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A PARCERIA ESCOLA FAMÍLIA E SOCIEDADE paper

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A PARCERIA ESCOLA/FAMÍLIA E SOCIEDADE 
 
Daiane Rodrigues Lourenço 
Tutor Externo: Helen Pinto 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
PED 2766 – Prática do Módulo III 
14/12/19 
 
 
RESUMO 
 
O presente artigo aborda a parceria escola/família e sociedade, tendo como objetivos verificar 
e identificar a importância destas parcerias. Serão trazidos teóricos como Dewey (1967), Laureau 
(1987), Polonia (2009), Zanlorense, Lima (2009), Berlado e Pelozo (2007), Westrupp (2003), Weffort 
(1995), Pacheco (2014), Vianna (1986), entre outros teóricos, propondo que estas parcerias são de 
suma importância na formação educacional e social dos educandos. Foi utilizado como metodologia 
pesquisas em sites especializados em artigos, bem como obras literárias, vídeos de palestras, o que 
possibilitou maiores informações e dados sobre o tema. Foi realizado também uma pesquisa e estudo 
de caso de uma escola pública, onde estas parcerias ocorrem atualmente, identificando que uma não 
vive sem a outra. Despertou a reflexão e reconhecimento sobre a importância do papel quanto futura 
docente, e consciência quanto ao papel de cidadã, que inspira e desperta indivíduos questionadores e 
autônomos que possam encontrar soluções aos desafios do cotidiano social. 
 
 
Palavras-chave: Parceria – Práxis - Formação social 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este artigo apresenta considerações sobre o tema A parceria Escola/Família e Sociedade. Este 
trabalho busca inspiração na interdisciplinaridade por dois aspectos. Primeiramente, referencial 
teórico que dá suporte às discussões em diferentes campos do saber, especialmente a reflexão acerca 
do papel como profissional da área da educação e conscientização sobre a participação como cidadã. 
Em segundo lugar, ainda em estreita relação com o aspecto anterior, a verificação de que o tema A 
parceria Escola/Família e sociedade vem sendo discutida em uma crescente escala em vários 
campos: social, educacional e núcleos de formação acadêmica, o que evidencia sua importância e 
como estas parcerias são necessárias para a formação da sociedade. 
A motivação para o tema, surgiu; primeiro com as investigações e busca por artigos que 
abordassem o tema, percebendo assim que muito se discute a respeito da A parceria Escola/Família 
e Sociedade. Segundo, foi com a recordação da minha participação no Evento: Educar Transforma 
Porto Alegre 2018, onde o tema central foi: “Aprender em Comunidade”, evidenciando a 
importância da participação das famílias e da sociedade nas escolas e suas contribuições. 
Diante deste cenário algumas perguntas surgiram: Como a relação Escola/Família e 
sociedade pode contribuir para a formação das crianças e adolescentes? Por que é importante a 
discussão deste tema? Onde está acontecendo esta relação? Entre outros questionamentos dos quais 
despertou o interesse em pesquisar e verificar alguma escola que de fato esta relação acontece 
atualmente. 
Com base nestes questionamentos, este trabalho tem como objetivos verificar e identificar a 
importância da parceria escola/família e sociedade. Desta forma, o trabalho visa à discussão didática 
2 
 
 
 
sobre o tema, contribuindo para que outros estudantes e professores se interessem a respeito do 
assunto, despertando para a reflexão da atuação profissional na educação e também a conscientização 
da participação enquanto cidadão. 
Os dados da investigação foram obtidos por meio de pesquisa em sites especializados em 
publicação de artigos acadêmicos e científicos como os sites: Google Acadêmico, BDTD (Biblioteca 
Digital Brasileira de Teses e Dissertações), CAPES. Pesquisa bibliográfica das obras literárias dos 
principais teóricos citados. Dados e investigações a respeito da escola exemplificada obtida no site 
da mesma, entrevista com uma colaboradora da escola. Vídeos de palestras e matérias que abordam 
o assunto da pesquisa disponíveis no canal do You Tube. 
Os principais autores que serviram como aporte teórico foram: Dewey (1967), Laureau 
(1987), Polonia (2009), Zanlorense, Lima (2009), Berlado e Pelozo (2007), Westrupp (2003), Weffort 
(1995), Pacheco (2014), Vianna (1986), entre outros teóricos. 
Na primeira parte, será apresentada uma breve ideia acerca da A relação escola/família, 
abordando como esta parceria influencia no desempenho dos educandos, e como a escola pode 
colaborar com esta parceria. Segunda parte abordará O papel da Escola na Sociedade, apresentando 
algumas reflexões e teorias a respeito da sua importância na vida escolar dos estudantes e o 
posicionamento que a escola tem na sociedade que está inserida. E na terceira parte A Práxis destas 
parcerias, como objeto de estudo citação da práxis da escola Barea. Verificando que estas parcerias 
acontecem atualmente, vivenciando as contribuições positivas na vida escolar, familiar dos alunos e 
comunitária da cidade a qual está inserida. 
Em materiais e métodos, detalhei de forma mais específica como foram desenvolvidas as 
pesquisas e reflexões sobre o tema a parceria escola/família e sociedade. Principais etapas mais 
relevantes e meus desafios que contribuíram para as reflexões. Para ilustrar o artigo registro 
fotográfico de algumas ações da escola Barea. 
E na conclusão, as considerações finais acerca das investigações diante do tema A Parceria 
Escola/Família e Sociedade, principais reflexões como esta pesquisa serviu de inspiração para 
repensar a postura e consciência do desempenho na atuação docente, dentro das escolas, assim como 
também a participação no âmbito social, no papel como cidadã. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1. A RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA 
 
