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TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 1 FP104: ORGANIZAÇÃO E GESTAO DE CENTROS EDUCACIONAIS Curso : Mestrado em Educação Formação de Professores Professor Tutor: Nívea Nuñez Nome e sobrenome: Rosiane da Conceição Abreu Hildelane Pereira Albuquerque Márcia Gabrielle Carvalho Santiago Rejane Vasconcelos P. da Silva Código:BEFPMME4373499 BRFPMME4333729 BRFPMME4374623 BRFPMME4392144 Grupo: 2021-06-PT Data: 30/06/2022 “GESTÃO DEMOCRATICA: UM DESAFIO NO PROCESSO PEDAGÓGICO, EM DESENVOLVIMENTO NOS CENTROS EDUCACIONAIS.” TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 2 Sumário Introdução................................................................................................................................3 Características Gerais da Instituição Educativa..................................................................4 Organização dos Centros Educativos..................................................................................5 Considerações Finais...........................................................................................................11 Referências Bibliográficas...................................................................................................12 TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 3 GESTÃO DEMOCRATICA: UM DESAFIO NO PROCESSO PEDAGÓGICO, EM DESENVOLVIMENTO NOS CENTROS EDUCACIONAIS. Introdução As práticas pedagógicas desenvolvidas ao longo do século XX, recebem críticas e definem particularidades que também permeiam seus espaços escolares, naturalizando as dinâmicas que neles acontecem. Partindo das leituras de Dussel e Caruso (1999), e Costa e Rodrigues (2015), encontramos algumas particularidades que instituem a escola como um mecanismo de governo. São aspectos observados no trajeto diário da escola a organização e gestão, entre eles, encontramos: O fato das crianças permanecerem sentadas e atentas durantes longo período de tempo, aspecto ligado a disciplina e o controle do professor em sua sala de sala, Visão da escola como espaço necessário de crescimento e integração a controle sociais diversos, Escola como modelo e centro de transmissão massiva de cultura, Vinculo do Estado com o controle e direção da educação, O trabalho dos docentes convertida em objeto de regulação, ganha força e pedagogia, criando-se um campo de estudo pedagógico. Assim, todos esses acontecimentos mais relevantes, que marcam as dinâmicas sociais, econômicas, culturais, políticas, ideológicas, dos novos tempos, tem impactado diretamente na educação, como trata Dussel e Caruso (1999). Contudo, nosso Estudo de Caso, foi pesquisado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Lenilto Alves, uma escola que trabalha com educação Básica do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental, nossa pesquisa visa relatar o tipo de gestão, sua organização escolar e seu desempenho pedagógico. É sempre bom diferenciar, o estudo dessa questão, um aspecto científico - racional e um aspecto crítico de cunho sócio político. Até porque não é tão difícil para os futuros educadores fazerem essa diferenciação entre esses dois pontos de vistas. Visto que isso é um modelo mais comum da organização escolar. Um segundo aspecto é vê a organização escolar essencialmente como um sistema que reúne pessoa, importando a intencionalidade e as interações sociais que acontecem entre elas e o contexto social político. A organização escolar não seria uma coisa totalmente objetiva e funcional, que é um elemento negro a ser observado, porém uma criação social que é feita pelos professores, alunos, pais e integrantes da instituição. A gestão escolar é muito importante desde que a escola atenda a exigência da atual sociedade. Sendo que um dos grandes desafios para o gestor é envolver a comunidade em busca das suas metas para uma educação de qualidade motivar às pessoas para que participe também do processo ensino e aprendizagem. TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 4 Desta maneira observamos que a escola segui, uma Gestão Democrática, com um trabalho participativo, visando a participação de todos no processo democrático, na busca de atender as necessidades educacionais da comunidade escolar. 