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Módulo 1 Ginástica Artística

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Unidade 1 Página inicial 
GINÁSTICA ARTÍSTICA 
Professor (a) : 
Dr. Antonio Carlos Monteiro de Miranda 
Objetivos de aprendizagem 
•Conhecer a origem e as características da Ginástica Artística. 
•Identificar os elementos corporais básicos da Ginástica Artística. 
•Problematizar a presença/ausência da Ginástica Artística no contexto escolar. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
•Aspectos Históricos e característica da Ginástica Artística 
•Elementos corporais básicos da Ginástica Artística 
•Ausência/presença da Ginástica Artística na escola 
Introdução 
Olá, prezado(a) aluno(a)! Sejam muito bem-vindos(as) às nossas aulas sobre a ginástica e suas possibilidades de atuação no 
contexto escolar. A proposta de nossos encontros é que você relembre os conteúdos aprendidos lá na graduação e consiga 
aprender novidades que contribuirão para sua ação docente no dia a dia da escola. A ideia aqui não é que você siga à risca os 
pontos apresentados, mas que se aproprie daquilo que for essencial para seus encontros e melhor trabalho junto a seus 
educandos. 
Trabalharemos com o conteúdo da Ginástica Artística (GA), tema desse estudo, resgatando seu contexto histórico de maneira 
sucinta, para que possamos relembrar como essa modalidade surgiu e foi sistematizada até os dias de hoje. 
Iremos enfatizar a importância de que nossos educandos tenham acesso à história das modalidades, para compreender como elas 
se tornaram o que é hoje. 
Posteriormente, identificaremos quais são os elementos corporais básicos dessa modalidade que chama tanto a atenção por 
colocar corpos em voo e em situações que nos encantam em cada movimento. A proposta dessa aula é conseguir identificar em 
uma coreografia de ginástica artística os diferentes movimentos realizados, além de poder contar com essa estrutura para se 
ensinar a ginástica na escola. 
Por fim, em nossa última aula, vamos refletir um pouco se a ginástica artística está ou não na escola e, se ela estiver, como tem sido 
trabalhada - será que todos os professores de educação física conseguem trabalhar com essa modalidade na escola? Quais são as 
dificuldades encontradas pelos docentes no cotidiano escolar que os impedem de trabalhar com a ginástica artística na escola? 
Essas e outras perguntas serão problematizadas e respondidas nesta aula, visando, assim, levar a ginástica artística até a escola. 
Um grande abraço e bons estudos! 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
Unidade 1 Página inicial 
ASPECTOS HISTÓRICOS E 
CARACTERÍSTICA DA Ginástica Artística 
Olá, é com grande satisfação que damos início ao nosso encontro sobre a Ginástica Artística (G.A) no contexto escolar. Não 
sabemos como foi seu processo de formação inicial (graduação) com esse conteúdo, mas esperamos que você tenha aprendido e se 
envolvido ao máximo com ele, pois a partir de agora, vamos retomar alguns assuntos e aprender outros que são importantes para 
que a ginástica chegue até o contexto escolar de maneira segura e envolvente. 
Como sabemos, a ginástica artística chama a atenção pela beleza que possui e pela possibilidade de colocar os corpos em situações 
que não estamos acostumados a ver a todo momento. Devido a essa característica, muitas vezes acaba sendo evitada por alguns 
professores no contexto escolar, seja pela falta de experiência, seja pela ausência de materiais. 
Foi pensando nisso que nos propomos, a partir dessa aula, refletir sobre como a ginástica artística pode e deve fazer parte do 
contexto escolar, uma vez que como nos alerta Ayoub (2011), a ginástica na escola brasileira na atualidade é quase nula; por isso a 
importância de que nós, professores, encontremos formas e realizemos ações para que a prática ginástica passe a fazer parte dos 
conteúdos trabalhados nas aulas de educação física. Diante disso, mesmo que você já tenha tido acesso ao processo histórico, é 
importante lembrarmos como surgiu e como foi o desenvolvimento dessa modalidade, para que ela se tornasse o que é hoje. 
A ginástica artística surgiu a partir da batalha de Jena (1806), situação em que Prússia e França entraram em conflito. Os 
prussianos não acreditavam que os franceses pudessem vencer, entretanto, com um planejamento inadequado por parte da 
Prússia, a França acabou saindo como vitoriosa. Para tentar suprir essa derrota vergonhosa e inesperada, Johann Friedrich 
Ludwing Cristoph Jahn decidiu desenvolver um trabalho com os jovens, visando prepará-los para expulsar o exército invasor e 
reerguer a moral do povo (PUBLIO, 2008). 
Figura 1 - Barras paralelas (masculino) 
Jahn buscava por meio das práticas ginásticas desenvolver força, agilidade, respeito, autoconfiança, autodisciplina, lealdade, 
obediência e principalmente amor à pátria, uma vez que a proposta tinha como foco suprir a derrota vergonhosa da batalha de 
Jena. Segundo Publio (2008, p. 16), 
Em 19 de junho de 1811, Friedrich Ludwig Jahn inaugura, na floresta de Hasenheide (Paradeiro das lebres), 
perto do Berlim, o primeiro local para a prática da Ginástica alemã ao ar livre, hoje denominado Volkspark 
Hasenheide (parque do povo). 
Foi nesse local que Jahn deu início às práticas ginásticas, fazendo uso de aparelhos de grande porte, de árvores e até mesmo de 
batalhas simuladas, como forma de preparação dos atletas. O trabalho de Jahn fez muito sucesso e passou a ser praticado por 
muitos jovens; entretanto, mesmo depois de todo o desenvolvimento dessa prática, houve sua proibição em 1818, pois o cenário 
produzido por Jahn foi considerado revolucionário e demagógico, conforme pontua Publio (2008, p. 19): 
Em 1818, o Turnen (praticar ginástica) foi considerado revolucionário e demagógico: tratava-se de um 
“abcesso” maligno que era preciso extirpar. Outubro de 1818 foi o último mês em que foi permitido praticar 
Ginástica, tendo seu reinício, em 1819, sido proibido pelo governo prussiano (bloqueio ginástico). 
Podemos observar que a perseguição foi bastante intensa e visava realmente estancar a prática a ginástica; vários foram os 
ginastas e instrutores que foram perseguidos. Jahn foi preso e detido por cinco anos, situação essa que fez com que os ginastas 
fossem para diferentes partes do mundo espalhando a ginástica em diferentes nações, ou seja, algo que era para controlar e conter 
a prática ginástica acabou dando errado e levando a modalidade para o mundo inteiro. Foi apenas em 1842 que, com o fim do 
bloqueio ginástico, a Educação Física na Alemanha começou a ser realizada em recinto fechado, hábito que se mantém até a 
atualidade (PUBLIO, 2008). 
A ginástica chegou em nosso país durante o bloqueio ginástico (1820-1842), por meio da colonização alemã no Rio Grande do Sul, 
em 1824. Com o decorrer dos anos, acabou ganhando espaço a partir dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, e, 
posteriormente, com a criação da Confederação Brasileira de Ginástica, em 1978, órgão até hoje responsável pela organização da 
ginástica nacional. 
A proposta de retomar esse processo histórico da ginástica vem no sentido de nos aproximarmos de como a ginástica artística 
surgiu e se desenvolveu para que chegasse ao que vemos hoje nas competições. Você possivelmente já teve contato com esse 
assunto na graduação, porém, queremos reforçar a importância de se trabalhar esse conteúdo junto aos estudantes, uma vez que 
será a partir da compreensão de como a modalidade surgiu que eles poderão entender por que a ginástica artística é feita em 
aparelhos de grande porte e os motivos pelos quais os atletas tenham estrutura corporal tão diferente se comparadas a de atletas 
da ginástica rítmica. 
Compreender a evolução da modalidade é um primeiro passo para nos aproximarmos de como ela se apresenta na atualidade, 
visando, assim, compartilhar junto aos nossos estudantes essa modalidade, a qual, mesmo tendo caráter competitivo, exige um 
nível técnico impecável. Ela deve sim fazer parte da escola, para que nossosestudantes possam vivenciar e, acima de tudo, 
conhecer essa modalidade, que talvez ficaria apenas conhecidas pela televisão. 
Visando uma reaproximação com a modalidade, precisamos recordar que ela é competitiva, reconhecida pela FIG (Federação 
Internacional de Ginástica) e possui competição tanto masculina quanto feminina, isto é, há a Ginástica Artística Masculina (GAM) 
e a Ginástica Artística Feminina (GAF). Cada uma possui aparelhos específicos e comuns para ambas. Normalmente os(as) atletas 
possuem um biótipo corporal bem característico, sendo mais fortes que outras modalidades ginásticas, como a ginástica rítmica ou 
de trampolim. Essa força advém dos treinamentos e exercícios exigidos na modalidades, como suspensões, rotação em aparelhos e 
sobre aparelhos, sem contar a alta carga horária de treinamento exigida. 
Lembre-se de que, ao trabalhar os conteúdos históricos, você deve priorizar um acesso lúdico e prazeroso, 
para que os estudantes compreendam o que aconteceu de uma maneira mais próxima à realidade deles, seja 
com uso de imagens, figuras ou peça de teatro. 
Fonte: os autores. 
Em relação aos aparelhos usados na modalidade, a GAM possui provas de: cavalo com alças, argolas, salto sobre a mesa, solo, barra 
fixa e barras paralelas. Em cada aparelho o atleta precisa executar uma série que será avaliada por uma banca de arbitragem que 
avalia a execução e as dificuldades. 
Figura 2 - Cavalo com alças (masculino) 
Figura 3 - Paralelas (masculino) 
Figura 4 - Solo (masculino) 
Figura 5 - Argolas (masculino) 
Figura 6 - Barra fixa (masculino) 
Figura 7 - Salto sobre a mesa (masculino) 
Já a GAF possui provas como a trave de equilíbrio, barras paralelas assimétricas, mesa de salto e solo com acompanhamento 
musical. Por mais que possuam aparelhos semelhantes entre ambos, como o solo e a mesa de salto, elas são modalidades distintas 
que possuem características próprias. 
