceituação e refletindo sobre ela na atualidade, podemos observar que se trata da maioria da população brasileira, e não podemos esquecer que este termo traz contido, em si, um cunho social e político do momento no qual ele está inserido. Portanto, no decorrer da leitura deste trabalho, abordaremos aqui a questão de uma pequena parcela desta imensa classe de excluídos que compõe nosso país. Mas, para iniciar este assunto, é necessário que façamos um breve resgate histórico da educação dessas pessoas. A sociedade vem atravessando diversas fases no que se refere às práticas sociais com relação às pessoas com necessidades especiais. Como nos mostra Kirk e Gallagler, citados por Bueno (2002): Historicamente podem ser reconhecidos quatro estágios de desenvolvimento das atitudes em relação às crianças excepcionais. Primeiramente, na era pré-cristã, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Num segundo estágio, com a difusão do Cristianismo, passou-se a protegê-los e compadecer-se deles. Num terceiro período, nos séculos XVIII e XIX, foram fundadas instituições para oferecer-lhes uma educação à parte. Finalmente, na última parte do século XX, observa-se um movimento que tende a aceitar as pessoas deficientes e a integrá-las, tanto quanto possível.Essa integração foi dando lugar ao termo inclusão, que se consolidou no início deste século no Brasil. De acordo com Jannuzzi (1992), no Brasil, a 6 Constituição de 1824 já previa “instrução primária e gratuita a todos”, fazendo assim a primeira referência à pessoa deficiente. A sociedade de então já se protegia juridicamente do adulto deficiente, privando do direito político o incapacitado físico ou moral. No entanto, somente em 1854, deu-se início ao atendimento dos “deficientes”. No final da década de 1920, contávamos apenas com dezesseis instituições que ofereciam uma educação para os “anormais”, educação esta ligada à vertente médico-pedagógica e à psicopedagogia. Somente na década de 1970 houve uma mudança de paradigma em direção à ideia de integração, ou seja, escolas comuns passaram a aceitar a ideia de incorporar crianças ou adolescentes deficientes em classes comuns ou, ao menos, em classes especiais ou de recursos, em ambientes com o mínimo de restrição possível, o mais próximo do “normal”. Dentro desta mudança paradigmática, centra-se o problema apenas na criança, deixando implícita uma visão acrítica da escola. Não há modificações no sistema, nem arquitetônico e muito menos pedagógico. Figura 1 7 Esta integração existe somente para aqueles educandos capazes de se adaptarem a este ensino regular; para os outros sobra à exclusão. E, finalmente, de acordo com Mendes (2002), surge na segunda metade da década de 1980, a fase da educação inclusiva, com a radicalização do debate na década de 1990, cuja ideia central era de reestruturar a sociedade para que ela possibilitasse a convivência dos diferentes. No tocante à educação, procura-se defender um sistema único de educação com qualidade para todos os alunos, com ou sem deficiência. Entretanto, há ainda um longo caminho a ser percorrido em busca dessa educação inclusiva, pois, Hoje, aparentemente, inauguramos outro tempo no que diz respeito a essas questões. No entanto, o que parece evidente é que a educação da criança deficiente no Brasil carece, historicamente, de uma atenção concreta e comprometida por parte do Estado. Ao longo do tempo, mudaram as formas de inserção, alteraram-se os discursos, renovaram-se as práticas, programaram-se novas políticas, porém, persiste ainda a marginalização e a segregação dessas crianças que buscam oportunidades de humanização no sistema escolar. (Oliveira, 2003) A inclusão escolar é mais do que apenas colocar alunos com deficiências nas escolas regulares, ou o direito a uma vaga e uma carteira numa classe de ensino regular, e não se limita à formulação de leis e decretos. Somente isso não assegura educação de qualidade para todos. É necessária uma profunda mudança de mentalidade, de paradigmas, de conceitos e preconceitos. 