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Sepse e choque séptico

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Introdução e definição 
➤ Sepse é o resultado de uma resposta desregulada 
do hospedeiro à infecção, levando à disfunção 
orgânica aguda; 
➤ Choque séptico é um subgrupo da sepse em que 
as anormalidades circulatórias e celulares/metabólicas 
subjacentes levam a aumento substancial no risco de 
mortalidade; 
 → Critérios para choque séptico incluem sepse 
+ necessidade de vasopressor para elevar a pressão 
arterial média >65mmHg, com uma concentração 
sérica de lactato > 2mmol/L apesar da ressuscitação 
volêmica adequada; 
➤ Fatores de risco para pior evolução: extremos de 
idade, doenças imunopressoras, câncer, medicamentos 
imunossupressores, diabetes, abuso de álcool, 
cateteres venosos ou outras condições que envolvam 
integridade cutânea; 
Etiologia e Fisiopatologia 
➤ A causa mais comum de sepse é PNEUMONIA 
➤ A sepse ocorre quando a liberação de mediadores 
pró-inflamatórios em resposta a uma infecção excede 
os limites do ambiente local, levando a uma resposta 
generalizada; 
Manifestações Clínicas 
➤ Pacientes com quadro de sepse geralmente 
apresentam-se com queixas infecciosas, como tosse 
produtiva, dor abdominal ou disúria; 
➤ Exame Físico: febre, taquicardia e taquipneia; 
➤ Sinais de disfunção orgânica: insuficiência 
respiratória, insuficiência renal, insuficiência hepática e 
choque; 
➤ Hipotensão, taquicardia, diminuição do tempo de 
enchimento capilar, livedo ou cianose podem indicar 
choque. Sinais adicionais incluem estado mental alterado 
(rebaixamento / agitação), oligúria e íleo; 
 
Falência cardiorrespiratória 
➤ Se manifesta com síndrome da angústia respiratória 
aguda (SARA), definida como hipoxemia e infiltrados 
bilaterais de origem não cardíaca que surgem dentro 
de 7 dias da suspeita da infecção. Leve (PaO2/FiO2 201 
a 300mmHg), moderada (101 a 200 mmHg) ou grave (< 
ou igual 100mmHg); 
➤ O comprometimento cardiovascular se apresenta 
como hipotensão. A causa pode ser hipovolemia 
franca, má distribuição do fluxo sanguíneo e do volume 
intravascular devido a vazamento capilar difuso, 
redução da resistência vascular sistêmica ou depressão 
da função miocárdica; 
Lesão Renal 
➤ Se manifesta como oligúria, azotemia e níveis 
crescentes de creatinina sérica, frequentemente 
havendo necessidade de diálise (discutir com a Nefro); 
Complicações neurológicas 
➤ Se apresenta como coma ou delirium; o delirium 
associado à sepse é considerado uma disfunção 
cerebral difusa causada pela resposta inflamatória à 
infecção sem evidências de uma infecção primária do 
SNC. 
Manifestações adicionais 
Sepse e choque séptico 
 
Emergência 
 
 
➤ Íleo, elevação de aminotransferases, alteração do 
controle glicêmico, trombocitopenia e coagulação 
intravascular disseminada, disfunção suprarrenal e 
síndrome do eutireóideo doente; 
Diagnóstico 
➤ Achados laboratoriais e radiológicos são pouco 
específicos, mas importantes para determinar o foco 
infeccioso; 
 
➤ Dois pares de hemoculturas (meios de cultura para 
anaeróbio e aeróbio) devem ser solicitados para todos 
os pacientes com suspeita de sepse, 
preferencialmente antes da administração de 
antibióticos (desde que não haja atraso nessa adm); 
➤ O diagnóstico é feito quando há aumento de 2 ou 
mais pontos no escore SOFA; 
➤ O escore SOFA rápido foi proposto como auxiliar 
clínico para identificar pacientes com alto risco de 
sepse fora da UTI. Varia de 0 a 3 pontos, com 1 ponto 
cada para hipotensão sistólica < ou igual a 100mmHg, 
taquipneia > ou igual a 22irpm ou alteração do estado 
mental. Um escore qSofa > ou igual a 2 pontos tem 
valor preditivo para sepse. 
 
Tratamento 
➤ Antimicrobianos iniciada precocemente no paciente 
com sepse (idealmente até 1h da chegada do pct ao 
DE), direcionados para o foco suspeito de infecção. Há 
recomendação que a escolha inicial seja por droga ou 
associação de amplo espectro. (A administração de 
terapia antifúngica empírica não é justificada em 
pacientes não neutropênicos); 
 
➤ Ressuscitação volêmica: em pacientes sépticos com 
sinais de má perfusão é recomendada a reposição 
volêmica inicial com 30ml/kg de peso de solução 
cristaloide nas primeiras horas, com preferência para o 
ringer lactato. Deve ser administrada em bolus, em 
infusão rápida, por exemplo, 500mL aberto. 
➤ Quando o lactato foi maior que 2mmol/L 
(>18mg/dL) na admissão do paciente, sugere uma 
segunda dosagem 2-4h após o início da ressuscitação 
volêmica como avaliador de medidas já implantadas e 
indicador de prognóstico; 
➤ Drogas vasoativas: o alvo de PAM em pacientes 
em choque séptico é de 65mmHg (hipertensos 80-85 
mmHg), se necessário, drogas vasoativas estão 
indicadas (preferência por noradrenalina); a adição de 
uma segunda ou terceira droga pode ser necessária 
(vasopressina?); 
 
REFERÊNCIAS: 
JAMESON, J. L.; et al. Medicina Interna de 
Harrison. 20ª ed. Porto Alegre: AMGH, 
2020; VELASCO, I. T. et al. Medicina de 
Emergência: Abordagem Prática. 14. ed. 
Barueri: Manole, 2020.

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