1- CARACTERISTICA GERAIS DA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA. O Espaço Escolar, e um campo democrático coletivo, onde se busca distribuir o conhecimento, com também contribuir de forma efetiva com desenvolvimento integral de todos os alunos. Com tudo a Organização escolar, não é um sistema totalmente objetivo e funcional, nem um elemento neutro a ser observado, mas uma construção social levada a sério por todos, que fazem parte do processo educativo; direção, equipe diretiva, coordenação, professores, alunos, pessoal administrativo, merendeiros, apoio pedagógico, apoio de serviços gerais, portaria, enfim todos que trabalham em cada instituição de ensino tem seu papel fundamental, para o bom andamento do processo Educacional. A nossa Escola Municipal Prof. Lenilto Alves, está localizada no Bairro do Jacintinho, parte alta da cidade de Maceió, que atente a várias comunidades e grotas do entorno, a escola. Conta com o apoio da associação de Moradores que visa melhoria para todos da comunidade, próximo a escola temos a Base Militar comunitária, vários pontos comerciais, igrejas de várias denominações, grupos culturais, étnicos e religiosos, os alunos utilizam vários transportes para chegarem na escola, temos também mais duas escola bem próxima a nossa escola , a Escola Katia Assunção e a Escola Lamenha Lins, que são nossos parceiros nos trabalhos desenvolvido em todo ano Letivo, trabalhamos no Regime Democrático, tendo em vista que a escola tem eleição para diretor de 3 em 3 anos, pois a gestão trabalha de forma coletiva, dentro do contexto ensino e aprendizagem, é feito com a colaboração, a participação e o apoio de todos os envolvidos no processo educacional, pensando para atender a comunidade local, como fala, Andre, (1991), A gestão escolar trabalha com a elaboração, execução e avaliação dos resultados. Um dos grandes desafios da gestão Democrática, é trabalhar envolvendo todos que fazem parte do processo, pois buscamos realizar metas, com uma educação de qualidade, com nível de aprovação favorável, incentivando a participação de todos respeitando as opiniões, sensibilizando a todos, a participar do processo educacional. Como trata Nogueira, (1999) A escola, é um espaço privilegiado para efetivação de mudanças, ao envolver a comunidade nas questões educativas, ressaltando o importante papel dos gestores neste processo para a educação, pois, é através dos gestores que será observado a escola e seus problemas na resolução dele neste processo. Com a nossa vivência de gestão Democrática, a gestão da escola pública luta pela melhoria da qualidade do ensino, como também no desempenho dos nossos educandos, partindo da visão na busca de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 5 fraterna. Em nosso Município, temos estudos específicos, para gestores, pois passamos por um Curso Específico para Formação de Gestores, é um curso muito importante para quem, deseja ser Gestor, é um desafio para o nosso sistema de ensino da educação básica. Ao longo, deste processo de estudo saímos do curso com uma visão maior sobre gestão, melhoria curricular, desenvolvimento dos vários métodos pedagógicos de ensino, com novas técnicas no trajeto da formação continuada para gestor, no período de 3 anos, em um trabalho em conjuntocom todos da escola a equipe diretiva, agente administrativo, professores, coordenadores, apoio pedagógico, equipe técnica, assistente social, psicólogo e todos da comunidade escola desenvolvem um trabalho em conjunto. Desta maneira, que segue o trabalho em nosso município, um modelo de Gestão Democrática, colaborativa com a dinâmica de distribuição de atividades, realizadas por todos em seus setores, integrantes no processo educacional, onde todos se encontram e trabalham interligados e articulados para que possamos atingir os objetivos e as metas estabelecidas pela gestão. Com tudo, uma gestão Democrática, trabalha com a participação de todos, na construção coletivo processo pedagógico, na organização escolar e no desenvolvimento do ensino aprendizagem, na busca da melhoria da qualidade do ensino e desenvolvendo do melhor conhecimento do aluno. Desta maneira, A gestão Democrática, tem a função de interagir com todos os setores da escola, para a realização das ações pedagógicas, culturais e sociais da escola, envolvendo todos os componentes do processo educativo, nossa escola atente a comunidade nos três turnos, com uma gestão democrática, baseada na participação de todos, com responsabilidade em seus setores, seguindo todas as orientações determinada pela Secretária Municipal de Educação. 