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PROCESSOS DA LESÃO CELULAR patologia

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PATOLOGIA – MECANISMO, Lília Mendes
PROCESSOS DA LESÃO CELULAR
	ASPECTOS GERAIS DAS LESÕES 
As células podem sofrer estímulos de estresse excessivo, ou ser exposta a estímulos nocivos, que ultrapassam o limite da resposta adaptativa. Nessas situações ocorrem eventos que culminam na lesão celular.
· Praticamente todas as formas de doenças começam quando alterações moleculares ou estruturais nas células ocorrem.
Lesão celular
Causas 			Mecanismos 
Alterações 		Alterações 
morfológicas 		bioquímicas
			moléculas que 
		 estão exercendo
			funções.
Agressão celular 
 	Alterações morfológicas 
		Agressão à MEC
 Lesão tecidual (orgânica).
· Determinam os padrões morfológicos e clínicos das doenças.
Se os limites das respostas adaptativas forem excedidos ou se as células forem expostas a agentes ou estímulos nocivos, privadas de nutrientes essenciais, ou ficarem comprometidas por mutações que afetem constituintes celulares essenciais. 
Todo estresse pode alterar uma função. O objetivo é sempre salvar o órgão independente das consequências.
No miocárdio reversivelmente lesado existem alterações funcionais (sem alteração macro ou microscópica), e as vezes com alterações citoplasmáticas, tais como tumefação celular e acumulo de gordura.
Lesão irreversível – necrose, uma área clara no ventrículo esquerdo representa um infarto agudo do miocárdio causado pela redução do fluxo de sangue (isquemia).
· A morte celular, o resultado final da lesão celular progressiva, é um dos mais cruciais eventos na evolução de uma doença em qualquer tecido ou órgão.
Quando esse estimulo é progressivo a célula vai morrer por dois tipos patologicamente:
1. Necrose	 e a lesão é
2. Apoptose 	 irreversível 
LESÕES REVERSÍVEIS
A lesão celular depende do tipo, intensidade e duração do estimulo.
· Lesão reversível – se o estimulo nocivo for removido nos estágios iniciais da lesão e, então, a célula que sofreu alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais se recupera.
CAUSAS DE LESÕES CELULARES:
· Privação de oxigênio (hipoxia, isquemia)
· Agentes físicos (traumatismo mecânico, radiação, choque elétrico)
· Agentes químicos (álcool, poluentes, fármacos)
· Agentes infecciosos (infecção por vírus, bactéria, parasitas)
· Anomalias genéticas (deficiência de proteínas funcionais)
· Distúrbios nutricionais (deficiências proteico-calóricas ou excesso calórico)
Estresse/estimulo nocivo (tem potencial de causar a morte celular)
	Células não funcionais
	Viáveis – reverter o dano
Alterações		alterações 
Bioquímicas		moleculares
	Alterações morfológicas
Os padrões de resposta ao estresse constituem a base celular da doença.
	CAUSAS DAS LESÕES REVERSÍVEIS:
· Privação de oxigênio 
Diminuição privação total
· Hipoxia - Anoxia – Isquemia
· Redução/interrupção do fluxo sanguíneo
· Diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo
Toda isquemia causa hipóxia, mas nem toda hipóxia é resultado de uma isquemia. Existe outras formas da célula sofrer hipóxia.
Tumefação significa inchaço por água.
· A privação do oxigênio resulta em:
· Redução na atividade da cadeia respiratória – menor síntese de ATP
· Redução de bombas eletrolíticas dependentes de ATP, com retenção de Na+ no citosol e acumulo de água (degeneração hidrópica).
· Progredindo a hipóxia o Ca+ acumula no citoplasma (saí do REL e mitocôndrias) e ativa proteases que desarranjam o citoesqueleto. (forma as bolhas)
A tumefação acontece, pois, as bombas eletrolíticas perdem suas funções devido a pouco ATP por conta do processo isquêmico, a célula perde a troca de K+ pôr Na+, ou seja, fica com muito Na+ que puxa a água para dentro da célula e acaba inchando a célula. (tumefação celular é no tecido como um todo ocasiona DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA).
Protease -> enzima que degrada proteína.
· Redução na atividade da cadeia respiratória – menor síntese de ATP
· Com pouco O2, acumula-se acetil-CoA nas mitocôndrias e aumenta a síntese de ácidos graxos, favorecendo o acumulo de triglicerídeos no citosol (esteatose)
Privação de oxigênio resulta em DEGENERAÇÕES.
Degenerações são alterações celulares, reversíveis (quando o estimulo cessa). O citoplasma apresenta acumulo de substancias exógenas ou pré-existentes, que reduz ou cessa a função celular.
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA é a tumefação celular ou degeneração vacuolar. (degeneração gordurosa).
O acumulo intracelular ocorre devido ao desequilíbrio e a homeostasia de fluidos, em função de falha nas bombas dependentes de ATP das membranas celulares. 
· Privação de oxigênio 
· Altas temperaturas (acima de 52°C – o que causa essa lesão por aumento do consumo de ATP, sem aumento no fornecimento de O2)
· Efeitos locais da radiação ionizante (lesões agudas)
A falta de oxigênio por qualquer fator gera a degeneração hidrópica.Proteína
		DEGENERAÇÃO HIALINA
Acumulo de material proteico e acidófilo no meio intracelular. 
		 Afinidade por corante 
		 	 Ácido
· Reabsorção proteica pelo epitélio tubular renal (proteinúria – albumina sai pela urina, ocorre o acumulo de proteína).
· Mal envelopamento proteico
· Síntese proteica excessiva
· Infecção viral
· Ação de radicais livres – o acumulo gera estresse oxidativo (acumulo de radicais livres)
Estresse oxidativo = aumento da produção/ineficácia da remoção.
· ROS – ânion superóxido, perióxido de hidrogênio, radical hidroxila.
(ROS = espécies reativas no O2).
· Lesão química e por radiação; lesão de isquemia – perfusão; envelhecimento celular; atividade de neutrófilo e macrófago em reações inflamatórias.
· Modificação oxidativa de proteínas 
· Alterações em sítios ativos de enzimas
· Alterações na conformação de proteínas estruturais
· Aumento da degradação de proteínas no sistema ubiquitina – proteossoma.
· Ações de radicais livres – corpúsculo hialino de Mallory Denk, encontrado tipicamente em hepatócitos de alcoólatras crônicos.
É formado por aglomerados de proteínas do citoesqueleto que sofrem agressão por radicais livres.
· Inflamações – corpúsculo Russel 
Acumulo de imunoglobulinas em plasmócitos em algumas inflamações agudas (salmoneloses) ou crônicas (leishmaniose tegumentar e osteomielites).
· Infecções virais – corpúsculo de Carcilman 
São vistos em hepatócitos em hepatites virais, especialmente na febre amarela.
· Representam hepatócitos em apoptose. O citoplasma das células atingidas condensa-se e transforma-se em massa homogénea.

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