A escola dos tempos atuais sec. XXI vem passando por diversas mudanças se comparada às 
escolas dos séculos anteriores, tanto no âmbito curricular quanto social, principalmente nos grupos 
familiares que compõem o quadro escolar. Estas mudanças são reflexo das transformações sociais 
das quais passamos, influenciadas por diversos aspectos, dentre eles principalmente os avanços na 
área tecnológica, que mudaram o modo como acontecem as interações e relações entre as pessoas. 
(ZANLORENSE, LIMA, 2009). 
As famílias passaram e passam por mudanças constantemente, estão se reorganizando em 
novas configurações. Não existe um “modelo familiar” tradicional e ideal, existem uma infinidade de 
modelos familiares, cada qual a sua maneira e particularidade. Entretanto todas elas com traços em 
comum, um deles sem dúvida é a formação de um lar, cada qual com sua identidade, formadas a partir 
de um laço afetivo, este que é por tanto outro traço em comum. 
Neste sentido a escola não pode ser uma ilha cercada por muros, precisa ser um espaço que 
acolha estas diversidades sociais, gerando uma convivência que compreenda as diferenças de forma 
3 
 
 
 
justa, democrática e respeitosa. Este pensamento é defendido por Dewey em seu livro Vida e 
Educação que afirma “A escola deve ser a casa da confraternização de todas essas influências 
coordenando-as, harmonizando-as, consolidando-as para a formação de inteligências claras, 
tolerantes e compreensivas” (DEWEY, 1967, P.122). 
O autor nos desperta a reflexão para compreender que a escola precisa ser um local neutro e 
acolhedor do ponto de vista com as diversidades sociais, sem julgamentos ou rótulos. Que através da 
educação seja responsável na formação de uma sociedade justa, empática e tolerante. 
Esta relação de parceria entre escola e família, deve ser construída com alguns acordos 
mínimos, estabelecendo um compromisso de bem-estar e educação de qualidade para o 
educando/filho, tanto na escola quanto em casa. Além disso a escola precisa ter um canal aberto para 
ouvir e compreender as famílias, para que elas possam expor suas ideias e opiniões, sobretudo levando 
em conta o bem-estar coletivo. O que infelizmente acontece na maioria das instituições, é que as 
famílias só são convocadas a comparecer na escolaquando as coisas não vão bem, notas baixas, 
comportamento ou algo mais pontual. Estas ações acabam afastando as famílias do convívio escolar, 
quanto na verdade, elas deveriam ser vistas como parceiras fundamentais no processo da construção 
da educação dos seus filhos, em variados momentos não somente quando as coisas não estão bem. 
Entretanto para que esta relação de parceria aconteça, a escola precisa conhecer os tipos de 
famílias que frequentam o ambiente escolar, bem como suas realidades, particularidades, expectativas 
e perspectivas que desejam para seus filhos. 
Para que a escola conheça melhor suas famílias, pode adotar por exemplo entrevistas em dois 
momentos: no ingresso na instituição e no início de um novo ano letivo, com trocas de informações 
tanto entre família, gestão e professores (que irão acompanhar o aluno) formando uma relação de 
parceria mútua. 
Para Laureau (1987), o mais relevante e importante na relação de envolvimento família-
escola, seria a qualidade do relacionamento e não quantidade. Ou seja, não é preciso que as famílias 
estejam 24h dentro da escola, mas a forma como participam e influenciam na construção de um 
ambiente escolar positivo para seus filhos. Cabe a escola envolver estas famílias também em outros 
momentos, com pautas que despertem a motivação para a participação em reuniões e eventos na 
escola, considerando-as como agentes parceiras. 
Neste sentido Polonia diz que “A família e a escola emergem como duas instituições 
fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsores ou 
inibidores do seu crescimento físico, intelectual e social” (2009, p.11). 
Tanto Polonia 2009 quanto Laureau 1987 defendem que quando os professores e gestão 
consideram os pais como parceiros nos processos, eles desenvolvem estratégias de acompanhamento 
e auxílio aos seus filhos, promovendo uma melhor interação entre os vários níveis curriculares, 
possibilitando ao aluno desenvolver e potencializar sua aprendizagem. Pois desta forma o educando 
sente-se amparado, tanto em casa quanto na escola, gerando segurança para enfrentar seus desafios 
de forma positiva, sabendo que tem suporte de ambos. 
 