Figura 8 - Salto sobre a mesa (feminino) 
Figura 9 - Solo (feminino) 
Figura 10 - Barras assimétricas 
Figura 11 - Trave de equilíbrio (feminino) 
Nunomura et al. (2009) nos trazem que, embora no Brasil se tenha mais mulheres que homens praticantes, a GA masculina vem se 
destacando no cenário internacional, isso em decorrência dos diferentes resultados e medalhas olímpicas que foram conquistadas 
pelos homens nos últimos anos, a exemplo de Diego Hypólito e Arthur Zanetti. Essa realidade contribui para que a modalidade seja 
mais divulgada e desperte o interesse nos mais diferentes grupos sociais. Além disso, é importante que se identifique quais os 
benefícios dessa prática no contexto escolar, tanto para o desenvolvimento social quanto pessoal dos estudantes. 
Você pode recorrer a imagens e vídeos para ilustrar aos estudantes essas diferenças que existem dentro da 
modalidade, fazendo com que eles as identifiquem e aprendam a reconhecê-las. 
Fonte: o autor 
Como destacam os autores, 
A criança e o jovem estão em processo de evolução e aprendizado constante. Assim, o papel dos educadores 
é o de proporcionar a maior gama de experiências motoras possíveis para que cada um atinja seu potencial 
máximo de desenvolvimento. A criança ou o jovem que não vivenciou uma diversidade de práticas 
corporais, encontrará a medida que ela se torna mais velha, grandes dificuldades em sentir e conhecer seu 
corpo, as posições, formas que ele pode assumir, como interagir com o meio e com outros corpos que 
dividem o mesmo ambiente (NUNOMURA et al. 2009, p. 202). 
Diante disso, fica a necessidade e a importância de que nós, professores, levamos o conteúdo de ginástica artística à escola, para 
que nossos alunos tenham as mais diversas vivências e, assim, possam se desenvolver não apenas de forma motora, mas também 
social e afetiva, aspectos que surgem como algo a mais com a prática da ginástica no contexto escolar. 
ELEMENTOS CORPORAIS BÁSICOS da 
Ginástica Artística 
Olá, prezado(a) aluno(a)! Nesta aula, vamos nos aproximar dos elementos básicos necessários para que a modalidade aconteça, 
uma vez que a ginástica artística consiste na junção dos elementos corporais com os aparelhos de grande porte e solo. Ou seja, se 
tivermos apenas o ginasta sem executar os movimentos corporais, não teremos ginástica artística, e se tivermos apenas os 
aparelhos de grande porte sem o ginasta, também não haverá, pois a junção dos dois é o que faz a modalidade acontecer. 
Diante disso, talvez você até pense: “ah, então se eu não tenho aparelhos na escola, não terei ginástica artística”. Nesse caso, é 
preciso que você entenda que estamos falando da modalidade competitiva, sistematizada e organizada para esse fim. No contexto 
escolar, mesmo com a ausência de aparelhos oficiais, podemos sim trabalhar com a ginástica artística, de acordo com o cenário que 
se tem, claro, desde que se tome os devidos cuidados e proporcione uma aproximação lúdica dos estudantes, seja pela GA ou outra 
prática corporal, como nos sinalizam Nunomura et al. (2009, p. 202) 
[...] as práticas corporais podem ser vivenciadas em todas as modalidades esportivas, individuais e coletivas, 
através dos jogos, brincadeiras e outras atividades que envolvam o movimento. A GA inclui uma variedade 
de aparelhos, cada um com suas particularidades, que proporcionam ao praticante um amplo conhecimento 
e desenvolvimento de práticas corporais. 
Ao trabalhar com a ginástica artística, a criança poderá conhecer seu próprio corpo e desenvolver diferentes habilidades 
necessárias para o seu desenvolvimento; por isso a importância de que o professor estimule e crie situações que despertem o 
interesse e a vontade em aprender cada vez mais fazer coisas novas com o corpo, uma vez que, como nos auxilia Nista-Piccolo 
(2008, p. 32). 
A GA é composta de elementos considerados fundamentais para o desenvolvimento motor do ser humano, 
tais como rolar, equilibrar-se, o saltar, o girar, entre muitos outros. Aprender a executá-los, combinando-os 
em sequência de movimentos, facilita o aprimoramento das capacidades físicas mais complexas e amplia as 
possibilidades de desempenho de habilidades motoras. 
Figura 12 - Crianças fazendo ginástica 
Por isso, além de desenvolver as diferentes habilidades motoras comuns nas diversas práticas corporais existentes, a ginástica 
artística possui os elementos corporais que a compõe, ou seja, os movimentos executados por todos os atletas nos diferentes 
aparelhos da modalidade, cabendo então ao professor de educação física trabalhar esses elementos junto aos estudantes lá na 
escola. 
Os elementos corporais presentes na modalidade são: os passos de dança que englobam os saltos e os pivots e os elementos 
dançantes que normalmente são feitos pelas atletas do feminino sobre a trave ou solo. Os pré-acrobáticos , que, como o próprio 
nome diz, antecedem as acrobacias, podendo servir como exemplos as rodas, rolamentos, rodantes e pontes. Os movimentos 
acrobáticos , que se caracterizam também com inversão de eixo e apresentam um nível de dificuldade maior que os pré- 
acrobáticos, como os mortais, reversões, flic-flac, entre outros. E, por fim, os elementos não acrobáticos , que se caracterizam 
pelos exercícios de força e flexibilidade, como as paradas de mãos, pranchas e oitavas (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016). 
Talvez, ao ler rapidamente esses exemplos, você não se lembre de alguns ou não conheça outros; pensando nisso, decidimos 
retomá-los para que você se lembre ou aprenda quais são os elementos corporais básicos da modalidade. Além disso, traremos 
algumas sugestões de como você pode trabalhar com esses elementos em suas aulas. 
Os passos de dança são executados em séries do solo e da trave de equilíbrio, requerem controle corporal, expressividade e, no 
caso do solo, ter relação com a música usada na série. No entanto, os elementos que mais caracterizam essa prática são os saltos e 
os pivots. Lembrando que os saltos precisam ter boa altura, forma definida e ser realizadoa partir das três fases de execução, 
preparação, fase de voo e aterrissagem. 
Como exemplo, temos os saltos : grupado, carpado, afastado, cossaco, corsa, vertical, tesoura, entre outros. Inicialmente, é 
importante que você, professor, realize atividades lúdicas junto aos alunos, como saltar obstáculos, cordas e arcos e, depois, 
sugerir que saltem de formas diferentes, sendo esse o momento de incluir as diferentes formas de salto ginásticos. Além disso, 
você pode pedir para que fiquem em trios, em que o aluno do meio irá apoiar nos ombros dos colegas e saltar algumas vezes até 
que todos passem pelas diferentes posições. Outra opção é levar imagens com os saltos para que eles reproduzam o mais próximo 
possível da imagem. 
Os pivots são as rotações realizadas sobre um dos pés; é importante lembrar que é preciso ter equilíbrio e manter a posição 
correta do corpo. Todas as formas de equilíbrio podem ser feitas pivots , como passet , perna 90º graus a frente ou ao lado, atittude , 
arabesque, avião, cossaco, entre outros. Para o desenvolvimento dessa prática, você pode primeiro ensinar meio giro para depois 
realizar o giro completo. O uso de arcos no chão e uma barra de ferro ajudam a melhorar a aprendizagem dos pivots. (MIRANDA; 
NAKASHIMA, 2016). 
Você sabia que a ginástica artística é uma das modalidades esportivas mais completas que existe? Isso pela 
exigência que ela possui do atleta conseguir ter força, flexibilidade, equilíbrio e coordenaçao, tudo sendo 
feito com muita limpeza de movimentos e cuidado estético. 
Fonte: o autor. 
Os movimentos pré-acrobáticos são aqueles realizados com inversão de eixo corporal; eles normalmente são as primeiras 
acrobacias ensinadas/aprendidas por antecederem os elementos mais complexos. Como exemplo, temos a roda (estrelinha), 
rodante/rondada, os rolamentos e suas variações – para frente e trás, grupado, carpado e afastado e a ponte. 
Ao ensinar, é importante respeitar o processo pedagógico de cada etapa; por exemplo, não podemos ensinar um rolamento para 
trás carpado se o aluno não tem domínio sobre o rolamento para trás grupado. Além disso, devemos lembrar dos princípios 
básicos, como braço sempre estendido durante roda, rodante e elementos que exigem apoio dos braços, além de aspectos básicos, 
como contração, encaixe do quadril e, no caso dos rolamentos, sempre manter o queixo em contato com o peito (externo). O bom 
desenvolvimento desses fundamentos é o que dará base para a aprendizagem de novas habilidades, sem contar que, paralelo a 
isso, é importante que você desenvolva atividades que despertem força, como jogos com carriola, em que a criança precisa 
sustentar seu peso apenas com os braços. (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016). 
Figura 13 - Elemento corporal - ponte 
Os movimentos acrobáticos são movimentos com um nível de dificuldade um pouco maior que os pré-acrobáticos e como dito 
anteriormente para ensiná-los é importante que os estudantes já tenham domínio dos elementos básicos. É evidente que você, 
professor, saberá o nível em que seus alunos e turma estão, cabendo a você conduzir o trabalho de forma que eles se desenvolvam 
e não pulem etapas dos movimentos que estão sendo trabalhados. Para o desenvolvimento dos elementos acrobáticos, é 
importante que os estudantes já tenham domínio principalmente da parada de mãos, um dos exercícios mais importantes para a 
aprendizagem dos exercícios acrobáticos. 