2- ORGANIZAÇÃO DOS CENTROS EDUCATIVOS A evolução de gestão deu-se em terrenos férteis, que contribuíram para um rico desenvolvimento conceitual, técnico e instrumental. Casassús (1998),identifica sete modelos ou Marcos conceituais de gestão: Normativo, prospectivo, estratégico, situacional, qualidade total, reengenharia e comunicacional. Para Luna (2007), são modelos cujas bases teóricas se encontram ainda em construção, pois são relativamente recentes seus estudos. Modelo Normativo No Modelo Normativo, seu impacto no âmbito educativo expressa a tendência ao crescimento quantitativo do sistema. E se expressa aqui uma visão linear do futuro, imaginado como único e certo, onde “O planejamento, então, consiste na aplicação de técnicas de projeção de presente até o futuro”. Cassassús (1998,p.7). TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 6 Modelo Prospectivo No Modelo prospectivo, “Também intervêm as imagens do futuro que se imprimem no presente e que, consequentemente, o orientam. Dessa maneira, o futuro é previsível através da construção de cenários” Casassús, (1998, p.7). Modelo Estratégico No Modelo estratégico, A construção de qualquer futuro exige normas que permitam planejar sua realização. Segundo Casassús (1998,p.8) as ditas normas permitem relacionar a organização com seu entorno. “ Mas, a estratégia possui tanto um caráter estratégico (normas) quanto técnico (meio para atingir o que se deseja). A gestão estratégica consiste na capacidade de articular os recursos que possui uma organização (humana, técnicos, materiais e financeiros)’’. Modelo Situacional No Modelo Situacional, reconhece não só o antagonismo dos interesses dos atores na sociedade, mas além do tema da viabilidade política se expõe o da viabilidade técnica, no trajeto até o objetivo ou futuro desejado Casassús, (1998,p.9). Modelo de Qualidade Total No Modelo de Qualidade Total, como consequência de implementação do modelo estratégico de planejamento inicia nos anos de 1990, a busca da qualidade total para a educação, Vázquez (et al., 2010). Assim, os resultados do processo educativo começam a ocupar o centro da atenção em termos de qualidade Casassús, (1998). Surgi as novas necessidades de evidenciar os resultados educativos, fazê-los mais transparentes, promovem o desenvolvimento dos sistemas encarregados de medir e avaliar a qualidade dos processos educativos. Casassús, (1998), Vázquez (et al.,2010). Modelo de Reengenharia No Modelo de Reengenharia, se o modelo de qualidade total se enfoca na melhoria do que existe, na busca de sua limpeza e a diminuição dos desperdícios, a reengenharia se propõe a uma reformulação funcional e um redesenho radical dos processos educativos com via para obter um desempenho com melhorias impactantes Casassús, (1998). Proposta na década de noventa, parte do reconhecimento do caráter transformador dos contextos a partir de três aspectos de mudanças. Modelo Comunicacional No Modelo Comunicacional, nestas, os atos de fala constituem seus referentes de orientação. A partir desta perspectiva, “o redesenho organizacional supõe o manejo de destrezas comunicacionais no sentido de processos de comunicação que facilitam ou impedem que ocorram as ações desejadas. A gestão aparece como desenvolvimento de compromissos de ação obtidos TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 7 de conversações para a ação”. Casassús, (1998,p12). Este modelo coloca a comunicação como uma função estratégica de uma organização assumida como um todo. Consequentemente, com o uso da comunicação se quebra a estrutura clássica persuasiva para estabelecer vínculos com o entorno imediato e seus atores. Villalobos (et al., 2008). A gestão a partir deste o modelo comunicacional, deverá envolver tanto a gestão estratégia, quanto a cultura, a identidade e a imagem corporativa. Com tudo a atividade educacional está intimamente ligada aos acontecimentos que moldam a sociedade. No Brasil, temos duas correntes que são: Tendências Pedagógicas Liberais e Progressistas; cada uma dessas correntes possuem pormenores que valorizam determinados cenários para a formação intelectual do indivíduo. A Corrente Liberal, prepara o aluno para o desenvolvimento das suas aptidões com vista no papel social que ele irá desempenhar futuramente; Já a Corrente Progressista prepara o aluno para desempenhar um papel socio- político ativo na sociedade, partindo da análise crítica da realidade social vivida pelo indivíduo. Na construção