A importância e a influência da família como agente educativo é inquestionável. Por 
exemplo, o estabelecimento de um vínculo afetivo saudável entre os pais e seus filhos pode 
desencadear o desenvolvimento de padrões interacionais positivos e de repertórios salutares 
para enfrentar as situações cotidianas, o que permite um ajustamento do indivíduo aos 
diferentes ambientes em que participa, incluindo a própria escola (POLONIA, 2009, p.2). 
 
4 
 
 
 
 Esta parceria além de ser importante e trazer inúmeros benefícios para a aprendizagem como 
foi possível verificar até agora, influencia também na formação social. Assim um dos papéis 
fundamentais e também desafiador da escola é a formação dos futuros cidadãos. 
A seguir reflexões sobre o papel da escola na sociedade. Suas influências na construção social 
e ações que promovem a participação de forma positiva da sociedade nas questões escolares. 
 
2.2. O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL - ECA, 1990, P.7). 
 
É indiscutível que a parceria Escola/Família tem papel fundamental no desempenho escolar e 
formação social dos educandos, este é um dever de ambos, garantidos por lei. A sociedade também é 
responsável e contribui nesta educação tanto quanto a escola e a família. Conforme o ECA (1990), a 
tarefa de educar não é de responsabilidade única da escola, a educação também é tarefa da família e 
da comunidade, cabe ao Estado a garantia do acesso à educação, porém a tarefa de educar é de toda 
a sociedade: escola, família e da comunidade. 
Desta forma, a escola desempenha um papel de suma importância na vida de todas as pessoas, 
de várias formas como foi visto até o momento deste trabalho. Um deles sem dúvida é a formação e 
educação para a cidadania. É no ambiente escolar que iniciamos desde o primeiro dia a prática da 
convivência em grupo, aprendendo a respeitar o multiculturalismo que abrange a sociedade a qual 
fazemos parte. 
Na escola é formada uma pequena comunidade, que acolhe diversas pessoas, cada qual com 
sua identidade, cultura, classe social dentre outras inúmeras diversidades. Cabe a escola tornar esta 
convivência uma experiência positiva, de cooperação e respeito preparando para a vida social que 
está além de seus muros. 
 
A escola deve assumir a feição de uma comunidade em miniatura, ensinando situações de 
comunicação de umas a outras pessoas, de cooperação entre elas, e ainda, estar conectada 
com a vida social em geral, com o trabalho de todas as demais instituições: a família, os 
centros de recreação e trabalho, as organizações da vida cívica, religiosa, econômica, política 
(DEWEY, 1967, p. 8). 
 
Dewey nos mostra a importância da escola na formação do indivíduo em cidadão, e quando 
ele nos fala em cooperação conectada com a vida social logo vem a reflexão: Como a escola pode 
educar para a vida social se a mesma não se relacionar com a sociedade onde está inserida? Este 
questionamento é respondido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que diz: 
 
A escola, na perspectiva de construção de cidadania, precisa assumir a valorização da cultura 
de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus limites, propiciando 
às crianças pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz 
respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito nacional 
e regional como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade. (PCN, 1997, p 34). 
 
Dessa forma a escola se torna um espaço que acolhe não só as famílias e seus filhos, mas deve 
“ultrapassar os limites de seus muros” (PACHECO, 2014), envolvendo a comunidade a qual faz parte. 
5 
 
 
 