Como exemplos temos as reversões, tanto para frente quanto para trás, os flic-flacs e os mortais com sua variações – grupado, 
carpada e estendido. Esses movimentos exigem uma boa preparação corporal e algum tempo de prática, o que, normalmente, só é 
possível com um treinamento sistematizado. Por isso, caso seus alunos já tenham algum tipo de habilidade corporal, você até pode 
se arriscar ensinando alguns deles, como os mais simples reversões e flics ou, em outros casos, nada impede de você apresentar 
vídeos com os movimentos, explicando a eles como é feito ou até mesmo convidar um atleta para que demonstre o movimento. 
Figura 14 - Parada de mãos 
Por fim, os elementos não acrobáticos caracterizam-se pelos movimentos que exigem força e consciência corporal do executante, 
elementos básicos como vela, parada de mãos, parada de cabeça, esquadros, devem ser trabalhados dentro desse grupo. Sempre 
que possível, o professor deve retomar esses elementos, pois eles, além de darem força para os executantes, contribuem para a 
aprendizagem de outros elementos. Por isso, lembre-se sempre de trabalhar exercícios de fortalecimento abdominal, como 
pranchas, ajudar os alunos a aprenderem a parada de mãos usando a parede e até mesmo ensinar uns aos outros a ajudar o amigo 
segurando no quadril para dar estabilidade. (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016). 
Figura 15 - Elemento corporal - mortal para trás 
Figura 16 - Elemento corporal (parada de cabeça) 
Professor, aqui foram trazidas algumas possibilidades de trabalho com a ginástica artística na escola. O modelo apresentado aqui 
não busca ser o melhor nem o ideal, mas sim que ele sirva como uma proposta para que você leve a ginástica artística até a escola e 
veja que, para trabalhar os elementos corporais básicos, não precisamos de aparelhos, apenas uma sala grande e colchões, 
cabendo apenas ao professor cuidar dos aspectos básicos para o desenvolvimento da aula, como vestimentas adequadas, respeito 
ao processo pedagógico e, sempre que necessário, avançar para um próximo elemento apenas com a aprendizagem correta do 
anterior. 
Outra opção é fazer visitas a competições e apresentações de ginástica, para que estimulem nossos estudantes a aprenderem mais 
sobre essa modalidade tão rica e que chama tanto a atenção pelo que é feito com o corpo. 
AUSÊNCIA/PRESENÇA DA GINÁSTICA 
ARTÍSTICA na escola 
Olá, você talvez tenha sido aquele estudante que não teve nenhuma aula de ginástica na escola. Acredite, você não é o único. 
Talvez você até pense: “ah, mas essas discussões já foram vencidas quando eu fiz graduação, pois o que era mais dito era para 
romper com a hegemonia de bola de futebol para os meninos e de vôlei para as meninas”. É pensando nisso que perguntamos a 
você: hoje, depois de formado, você trabalha com as modalidades ginástica na escola ou normalmente trabalha com aquilo com o 
que você mais se identifica? O objetivo de nossa aula é justamente problematizar a ausência/presença da ginástica na escola e 
como podemos contribuir para que esse cenário acabe mudando. 
Ayoub (2011, p. 84) nos traz que 
[...] a ginástica como parte integrante do conjunto dos conteúdos que devem compor a disciplina educação 
física – caracteriza-se como um conhecimento de importância indiscutível e que não pode ser simplesmente 
abandonado ou colocado em segundo plano na instituição escolar. 
Figura 17 - Aula de ginástica (parada de mãos) 
A autora faz esse destaque na busca de romper com uma visão que faz uso da ginástica apenas no início das aulas para o 
aquecimento/alongamento dos estudantes antes das aulas de educação física, e ela ainda complementa ao dizer que: 
[...] não podemos negar que o processo de limitação que vem ocorrendo na educação física escolar 
brasileira, restringindo seu conteúdo ao esporte e deixando de lado a ginástica (entre outros temas da 
cultura corporal), é muito sério e preocupante. (AYOUB, 2011, p. 84). 
A proposta é que os professores da escola compartilhem com os alunos os diferentes conteúdos que tiveram no processo de 
formação acadêmica, e não apenas aqueles que são veiculados pela mídia, que o professor tenha mais domínio ou que agrade mais 
os estudantes. O professor deve se lembrar de trabalhar com profundidade todos os temas da cultura corporal de movimento, 
sejam as danças, as lutas, os esportes, os jogos ou as ginásticas. 
Com relação à ginástica artística, muitas vezes, o professor não trabalha com a modalidade pelo fato de dizer que não tem 
experiência ou não possui materiais. A experiênciasó será possível tendo contato com a modalidade e acredito que todo professor 
formado em educação física pelo menos a base possui para poder começar a trabalhar com a modalidade e, assim, conquistar a 
experiência. Isso talvez se dê pelo professor tomar como referência o alto nível, como nos alerta Nista-Piccolo (2008, p. 28): 
Ensinar GA pode parecer difícil quando se analisa a complexidade dos movimentos acrobáticos que fazem 
parte dessa modalidade. E muitos se baseiam nas demonstrações de ginástica de alto nível, às que se 
assistem através da mídia em torneios mundiais e olimpíadas, não conseguindo analisar quais as 
possibilidades de se começar a ensinar GA e nem mesmo porque fazê-lo. 
Tal cenário faz com que o professor tenha receio de trabalhar com a modalidade, evitando-a, pois em sua percepção, se os alunos 
não conseguirem executar os movimentos como apresentados na televisão, não tem porque trabalhar. 
Além disso, outra problemática que contribui para o não desenvolvimento da GA na escola apontada por Nunomura (2001) é de 
que os cursos de graduação em educação física, em sua maioria, não oferecem subsídios suficientes para que os profissionais 
possam desenvolver essa modalidade em seu ambiente de ensino, o que só acontece se esses profissionais tiveram ginástica antes 
de cursar educação física, algo que ainda é difícil de encontrar. 
Por isso, o professor deve estimular ao máximo os estudantes no contexto escolar para que possam motivar-se com a prática 
ginástica, uma vez que ela pode ter dois lados, ou que aproxima ou que repele os interessados, como nos auxilia Nista-Piccolo 
(2008, p. 29): 
A beleza dos movimentos executados com precisão encanta a quem assiste e oferece uma sensação de 
prazer ao ver um corpo rodopiando no ar. Mas, muitas vezes, são essas acrobacias mirabolantes que 
afastam admiradores da ginástica, deixando-os muito distantes daquela prática. É assim que acontece com 
os apreciadores de um espetáculo de ginástica: apaixonam-se pela leveza dos movimentos, pela sincronia da 
performance e pela magia com que as combinações dos exercícios apresentados são executadas. Em 
algumas vezes, o que eles veem estimula-os à prática; em outras vezes, desencoraja-os até uma simples 
tentativa de iniciar tal execução. 
Por isso, o professor deve sempre incluir em seus encontros atividades lúdicas para que os alunos façam ginástica de forma 
prazerosa, sem tentar alcançar os padrões determinados pelas competições de alto nível. 
Como dito no início desse nosso encontro, outro aspecto que contribui para que o professor não trabalhe com a ginástica na escola 
é o fato de ele julgar a ginástica artística como uma atividade perigosa. Nunomura (2008, p. 59) destaca que “os profissionais que 
não desenvolvem a GA por julgarem ser uma atividade perigosa e de alto risco deveriam atentar para o fato de que o risco de 
lesões e acidentes existe tanto na atividade física como no esporte, e até mesmo no dia a dia”. Ou seja, da mesma forma que um 
aluno pode se machucar fazendo ginástica artística ele pode se machucar indo pra escola, subindo uma escada ou realizando 
qualquer outro tipo de atividade. 
O que a autora quer nos mostrar é que devemos encontrar meios para trabalhar a modalidade e não desculpas. Para ela, 
[...] a única proteção contra tais eventualidades seria prever os possíveis acidentes e estabelecer 
procedimentos para preveni-los. Ter sempre em mente as possibilidades de acidentes ajuda o profissional a 
criar um ambiente prático mais seguro. Mas, em relação aos acidentes que não podem ser previstos, não 
seria possível agir. Entretanto, aqueles que são previsíveis deveriam receber a devida atenção e as 
precauções necessárias deveriam ser tomadas. (NUNOMURA, 2008, p. 59) 
Para facilitar a prevenção de acidentes, Nunomura (2008, p. 61) nos apresenta alguns fatores de segurança, em que o professor 
deve prever possíveis acidentes, a exemplo do local em que a aula irá acontecer, verificar se o piso é adequado, se tem espaço 
suficiente, se é bem iluminado, se não possui buracos ou objetos que podem atrapalhar o bom andamento da aula e até a 
temperatura do local. 
Deve verificar também os equipamentos que serão usados na aula, como os aparelhos, os ajustes de altura, uso de colchões. A 
vestimenta dos alunos , como o uso de brincos, pulseiras e relógios tanto por parte dos alunos quanto do professor, e os cuidados 
que o professor deve ter, respeitando sempre as individualidades dos alunos, além de todo cuidado com a preparação física e 
ajudas que o professor pode dar para que um exercício não seja executado da maneira errada. 
Figura 18 - Exemplo de uma vestimenta para aulas práticas 
Por fim, uma última “desculpa” dada pelos professores para não trabalharem com a ginástica artística na escola é a ausência de 
materiais (aparelhos) da modalidade. É evidente que os aparelhos de GA, por serem de grande porte, possuem um alto valor e, às 
vezes, nem estrutura a escola possui para recebê-los. No entanto, como vimos anteriormente, só com a parte de solo já 
conseguimos trabalhar muitos elementos com nossos alunos, porém, é muito importante que eles vivenciem, se possível, os 
diferentes aparelhos da modalidade. Schiavon (2008, p. 169) traz uma proposta de materiais alternativos para a ginástica artística. 
Segundo a autora, esses materiais 
Em sua maioria, são elaborados e desenvolvidos por profissionais criativos que, devido à necessidade de 
adaptação de um material oficial, ou ainda pela inexistência do mesmo no seu local de trabalho, utilizam 
outras possibilidades não convencionais de ensino para determinado movimento ou modalidade. 
