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ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA E TÉC. CIRÚRGICA 13/06, 20/06/2022 Anestésicos locais e Bloqueios regionais Anestesia local → grandes animais. Dispensar aneste- sias gerais e dissociativas. Perde-se a sensibilidade e não a capacidade motora. Fi- bras sensitivas. Evitar derrubar o animal, anestesia geral. A recuperação de um animal de pequeno porte é incomparável quando falamos de anestesia geral. Adjuvantes da anestesia geral e ótimos para grandes ani- mais. Insensibilização de uma área do corpo Estrutura básica: anel aromático (parte não ionizada, por- ção lipofílica, atravessa MP celular) + éster ou amida (tempo de duração) + amina (porção hidrofílica, se liga por dentro da célula no canal de sódio, parte ionizada). MECANISMO DE AÇÃO: Dissociação em contato com o tecido -> liberação da base anestésica ativa -> se liga aos canais iônicos da membrana plasmática -> bloqueio da corrente elétrica Bloqueio da despolarização pelo bloqueio do canal iônico pelo fármaco (parte hidrofílica) Em tecido inflamado -> pH ácido -> mais presença de mo- léculas na forma ionizada -> não consegue atravessar a membrana plasmática celular -> sem efeito anestésico Despolarização de uma célula nervosa: diferença de po- tencial, carga elétrica extracelular e intracelular. De ma- neira abrupta despolariza. Anestésico local age dificul- tando a entrada de sódio → dificulta despolarização (não emite impulso nervoso, não manda mensagem de dor para o SNC). CLASSIFICAÇÃO: Os ésteres caíram em desuso, apenas a tetracaína ainda é utilizada em alguns pequenos procedimentos do globo ocular. Não tem uma penetração tão boa, menor efeito. As aminas mais utilizadas: lidocaína e bupivacaína. ASSOCIAÇÕES: Vasoconstritor (adrenalina): reduz absorção, toxicidade → pode usar doses maiores com mais tempo de duração e latência (a vasoconstrição dificulta a distribuição dos fármacos). Em cardiopatas pode causar arritmias e fibri- lação ventricular Hilauroxidase: reduz a área entre as células → aumenta a área de difusão do fármaco. Anestesia rápida. Contra- indicado em reações inflamatórias → pode difundir a in- flamação TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL: ANESTESIAS TÓPICAS: Bloqueio pequeno, área de absorção menor. Em mucosas tem maior efeito pois são áreas mais irrigadas. Córnea tem ótimo efeito. Cremes não funcionam. Lidocaína 10% spray, tetracaína colírio. Requeridas para fins exploratórios (olhos, mucosas bu- cais ou nasais. Obtidas facilmente, empregando-se lido- caína em concentrações mais altas (4 e 10%), em prepa- rações líquidas a 4% ou spray 10%. Spray em pequenos animais: cautela, difícil calcular dose máxima permitida (7mg/kg). Mucosa é bem vasculari- zada, a absorção do anestésico também é rápida, atin- gindo facilmente níveis séricos altos do anestésico → in- toxicação. Olho: tetracaína 0,05%, potente e longa duração, ação va- soconstritora intrínseca. Mucosas: concentrações de 1 a 2%. ANESTESIAS INFILTRATIVAS: Subcutâneo. Considerar profundidade-área atingida, evi- tando doses excessivas, risco ao animal, intoxicação imi- nente. • Anestesia local infiltrativa intradérmica: pequenas in- cisões na pele, retirada de pequenos nódulos ou bio- psias de pele (botão anestésico contraindicado, de- vendo usar punch). • Anestesia local infiltrativa subcutânea: a mais empre- gada. Fácil aplicação, inúmeras finalidades, suturas de pele, ruminotomias. Concentrações de 1 a 2% de lidocaína e 0,24 a 0,5% de bupivacaína. Doses máximas permitidas 7mg/kg de epinefrina e 9mg/kg com epinefrina para lidocaína e 2mg/kg para bu- pivacaína. Normalmente obedece às seguintes infiltrações: • Botão anestésico • Cordão anestésico → indicado para suturas, infiltração nas bordas da ferida • Figuras planas geométricas - Radial/Quadrado/Pirâ- mide → retirada de nódulos superficiais • Anestesia