Construindo uma relação que valoriza e respeita a diversidade local, ouvindo seus vizinhos e até 
mesmo abrindo suas portas para eles. As ações da escola devem levar em consideração também as 
necessidades e anseios da comunidade, pois estas necessidades fazem parte do contexto social de seus 
alunos e interferem diretamente em seu desenvolvimento e crescimento social. O envolvimento da 
comunidade vizinha auxilia “...no processo educativo de modo ativo e frequente” (VIANNA, 1986, 
p. 84), quando a sociedade vizinha passa a frequentar a escola, há um pertencimento e valorização do 
espaço, influenciando de forma positiva os educandos. 
Vários são os estudos realizados demonstrando que as comunidades tem interesse em 
participar ativamente nas escolas locais. Entretanto algumas escolas não estão disponíveis para ouvir 
nem acolher sua comunidade, o que infelizmente acaba sendo um prejuízo para todos. Um outro ponto 
relevante, é a importância da escola se perceber como agente integrante da comunidade, criar um laço 
recíproco de convivência social. Desta forma a sociedade reconhece a importância que a instituição 
local possui, seus indivíduos se sentem pertencentes e motivados a cuidar e preservar a escola, afinal 
ela é parte integrante de suas vidas. 
Portanto estas três parcerias, Escola/Família/Sociedade, estão inter-relacionadas de forma 
intrínseca contribuindo de muitas formas, no desenvolvimento educativo, na construção da 
identidade, na formação social, dentre outras contribuições para os educandos. 
 Mas e a práxis destas parcerias? Elas existem ou são teorias utópicas? Onde podemos 
encontra-las atualmente? 
Na sequencia o exemplo da escola pública Baréa, onde estas parceriasacontecem. Serão 
abordados alguns exemplos de estratégias da gestão escolar, que contribuíram para a formação de 
uma rede de apoiadores, envolvendo não só as famílias, mas a comunidade local, influenciando de 
forma positiva no desenvolvimento educacional de seus alunos. 
 
2.3. A PRÁXIS DESTAS PARCERIAS, ESCOLA BARÉA 
 
A respeito da práxis das parcerias e formas de participação da Escola/Família/Sociedade o 
prof. Pacheco é sempre muito enfático em suas palavras em seu livro Aprender em Comunidade diz 
que: 
 
Participar não consiste apenas em intervir em reuniões, ou em pertencer a uma associação de 
pais e mestres. É preciso que os muros das escolas sejam derrubados, que catracas e câmeras 
de vigilância sejam desativadas, para dar lugar a amplos espaços de fraterna vizinhança, para 
que as novas gerações aprendam no contexto das suas comunidades. (PACHECO, 2014, 
p.34). 
 
Para o prof. Pacheco é preciso “romper os muros”, envolver a comunidade nas ações escolares 
de forma fraterna. Esta práxis já é realidade em algumas escolas. Dentre elas principalmente a 
idealizada e coordenada por ele em 1976 em Portugal, a Escola da Ponte que além de seu currículo 
inovador (baseado na autonomia e capacidade dos estudantes), contou com a participação e 
envolvimento de pais e comunidade local para a construção e renovação de espaços de aprendizagens 
diferenciados. Esta escola tem servido de inspiração e exemplo para algumas escolas brasileiras que 
buscam inovar sua pedagogia. Atualmente o prof. Pacheco reside no Brasil, onde participa e auxilia 
estas escolas. Uma destas escolas que conta e tem seu apoio é a escola Baréa, que é o meu objeto de 
estudos deste capítulo. 
 
2.3.1 A Escola Baréa 
6 
 
 
 