8 Educação inclusiva: previsão legal A inclusão de alunos com necessidades educativas, na rede regular de ensino, é um direito assegurado pela LDB n. 9.394/96 e por todo um conjunto de leis, diretrizes e orientações oficiais que compõem a reforma da educação no nosso país, inclusive em nossa lei maior, que é a Constituição Federal. Na Constituição de 1988, temos grandes avanços em relação ao direito à educação. Primeiramente, temos o direito à igualdade (art. 5º): somos todos iguais perante a lei, sem nenhuma distinção de qualquer natureza, incluindo aí as necessidades especiais. Em seguida, temos assegurado o direito de educação para todos, garantido no art. 205, que preceitua: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Brasil, 1988) De acordo com este dispositivo, a ninguém pode ser negado o acesso à escola e nenhuma escola pode excluir ninguém, pois estará ferindo nossa Carta Magna. Além do direito de acesso, que deve ocorrer em igualdade de condições, há o direito de permanência e a garantia de um padrão de qualidade (art. 206). Antes mesmo de pensarmos nesse acesso e nessa permanência em igualdade e com qualidade para pessoas com necessidades educativas especiais, perguntamos: de que forma isto pode ocorrer, se nem mesmo o ensino regular é contemplado com estas características? A Constituição ainda apresenta, no seu art. 208, inciso III, “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (Brasil, 1988). 9 De acordo com Mantoan (2003), este preferencialmente quer dizer atendimento educacional especializado e não educação especial como instituição segregatícia. Esta autora afirma: A Constituição admite que o atendimento educacional especializado também pode ser oferecido fora da rede regular de ensino, em qualquer instituição, já que seria apenas um complemento, e não um substitutivo, do ensino ministrado na rede regular para todos os alunos. Trata-se apenas de uma segunda opção, um apoio, para alguns casos que se fizerem necessários. Em 1994, foi realizada em Salamanca (Espanha) a Conferência Mundial de Educação Especial, quando foi elaborada e assinada pelos signatários a Declaração de Salamanca, que trata de princípios, política e prática da educação especial, incluindo-se desse modo no contexto da disseminação das orientações neoliberais a serem efetivadas sob a forma de políticas públicas. A estrutura de ação na educação especial é que define as linhas de ação a serem desenvolvidas. De acordo com esta declaração, a escola comum deve preparar-se para receber o aluno com necessidades educacionais especiais e não o contrário; as escolas devem adequar-se a essa nova realidade, providenciando rampas, corrimão, material pedagógico para portadores de deficiências visuais, entre várias outras coisas (Corde, 1994). No entanto, o termo “escola para todos” previsto na declaração de Salamanca, em que se idealiza o respeito às diversidades, é uma realidade exposta ainda apenas no papel, uma vez que, sem nem mesmo mencionar a inserção de educandos com necessidades educacionais especiais, a escola já vive uma pedagogia de exclusão, visto que o processo educacional como um todo é um reforçador das desigualdades sociais. Portanto, antes mesmo de se falar em educação inclusiva de qualidade para todos é necessário que se reflita e se reorganize o sistema educacional 10 vigente, estabelecendo mudanças de mentalidade, de posturas, de atitudes, de organizações de espaços e de práticas pedagógicas. O referido documento também aborda a importância de adequada preparação do pessoal que trabalha com a educação, principalmente dos professores, e ressalta a necessidade dos serviços de apoio, duas adequações fundamentais para o sucesso da educação inclusiva. Infelizmente, ainda nos falta preparação no nível de graduação e pós- graduação, e os serviços de apoio, quando oferecidos, o são de forma precária (Corde, 1994). Conforme Zanata (apud Mendes, 2002), não há como ignorar que nosso sistema de ensino não esteja apto a oferecer possibilidade de escolhas ou qualidade de serviços e, na maioria das vezes, os alunos com necessidades educativas especiais têm acesso apenas a uma carteira comum, em uma escola comum, com uma professora comum, tomando um lugar que nem sempre foi por ele desejado e devidamente planejado, sem garantia alguma de bem-estar físico e social e, principalmente, de acesso a um ensino de qualidade. Surge então, em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que traz no seu contexto um capítulo sobre a educação especial. O art. 58 entende a educação especial como “modalidade de educação escolar, oferecidapreferencialmente na rede regular de ensino, para educandos Figura 2 11 portadores