[...] esses materiais são elaborados de acordo com a especificidade e a necessidade da atividade ou de cada 
profissional na sua rotina diária, com suas dificuldades vividas no ambiente de trabalho, seja na escola ou no 
clube. 
Com isso, podemos observar que é possível adaptar os materiais de acordo com a realidade de cada escola. Os exemplos trazidos 
pela pesquisadora abrangem a construção de plintos de madeira, que podem ser feitos por um marceneiro da escola ou um(a) 
pai/mãe ou profissional da comunidade, a adaptação de colchões (que não são mais usados), que podem ser doados pelos pais e 
encapados com lona para que tenham maior durabilidade. 
A construção da trave de equilíbrio pode ser feita com dois cavaletes de madeira e um caibro de 5 m, no meio revestido de espuma 
e couro para dar segurança ao aluno. O uso do cavalete permite ter duas alturas: uma mais alta e outra mais baixa. Além disso, 
pode se usar o banco de madeira (banco sueco) que se assemelha à trave de equilíbrio. 
Figura 19 - Exemplos de cavaletes para a construção da trave de equilíbrio 
Já para a barra fixa , pode-se usar uma estrutura de balanço sem os ganchos, de forma que o aluno possa se pendurar, balancear e 
girar. Lembre-se de colocar um colchão embaixo. Outra opção é usar a barra fixa e as argolas , que existem em alguns parquinhos 
infantis. (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016). 
Figura 20 - Argolas em parque infantil 
O trampolim é usado para dar impulsão e ajudar os alunos/atletas a pegar impulso para saltar ou entrar em um aparelho. A forma 
adaptada pode ser feita com um pneu de caminhão usado e quatro câmaras de pneu de carro. Segundo Schiavon (2008), as 
câmaras devem sercortadas de maneira que continuem em círculos (longitudinalmente), apenas retirando o círculo interno (onde 
se localiza o bico). Depois, essas câmaras são dispostas ao redor do pneu de caminhão, formando uma tela elástica para impulsão. 
(MIRANDA; NAKASHIMA, 2016). 
Diante desses exemplos, vimos que é possível trabalhar com a ginástica artística na escola, desde que tenhamos vontade de 
compartilhar com nossos estudantes essa linda modalidade que é GA. 
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ATIVIDADES 
1. Aprendemos que a história da Ginástica Artística foi marcada por um momentode batalha e investimento nos jovens para 
reerguer uma nação. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta . 
a) A batalha de Jena foi um duelo que ocorreu em Paris no século XVIII e a França foi derrotada pela Prússia, uma vez que o 
exército Francês possuía muitos jovens despreparados para a guerra. 
b) A ginástica artística foi criada por Jahn a partir da derrota sofrida pela Suécia de forma vergonhosa e, com isso, os jovens foram 
preparados a defender a pátria. 
c) A batalha de Jena foi o duelo entre a França e a Prússia, em que a Prússia foi derrotada e Jahn foi quem treinou os jovens para a 
revanche, fazendo uso de aparelhos de grande porte e, com isso, a ginástica artística foi criada. 
d) O duelo entre a França e a Prússia durou muitos anos e isso fez com que a Prussia tivesse tempo de preparar seus jovens por 
meio da ginástica e vencer a França, de forma que a Prússia nunca sofreu uma derrota. 
e) O Parque do Povo era o local usado por Jahn para se reunir com os jovens para conversar sobre a guerra e decidir como eles 
iriam invadir a França. 
2. Aprendemos que, para se ter ginástica artística, precisamos ter elementos corporais e aparelhos. Com relação aos elementos 
corporais básicos da Ginástica Artística, assinale o que for correto: 
a) Os elementos corporais básicos da GA incluem formas de andar, correr, voar, e devem ser executados apenas por atletas de alto 
nível. 
b) Os saltos e saltitos fazem parte dos elementos corporais básicos chamados de pré-acrobáticos. 
c) Os elementos pré-acrobáticos englobam os exercícios de maior dificuldade como parada de mãos, mortais e flics. 
d) Os elementos não acrobáticos caracterizam-se pelos movimentos que exigem força e consciência corporal do executante, 
elementos básicos como vela, parada de mãos, parada de cabeça, esquadros. 
e) Os elementos acrobáticos são os elementos de preparação para outras acrobacias e como exemplo podemos citar os rolamentos 
e saltos. 
3. Vimos que, muitas vezes, os professores de educação física não trabalham com os conteúdos de ginástica artística na escola, em 
decorrência de alguns motivos. Sobre esse assunto, assinale o que for correto: 
a) Os professores de educação física até gostam da modalidade ginástica artística, mas sentem-se desmotivados por não terem 
aparelhos, técnicos e atletas dentro da escola que possam ajudar. 
b) A ginástica artística é uma modalidade extremamente arriscada e que não deve ser trabalhada na escola, apenas nos centros de 
treinamento. 
c) A ginástica artística chama muito a atenção pela forma com que ela acontece, entretanto, o professor de educação física não tem 
preparação suficiente para trabalhar com ela e, por isso, deve evitar essa modalidade. 
d) Os professores não trabalham com a ginástica na escola muitas vezes pela ausência de material e falta de segurança, no entanto, 
é possível trabalhar desde que tomem os devidos cuidados e confeccione materiais alternativos. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Durante nossos encontros, foi possível retomar alguns assuntos que talvez você até já tivesse esquecido, dependendo, claro, de 
quando você tenha finalizado a sua graduação. No entanto, o ponto mais importante aqui é que precisamos levar a ginástica para o 
contexto escolar, de forma que nossos estudantes tenham acesso a esse conteúdo, o qual irá contribuir não apenas com sua 
formação motora, mas para as suas relações afetivas e sociais dentro e fora da escola. 
Tomamos essa premissa como foco, pois não pretendemos, ao trabalhar com a ginástica artística na escola, formar atletas ou 
ganhar medalhas, mas sim contribuir com a formação de nossos educandos. É evidente que, se você identificar um talento em sua 
turma que tem interesse em aprender mais e os pais apoiam a inserção da criança na modalidade esportiva, você pode ajudar para 
que ela ou ele trilhe o melhor caminho para o esporte, pois, como sabemos, também tem o seu lado positivo. 
Como vimos, em decorrência de uma derrota, um homem organizou toda uma forma de preparação corporal, a qual hoje se tornou 
uma modalidade olímpica que chama a atenção por sua beleza e originalidade, sendo que tudo começou com aqueles jovens que se 
preparavam para as batalhas. 
Depois, conseguimos identificar quais são os elementos corporais básicos da ginástica artística, os quais são executados pelos 
atletas nos diferentes aparelhos da modalidade, tanto na Ginástica Artística Feminina (GAF) quanto na Ginástica Artística 
Masculina (GAM). Aprendemos que os elementos corporais básicos são compostos de: passos de dança, elementos pré- 
acrobáticos, acrobáticos e os não acrobáticos, cada um com uma especificidade e que, no todo, acabam resultando na ginástica 
artística. 
Por fim, discutimos sobre a presença/ausência da ginástica artística na escola e levantamos alguns temas que, muitas vezes, 
impedem de trabalhar com essa modalidade; a exemplo da ideia de que a GA ser uma modalidade perigosa e a ausência de 
materiais oficiais na escola. A partir das discussões e referenciais teóricos da área, vimos que qualquer tipo de atividade pode ser 
perigosa e que devemos buscar os meios para que se evite acidentes, e não desculpas para não trabalhar com a modalidade, além 
de conhecermos algumas possibilidades de materiais alternativos na ginástica artística. 
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Material Complementar 
Leitura 
Compreendendo a Ginástica Artística 
Autor: Myrian Nunomura, Vilma Leni Nista-Piccolo 
Editora: Phorte 
Sinopse: O livro aborda a origem da Ginástica Olímpica, a pedagogia e os 
fundamentos da Ginástica Artística, a segurança dos atletas, a 
aprendizagem de habilidades motoras, os aspectos psicológicos e muito 
mais. 
A obra vem contribuir para o aprimoramento de profissionais e 
crescimento de conhecimento de todos os interessados na Ginástica 
Artística. 
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REFERÊNCIAS 
AYOUB, E. Ginástica Geral e educação física escolar. 2. ed. Ed. Unicamp. Campinas-SP, 2011. 
MIRANDA, A. C. M. de, NAKASHIMA. F. S., Ginástica Escolar. Centro Universítário de Maringá, Núcleo de Educação a Distância; 
Maringá - PR.: UniCesumar, 2016. 250 p. 
NISTA-PICCOLO, V. L. Pedagogia da Ginástica Artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). Compreendendo a 
ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2008. 
NUNOMURA, M. Segurança na Ginástica Artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). Compreendendo a 
ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2008. 
______. Técnico de Ginástica Artística: uma proposta para a formação profissional.181f. Tese de doutorado. Universidade Estadual 
de Campinas. Faculdade de Educação Física, Campinas, SP: 2001. 
NUNOMURA, M.; FILHO, R. A. F.; DUARTE, L. H.; TANABE, A. M.; Os fundamentos da Ginástica Artística. In: NUNOMURA, M. 
TSUKAMOTO, M. H. C. (Orgs.). Fundamentos das Ginásticas. São Paulo: Fontoura, 2009. 
PUBLIO, N. S. Origem da ginástica artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). Compreendendo a ginástica 
artística. São Paulo: Phorte, 2008. 
SCHIAVON, L. M. Materiais alternativos para a ginástica artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). 
Compreendendo a ginástica artística . São Paulo: Phorte, 2008, p. 169-181. 