 
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom José Baréa fundada em 1958 (conhecida 
como Escola Baréa), localiza-se as margens da BR 101, Km 18 na Comunidade de Santo Anjo da 
Guarda, no Município de Três Cachoeiras, RS. É uma escola de tempo integral que conta com 
aproximadamente 136 alunos, abrangendo as séries iniciais. Em 2017 iniciou o processo de mudanças 
e reformulação em seu PPP (Projeto Político Pedagógico) contando com a ajuda e participação do 
prof. Pacheco, da equipe pedagógica, das famílias, da comunidade e apoio e parceria de diversos 
ramos da comunidade local, entre empresas, associações e voluntários. 
Recentemente a escola alcançou o primeiro lugar no ranking como melhor Escola de Tempo 
Integral, entre as 96 Escolas da mesma modalidade de todo o Estado do Rio Grande do Sul, servindo 
inclusive como modelo de escola integral para as demais. A Secretaria Estadual de Educação avaliou 
o conhecimento de estudantes dos 2º, 5º e 9º ano das 96 Escolas de Tempo Integral. A escola Baréa 
foi o destaque, por conta do desempenho dos seus estudantes principalmente, os alunos do 2º ano, 
que obtiveram a classificação mais alta dentre todas as escolas. Segundo a educadora, e também uma 
das colaboradoras que apoiam as mudanças da escola, Liége Frainer Barbosa "Isso diz muito, porque 
são alunos que vieram do 1º ano, então estão desde o início dentro dessa proposta". Em apenas um 
ano foi possível verificar que estas parcerias tem influenciado positivamente no desenvolvimento 
educacional destas crianças. 
A Escola conta com uma rede grande de pessoas e instituições locais, que participam, apoiam 
não só nas decisões, mas estão engajados em projetos, dentre outras ações. Fazem parte desta rede 
apoiadora instituições como: Pastoral da Criança, Associação de Moradores, Coopergesa, Secretaria 
Municipal de Educação, entre outras. Sem estas parcerias a escola não conseguiria, realizar tudo 
sozinha, apenas com os recursos que são repassados pelo governo do Estado. Assim, além dos espaços 
da comunidade, como Clube de Mães, Associação Desportiva e ginásio da Igreja Católica, que são 
utilizados para ministrar aulas, oficinas e eventos, a escola conta com um grupo de voluntários que 
realizam diversos trabalhos, desde assessoria jurídica, limpeza, construção e até algumas oficinas, 
dentre elas: Permacultura, Programação e Internet das Coisas, Arteterapia 1 e 2, Nutrição, Violão e 
Voz, Xadrez, contam com a parceria da ONG Centro Ecológico, do curso da Universidade Luterana 
do Brasil (Ulbra) Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da equipe técnica da Associação de 
Moradores de Santo Anjo da Guarda e da Prefeitura Municipal de Três Cachoeiras. Há professoras 
voluntárias que semanalmente orientam grupos de estudantes nas áreas de leitura, escrita e 
matemática. 
Um grupo grande das famílias dos alunos, cerca de 40%, estão diretamente envolvidos em 
todas as decisões e ações escolares de seus filhos. Segundo a coordenadora pedagógica Adriane Lipert 
Bittencourt relatou que: “É importante dizer que nem todas as famílias participam da escola, existe 
um grupo muito participativo que nós definimos assim sendo em torno de 40%, depois tem um grupo 
que participa quase nada que seria um grupo que não é muito pequeno, e um grupo intermediário 
que eles oscilam. Mas na verdade não há uma participação de 100% dos pais na escola. Isso é bem 
difícil. O que podemos dizer que o grupo que participa, há uma participação com muita qualidade”. 
A escola conta também com a colaboração de voluntários individuais, pessoas que se somaram 
ao projeto porque acreditam na proposta da escola, mesmo sem ter algum familiar matriculado lá. 
Estas relações de parcerias foram construídas a partir do momento que a escola rompeu seus 
muros, com uma gestão escolar democrática e planejamento estratégico para buscar o apoio na 
construção e elaboração de seu PPP. Sua proposta pedagógica atual é composta pelo currículo 
objetivo, que são os conteúdos curriculares nacionais obrigatórios e pelo currículo subjetivo, que diz 
7 
 
 
 
respeito aos seis valores escolhidos por sua rede de apoiadores, que são: honestidade, cooperação, 
respeito, responsabilidade, perseverança e afetividade. 
 
A consolidação de uma gestão escolar de cunho democrático participativo requer 
competência cognitiva e afetiva, respaldada na internalização de valores, hábitos, atitudes e 
conhecimentos. Para o desenvolvimento de atitudes coletivas, é importante cultivar o espírito 
de coesão, a partir da formação da equipe escolar, em torno de objetivos comuns. (Freitas 
2000, p. 52) 
 
2.3.2 Como foi possível e como aconteceram estas parcerias? 
 
Para envolver e formar sua rede de apoio, a gestão escolar convocou os familiares de seus 
alunos, para discutirem as novas medidas de reformulação do currículo escolar, infelizmente na 
primeira reunião não houve comparecimento de muitos pais. Então juntamente com sua equipe 
pedagógica, desenvolveram um questionário com algumas perguntas a respeito das expectativas que 
as famílias almejavam para seus filhos na escola. Como a participação das famílias não havia sido 
total no primeiro convite devido a alguns argumentos como: falta de tempo, horário incompatível, 
deslocamento, dentre outros argumentos. A gestão da escola adotou uma nova estratégia, entrou em 
contato com as famílias para agendar uma entrevista que poderia ser realizada na escola ou nas 
residências conforme disposição de cada família. A equipe pedagógica foi dividida em grupos, alguns 
realizavam as entrevistas na escola, nos horários agendados, e outros foram designados e 
encaminhados até as residências conforme a disposição da família. 
 
Beraldo e Pelozo (2007) afirmam que é preciso conscientizar os pais de seus direitos de 
participação na escola, através de um planejamento estratégico, é possível programar as reuniões para 
horários adequados e também realizá-las em locais confortáveis para as famílias. 
Westrupp (2003) ressalta que, para que ocorra uma real participação da comunidade escolar, 
no processo decisivo pedagógico administrativo da escola, é necessário preparação e organização por 
parte de professores,funcionários e gestores escolares, bem como o estabelecimento de um clima 
organizacional favorável ao recebimento de críticas e sugestões por parte da comunidade, pois se não 
houver um canal de abertura para aceitação das propostas e críticas apresentadas, de nada valerá a 
proposição de implantação de um sistema de gestão participativa. Por isso, segundo a autora, é 
importante que os participantes do processo saibam que não basta exercer a crítica, é preciso propor 
soluções. 
 