de necessidades especiais” (Brasil, 1996). Já no seu parágrafo 2º, a LDB dispõe: “O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular” (Brasil, 1996, art. 58). Neste artigo existe a inadmissível ideia de que, se o educando não pode ser incluso, é em função de suas incapacidades e inadequações e não da escola e do sistema educacional vigente, como nos mostra Carvalho (2003): A nova Lei, por sua vez, adota uma visão unilateral das dificuldades de aprendizagem, focalizando exclusivamente suas origens nas condições e necessidades do aluno. Essa visão tradicional vem prevalecendo em decorrência das influências clínicas e patologistas historicamente vinculadas às pessoas com necessidades especiais. Foi celebrada em 1999, na Guatemala, a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, que revoga as disposições anteriores que lhe são contrárias. Este documento foi aprovado pelo Congresso Nacional e promulgado, em 2001, pelo Decreto n. 3.956 da presidência da República, sendo o Brasil, portanto, signatário deste documento (Guatemala, 2005). De acordo com essa convenção, as pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanas que outras pessoas. No entanto, apesar de a educação inclusiva ser uma temática bastante discutida nas últimas décadas, nosso país ainda engatinha na efetivação desse processo. É de fundamental importância para toda a sociedade que a inclusão educacional aconteça de forma efetiva e com qualidade. Mas, para que isso ocorra, é necessária uma grande reflexão sobre a prática pedagógica vigente sobre os espaços oferecidos, a preparação da equipe a trabalhar com a diversidade, o apoio de equipes especializadas e o envolvimento real do Estado, no intuito de fazer com que tudo isso aconteça de forma concreta, saindo dos papéis para se consolidar na sociedade que, a partir daí, dará um grande passo rumo à sociedade inclusiva. 12 Elementos constitutivos da docência na educação infantil como ato pedagógico: planejar, observar, registrar, avaliar e documentar. Planejar, nos primeiros anos da Educação Infantil, nos faz perceber que todos os instantes de uma jornada de trabalho com as crianças implicam uma intencionalidade pedagógica, do momento em que as recebemos ao momento em que deixam a creche, ao final do dia. Sugere também reconhecer a potencialidade das crianças e compreendê-las como sujeitos comunicativos, que indicam de diversas formas suas necessidades e quereres, aspectos que exigem, acima de tudo, que se escutem as crianças e também que se observem as suas formas de socialização (BONDIOLI, 2002; ROCHA, 2008; SARMENTO, 2005). Uma observação com mais foco, voltada à criança, ao seu fazer, às suas comunicações; voltada ao contexto, e isto é, às situações propostas que a criança tem e as quais ela reage; e para si mesmo; as reações que o comportamento da criança tem sobre o adulto, reações que são compreendidas e governadas. (BONDIOLI e FERRARI, 2004). O planejamento pedagógico às crianças possibilita maior clareza, para que e a quem serve, e como se pode fazê-lo. Se por um lado, podemos afirmar que não existe um modelo único de planejar, e isso nem seria possível, porque nossa defesa vai ao encontro das idiossincrasias de cada criança, de cada grupo no coletivo, de cada professora individualmente. Por outro, alguns pressupostos para a organização e realização do planejamento pedagógico precisam ser definidos. O planejamento precisa ser algo material, não somente enquanto registro documentado, mas, sobretudo na efetivação praxiológica entre o que se propõe e como se faz, em todos os momentos do cotidiano. Ostetto (2000) afirma que: 13 O planejamento educativo deve ser assumido no cotidiano como um processo de reflexão, pois, mais do que ser um papel preenchido, é atitude e envolve todas as ações e situações do educador no cotidiano do seu trabalho pedagógico. Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro pra empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para com o grupo de crianças. Planejamento é atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente. O planejamento como atitude crítica diante do trabalho docente acrescentou que o ato de planejar, na perspectiva do que é relevante para as crianças, é também atitude responsiva, na qual gradualmente assume-se consciência de que aquilo que se está projetando se refere ao outro. É uma resposta ativa e responsável ao modo como se concebe a relação com as crianças no espaço da Educação Infantil. Essa concepção requer postura ética e estética, pois não existe um dever estético ou científico sem um dever ético e político que o acompanhe (Bakhtin, 2010). Existe uma integração entre esses deveres, imbricados mutuamente no ato pedagógico, reverberados nos procedimentos constitutivos do ser professora. Incluem-se nesses procedimentos o planejar, cuidadosamente pensado, sistematizado e organizado em sintonia com os sujeitos principais dessa rede relacional, as crianças. Assumir o planejamento pedagógico como atitude responsiva requer que se compreenda qual é o papel do ser professora na Educação Infantil. Esse papel é permeado pela apropriação da intencionalidade docente e pela responsabilidade das escolhas, constituindo a autoria das professoras nesse processo (PROENÇA, 2009). As escolhas sobre o que fazer, tendo em vista as prioridades de cada grupo, sem perder de vista o quê de processo brincante, lúdico, revela-se nas ações das crianças. 14 É necessário pensar sobre o que poderiam ser feito para promoverem-se essas potencialidades que as crianças possuem, sem atropelar seus tempos próprios de ser e estar bebê/criança no coletivo da Educação Infantil. Isto implica, fundamentalmente, assumir posições, entendendo, antes de tudo, o que é pedagógico (OSTETTO, 2000). Posturas que possam levar à reflexão de que o ato de trocar a fralda, de auxiliar no banheiro e na alimentação das crianças precisa ser planejado, escritos sistematicamente, propostos com delicadeza, observados e refletidos, são caminhos para tornar esses momentos os mais pedagógicos possíveis. Neste movimento e na retomada das ações realizadas, a reflexão pode ser suscitada de forma mais aprofundada, levando as professoras a replanejar os próximos momentos de forma diferente e melhor ou, às vezes, simplesmente refinando o já proposto, repetindo a ação, visando realizá-la com mais qualidade. Entendendo que qualidade significa ter em conta que a forma como realizamos dada proposta com uma criança, com outra, talvez precise ser diferente. Assumir a cotidianidade de fazeres, na Educação Infantil, como ato pedagógico, possibilita compreender que as posições assumidas adquirem sua validade no interior de uma unidade estética, científica, sociológica; enquanto adquirem o dever na unidade singular e responsável. (BAKHTIN, 2010). Isto é, os princípios da política, da ética e da estética reverberam em todas as atitudes docentes, e esse conjunto exige uma complexidade de conhecimentos, além de uma clareza de intencionalidades. Significa saber como fazer em consonância com as diferentes manifestações das crianças que temos conosco. Compreendemos que observar para refletir e planejar e executar e observarpara refletir são exercícios dialéticos, não ocorrem em linearidade. São práticas que elevam o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade. Figura 5 15 EDUCAÇÃO INCLUSIVA A educação voltada para pessoas com deficiência surgiu como uma maneira assistencialista, em que os religiosos e filantropos da Europa se preocuparam em oferecer assistência a essas pessoas. Posteriormente nos Estados Unidos aparecem os primeiros programas voltados para atender as pessoas com deficiências, proporcionando cuidados básicos como: saúde, alimentação, moradia, educação e respeito perante a sociedade. Em 1620 Jean Paul Bonet teve a iniciativa de ensinar os mudos a falar, já em Paris é criada a primeira instituição de educação de surdos, por Abade Charles M.Eppé o qual criou o método dos sinais, em 1784 é criado o Instituto Real dos Jovens Cegos que se destinava ao ensino da leitura tátil. Cinquenta anos depois, Louis Braille criou a leitura e escrita em relevo denominando o sistema braile. Esses métodos de educação possibilitou o acesso às pessoas com deficiências a uma comunicação, educação e ensino. A educação voltada às pessoas com deficiência mental só teve início no século XIX pelo médico Francês Jean Marc Itard. Em 1854 nasce no Brasil à primeira escola especial, o Imperial Instituto de meninos Cegos, e em 1857 surge à segunda escola, o Instituto Imperial de Educação de Surdos, ambas no Rio de Janeiro, as mesmas propagaram o modelo de escola residencial para todo o País. A partir da segunda metade do século XIX e