de uma gestão democrática na escola pública, entendemos que um novo modelo de abertura para a comunidade também é assegurado, legalmente, na Carta Constitucional de 1998, “Gestão democrática do ensino público, na forma da lei”, através do Art. 206, Inciso VI. É garantido, também, na LDB, Lei 9.394/96, nos artigos 14 e 15, que destacam a autonomia institucional como importante forma de flexibilização da estrutura administrativa e pedagógica. Em síntese, os documentos oficiais da atualidade apontam regularmente para a necessidade de participação dos profissionais da educação e membros da comunidade tanto na administração escolar como na elaboração do Projeto Político Pedagógico de cada instituição. Analisando sob uma perspectiva histórica, o modelo de gestão da escola e os mecanismos de participação da comunidade atualmente, novas formas de trabalho, carregada de velhas concepções, mascaradas e maquiadas de supostas inovações, tendo a velha lógica do mercado como único determinante. Isso porque, as políticas educacionais, expressando o modelo assumido pelo Estado, operacionalizam-se, no interior da escola, a partir de determinadas formas de gestão. Hoje a escola necessita de uma visão nova, visão estratégica, sobretudo uma visão de futuro com sugestões, propostas de reformas estruturais e predial, que visam apresentar novos modelos para aumentar a eficiência e a eficácia do sistema de ensino, de maneira a superar as velhas concepções. Como dizem especialistas e educadores em educação: Paulo Freire, Emília Ferreiro, Carl Rogers são proposições que convergem para novos modelos de organização do ensino público, calcados em formas mais flexíveis, demonstrando as possibilidades de efetivar um processo democrático através da participação da comunidade escolar na gestão escolar com eficácia. TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 8 Nesse sentido, deve ser incentivada a construção de um Projeto Político Pedagógico de forma a assegurar o envolvimento dos órgãos de decisão colegiada, principalmente da comunidade escolar, representantesde sala e as várias ações que serão contidas em nosso trabalho, nessa construção de forma coletiva. Nessa perspectiva, com a participação da comunidade, o processo escolar, terá grande fortalecimento na discussão sobre direitos e deveres no processo educacional. Muitos estudiosos da educação, como SAVIANI, LIBÂNEO, PAULO FREIRE, apontam a promoção da participação da comunidade escolar como necessária para a efetivação da educação democrática no âmbito educacional. A gestão participativa é um exercício democrático e um direito de cidadania, por isso implica deveres e responsabilidades. Assim, pode-se afirmar que o diretor ou gestor sozinho não conseguirá colocar em prática a gestão democrática, já que para que ela aconteça é necessário o empenho e a participação de todos que fazem parte do contexto escolar; para que a gestão verdadeiramente democrática se efetive é necessário adotar alguns mecanismos como: autonomia que consiste na ampliação no espaço de decisão, voltada para o fortalecimento da escola como organização social, comprometida com a sociedade, tendo como objetivo a melhoria da qualidade do ensino. E outros mecanismos como eleição de diretores, a ação do Projeto Político Pedagógico, o regimento e conselho escolar, a organização curricular, os recursos financeiros e o papel do gestor mediante as ações na escola. Com tudo, a parceria entre a comunidade onde está inserida, a participação de pais na Escola, sem perder de vista a importância de junto com a Secretaria de Educação, tentar reverter esses problemas e para tentar solucionar essas dificuldades participativas e descentralizadas de administração dos recursos e das responsabilidades no campo educacional. Em nossas pesquisas, de acordo com os textos lidos de GADOTTI, SANTOS, LAKATOS e Heloísa LUCK, vimos, que a partir da década de 80 e principalmente atualmente, tem havido grande preocupação em relação aos processos de escolha de diretores escolares nos municípios e Estados brasileiros, o que vem estimulando um permanente questionamento sobre o papel da escola pública. Segundo Lück (2010, pg. 21), Uma forma de conceituar gestão, é vê-la como um processo de mobilização da competência e da energia de pessoas coletivamente organizadas para que, por sua participação ativa e competente, promovam a realização, o mais plenamente possível, dos objetivos de sua unidade de trabalho, no