Algumas das soluções e projetos da Escola Baréa são discutidos através do canal de 
comunicação criado que leva o nome de: “Comunidade Educadora”. É mais uma iniciativa que a 
escola juntamente com seus parceiros e apoiadores, desenvolveram para traçar estratégias, e objetivos 
para envolver a participação da sociedade e arrecadação de verbas para a construção de espaços, tanto 
na escola quanto para a comunidade. Atualmente o grupo atua e aposta em 3 principais projetos de 
longo prazo: 1) Reestruturação Curricular da Escola Baréa; 2) Implantação do Tempo e da 
Formação humana Integral na Escola Baréa e 3) Construção de uma Creche Comunitária para as 
crianças menores de 5 anos, (que já está em funcionamento). Além destes 3 projetos que beneficiarão 
toda a comunidade, o grupo também está engajado atualmente na arrecadação de fundos e voluntários 
para um outro projeto, a construção do novo refeitório da escola. Contam com estratégias como: uma 
“vaquinha virtual” que eles divulgam na página da rede social da escola, compartilham vídeos feitos 
com os relatos de seus alunos e parceiros, que explicam sobre o projeto e sua importância para a 
8 
 
 
 
comunidade escolar, elaboram outros vídeos com fotos que demonstram como estão as etapas do 
processo de construção e o que falta ser construído, desta forma prestam contas de como e onde estão 
sendo empregadas as doações arrecadadas. 
Quando questionei a coordenadora pedagógica Adriane Lipert Bittencourt: como foi possível 
envolver a escola nas ações da comunidade e que a comunidade também participe da escola? relata 
que: “Isso só é possível quando a escola participa desta comunidade, quando ela também é algo, faz 
parte de um movimento que existe na comunidade. Agente tem aqui eventos, que fazemos em parceria 
com as outras entidades que dão muito certo. Isso faz com que a escola seja viva, ativa e que a 
comunidade esteja ali atuando junto com ela, por que percebem que ela não é algo a parte, ela está 
dentro da comunidade e participa ativamente com as outras atividades que a comunidade executa... 
A nossa escola é muito respeitada dentro da comunidade por que ela se coloca junto naquilo que a 
comunidade precisa.” 
 
[...] a escola que se abre à participação dos cidadãos não educa apenas às crianças 
que estão na escola. A escola cria comunidade e ajuda a educar o cidadão que participa da 
escola, a escola passa a ser um agente institucional fundamental do processo da organização 
da sociedade civil (WEFFORT, 1995, p. 99). 
 