início do século XX, as escolas especiais se proliferaram Figura 3 16 por toda Europa e Estados Unidos. Essas escolas começaram a utilizar o enfoque médico e clinico, criado pela médica italiana Maria Montessori. No século XX aparecem às associações de pais de pessoas com deficiências física e mental na Europa e Estados Unidos, já no Brasil são criadas a Pestalozzi e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAES), que tem o intuito de oferecer programas de reabilitação e educação especial. Com o avanço das instituições em prol da educação especial, as pessoas com necessidades começam a ter seus direitos respeitados e garantidos por lei. A Declaração dos Direitos Humanos (1948) no art. 26 declara que “Toda a pessoa tem direito à educação”. A inclusão e o papel da escola Quando se fala em educação para todos estamos falando da inclusão, inclusão essa que precisa ser compreendida como um eixo norteador a legitimação da diferença (diferentes práticas pedagógicas), ou seja, o aluno com deficiência precisa ser inserido na sala regular de ensino, tendo o mesmo objeto de conhecimento das outras crianças. Quando se inclui uma criança com deficiência no âmbito educacional estamos proporcionando o mesmo direito das demais. A Declaração de Salamanca (1994) estabelece que: Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades. Segundo A Declaração dos Direitos da Criança no princípio 5º “Às crianças incapacitadas físicas, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar”. A 17 mesma é de grande importância para a inclusão de crianças especiais no espaço educacional tendo em vista que as mesmas podem ser diferentes das demais no aspecto físico e mental, porém iguais em questão de direitos. A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. E também enfatiza que a criança com deficiência deve receber atendimento especializado complementar, de preferência dentro da escola. O ensino voltado para crianças deficientes deve ser planejado de maneira diferenciada, mas não excludente, visto que a própria necessidade exige essa atitude do professor. Sendo assim, o professor precisa estar preparado para lidar com situações que envolvam crianças deficientes. Assim preleciona Lopes (2007) sobre esta temática: Lopes (2007) nos alerta que a inclusão chega à escola como uma metanarrativa revolucionária, pretensiosa sendo necessário examiná- la detida e cuidadosamente o que (...) não significa lutar para inviabilizá-la, mas significa uma tentativa de pensá-la para além do binômio reducionista do incluído ou do caráter salvacionista que a inclusão parece carregar (LOPES, 2007). Ou seja, no momento de inserirmos crianças com NEE não devemos fazê-lo como uma medida assistencialista, muito menos estacionarmos apenas nas discussões de oposições binárias entre inclusão e exclusão. Muito antes pelo contrário, devemos analisá-la como direito garantido de todos à educação que (...) pretende não impor para tais alunos facilidades ou dificuldades diferentes dos demais, apenas pensar em 15 estratégias diferentes de planos de ações. (LOPES, 2007) A autora Lopes (2007) também mostra que, atualmente, muito se fala sobre a inclusão, mas não a realizamos de fato. É natural vermos gestores educacionais e professores que sempre encontram barreiras para a concretização da inclusão. Quando não pior, os veem apenas como uma ferramenta assistencialista, acreditando que o simples fato das crianças 18 deficientes já estar em uma Instituição regular de ensino é o suficiente. A autora ainda afirma que administradores escolares e professores que assumem tais posturas desconsideram que todos possuem o direito à aprendizagem e ao ensino de qualidade que respeitem as peculiaridades de cada um. Os professores das salas regulares não estão preparados para receber os alunos com deficiência. Para que a inclusão aconteça é necessário que o educador tenha dedicação, respeito e qualificação, pois muitos deles se sentem desqualificados ou pouco se interessam em colaborar com o desempenho dessas crianças. Quando uma professora diz “não quero esse menino em minha sala”, podemos interpretar sua recusa como má- vontade, medo, pouca colaboração... ou como a tradução do desejo de contribuir para o sucesso na aprendizagem do aluno, para qual se sente desqualificada! (CARVALHO, 2004). Pensando nisso é necessário que as instituições