caso, os objetivos educacionais. O entendimento do conceito de gestão, portanto, por assentar-se sobre a maximização dos processos sociais como força e ímpeto para a promoção de mudanças, já pressupõe, em si, a ideia de participação, isto é, do trabalho associado e cooperativo de pessoas na análise de TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 9 situações, na tomada de decisão sobre seu encaminhamento e na ação sobre elas, em conjunto, a partir de objetivos, organizacionais, entendidos e abraçados por todos. O conceito de gestão, portanto, parte do pressuposto de que o êxito de uma organização social depende da mobilização da ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva. Esta, aliás, é condição fundamental para que a educação se processe de forma efetiva no interior da escola, tendo em vista a complexidade e a importância de seus objetivos e processos’’. Luck, (2010, pg. 21). Entende-se que o trabalho educacional, por sua natureza, demanda um esforço compartilhado, realizado a partir de um trabalho coletivo e integrado dos membros de todos os segmentos das unidades de trabalho envolvidos. Todavia, Luck (2010), deixa claro que a participação, portanto, não é discussão, nem mera expressão de aval a decisões. É pelo compromisso e em nome da construção de uma sociedade democrática e da promoção de maior envolvimento das pessoas nas organizações sociais em que atuam com as quais se relacionam, favorece-se da realização de atividades que possibilitem e condicionem a participação. De acordo com Luck (2010), essas atividades, portanto, são previstas com um triplo objetivo: a) o de promover a construção coletiva das organizações, b) o de possibilitar a aprendizagem de habilidades de participação efetiva e concomitantemente, c) o de desenvolver o potencial de autonomia das pessoas e instituições. Daí a sua importância não apenas para a gestão educacional democrática, tal como proposta em lei, mas como condição para a vivência e aprendizagem democrática de todos os seus participantes, e em especial, seus alunos. Destaca Luck (2010), que a democracia efetiva da educação é promovida não apenas pela democratização da gestão da educação, conforme definido pela Constituição e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96). O fundamental dessa democratização é o processo educacional e o ambiente escolar serem marcados pela mais alta qualidade, a fim de que todos os que buscam a educação desenvolvam os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessários para que possam participar de modo efetivo e consciente, da construção do tecido da sociedade, com qualidade de vida e desenvolvendo condições para o exercício da cidadania. Também expõe que há toda uma legislação educacional, definida pelos espaços parlamentares competentes, influenciados pelos movimentos sociais organizados, que pode ser acionada para favorecer a gestão democrática da escola básica e existência de Conselhos Escolares atuantes e participativos. Entre os princípios que devem nortear a educação escolar, segundo Luck (2010), contidos na nossa Carta Magna – a Constituição de 1988 –, em seu art. 206, assumidos no art. 3º TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 10 da Lei n. 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), consta, explicitamente, a “gestão democrática do ensino público, na forma da Lei e da legislação dos sistemas de ensino” (inciso VIII do art. 3º da LDB). Trata-se de enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que contribua efetivamente para o processo de construção de uma cidadania emancipadora, o que requer autonomia, participação, criação coletiva dos níveis de decisão e posicionamentos críticos que combatam a ideia burocrática de hierarquia. Para tanto, é fundamental que a escola tenha a sua “filosofia político-pedagógica norteadora”, resultante, como já mencionado, de uma análise crítica da realidade nacional e local e expressa em um projeto político pedagógico que a caracterize em sua singularidade, permitindo um acompanhamento e avaliação contínuos por parte de todos os participantes das comunidades escolar (estudantes, pais, professores, funcionários e direção) e local (entidade e organizações da sociedade civil identificadas com o projeto da Escola). “Luck, (2010, pg. 21)”. A autonomia da escola para experienciar uma gestão participativa também está prevista no art. 17 da LDB, que afirma: “Os sistemas de ensino assegurarão as unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira observada as normas gerais de direito financeiro público”. A LDB é mais precisa ainda, nesse sentido, no seu art. 14, quando afirma que: Os sistemas de ensino definiram as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Segundo Luck (2010), cabe lembrar, ainda, a existência do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado como Lei n.10172, de 9 de janeiro de 2001. Esse Plano estabelece objetivos e prioridades que devem orientar as políticas públicas de educação no período de dez anos. Dentre os seus objetivos, destaca-se ademocratização da gestão do ensino público, salientando-se, mais uma vez, a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, bem como a descentralização da gestão educacional, com fortalecimento da autonomia da escola e garantia de participação da sociedade na gestão da escola e da educação. A tramitação da LDB e do PNE na Câmara dos Deputados e no Senado Federal foi objeto de disputa de interesses contraditórios dos grupos sociais organizados. Apesar das restrições as propostas resultantes do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, a LDB e o PNE são instrumentos que dão respaldo legal as políticas concretas de fortalecimento da gestão democrática das escolas públicas. O importante, então, é utilizar esses instrumentos segundo uma visão de mundo compromissada com a construção de uma educação básica TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 11 realmente cidadã. Como gestoras, pretendemos atuar como articuladoras e mediadoras dos segmentos internos e externos, em favor do desenvolvimento da escola, favorecendo o processo democrático por meio da criação de mecanismos que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e humanitária. A gestão democrática busca desenvolver um trabalho coletivo que possibilite a aproximação da comunidade ao convívio escolar, com a oferta do acesso à cultura, à tecnologia, à informação, para gerar consciências críticas, transformadoras, criadoras e democráticas. Nessa direção acreditamos que a Sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem, ordenada ou organizada conscientemente, como também partilha interesses entre os membros direcionados a um objetivo comum, ou seja, um grupo de pessoas com interesses comuns, que se organizam em torno de uma atividade, obedecendo a determinadas normas e regulamentos. Os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos os recursos necessários para atender às suas necessidades, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, em seu artigo 59, como também, avançar na questão do atendimento aos educandos com necessidades especiais, assegurando-lhes uma educação de qualidade. Sabemos que a educação é um “direito de todos” e acima de tudo, um ato de amor que contribui no despertar da consciência crítica e que desafia os protagonistas a assumirem seu destino, individual e coletivo. O gestor enquanto mediador de conflitos é aquele que avalia as pessoas, levando em consideração o conhecimento, a capacidade e o desejo de cada um, sendo referencial e dando exemplo, através de sua postura, comprometimento e ética, estimulando, demonstrando e verbalizando o sucesso de sua equipe e delegando responsabilidades de acordo com as habilidades e competências de cada pessoa. Com escuta das partes, o fortalecimento das pessoas envolvidas como parte da solução dos problemas, muda totalmente a forma de análise e de solução e aponta o caminho para a construção do respeito nas relações de trabalho baseadas nos conceitos do direito da cidadania para todos. Essa mediação pode acontecer por meio do diálogo constante, da investigação dos problemas, da busca de solução com participação dos segmentos da comunidade escolar e da criação de mecanismos mútuos de motivação no cotidiano escolar. 