Portanto o envolvimento dos alunos nas divulgações dos projetos, tem sido uma oportunidade 
do exercício pleno da cidadania, pois convidam, incentivam e mobilizam a participação de todos os 
agentes que compõem a comunidade: Escola, Família, Sociedade, Educandos e Entidades locais 
(instituições, empresas, grupos e ongs entre outros). Desta forma todos tem se comprometido a 
contribuir como podem nos projetos, melhorando a qualidade do ensino de suas crianças e jovens 
como foi verificado no desempenho escolar. 
Sem dúvidas a Escola Baréa merece o título de escola modelo, servindo de inspiração e 
motivação para que outras escolas desenvolvam e adotem novas estratégias de acolhida ás famílias e 
comunidade, em prol de uma educação como diria Pacheco “fraterna para além de seus muros”, ainda 
segundo o autor em várias de suas falas nas palestras defende que: “escolas não são edifícios, escolas 
são pessoas, as pessoas são os seus valores que se transformam em princípios de ação... a escola 
precisa de três valores fundamentais: autonomia, responsabilidade social e a solidariedade”. 
Em vista de todos os aspectos apresentados, a participação em conjunto (Família, Escola e 
Sociedade) é fundamental para o processo de desenvolvimento e progresso social de todos os 
indivíduos envolvidos. Pois gera crescimento em vários âmbitos, ajudando principalmente na 
educação, conscientização e formação de cidadãos mais autônomos, que serão capazes de construir 
uma sociedade com mais equidade e fraterna. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 O ponto de partida e motivação para o tema A parceria Escola/Família e Sociedade, surgiu 
após a reflexão: “No próximo ano meu filho entra na escola fundamental, como será minha relação 
com a escola e o meu papel social?”. 
Diante deste cenário outras perguntas surgiram: Como a relação Escola/Família e sociedade 
pode contribuir para a formação das crianças e adolescentes? Por que é importante a discussão 
deste tema? Onde está acontecendo esta relação? Entre outros questionamentos dos quais despertou 
o interesse em pesquisar e verificar alguma escola que de fato esta relação acontece atualmente. 
Recordei então da realização do fórum em maio de 2018, Educar Transforma Porto Alegre 
2018 do qual eu participei. O tema central das discussões foi: Construindo Comunidades de 
Aprendizagem. Com a participação especial do Professor José Pacheco (idealizador da escola da 
Ponte em Portugal). Muito foi falado a respeito da Importância da participação das famílias nas 
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escolas e como envolver e engajar a comunidade local também. Neste fórum havia a participação de 
algumas escolas que mudaram suas estratégias pedagógicas a partir de uma gestão mais democrática 
e participativa. Estas escolas relataram suas experiências, a cerca de como faziam para envolver e 
motivar suas famílias e a comunidade para participarem de forma ativa nas ações e decisões mais 
relevantes de sua escola. Também expuseram as contribuições no desempenho escolar de seus alunos 
e os progressos que tiveram e tem em sua localidade. 
Iniciei minhas pesquisas para aprofundamento do tema A parceria Escola/Família e 
Sociedade nos principais sites especializados em artigos acadêmicos como: Google Acadêmico, 
Periódicos CAPES, BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações). Nestes sites 
encontrei vários artigos relevantes que abordavam alguns dos tópicos de meus questionamentos e 
tema. Fui selecionando alguns dos quais estavam mais próximos de meus questionamentos e interesse 
a partir do título e iniciei a leitura deles. Conforme fazia as leituras me identificava com alguns autores 
que eram citados. Estes artigos auxiliaram como fontes norteadoras para a construção e elaboração 
estrutural do meu artigo bem como inspiração para aprofundamento teórico. 
Assisti alguns documentários, entrevistas e vídeos de palestras que abordassem o tema A 
parceria Escola/Família e Sociedade, e constatei que muito se discute a respeito, o que me fez refletir 
sobre a importância e relevância destas parcerias em nosso cotidiano docente e social. 
Separei alguns autores que achei mais relevantes e suas citações. Achei importante e 
necessário, pesquisar e ler a fonte real das citações. Fiz a leitura do capítulo inteiro da citação que me 
identifiquei para poder verificar se havia contexto nas ideias dos autores com as minhas. Desta forma 
pude conhecer alguns teóricos que eu não conhecia e reconhecer e recordar os que já estudei em 
outras disciplinas do curso. Pude desta forma ter maior propriedade para a formulação de meus textos 
e organização de minhas ideias. 
A próxima etapa foi a pesquisa e recordação do Fórum Educar Transforma Porto Alegre 2018. 
Iniciei fazendo a leitura do livro: Aprender em Comunidade do Prof. José Pacheco, do qual ele 
defende suas ideias como se estivesse enviando cartas a vários destinatários ilustres. O livrome 
despertou a refletir ainda mais, tanto meu desempenho na profissão de educadora quanto no papel de 
cidadã. 
Após as reflexões, leituras, pesquisas e anotações elaborei meus objetivos específicos e iniciei 
meus textos, montagem e formatação do trabalho conforme as normas pré-estabelecidas. 
Quando terminei a primeira parte da introdução e primeiros capítulos da fundamentação 
teórica, fui pesquisar a respeito da Escola Dom José Baréa, uma das escolas que estavam presentes 
no fórum, do qual foi minha maior inspiração e objeto de estudo para verificar a práxis destas 
parcerias. Entrei em contato com a escola primeiro através da página da rede social da mesma, 
explicando meu interesse em saber mais a respeito da escola, infelizmente não tive retorno por este 
canal. Entretanto nesta página consegui várias informações importantes a respeito da escola, 
verificando a forma como são feitas as campanhas de divulgação das ações que realizam para 
envolver a comunidade, as famílias, os alunos e equipe pedagógica. 
Continuei minhas pesquisas sobre a escola, e achei uma matéria na página de uma ONG local 
(umas das parceiras da escola), que falava a respeito da escola e suas ações. Esta matéria foi a 
principal norteadora para a elaboração e desenvolvimento das ideias sobre a escola e seus parceiros. 
Após tentei mais uma vez contato com a escola desta vez enviei um e-mail mais detalhado 
sobre minha pesquisa e meu interesse, solicitando uma entrevista com a gestão da escola, novamente 
não tive retorno algum. Continuei minhas pesquisas e consegui o contato da Coordenadora da escola 
Adriane Lipert Bittencourt, que prontamente respondeu as minhas mensagens, enviando inclusive seu 
contato telefônico. Através de mensagens de texto e voz, realizei uma entrevista com um pequeno 
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questionário com algumas perguntas sobre a escola e suas parcerias, bem como a visão que escola 
tinha dela mesma e visão de 2 alunos também sobre o envolvimento de suas famílias na escola e o 
como eles viam a escola na sociedade. Esta entrevista foi muito importante e rica, não só por 
aprofundar a práxis da escola em questão, mas por ter um relato vivo destas relações expondo também 
não só o lado positivo, mas as dificuldades que a escola enfrenta para manter viva estas parcerias. 
Já na parte de finalização revisei e reli todo meu artigo, desta forma retomei minhas ideias, 
ajustei melhor algumas falas contextualizando o trabalho. Baseada na retomada das ideias desenvolvi 
minhas considerações finais. 
 