tenham salas de atendimento educacional especializado, com profissionais habilitados para esse atendimento tão especial. A sala do AEE é um atendimento diferenciado da sala regular, a criança será atendida pela psicóloga e a psicopedagoga as quais trabalham o potencial da criança, descobrindo as habilidades dos mesmos. Atendimento Educacional Especializado O Atendimento Educacional Especializado é garantido por lei, porém não é obrigatório, cabe à família optar ou não pelo atendimento, sabendo que este atendimento contribui para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Assim os objetivos do AEE estão estabelecidos no Decreto nº 7.611/2011 que dispõe: 19 Art.30 São objetivos do atendimento educacional especializado: I – promover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes; 16 II- garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular; III- fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e IV- assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino (BRASIL, 2011). O Atendimento EducacionalEspecializado surgiu a fim de contribuir para que a educação inclusiva acontecesse de fato e de direito. Assim, esse atendimento deve acontecer no contra turno da sala regular. A resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 no artigo 2º estabelece que o atendimento educacional especializado tem como função eliminar as barreiras para plena participação na sociedade, complementando e suplementando a formação do aluno. O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e /ou suplementa a formação dos alunos com vistas á autonomia e independência na escola e fora dela (BRASIL, 2008). Segundo Siluk (2012) “A Educação Especial por um tempo organizouse seus serviços de forma que todos os alunos com necessidades 20 educacionais especiais eram atendidos por essa modalidade de ensino”. Hoje esse atendimento educacional especializado não é mais para todas as necessidades, embora devesse ser. A partir da Política Nacional de Educação Especial o público alvo desse atendimento tem suas especialidades para atendimento. Com a Resolução CNE/CEB nº 4/2009 e o Decreto nº 7.611/2011 foram delimitados o público alvo da educação especial. Essa resolução institui as Diretrizes Operacionais para o AEE que define em seu artigo 4º os alunos que se destina o AEE. I- Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial. II- Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger,síndrome de Rett,transtorno desintegrativo da infância(psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação. III- Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade (BRASIL, 2009). Para se atender essas crianças é viável que o AEE seja oferecido dentro da própria escola, tendo em vista uma maior interlocução entre o professor do AEE e o professor do ensino comum. Essa interlocução contribui para um melhor atendimento e melhor desenvolvimento de aprendizagem. Segundo Siluk, Essa proximidade beneficia o processo de aprendizagem do aluno, pois o professor do AEE poderá acompanhar ativamente a escolarização desse sujeito, bem como os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados. Esse profissional poderá atuar de forma 21 mais efetiva junto ao professor do ensino comum, oferecendo o suporte necessário ao ensino do aluno. (2012). A implantação da sala do AEE na escola é diferente das demais, tendo em vista que o atendimento é diferenciado da sala regular. Assim preleciona Siluk sobre essa temática: A sala de recursos multifuncionais, lócus preferencial do AEE,é o espaço físico que contém mobiliários,recursos pedagógicos e de acessibilidade e materiais didáticos para atender às necessidades educacionais especificas dos alunos com deficiência,transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. (2012). Para serem implantados os centros de Atendimento Educacional Especializado é necessário seguir as orientações contidas nos documentos: A Resolução e a Nota Técnica- SEESP/GAB Nº 9/2010.Ainda de acordo com Siluk, Os centros de Atendimento Educacional Especializado deverão ser conveniados à Secretaria de Educação, submetendo sua proposta de AEE,prevista no Projeto Político Pedagógico do Centro,à aprovação desse órgão.A efetivação do convênio dependerá do parecer da Secretaria de Educação que analisará a proposta do Centro e as demandas de sua rede de ensino. (2012) Figura 4 22 