local infiltrativa profunda: figuras geométri- cas para efetuar bloqueio são tridimensionais, cone, pi- râmide. Não atua em grandes áreas, teria que recorrer comumente a geral. Indicações: excisão de linfonodos, excisões tumorais em planos profundos, pequenas vulvoplastias em éguas. • Anestesia local infiltrativa circular: sugerida em todos os corpos de formas cilíndricas, como membros ou cauda, em casos que não pode individualizar inerva- ções ou veias. Consiste em infiltrar radialmente, depo- sitando o anestésico superficial e profundamente (infil- trativa, superficial e profunda). • Anestesia local entre garrotes: requerida em animais novos (potros e bezerros), quando não se pode exceder a dose máxima permitida, ou quando há alto risco. Vantagem: anestésico limitado pelos garrotes, embe- bendo pequena área tissular, bloqueando impulso ner- voso. ANESTESIA ESPINAIS • Anestesia peridural (epidural): Anestesia regional, segmentar, temporária, produzida por fármacos anes- tésicos depositados no canal espinal, em diferentes concentrações e doses. Se baseia na localização anatômica, nas anestesias epi- durais/peridurais o anestésico é depositado ao redor da dura-máter. Anestesia subaracnoide: segmentar, anestesia é deposi- tada abaixo da aracnoide, entrando em contato direto com o líquido cefalorraquidiano. Punção preferencialmente nos espaços intervertebrais das últimas vértebras lombares (L4, L5, L6, L7), evitando o possível risco de bloqueios altos, que poderiam com- prometer respiração. Técnica delicada, recomendada para pacientes de alto risco, pacientes que requerem manipulações obstétricas, animais que devam ser submetidos a cirurgias abdomi- nais retroumbilicais e que estejam de estômago repleto ou animais que devem permanecer acordados. Não é recomendado: hipotensão arterial, estados de cho- que, convulsões, septicemias, choques hemorrágicos ou meningites, anemias, hipovolemias, alterações anatômi- cas da coluna ou animais idosos. Rigorosa antissepsia e assepsia. ANESTESIA INTRAVENOSA (BIER) Mais prática e segura, eficaz. Aplicação do anestésico o compartimento vascular, atinge todo o tecido celular. Normalmente coloca-se um garrote e ao se puncionar o vaso deixa fluir um pouco de sangue. O volume de anestésico depende, sendo a concentração anestésica recomendada (lidocaína 1%), o suficiente para causar até 1 hora de anestesia, período esse sufici- ente com permanência de garrote no membro sem cau- sar necrose. ANESTESIAS INTRA ARTICULARES: Recomendadas em equinos, anestesias diagnósticas. Aplicação do anestésico em região intra articular cessa imediatamente a claudicação, indicando a sede da lesão. • Peduncular → dessensibilizarão do cordão espermá- tico ou de qualquer outra estrutura peduncular. Para cas- tração cuidado com o plexo pampiniforme, que tem alta quantidade de vasos e pode fazer hematoma. Neoplasias pedunculares. • L invertido: laparotomia exploratória (dessensibilizarão do flanco) Intravenosa: Bier -> pele, subcutâneo, musculatura e osso. Usar garrote para limitar o bloqueio anestésico so- mente na região desejada. Garrote no máximo 20 minu- tos. Regionais: • Bloqueios perineurais: dessensibilizar um nervo espe- cífico. Descorna, tumefações em equinos, intervenção em membros, suturas, tumores, odontologia. Cabeça de equinos → forame infraorbitário, supraorbitário e mento- niano. Cães -> infraorbitário, mentoniano, mandibular e maxilar. Bovinos -> infraorbitário, supraorbitário, mento- niano, cornual e auriculopalpebral (anestesia de pálpebra -> não pisca). • Membros: cirurgias ortopédicas. Dessensibilizarão dos nervos do plexo braquial -> cotovelo para baixo. • Espinhal: epidural (baixa ou alta/caudal ou cranial). Epi- dural baixa em grandes animais, não tem perda de tônus motor, a vaca não cai. Alta em pequenos animais, área maior, perda de tônus motor. Subaracnoide somente para pequenos animais. Indicações: manipulações obstétri- cas, pacientes de alto risco, cirurgias perineais, cirurgias retroumbilicais, cesarianas apenas pequenos animais, caudectomia. Complicações: parada respiratória com vo- lumes altos demais e posição errada do animal. Classificados em 2 grupos principais: aminoamidas e aminoésteres Aminoésteres: mais antigos, ex: cocaína. Receptores de sódio são internos, um pH alcalino facilita o funcionamento de um anestésico local. Ph ácido é en- contrado em abcessos por exemplo, locais inflama- dos/infeccionados. Fibras nervosas: existe seletividade Fibras nervosas de menor diâmetro são mais facilmente dessensibilizadas. As fibras mielinizadas são mais dificilmente sensibiliza- das. Quantidade de vasos sanguíneos → locais mais vascula- rizados ocorre um efeito mais rápido. Anestésicos locais no organismo → sofrem hidrólise me- tabólica, são enviados para o fígado, são metabolizados e excretados na urina e bile. Efeitos adversos: se animal possui hipersensibilidade, só descobre na hora. Anestésico local de forma sistêmica (veia) → animal pode apresentar toxicidade. USO CLÍNICO: Produzir anestesia local: • Tópica: lidocaína em gel 2% • Infiltrativa: vai infiltrar anestésicos, dessensibilizar a região por um todo • Peridural: feita entre dura-máter e aracnoide (periferia da dura-máter), entre coccígea I e II em éguas. • Regional IV: garrote • Bloqueio perineural: na periferia do nervo. Nervos es- pecíficos: PRINCIPAIS FÁRMACOS: • Lidocaína: mais utilizada por questão financeira, mais barata, início do efeito a aplicação 10-15 min (período de latência), duração 60-120 min (depende da quanti- dade de vasos no local, qualidade do anestésico. • Bupivacaína: mais cara, 3-4 vezes mais potente, dura- ção 240-360 min, mais tóxica. • Ropivacaína: menos comum, bloqueio sensitivo supe- rior, pode alterar função motora pela característica dela, toxicidade menor em relação BUPI, duração 180- 300min. PRINCIPAIS ANESTÉSICOS LOCAIS 1. LIDOCAÍNA Latência curta (2 minutos local, 10-15 minutos epidural) Duração de ação curta Além de analgesia, proporciona bom miorrelaxamento Cuidar com doses tóxicas -> estimulação central, convul- são, taquicardia e morte. Características: efeito ambivalente (baixas doses cau- sam depressão e altas doses tremores); potência e dura- ção moderadas; Com vasoconstritor a dose máxima é 9mg/kg Sem vasoconstritor é 7mg/kg Para tratar arritmias cardíacas a dose é 1-2mg/kg IV sem vasoconstritor. 2. BUPIVACAÍNA Tem maior duração que a lidocaína (até 6 horas). 3 a 4 vezes mais potente do que a lidocaína. Maior período de latência -> interessante associar bupi- vacaína com lidocaína principalmente para epidural Miorrelaxamento insatisfatório Tempo de bloqueio mais prolongado, cardiotóxica (não aplicar EV), em baixas doses tem-se somente o bloqueio sensitivo e não motor. Dose tóxica: 1-2mg/kg sem vasoconstritor 3-4mg/kg com vasoconstritor EFEITOS ADVERSOS E TOXICIDADE: Local: edema (cirurgias de pele não deve utilizar), hema- toma se pegar um vaso, isquemia se usar fármaco com vasoconstritor em locais com vasos de pequeno calibre (extremidades). Sistêmico: cuidar com volume tóxico, doses excessivas podem causar agitação, náuseas e vômitos, inconsciên- cia, tremores, convulsão, morte, arritmias, oxidação da hemoglobina. Tetracaína: Características: utilizada como anestésico tópico Solução oftálmica 0,5% e para mucosas 1 a 2%; Ropivacaína Características: com analgesia com bloqueio motor mí- nimo. Técnicas: superficial, infiltrativa, perineural Superficial (tópica): • Oftálmica → tetracaína 0,5% • Mucosa → tetracaína 2% ou lidocaína 4%/10% Em gatos e cães pequenos não usar spray, pouca preci- são e risco de intoxicação • Pele → prilocaína 2,5% com lidocapina 2,5% Infiltrativa: Intradérmica; Subcutânea (mais utilizada, injeção subcutânea de 0,4ml de lidocaína 1-2% pode ser utilizada para infiltrar vários pontos da