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APROFUNDANDO 
Fatores que afetam a força no momento da assistência física 
Aprendemos em nossas aulas os diferentes tipos de movimentos executados sobre o solo ou nos aparelhos de grande porte da 
Ginástica Artística. No processo de iniciação de qualquer modalidade ginástica, é importante que o professor esteja sempre 
próximo dos estudantes observando suas reações, expressões e evolução de movimentos aprendidos. É válido que o professor, no 
processo de iniciação, ajudeos alunos fazendo o que chamamos de ajuda manual, ou seja, a assistência física direta prestada ao 
praticante durante a execução. Foi pensando nisso que recorremos aos fatores trazidos por Nunomura et. al. (2009, p.210-211) 
baseados em George (1980), os quais determinam os fatores que afetam a força no momento da ajuda, sendo eles: 
A) A quantidade de força: é o efeito de puxar e empurrar que um corpo exerce sobre o outro. Para os iniciantes, é melhor pecar 
pelo excesso do que pela falta. A quantidade de força empregada na ajuda deve diminuir à medida que a performance for 
melhorando. O ajudante deve, a princípio, utilizar mais os músculos das pernas que dos ombros para realizar a ajuda. Apoiar-se 
bem sobre os pés, flexionar os quadris e joelhos e manter contato físico próximo ao praticante durante todo o movimento 
melhoram, significativamente, a quantidade de força que o ajudante pode empregar. 
B) A direção da força: serve tanto para produzir quanto para alterar ou influenciar a tendência do corpo ao movimento. É 
fundamental compreender o padrão de movimento das habilidades para aplicar a força, com eficiência, no momento da ajuda. 
Deve-se iniciar a aplicação da força em algum ponto abaixo da maior parte do corpo do ginasta, não importando se o objetivo da 
ajuda é elevar, abaixar, estabilizar, girar ou alguma combinação dessas ações. Assim, o ajudante é capaz de controlar a ação da 
força da gravidade. Outra regra importante é que essa força seja aplicada num ângulo de 90 graus em relação ao plano do corpo do 
ginasta. 
C) O ponto de aplicação da força: é preciso compreender como os pontos diferentes de aplicação da força afetam a ação do corpo 
e a forma assumida por este para que as técnicas mais apropriadas possam ser selecionadas. Qualquer aplicação de força externa 
em alguma parte do corpo sempre afeta a ação giratória. 
D) A sequência de aplicação de força: segue uma ordem lógica e cada habilidade segue um mesmo padrão de início-execução- 
finalização. A assistência não é necessária durante todo o movimento, pois depende da natureza do mesmo e da necessidade de 
cada ginasta. A sequência correta de aplicação de força é sempre determinada pelas características mecânicas da habilidade. 
E) O tempo de aplicação da força: a capacidade de avaliar quando a ajuda necessária é determinada pelo grau de compreensão da 
força produzida pelo ginasta para iniciar, controlar e finalizar a habilidade. O ajudante deve procurar antecipar-se a cada 
movimento para obter o máximo de vantagem sobre a situação. 
Esses fatores apresentados pela autora nos levam a compreender que a ação de ajudar durante a execução do movimento envolve 
vários fatores que nós, professores, devemos ficar atentos para que os resultados comecem a surgir. Além disso, é importante 
destacar que somente com a experiência é que a ajuda ficará mais automática e eficiente, pois só de tocar ou segurar o aluno você 
já saberá em que nível técnico ele estará, se básico (ainda precisa muito do seu apoio) intermediário (precisa um pouco da sua 
ajuda, mas logo se estabiliza) e avançado, que você só precisa estar ali pela segurança dele, mas ele já aprendeu bem o movimento. 
Por isso, a necessidade de sempre acompanhar os estudantes de perto para observar como estão evoluindo dentro da prática 
ginástica, evitando pular etapas, pois não adianta querer que o aluno consiga fazer logo um movimento que ele ainda não esteja 
preparado para realizá-lo. 
Lembre-se: é melhor esperar para que ele execute com segurança e domínio que queimar etapas e ele executar, mas com o corpo 
todo desencaixado, sem força e sempre com risco de perder o equilíbrio e se machucar. 
Reconhecemos também a dificuldade da realidade escolar, em que, na maioria das vezes, temos apenas um professor para 40 
alunos. Por isso, o professor deve encontrar algumas saídas, como ensinar a ajuda para os alunos maiores e responsáveis ou 
separar um grupo fazendo uma atividade que os alunos podem realizar sozinhos, enquanto o outro grupo fica com o professor 
fazendo auxílio. 
Diante disso, o que fica é a necessidade de que nossos estudantes aprendam a fazer ginástica e desenvolvam todas as habilidades 
que possuem. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
REFERÊNCIAS 
NUNOMURA, M.; FILHO, R. A. F.; DUARTE, L. H.; TANABE, A. M.; Os fundamentos da Ginástica Artística. In. NUNOMURA, M.; 
TSUKAMOTO, M. H. C. (Orgs.). Fundamentos das Ginásticas . São Paulo: Fontoura, 2009. 
GEORGE, S. G. Biomechanics of Women’s Gymnastics . New Jersey: Prentice Hall. 1980. 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; MIRANDA , 
Antonio Carlos Monteiro de; NAKASHIMA , Fernanda Soares. 
Ginástica no contexto escolar. Antonio Carlos Monteiro de Miranda; Fernanda Soares 
Nakashima 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
34 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Ginástica. 2. Contexto Escolar. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 769 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Produção de Materiais 
Fotos : Shutterstock 
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GINÁSTICA RÍTMICA 
Professor (a) : 
Me. Fernanda Soares Nakashima 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer a origem histórica da Ginástica Rítmica e identificar as características da modalidade. 
• Identificar os elementos corporais básicos da Ginástica Rítmica. 
•Conhecer as possibilidades de manuseio dos aparelhos e exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• A origem da Ginástica Rítmica e suas características 
• Elementos corporais básicos da GR 
• Possibilidades de manuseio dos aparelhos e exercícios de flexibilidade 
Introdução 
Olá, seja bem-vindo(a), caro(a) aluno(a)! Iniciamos agora um novo estudo, com mais um conteúdo a ser explorado! Enquanto 
profissional de Educação Física, imagino que você já saiba que o campo da Ginástica se divide em diferentes práticas e 
modalidades com diferentes focos. Existem aquelas que são competitivas, as que possuem objetivo de condicionamento físico, de 
conscientização corporal, fisioterápico ou demonstrativo. O importante é ser capaz de identificar essas manifestações gímnicas 
distintas e caracterizá-las. 
Aqui trataremos da Ginástica Rítmica (GR) e o que gostaria de propor a você é que faça brevemente a seguinte reflexão: Se alguém 
lhe pedisse para explicar o que é a Ginástica Rítmica, como você a descreveria? Com qual(is) categoria(s) das citadas acima a GR 
poderia ser relacionada? E, mais do que isso, como você a diferenciaria das demais modalidades? 
A partir desta reflexão, é possível perceber o quanto é relevante conhecer, enquanto professor de Educação Física, as diferenças 
entre as modalidades ginásticas, para ser capaz de passar este conhecimento aos seus alunos na escola. 
Quando o professor consegue contextualizar, caracterizar e mostrar as diferenças com outras práticas, ele chama a atenção dos 
alunos para o novo conteúdo que será aprendido, tornando-os curiosos e motivados às vivências e conhecimentos que estão para 
adquirir. 
Pensando assim, a GR será tratada nas próximas 3 aulas, trazendo bases teóricas e pedagógicas que contribuam no trato desse 
conteúdo em suas aulas na escola. Em um primeiro momento, exploraremos a GR partindo dasua origem e os motivos que 
contribuíram com o seu surgimento, além de apresentar suas características. Em um segundo momento, serão apresentados os 
movimentos corporais básicos e os elementos de manejo dos aparelhos. Por fim, exploraremos algumas atividades que podem ser 
realizadas no ambiente escolar. 
Desejo a você um ótimo estudo! 
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O SURGIMENTO DA Ginástica Rítmica 
A Ginástica Rítmica (GR) se desenvolveu a partir de um processo de inserção das artes (dança, música e artes cênicas) e da 
pedagogia no campo da Educação Física. Nascida como uma atividade esportiva voltada para as mulheres, consolidou-se como 
uma modalidade em que a elegância vista no ballet e a expressividade do teatro se aliam à movimentos de agilidade e flexibilidade, 
ao manuseio de aparelhos, sempre com acompanhamento de música (FIG, on-line). ¹ 
Para compreender em que momento a GR começou a se desenvolver, é preciso que retornemos ao século XIX. Neste período, 
tivemos a consolidação do chamado Movimento Ginástico Europeu, pelo qual o campo da ginástica (que neste período era 
considerada o mesmo que educação física) passou por um processo de sistematização, com objetivo de romper seus vínculos com 
práticas populares, além de servir como forma de disciplinar a população moral e fisicamente. Conforme afirma Soares (2002), 
este movimento contribuiu para que a ginástica se afirmasse como parte da educação dos indivíduos, tendo bases na ciência, na 
técnica e nas condições políticas da época. 
O Movimento Ginástico Europeu era composto por quatro principais escolas: a escola alemã, de caráter essencialmente 
nacionalista e com objetivos de preparação dos cidadão para a defesa da pátria; a escola nórdica ou sueca, também impregnada de 
nacionalismo mas com caráter pedagógico e social, destinada a regenerar o povo, extirpando seus vícios; a escola francesa, de 
caráter moral e patriótico, com preocupação voltada para o desenvolvimento social, por meio da formação do “homem completo e 
universal”; e a escola inglesa, também chamada de método esportivo inglês, mas ao qual não nos atemos, pois teve como foco os 
jogos esportivos, com pouca contribuição no que diz respeito ao desenvolvimento da ginástica que conhecemos hoje, mas com 
grande importância mundial no campo do Esporte (LANGLADE; LANGLADE, 1970; RAMOS, 1982; SOARES, 2002). Portanto, é a 
estas três escolas (alemã, sueca ou nórdica e francesa) que podemos relacionar o ponta pé inicial para o surgimento da ginástica 
com o formato que encontramos atualmente. 