 4. CONCLUSÃO 
 
Considero que os objetivos de verificação e identificação foram alcançados. Pois através das 
pesquisas foi possível verificar a importância que o tema A parceria Escola/Família e Sociedade, 
desempenha na vida escolar dos educandos, reconhecer que é um assunto que muito tem sido 
discutido atualmente em várias áreas, como social, educacional e até mesmo política. 
Ao pesquisar uma escola que realiza a práxis destas parcerias, pude identificar que é possível 
existir estas relações. Que existem desafios a serem superados, que é um trabalho constante e que 
também exige muito planejamento estratégico da gestão escolar, para que estas parcerias continuem 
vivas e ativas na escola. 
Com a pesquisa teórica, pude verificar que este é um tema discutido por variados autores, que 
defendem e comprovam a importância destas parcerias na vida escolar dos educandos e em sua 
formação social. Desta forma despertou meu interesse em aprofundar mais a respeito do tema A 
parceria Escola/Família e Sociedade, e direcionei minhas pesquisas não só no campo dos livros mas 
busquei palestras, entrevistas, matérias em revistas de educação que abordassem o tema atualmente 
para compreender melhor como são as discussões deste tema, o que também a sociedade pensa a 
respeito. 
Ao observar e procurar uma escola que servisse como meu objeto de estudos e verificação da 
práxis destas parcerias, pude constatar que exigem muitas competências da gestão escolar. Que a 
escola precisa ter um canal aberto para acolher suas famílias. Esta acolhida requer planejamento 
estratégico, com ações que mantenham viva as participações destas parcerias familiar e também a 
buscar envolver a comunidade na escola. Identifiquei que outro ponto decisivo para que a parceria 
Escola/Sociedade aconteça é em questão a maneira como a escola se coloca na sociedade e seu papel. 
Quando a escola se mostra um agente ativo desta sociedade, que entende que ela não é somente um 
espaço físico que transmite conteúdos, estas parcerias são mais abrangentes. A sociedade passa a 
reconhecer que a escola é importante, e indispensável. Esta comunidade que reconhece a escola como 
um parceiro dela, e acontece uma relação de pertencimento de ambas, o que além de contribuir no 
desenvolvimento local contribui de uma maneira significativa despertando um sentimento de 
pertencimento. 
Acredito que este trabalho possa despertar o interesse em outros acadêmicos ou mesmos 
profissionais da área da pedagogia, contribuindo no processo de formação de novos conhecimentos e 
servindo de fonte de inspiração para novas discussões e reflexões diante do papel da atuação na 
docência. 
Pela observação dos aspectos analisados, refleti que muitos são os desafios que envolvem a 
parceria escola/família e sociedade, requer competências múltiplas e posicionamento. No aspecto 
diante da gestão escolar, é preciso planejamento estratégico, acolhida das famílias, ter um canal aberto 
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para saber ouvir as opiniões e questionamentos, compreendendo que nem todas as famílias estarão 
envolvidas diretamente nas ações propostas, mas que, entretanto, as parcerias estabelecidas são mais 
relevantes quando são de qualidade e não quantidade. Outro aspecto que constatei diz respeito do 
papel que a escola possui. Este é muito importante, não só na transmissão dos conteúdos objetivos, 
mas principalmente no desenvolvimento dos conteúdos ocultos ou subjetivos, que estes devem estar 
inter-relacionados com as ações que a escola desenvolve. Desta forma contribuindo para a formação 
e valorização dos educandos como futuros cidadãos autônomos e conscientes de seu papel na 
sociedade. 
Em vista dos argumentos apresentados refleti sobre a importância de nosso papel como 
educadores. É necessário termos consciência que cada educando tem um potencial e que nós como 
educadores precisamos ajudar no desenvolvimento deste potencial. É preciso estarmos atento com 
um olhar sensível as diversas realidades de nossos educandos e que se apresentam no contexto 
escolar. Nós como educadores precisamos desenvolver estratégias que eduza o melhor em cada 
educando, ajudando a entender qual seu papel na sociedade e como ele pode contribuir de forma 
autônoma na solução dos desafios sociais. Para que possamos eduzir nossos alunos, é preciso que 
tenhamos posicionamento social, sermos fonte de inspiração na transformação social, compreender 
qual o nosso papel na sociedade, muito além de educadores somos atores ativos na sociedade. Com 
isso surgem novos questionamentos: Como seremos fonte de inspiração para nossos educandos? De 
que forma estamos contribuindo na comunidade que fazemos parte? 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
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