região de incisão cirúrgica, produzindo blo- queio para intervenções com mastectomias ou laparoto- mias. Caso necessite diluir a solução anestésica, deve-se usar no máximo 1:2 (1 parte de anestésico para 2 diluente – solução fisiológica); Muscular → Lidocaína 0,5 a 2% ou Bupivacaína 0,5% a 0,75% Não usar anestésicos locais com vasoconstritor em regi- ões periféricas. PRINCIPAIS TÉCNICAS: • Infiltração local: cães Subcutânea (transpassa toda a pele, deposita no espaço subcutâneo) ou intradérmica (deposita dentro da pele, mais resistência, uso de agulha de insulina). Massagear para difundir. Apenas quando a intervenção é simples. Agulha 30x7, lidocaína 1 ou 2%, 1 a 3 ml Período de latência curto, período hábil de 1-2h. Recupe- ração 2-3h. Referências: antissepsia mais tranquila, agulha 22-25 G (depende do tamanho do animal), volume 2-5mg/kg (va- ria com a região), lidocaína 2%, Bupivacaína. Se aplicar muito distende os tecidos. Usada para retirada de sutura por exemplo. • Peridural ou Epidural: bovino, equino, canino Antissepsia cirúrgica: Luva estéril: mais da metade vem com furos microscópi- cos. Não substituir medidas de antissepsia por antimi- crobianos. Degermante: faz espuma. PVPI Grandes animais: esfregar com Degermante, enxaguar com álcool → 3x no mínimo Animais de companhia: álcool 70, Clorex alcoólico → 3x no mínimo Técnica varia com as espécies, riscos também. Tricotomia: raspagem do pelo (dura-máter e aracnoide!). Figuras geométricas com ângulos agudos (quadrado e retângulo). Volume varia com tamanho e espécie. Massagem para difundir Espaço lombossacro, entre L7 e L-S. Mão em pinça nas cristas ilíacas. Gota de solução salina estéril no canhão da agulha, quando atinge espaço correto a gota é puxada para den- tro, entre dura-máter e aracnoide. Associação de anestésico local com α2 agonisto ou opi- oide: • Lidocaína 2% + Xilazina • Lidocaína 2% + Cetramina Não usar propofol Pode morfina, tramadol Bloqueio do plexo braquial (região medial da escápula, região escapulo-umeral, são vários nervos que enervam o membro torácico): Tudo distal a isso perde sensibilidade, dessensibilização da tuberosidade olecriana para abaixo. Amputação de membro, artroscopia, cirurgia de reconsti- tuição de enervamento Penetrar em cavidade torácica: bolha no canhão da agu- lha Nervos do plexo dessensibilizados: radial, ulnar, medi- ano, musculo cutâneo, axilar Bloqueios regionais da cabeça: Procedimentos odontológicos, oftálmicos, seios parana- sais e feridas lacerantes. Maxilar, infraorbitário, auriculopalpebral, mandibular, mentoniano, zigomático Mais usuais: Caudal: auriculopalpebral, infratroclear, supraorbitário, zigomático, lacrimal e retrobulbar Rostral: nervo maxilar, mandibular, mentoniano e infraor- bitário GRANDES ANIMAIS CABEÇA: Prevalecem anestesias infiltrativas e perineurais Forame infraorbitário (Nervo infraorbitário): Equinos: Anestesia usada com bastante frequência em equinos e se presta para extravasões dentárias (incisivos superio- res), palatites (travagem), suturas cutâneas, excisões tu- morais, manipulação nas narinas e suturas nos lábios su- periores. Laceração em região de narina Ramificação do nervo maxilar→ do trigêmeo Forame infraorbitário: em cima dele tem o músculo levan- tador nasolabial Antissepsia superficial, 5ml Dessensibiliza: narinas, lábios superiores, tecidos crani- ais ao forame Bovino: apesar de ser pouco utilizada, permite insensibi- lizar a área em torno do lábio superior do lado correspon- dente, bem como bochecha e palato duro. 5 a 10ml de lidocaína a 1% e a localização do forame va- ria de acordo com a raça em questão, nas zebuínas se situa mais cranialmente e acima do primeiro pré-molar. O encontro do forame está no mesmo nível em que o se- gundo pré-molar da arcada superior. 