Do século XIX já damos um salto ao século XX em que, após um século de Movimento Ginástico Europeu, surgiu a necessidade de 
uma reformulação e atualização deste métodos. Foi a partir daí que emergiram os seguintes movimentos (LANGLADE; 
LANGLADE, 1970): 
•movimento do centro: que buscou a reformulação da escola alemã e reconfigurou como uma manifestação artístico-rítmico- 
pedagógica e técnico-pedagógico; 
•movimento do norte: gerou a restauração do movimento sueco ou nórdico, que se consolidou como uma manifestação científico- 
técnico-pedagógica; 
•movimento do oeste: originou-se da escola francesa, tornando-se uma manifestação científico-técnico-pedagógica, assim como o 
movimento do norte. 
Esses movimentos foram importantes para a evolução e aparecimento das diferentes práticas gímnicas que conhecemos na 
atualidade. No que se trata da Ginástica Rítmica, o movimento do centro foi o motivador para o surgimento desta modalidade, que 
veio como uma alternativa de atividade física voltada para as mulheres. A manifestação artístico-rítmico-pedagógica, também 
denominada “tendência musical”, é que deu base para a consolidação da GR, integrando as artes na educação física (OLIVEIRA et 
al., 1988). 
A criação deste método ginástico recebeu contribuições de vários estudiosos de países distintos, que estavam ligados a diferentes 
áreas: corrente pedagógica, corrente da arte cênica, corrente da dança e corrente da música (PEUKER, 1974). O quadro abaixo 
apresenta um panorama sobre estes pensadores e suas respectivas áreas de influência: 
Quadro 1 - Correntes pedagógicas que influenciaram o surgimento da GR e seus respectivos pensadores 
Fonte: quadro estruturado pela autora. 
Foi a partir da contribuição desses pensadores que algumas manifestações gímnicas se desenvolveram, assim como a Ginástica 
Rítmica (PEUKER, 1974). A base para o surgimento da GR está no entendimento do movimento orgânico, princípio este idealizado 
por Rudolf Bode, considerado assim, o criador da modalidade. Aliado à ideia de movimento orgânico estão o trabalho de contração 
e relaxamento, e o princípio da totalidade considerando indissociáveis corpo e espírito. 
Mas o que seria este princípio do “movimento orgânico”? De acordo com Peuker (p. 25, 1974), é um sistema de movimento que dá 
ao indivíduo o prazer de se exercitar, que o leva a concentração espontânea e no qual participam conjuntamente o seu corpo, a sua 
mente e sua alma: o corpo executa o movimento, a mente se ocupa ao coordená-lo e tudo isto é sentido pela alma e externado 
corporalmente. Sendo assim, o indivíduo se ocupa em sua totalidade (outro princípio fundamental da GR). 
Figura 1 - Praticantes de Ginástica Moderna 
Fonte: Centropa ([2017], on-line). ² 
É importante saber que a Ginástica Rítmica não nasceu com esta denominação. O nome da modalidade 
passou por alterações ao longo de seu desenvolvimento, sendo que no princípio era Ginástica Moderna 
(1963), depois Ginástica Feminina Moderna (1972), posteriormente Ginástica Rítmica Moderna, Ginástica 
Rítmica Desportiva (1975). De acordo com Barbosa-Rinaldi (2009), foi a partir de 1997 que a Federação 
Internacional de Ginástica (FIG) tornou oficial o nome Ginástica Rítmica, ao considerar desnecessário o 
termo desportiva, já que se trata de uma modalidade competitiva de qualquer forma. Além disso, criaria 
uma padronização de nomenclatura com as demais modalidades (Ginástica Artística, Ginástica Acrobática, 
etc.). Sabendo disso, quando você for pesquisar sobre o assunto, não se surpreenderá em encontrar 
diferentes denominações, que se referem a uma mesma manifestação gímnica. 
Fonte: a autora. 
A Ginástica Rítmica iniciou o seu processo de sistematização e consolidação no ano de 1948, diante da primeira competição na 
antiga União Soviética. Deste momento até se estabelecer como modalidade reconhecida pela Federação Internacional de 
Ginástica (FIG), foram 14 anos de realização de eventos para difundi-la, realizados junto com competições de Ginástica Artística 
(antiga Ginástica Olímpica). Em 1962, portanto, a GR se tornou uma modalidade oficialmente independente (LANGLADE; 
LANGLADE, 1970; LLOBET, 1998). 
Figura 2 - Ginasta búlgara Bianca Panova - anos 80 
Fonte: Sassy Mama (2017, on-line). 4 
Figura 3 - Demonstração do grupo da professora Ilona Peuker 
Fonte: Ilona Peuker ([2017], on-line). 5 
E quando foi que a GR chegou ao Brasil? A difusão desta manifestação gímnica no nosso país teve início com os cursos ministrados 
pela austríaca Margareth Frölich, em 1953 e 1954, promovidos pelo Departamento de Esportes do Estado de São Paulo, com 
assistência da professora da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), Erica Saur. A maior divulgadora da modalidade foi a húngara 
Ilona Peuker, com cursos e demonstrações em diferentes cidades. A partir daí, a então Ginástica Moderna passou a ser 
desenvolvida na área estudantil, incentivando a formação de grupos de elite, como o pioneiro Grupo Unido de Ginastas (GUG) e a 
realização da primeira competição em 1968 (PUBLIO, 1998). 
Figura 4 - Ginasta brasileira Rosane Favilla, 1984. 
Fonte: Revista Época ([2017], on-line). 6 
A Confederação Brasileira de Ginástica, criada em 1978 para organizar as práticas gímnicas no país, permitiu que a GR evoluísse 
até que, em 1984, o Brasil foi representado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos deLos Angeles, na categoria individual pela 
ginasta Rosane Favilla Ferreira. 
As características da Ginástica Rítmica 
A Ginástica Rítmica, assim como todos os esportes, está sempre evoluindo, passando por mudanças constantes, a fim de atualizar- 
se com os níveis técnicos das atletas e aprimorar-se conforme as necessidades percebidas pelos envolvidos. Se analisarmos uma 
ginasta dos anos 70, percebemos muitas diferenças com uma atleta da atualidade, no que diz respeito ao nível de flexibilidade, os 
estilos musicais, habilidades e até biotipo. Entretanto, o que faz parte da essência da modalidade permanece, caso contrário, esta 
se descaracterizaria. Sendo assim, abordaremos aqui os aspectos fundamentais da GR que não mudam e que podem trazer muitas 
contribuições para o desenvolvimento dos seus alunos. 
Em se tratando de Ginástica Escolar, explorar ao máximo todos os aparelhos, além de utilizar aparelhos não oficiais, é muito 
interessante para as aulas de Educação Física. 
Como esporte competitivo, a GR segue às determinações do Código de Pontuação da Federação Internacional de Ginástica, que 
sofrem alterações de quatro em quatro anos, de acordo com o ciclo olímpico. O código prevê que a ginasta deve demonstrar aos 
árbitros e ao público uma série (coreografia) em que executa uma sequência de movimentos corporais que, de acordo com o nível 
de dificuldade, valem mais ou menos nota para a sua pontuação final. Junto com a realização dos elementos corporais, ela deve 
manusear um dos cinco aparelhos oficiais: corda, arco, bola, maças ou fita. Nas competições internacionais são utilizados quatro: o 
arco, a bola, as maças e a fita, pois a corda há algum tempo tornou-se apenas obrigatória às categorias de base. Tudo isso 
acompanhado da música escolhida para a sua série. Para as ginastas iniciantes, as séries podem ser a mãos livres, ou seja, sem 
utilização de aparelho. 
Figura 5 - Série individual de arco - ginasta russa 
Ao longo da série competitiva, a ginasta deve executar movimentos de saltos, de rotação e de equilíbrio, e realizar diferentes 
formas de manejo do aparelho que estiver utilizando, explorando manipulações originais e realizando lançamentos coordenados 
com elementos acrobáticos. A parte artística também deve ser demonstrada por meio da integração entre corpo e música, 
expressão corporal e passos de dança (FIG, on-line). 1 
Figura 6 - Aparelho corda 
Figura 7 - Aparelho arco 
Figura 8 - Aparelho bola 
Figura 9 - Aparelho maças 
Figura 10 - Aparelho fita 
As competições oficiais acontecem nas categorias individual e em conjunto (com a participação de cinco ginastas). Dentro do 
contexto escolar, não é necessário e nem interessante ficar limitado a estas determinações. O desenvolvimento de atividades 
tanto individuais quanto em grupos podem acontecer, mas não precisam ter número determinado de participantes no caso do 
conjunto, nem restrições de quantidade e tipo de aparelho. 
Em relação à música, partindo do nome que a modalidade recebeu - Rítmica - é preciso dar destaque a sua presença na realização 
dos movimentos. De acordo com Peuker (1974), a música estimula e valoriza o movimento quando estes estão em perfeita 
harmonia, formando uma unidade. Na GR, a música ajudará a trazer o caráter da série e por meio dela o exercício da 
expressividade corporal pode ser explorado. 
Enfim; após este estudo, você é capaz de dizer quais são os três principais pilares que caracterizam a GR? 
Figura 11 - Conjunto da Ucrânia de 3 bolas e 2 cordas 
Figura 12 - Conjunto da Rússia de 5 fitas 
A figura 13, a seguir, apresenta os elementos que, em conjunto, tornam a GR uma manifestação única e com diversas 
possibilidades, dando espaço à criatividade e à ludicidade que a tornam um conteúdo adequado ao ambiente escolar. De acordo 
com Barros e Nedialcova (1999), esta atividade contribui para o desenvolvimento da locomoção, manipulação, tônus corporal, 
organização espaço-temporal, coordenação óculo-segmentar, equilíbrio, coordenação da dinâmica geral e ritmo. 
Figura 13 - Características da Ginástica Rítmica 
Fonte: Barbosa-Rinaldi et al. (2009, p. 25). 
Figura 14 - Ginástica Rítmica Masculina - conjunto 
Fonte: Men Rhythmic Gymnastics ([2017], on-line). 8 
A Ginástica Rítmica é uma modalidade oficialmente feminina e, dessa forma, é mais divulgada e conhecida 
com mulheres neste esporte. No entanto, existe a prática da GR masculina, que surgiu no Japão e tem sido 
mais difundida nos países orientais. Após a II Guerra Mundial, com o objetivo de ajudar na recuperação do 
país por meio da atividade física, a base da modalidade vem do exercícios calistênicos e das artes marciais. 