O professor para atuar no AEE precisa ser Licenciado em pedagogia e possuir especialização em educação especial, tendo ainda a possibilidade de formação continuada a fim de atender as necessidades que venham surgir no espaço educacional. Assim também o professor do AEE poderá ainda ter um profissional de apoio, como consta na Nota Técnica- SEESP/GAB Nº 9/2010 que trata da organização das atribuições do profissional de apoio. A necessidade de um profissional de apoio deve ser avaliada caso a caso, tendo em vista a atual Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008). O professor do AEE é grande colaborador para eliminar as barreiras de 18 aprendizagens, contribuindo assim para que o aluno dê continuidade a seus estudos. A Resolução CNE/CEB Nº 4/2009 define as ações a serem desempenhadas pelo professor do AEE. Art.13. São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado: I- identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II- elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III- organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV- acompanhar a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, em como em outros ambientes da escola; V- estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilidade de recursos de acessibilidade; VI- orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizado pelo aluno; VII- ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII- estabelecer articulações com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de 23 acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares(BRASIL,2009). Os profissionais que atuam no atendimento educacional especializado não podem ser entendidos como substitutos do educador da sala regular de ensino, os mesmos têm outras atribuições especificas do AEE, que são criar estratégias para que a inclusão aconteça na escola como um todo O papel da escola no processo de inclusão na infância A escola como um todo tem papel significante no processo de inclusão na educação infantil. A mesma deve buscar em conjunto com o município formular uma política educacional inclusiva. Desse modo, cabe à escola tomar à iniciativa de reunir ações interseririas de saúde e seguridade social que atendam às necessidades de desenvolvimento a aprendizagem na primeira infância. Essas ações promoverão a conscientização tanto da equipe técnica da escola quanto dos alunos, contribuindo para que todos compreendam a importância da inclusão. Bruno (1996) enfatiza que: “escola elabore um projeto pedagógico que ultrapasse a visão assistencialista de educação compensatória”. Esse projeto não deve ser pensado como assistência e sim como projeto inclusivo, visando à ação democrática e humana. Para Bruno, A implementação de um projeto para educação inclusiva demanda vontade política, planejamento e estratégias para capacitação continuada dos professores do ensinoregular em parceria com professores especializados, dirigentes e equipe técnica dos centros de educação infantil, visando construir e efetivar uma prática pedagógica que lide com níveis de desenvolvimento e processos de aprendizagem diferenciados, buscando junta a solução dos conflitos e problemas que surjam nesse processo. (1996) 24 Nesse sentido, não é necessário um novo currículo para inclusão na educação infantil e sim ajustes e modificações no seu currículo. Assim preleciona Bruno (1996) “não requerendo um currículo especial, mas sim ajustes e modificações, envolvendo alguns objetivos específicos, conteúdos, procedimentos didáticos e metodológicos que propiciem o avanço no processo de aprendizagem desses alunos”. A escola, por sua vez, tem a finalidade de organizar o espaço físico, contribuindo para a eliminação das barreiras arquitetônicas, disponibilizar materiais, mobiliários, brinquedos e jogos para um melhor ensino/aprendizagem das crianças com deficiência. 25 Bibliografia BRUNO, Marilda Moraes Garcia. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: introdução. [4. ed.] / elaboração. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. BRENNAND, E.J. G; MEDEIROS. J.W. M; FIGUEIREDO. M.A. C. Metodologia Científica na Educação a Distancia. In: (Org.). João Pessoa: Editora UFPB, 2012. BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em. Acesso em: 19/ Nov/2014. CARVALHO, Rosita Elder. 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