20 a 30 ml. 1. Forame infraorbitário (Nervo mentoniano): Equinos: A anestesia permiteintervenções tanto a nível cutâneo como profundas, possibilitando extrações dentárias (in- cisivos inferiores), suturas gengivais, labiais e boche- chas inferiores. Agulha 40x7 ou 40x8 5-10ml de lidocaína ou prilocaína a 1 ou 2% Ou bupivacaína a 0,25 ou 0,50% Região rostral da mandíbula. Continuação do nervo man- dibular, ramificação do trigêmeo. Nervo sensorial, não motor. Indicações: fratura de mandíbula, laceração de lá- bio/gengiva Equinos: Coincide com o final da comissura labial. Dessensibiliza na arcada inferior maxila rostral, incisivos 5ml Ruminantes: Anestesia cuja execução consiste na aplicação bilateral de 5-10ml de lidocaína a 1% no forame mentoniano, per- mitindo intervenções no lábio inferior e nos incisivos in- feriores. Fácil de palpar o forame. Mais cranial, próximo ao inci- sivo lateral. 5-10ml Bubalinos: um pouco mais caudal Nervo maxilar: mais complicado Indicações: acesso aos seios paranasais, procedimentos do osso maxilar Acesso pela fossa pterigopalatina, agulha obliquada, di- recionando cranialmente e levemente ventral. Guiado por ultrassom. Antissepsia cirúrgica, cateter estéril Nervo mandibular: face medial da mandíbula, desce linha paralela a face mais caudal da órbita, linha paralela a ar- cada dos dentes inferiores. Onde essas linhas se cruza- rem teremos o forame mandibular. Equinos: é um nervo misto obrigatório do quinto par cra- niano (trigêmeo) e inerva internamente a mandíbula para penetrar no forame mandibular, permitindo intervenções gengivais e dentárias (molares inferiores). A referência anatômica pode ser facilmente obtida pelo cruzamento de duas linhas imaginárias, uma no eixo de encontro dos molares superiores com os inferiores e ou- tra descendo pela tangente oposta ao canto do olho, for- mando um ângulo de 90º. Feita no leito mandibular interno e pode ser efetuada fa- cilmente com uma agulha 150 x 8 ou 150 x 10 e 5-10ml de anestésico local convencional. Agulha grande, 10-15ml Antissepsia superficial Possui proximidade com o nervo lingual (laceração caso dessensibilização). * Acesso alternativo: intraoral Penetra arco palatoglossal, injeta subcutâneo 5-10ml Precisa de material Nervo auriculopalpebral: nervo motor Indicação: para exame clínico na pálpebra, exames oftál- micos mais detalhados Perde função motora do músculo orbicular do olho. Man- tem sensibilidade das pálpebras. Promove aquinesia. Equino: ponto mais dorsal do arco zigomático 2-4ml Assepsia artificial Bovinos: levemente mais caudal do que do equino NERVOS SENSORIAIS: lacrimal, zigomático, infra troclear e frontal (supraorbitário) Bem superficiais, ao redor da órbita Nervo supraorbitário: próximo ao forame supraorbitário. 2-3ml, agulha de insulina. Indicação: sistema de lavagem por cateter. Equino: Permite efetuar intervenções cutâneas na pálpe- bra superior e em áreas circunvizinhas. Bovino: pouco utilizada, empregada para trepanações e irrigações do seio frontal. Nervo intra troclear: mais próximo ao canto medial do olho. 2-3ml Indicação: retirada de massa Nervo zigomático: inferior a pálpebra inferior. 2-3ml Nervo lacrimal: levemente dorsal ao canto lateral, pró- ximo a pálpebra superior. 2-3ml Bloqueio retro bulbar: técnica para dessensibilizar o nervo óptico. Atrás do globo ocular. Bloqueio sensorial. Indicação: enocleação, coleta de superfície da córnea Técnicas: de 4 pontos, lateral, dorsal, petersson e peters- son modificado. Nervo cornual: caprinos possuem ramo acessório: Bloqueio em anel ou 4 pontos MEMBROS DE EQUINOS: Indicações: pré-cirúrgico (melhora pós-operatório), su- tura, procedimento cirúrgico, abcesso, pós-operatório (ci- rurgias mais cruentas), antes da artroscopia, diagnosti- car afecção. Laminite é uma afecção que dói muito no equino, ele não anda, muito sério. Dessensibilização exclusivamente na situação de trazer para um hospital, retira-se momenta- neamente essa dor para trazê-lo para fazer os cuidados. Auxílio diagnóstico: cavalo com