Com seu desenvolvendo, tornou-se um esporte competitivo em 1969, ao ser regulamentado pela 
Confederação Japonesa de Ginástica. Os principais espaços de difusão são os clubes e as universidades do 
Japão, mas é possível encontrá-la em outros países do Oriente, como a Malásia e a Coreia do Sul. Em 2003, 
foi realizado o primeiro campeonato internacional de GR Masculina, no qual também participaram países 
como Austrália, Estados Unidos e Canadá. A FIG ainda não reconhece a modalidade, com a justificativa de 
que não há um número suficiente de países praticantes. A GR Masculina, assim como a feminina, é praticada 
com a utilização de música e a realização de séries individuais e em conjunto de seis ginastas, nas quais os 
atletas devem executar elementos corporais manipulando aparelhos de pequeno porte, para as 
competições individuais, ou sem aparelhos (mãos livres) para as séries de conjunto. 
Fonte: Xavier (2012, on-line). 7 
ELEMENTOS Corporais Básicos 
Agora que já realizamos um estudo sobre as principais características da Ginástica Rítmica, iniciaremos uma nova aula, na qual 
será possível conhecer os elementos corporais que são adequados para o ensino no contexto escolar. 
Serão apresentados aqui os elementos corporais que servem de base para o aprendizado da Ginástica Rítmica. Serão abordadas 
diferentes formas de equilíbrios, de andar, de correr, saltitar, saltar e girar. Foram incluídos também alguns movimentos 
acrobáticos. 
Formas de equilibrar-se 
Os equilíbrios são movimentos que fazem parte da séries competitivas da GR. Entretanto, em suas formas básicas, são 
movimentos que contribuem muito para o desenvolvimento da força, da flexibilidade, da concentração e da propriocepção. 
É importante destacar que, na introdução do ensino dos equilíbrios, o professor pode explorar posições variadas que exijam a 
capacidade do aluno de equilibrar-se, mas que não são posições específicas da ginástica. Por exemplo: Equilibrar-se em um pé, com 
a perna livre em qualquer posição; equilibrar-se sobre as pontas dos pés (meia-ponta); equilibrar-se sobre o apoio de apenas um pé 
e uma mão; e outras posições que a criatividade do professor e dos alunos permitir. 
A seguir, serão apresentados alguns equilíbrios da GR possíveis de se trabalhar na escola e que podem ser desafiadores aos alunos. 
Equilíbrio passé 
O equilíbrio em passé é o mais simples de realizar. O aluno deverá se manter apoiado sobre um pé e a perna oposta deve se elevar, 
flexionada, de forma que o joelho fique ao nível do quadril e a ponta do pé ao nível do joelho. É preciso evitar que a sola do pé se 
apoie na perna de apoio. Em todos as posições de equilíbrio, é importante que os braços, quando não estão segurando nenhum 
aparelho, estejam em uma posição fixa e definida, por exemplo: estendidos ao lado do corpo ou com as mãos apoiadas na cintura. O 
equilíbrio passé pode assumir dois posicionamentos diferentes da perna elevada: à frente ou ao lado. 
Equilíbrio avião 
O equilíbrio avião é semelhante ao equilíbrio em arabesque, com a diferença que o tronco inclina-se para frente ao mesmo nível de 
altura da perna elevada. O nome sugestivo faz com que os alunos gostem de executar este elemento e é rapidamente memorizado 
por eles. É importante que neste equilíbrio– e em todos os outros na posição de pé –, o joelho da perna de base não se flexione, 
pois isso dificulta a manutenção da posição estática. 
Equilíbrio cossaco 
O equilíbrio cossaco tem este nome devido a sua posição semelhante aos movimentos realizados na dança russa. É um equilíbrio 
de forma simples, mas que exige bastante força e equilíbrio para sua realização. A posição inicial deve ser a agachada, com apoio 
das pontas dos dedos das mãos no solo, ao lado do corpo. Ao estabilizar-se o aluno deve elevar uma das pernas à frente estendida, 
até que os joelhos fiquem no mesmo nível de altura. O desafio a partir deste momento é tirar as mãos do chão e posicioná-las ao 
lado do corpo em uma posição estática. 
Formas de andar 
As formas de andar, assim como as de correr, se caracterizam pelas diferentes maneiras existentes para se deslocar de um ponto 
ao outro do espaço de forma rápida. Peuker (1973) define o andar como a execução de um deslocamento, no qual ocorre a 
transferência do peso do corpo de um pé ao outro, sem que haja um momento de perda total de contato corporal com o solo. 
Foram selecionadas algumas formas de andar que podem ser facilmente ensinadas nas aula de educação física escolar. 
Andar estendido ou alongado 
Durante este andar, a cada passo, a perna que está atrás avança para frente passando ao lado da perna de apoio, arrastando a sola 
do pé no solo e se estende à frente na passada no ar, com a ponta do pé estendida. Ao apoiar no chão, o primeiro contato é da ponta 
do pé e depois do calcanhar. Neste momento acontece a transferência do peso para a perna da frente, enquanto a perna de trás se 
desloca para frente, também arrastando a sola do pé para dar a passada, até ficar livre e estendida no ar para avançar e dar o 
próximo passo, e assim por diante. Os braços podem estar apoiados, com as mãos na cintura, estendidos ao lado do corpo ou 
balanceando livremente de forma estendida e alternada com as passadas. 
Andar ponta-calcanhar 
O andar ponta-calcanhar acrescenta um movimento a mais no andar ponteado: após o momento em que a ponta toca o solo, o pé 
faz a posição de flex (dorsiflexão) e toca-se o calcanhar no solo, para depois dar o passo. Os braços ficam melhor posicionados com 
as mãos na cintura ou estendidos ao lado do corpo. 
Andar em meia-ponta 
Este andar acontece com os joelhos sempre estendido, com os pés mantidos em meia-ponta (somente os dedos tocam o solo e o 
calcanhar fica elevado). Os braços ficam melhor posicionados com as mãos na cintura ou estendidos ao lado do corpo. 
Formas de saltitar 
Os saltitos são pequenos saltos em que a fase de permanência do corpo no ar é curta. Para Peuker (1970, p. 51) “a primeira fase, a 
saída do chão, recebe menos impulso; e a chegada, o molejo, também é mais suave”. A seguir serão apresentadas as formas básicas 
dos saltitos, que ajudam na preparação ao aprendizado dos saltos. 
Saltito galope 
Para realizar este movimento, deve-se elevar a perna direita flexionada à frente do corpo e em seguida elevar a esquerda da 
mesma forma, fazendo a troca de pernas no ar. Para iniciar o aprendizado os braços podem permanecer com as mãos apoiadas na 
cintura ou estendidos ao lado do corpo. A medida que os alunos passem a dominar o movimento das pernas, pode-se variar a forma 
de movimentar os braços. 
Primeiro saltito 
No primeiro saltito, diferente do galope, apenas uma perna por vez se elevará a frente do corpo flexionada. Quando eleva-se a 
perna direita, a esquerda dá o impulso do solo, gerando o movimento de saltitar verticalmente. A posição no ar é semelhante a de 
um equilíbrio passé. As pernas vão sendo alternadas em cada saltito realizado. 
Saltito chassé 
O saltito chassé exige um pouco mais da coordenação motora dos alunos. Com a movimentação semelhante ao andar cruzado, a 
perna direita dá um passo à frente e, em um impulso vertical, a perna esquerda une-se à direita no ar. Na retomada do apoio ao 
solo, o pé esquerdo chega primeiro no chão, e a perna direita já se apoiará à frente e afastada da esquerda, como num passo. Para 
dar continuidade, a perna esquerda, que ficou atrás, avança com uma passada à frente, reiniciando o chassé. 
Na iniciação a este movimento, deve-se permitir que os alunos mantenham sempre a mesma perna (por exemplo, a direita) na 
frente, iniciando as passadas). Conforme aprendam a movimentação das pernas, é possível pedir que comecem a alterná-las. 
O saltito chassé pode ser realizado lateralmente, ou seja, com o corpo se deslocando de lado. 
Formas de correr 
As corridas são movimentos em que, como as formas de andar, há transferência do peso do corpo de uma perna para outra, porém, 
durante a cada passada, acontece uma perda momentânea do apoio do corpo com o solo, ou seja, há uma fase de voo breve. 
Veremos agora algumas formas de correr que poderão ser trabalhadas com seus alunos. 
Corrida alongada 
Na corrida alongada as pernas se estendem durante a fase breve de voo, como se quisessem dar um pequeno salto. As passadas, 
dessa forma, são alongadas e alcançam grande distância. 
Corrida flexionando os joelhos para trás 
Nesta corrida a perna de trás flexiona na intenção de levar o pé em direção às nádegas. 
Corrida elevando os joelhos à frente 
Durante esta corrida, a perna da frente deve se elevar flexionada à frente do quadril. 
Formas de saltar 
Salto tesoura 
No salto tesoura uma perna se eleva à frente, estendida. Em seguida, a outra também se eleva e esta troca de pernas acontece na 
fase de voo do salto, fazendo um movimento de tesoura. 
Passo-pulo 
O passo pulo é um salto que exige o afastamento ântero-posterior de pernas. Dá-se um passo e, em seguida, a perna de trás deve 
ser lançada para frente o mais alongada possível e a outra perna se eleva para trás, estendida. Pode-se dizer ao aluno que ele está 
saltando sobre um rio, de uma borda à outra. 
Salto vertical com giro 
O salto vertical é simples e realiza-se com os dois pés juntos impulsionando o corpo para cima. O corpo assume uma posição 
estendida durante o voo vertical, com os braços para cima. Para realizar este salto com giro, durante o voo o aluno deve rotacionar 
o corpo no eixo vertical, fazendo um movimento de parafuso. 