problema locomotor ge- ralmente apresenta claudicação, no exame inicia dessen- sibilização do membro de forma distal para a mais proxi- mal, esperando melhora na claudicação para encontrar a região e descobrir a afecção (diferencial com raio x). Não serve para todas as afecções. • Digital palmar/plantar: mais distal do que o digital Dessensibilizar as estruturas aspecto palmar do caso. Metade, 1/3 palmar. Complexo VAN: veia, artéria, nervo • Digital (abaxial dos sesamoides proximais) Dessensibilizar todas as estruturas distais ao bloqueio. Abaxial axial. • Bloqueio 4 pontos baixo Nervo palmar lateral: entre o 4º e 3º metacarp Nervo palmar medial: entre o 2º e 3º Nervo metacarpiano palmar lateral: entre o ligamento suspensor do boleto e o tendão flexor digital profundo Nervo metacarpiano palmar medial: “ “ “ • Bloqueio 4 pontos alto Terço médio do metacarpo Sempre que for lateral: carpo Após realização, 10 min, conferir anestesia BOVINOS: Animal em estação • Nervo cornoal → descorna: base do chifre e canto me- dial do olho Aproximadamente 2,5 cm da base do chifre, 10ml Descorna: duas modalidades anestésicas. Primeira: mais indicada para raças europeias, aneste- sia perineural do nervo cornual, 5-10ml de lidocaína 2% Segunda: mais indicada para zebuínas ou descorna cosmética, inervação que provém do nervo auriculopal- pebral e que também emite ramos para o chifre, aplicar anestesia circular. • Anestesia infiltrativa em L invertido → cesárea, lapa- rotomia: quando não bloqueia nervos específicos Agulha 10 a 15 cm, 10 a 10mL, Lidocaína 2% • Bloqueio paravertebral → perineural, nervos específi- cos (13ª torácico, 1º e 2º lombares): método de Farqu- hason (perpendicular ao processo transverso) e Magda • Epidural: distocia, laceração de vulva, sutura de ferida Cuidado com velocidade, fármaco, dose, estéril Dose 1ml/100kg lentamente, Morfina 0,1mg/kg diluído Entre as vértebras coccígeas 1 e 2 → caudal Procedimento de Caslight L6 E S1 → muito difícil • Anestesia intravenosa de Bier → procedimentos po- dais, ressecção de hiperplasia interdigital (Gabarro), amputação de dígitos Garrote, pegar veia digital lateral e veia digital dorsal comum ou qualquer outra • Retrobulbar → bloqueia nervo óptico, face posterior do globo ocular. Risco de morte instantânea se chegar até o encéfalo. Enucleação, lacerações de conjuntiva • Glândula mamária: laceração de tetos, retirada de tetos afuncionais (retirar o quanto antes possível). Bloqueio em anel, na base do teto, na inserção (15- 20ml). Bloqueio em V invertido (5-10ml) Na cisterna do teto: fazer um garrote, injeta anestésico na cisterna → bloqueio surtirá efeito quando for mani- pular muscular, mucosa, submucosa Infiltrativa circular para tetos: garrote, antissepsia, agu- lha 4 pontos cardeais, 2 perfurações, 2,5ml de lidocaína 1% em cada lado. Local na mama: Trabalhosa, se faz pelo nervo inguinal, nervos dos forames intervertebrais de L1 até L4. • Bloqueio para orquiectomia: semelhante em equinos e ruminantes, dessensibilizar ramo testicular do nervo pudendo, fazer no meio dos cordões espermáticos (5- 10ml), bem proximal. No tendão temos o cré-master por isso a preferência. Nos suínos não dá para palpar cordão espermático. Subcutâneo: aproximadamente 5ml. Bovinos: Anestesia infiltrativa subcutânea na região distal da bolsa escrotal em calota, 5-10ml de lidocaína para única incisão circular. Anestesia local perineural em cada cordão espermático 5ml lidocaína 1%. Equino: MPA, derrubamento, decúbito lateral, higieniza- ção e antissepsia, cordão anestésico (2-3 cm) paralelo à rafe da bolsa escrotal, anestesia local perineural no cordão espermático com agulha 150x10 e 5-10ml de li- docaína 1%.Ovinos e caprinos: jejum 24h, MPA opcional, 5-10ml de lidocaína 1% região apical da bolsa escrotal, 5ml de li- docaína a 1% no cordão espermático agulha 3x7.
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