Formas de girar 
Os giros na GR podem acontecer de diferentes formas. É interessante permitir aos alunos explorar formas de girar, no solo, em pé, 
em diferentes posições. Especificamente na ginástica, existe a rotação denominada pivot. Essa rotação é realizada sobre o apoio de 
um pé em meia-ponta, que serve de ponto de eixo para o giro, enquanto a perna que está livre assume uma posição (por exemplo, a 
de passé). Os braços devem assumir uma posição que não atrapalhe a execução da rotação. 
Movimentos acrobáticos 
Rolamento 
Os rolamentos são os acrobáticos mais simples. Podem ser realizados para frente ou para trás. O professor deve auxiliar os alunos 
durante a aprendizagem, além de utilizar colchonetes ou colchões para impedir que se machuquem. 
Figura 15 - Rolamento para frente 
Fonte: Educação Física e Desporto ([2017], on-line). 10 
Figura 16 - Rolamento para trás 
Fonte: Educação Física e Desporto ([2017], on-line). 10 
Roda (estrelinha) 
A roda, popularmente conhecida como estrelinha, é um movimento que as crianças gostam de aprender. É interessante que o 
professor, inicialmente, faça exercícios que preparem os alunos para se colocar na posição vertical, como a parada de mãos. É 
importante realizar o aprendizado da roda de forma progressiva, sem elevar muito as pernas, até ganhar força e confiança. 
Figura 17 - Parada de mãos - iniciação aos elementos acrobáticos 
Figura 18 - Roda 
Reversão 
A reversão é um movimento desafiador para os alunos e, por isso, muito estimulante. É preciso, porém, que o professor preste 
auxílio e que o aprendizado seja dividido em partes: primeiramente aprender a ponte, depois a parada de mãos, para então unir 
estes dois elementos, realizando a reversão. Pode serrealizada para frente e para trás e, em níveis mais avançados, com as pernas 
afastadas com abertura. 
POSSIBILIDADES DE MANUSEIO DOS 
Aparelhos e Exercícios de Flexibilidade 
Possibilidades de manuseio dos aparelhos 
Conforme visto na Aula 1, oficialmente a Ginástica Rítmica possui 5 aparelhos: a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Em se 
tratando do contexto escolar, é interessante explorar ao máximo as diversas possibilidades de manejo que esses aparelhos 
proporcionam. Na escola, nem sempre temos este material para trabalhar com os alunos. Neste caso, pode-se utilizar materiais 
adaptados, confeccionados pelos próprios alunos, como: cordas feitas de jornal encapados com fita adesiva, arco de PVC, bolas de 
papel jornal ou meias, maças feitas de garrafa plásticas com pedaço de madeira, faixas e fitas de tecido e crepom. 
O Quadro 2 apresenta as possibilidades de movimentos que os aparelhos oferecem e que podem ser explorados nas aulas, seja 
com aparelhos oficiais ou adaptados. 
Quadro 2 - Possibilidades de manejo dos aparelhos da GR 
Fonte: baseado no Código de Pontuação de GR, versão 2017-2020, da Federação Internacional de Ginástica (FIG, on-line). 1 
Figura 19 - Arco 
Figura 20 - Bola 
Figura 21 - Maças 
Figura 22 - Fita 
Apesar de já existirem esforços para a difusão da Ginástica Rítmica Masculina, esta modalidade é 
originalmente e oficialmente feminina, sendo essencialmente conhecida desta forma. Este fato pode gerar 
repulsa com este conteúdo por parte dos meninos nas aulas de Educação Física Escolar. 
Pensando que esta modalidade deve ser conhecida e vivenciada por todos os alunos, de que forma você, 
enquanto professor, pode apresentar esta manifestação gímnica para a turma de forma a evitar este 
estranhamento por parte dos garotos? Quais recursos poderiam auxiliar neste processo? 
Fonte: a autora. 
Exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade 
Os exercícios apresentados a seguir são adequados para o início de aula, como forma de alongamento após uma atividade de 
aquecimento, e têm como objetivo introduzir as posições que desenvolvem a flexibilidade dos alunos, permitindo a realização dos 
elementos gímnicos. Além disso, estes exercícios contribuem para que as crianças despertem para a noção proprioceptiva, ao fazer 
com que se atentem às formas corretas de posicionarem-se. É importante que o professor ensine estes exercícios de forma 
progressiva, estando atento para a execução dos alunos, a fim de evitar que movimentos incorretos causem lesões. 
Vamos então aos exercícios! 
Borboletinha 
A posição de borboletinha é normalmente conhecida pelas crianças e estas gostam de realizá-la por ter este nome divertido e ser 
de fácil execução. O importante é que seja realizada com as solas dos pés encostando uma na outra, os pés próximos ao quadril e a 
coluna ereta, as mãos devem estar segurando as pontas dos pés ou os tornozelos de forma cruzada (mão direita no tornozelo 
esquerdo e vice-versa. 
Figura 23 - Posição de borboletinha 
O professor pode pedir que os alunos chacoalhem as pernas para cima e para baixo, sem desmontar a posição. A borboletinha é 
uma forma de preparação para as posições de abertura, uma vez que desenvolve a flexibilidade da articulação coxo-femoral, bem 
como trazem a noção de postura do tronco. 
Flexão de quadril segurando os pés 
Esta posição permite o aumento da flexibilidade dos músculos posteriores da perna e das costas. É o tipo de flexibilidade avaliada 
no testes do Banco de Wells. A posição correta exige que as pernas não se flexionem e o objetivo é que a parte da frente do tronco 
(peitoral e abdômen) encostem sobre a perna (quadríceps), segurando com as mãos os pés. Pode ser realizado com os pés em ponta 
ou em flexão (o que intensifica o efeito do alongamento). 
Figura 24 - Posição para desenvolvimento da flexibilidade 
Figura 25 - Variação da posição com dorsi-flexão 
Abertura com afastamento lateral de pernas 
A posição da abertura com afastamento lateral de pernas deve ser realizada com as pernas estendidas, os calcanhares tocando o 
chão, os joelhos apontados para cima e a coluna ereta. Esse posicionamento é difícil de ser alcançado no início, mas com a prática é 
possível evoluir, afastando cada vez mais as pernas e melhorando a colocação de cada parte do corpo. Durante a execução da 
abertura, que é interessante ser mantida por alguns segundos, os braços podem assumir diferentes posições: podem auxiliar as 
pernas a se afastarem mais, apoiando as mãos no solo na frente do quadril, o que permite colocar o quadril cada vez mais pra 
frente, sem movimentar as pernas; podem ficar estendidos e imóveis ao lado do corpo ou no solo, fazendo o aluno manter a 
posição estática; ou o professor pode criar movimentações com os membros superiores, pedindo que realizem movimentações 
variadas. 
Figura 26 - Abertura - afastamento lateral 
Figura 27 - Variação da posição de abertura 
Uma forma de tornar este alongamento ainda mais efetivo é pedir aos alunos que, na posição de abertura, flexionem o tronco a 
frente, com a intenção de tocar o peito e a barriga no solo. 
Abertura com afastamento ântero-posterior de pernas 
Para a realização da abertura ântero-posterior é importante preparar os alunos com alongamentos que ajudem no 
desenvolvimento da flexibilidade das musculaturas posterior e anterior de pernas. Para se colocar na posição de abertura a 
postura inicial deve ser ajoelhada, para então colocar uma perna à frente apoiando sobre o pé, as mãos apoiam no solo, uma de 
cada lado da perna e, a partir daí, pedimos para que o aluno estenda a perna para frente escorregando sobre o calcanhar. A posição 
final deve ser com ambas as pernas - a da frente e a de trás - estendidas e encostadas no solo. Quando esta postura final (180 graus 
de abertura) não pode ser realizada, o aluno deve permanecer no seu limite de afastamento e extensão de pernas, com as mãos 
apoiadas no chão. 
Figura 28 - Movimento para desenvolvimento da flexibilidade - abertura ântero-posterior 
Figura 29 - Alongamento preparatório para a posição de abertura 
Como exercício preparatório para a abertura, você pode pedir ao seu aluno que sente-se estendendo uma perna a frente e 
flexionando a perna de trás, de forma a aproximar o pé do quadril. A partir desta posição, o segundo passo é flexionar o tronco à 
frente, buscando encostar peito e abdômen sobre a perna, segurando o pé com as mãos. Manter a posição por alguns segundos é 
importante para dar tempo para a musculatura se alongar. 
Pés à cabeça 
Esta posição é preparatória para movimentos que exijam ampla flexão do tronco para trás. Com início na posição deitada, em 
decúbito ventral, o professor deve pedir para que os alunos apoiem as mãos no solo ao lado do ombro e, em seguida, empurrar o 
chão estendendo os braços e elevando o tronco. É importante não deixar o quadril desencostar do solo. A partir daí, as pernas 
flexionam, levando os pés em direção à cabeça, sem elevar o quadríceps no chão. É possível realizar esta posição sem flexionar as 
pernas, mantendo-as estendidas no solo. 
Figura 30 - Pés à cabeça 
É possível perceber por estes posicionamentos que algumas crianças têm grande facilidade em flexionar o tronco para trás, 
chegando até a encostar o topo da cabeça nas nádegas, já outras, não. O importante é estimulá-las a alcançarem o mais longe que 
puder, respeitando seus limites. 
Ponte 
A ponte também contribui para o desenvolvimento da flexibilidade da coluna, mas também exige dos ombros, tanto em 
alongamento, quanto em força. Esta posição é preparatória para os elementos acrobáticos de reversão. A posição inicial é deitada, 
em decúbito dorsal. Em seguida o aluno deve apoiar as palmas das mãos no solo, acima dos ombros (ao lado da cabeça) e flexionar 
as pernas, apoiando a sola dos pés no chão. A partir daí, é necessário empurrar o solo com as mãos, estendendo os braços, ao 
mesmo tempo em que eleva-se o quadril,

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