3- CONSIDERAÇÕES FINAIS A instituição educacional deve ser um local prazeroso, democrático e agradável, principalmente humano, que o foco seja o ensino de qualidade e na direção de gestores competentes, compromissados com a aprendizagem dos educandos, tendo consideração e respeito as ideias da comunidade. Desta forma, devemos opinar continuamente a prática pedagógica TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 12 simultaneamente com a proposta elaborada pois temos uma escola que está em constante elaboração e em mudança. E que cada um cumpra com seu papel, no geral buscando o sucesso em educação. Logo torna-se essencial quanto aceitável a construção de um projeto para a educação que leve em conta as necessidades, características e cultura do local. Dessa maneira, poderemos construir uma gestão democrática, em que os responsáveis envolvidos possam manifestar suas necessidades compartilhar seus saberes e mostrar comprometimento e participação na construção de opções que permitem as mudanças necessárias buscando respostas para uma qualidade educacional por meio da parceria com os que fazem a educação acontecer no cotidiano da escola. No trabalho, tivemos a oportunidade de estudar que o gestor escolar, executa várias tarefas no ambiente da organização da gestão da escola, necessitando que ele tenha aptidão múltiplas para desenvolver seu papel, além do dever do cargo que lhe requer e necessita ter a postura de um líder para que na prática aconteça como planejado. Sua comunicação deve ser aberta a conversa e através dele desenvolver uma relação mútuo de confiança. Concluímos, que a escola aparece como, um espaço complexo onde se entrelaçam dinâmicas diversas, se articulam fixações, mudanças, tradição/inovação, Repetição/criação, história/futuro, produção/construção de histórias pessoais, de práticas, experiências, vivencias, saberes, individuais e coletivos de sempre povoados de outros; espaço de relação de poder, Espaço de implicação e compromisso ético. É importante observar que, em cada momento histórico, a escola tem sido olhar “como...”Poderia parecer até ingênuo e cômodo , designar a escola a possibilidade de se ligar a alguma coisa, por exemplo, a escola é como a segunda casa, como uma família, como uma empresa, como uma organização, e assim por diante. Bem como a evolução dos modelos de gestão está matizado pelas mudanças nos contextos sociais e econômicos, interpretados primeiramente, nos setores empresariais, depois nos campos particulares em seguindo, na gestão pública, incluindo o campo educacional que é o nosso tema. A educação funde e atravessa os cimentos sobre os quais as pessoas projetaram a individualidade e a condição social, sem haver exclusão. Não importa quão difícil possa ser. “ A educação tem sempre que salvar uma coluna onde antes se olhava um caminho plano, ela tem que dar um pulo onde antes, ao parecer, poderia se limitar a um passo”, Vygotsky, (1995 ,p.150) 4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRÉ, Marli. “Questões do cotidiano na escola de 1º grau” In: A Didática e a escola de 1º grau. São Paulo:FDE,1991. (Série Ideias, 11) TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 13 COSTA, A.,Y Rodrigues, (2015) Breve genealogia da educação: da arte de governar a educação preservativa Paper presented at the IV Seminário Internacional Educação Medicalizada, Salvador de Bahia, Recuperado de :http://anais.medicalização.org.br/index.php/educação medicalizada/article/download/96/96. CASSASÚS, J. (1998), Acerca de la práctica Y La Teoria de la gestión: Marcos Conceptuales para el analisis de los câmbios en la Gestión de los Sistemas Educativos. Trabajs presentado en el Seminário Taller Internacional sobre Gestíon de los Sistemas Educativos, La Habana. Texto disponível n seguinte relatório da UNESCO, páginas 13 DUSSEL, I .,Y CARUSO, M(1999), la invención del aula. Una genealogia de las formas de ensenar. Buenos Aires: Ediciones Santillana. S.A LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. 6ª.ed.Rio de Janeiro: editora vozes,2010. Loyola, São Paulo, Brasil. LUNA, J.M.(2007). Dimensiones de la gestión educativa en el proceso de la evaluación cualitativa del Programa Escuelas de calidad del nível primaria en el ciclo 2004-2005 en el Distrito Federal. (Tesis de Licenciatura en Administración Educativa), Universiade Pedagógica Nacional. Unidad Ajusco; México.Recuperado de: http://200.23113.51/pdf/24097.pdf. NOGUEIRA, Neide. A relação entre escola e comunidadena perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Pátio- Revista Pedagógica, Porto Alegre, ano 3, n.10,p.13-17, agosto/Out,1999. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. 10 ed. Campinas, SP: Papirus, 2000. Inovações e projeto-pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória? Caderno Cedes, v. 23, nº 61, Campinas, Dez, 2003 Secretaria Municipal de Educação de Maceió (SEMED) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) REFERÊNCIAS: Conselho Nacional de Educação. Resolução CEB Nº 4, de 13 de julho de 2010. Secretaria Municipal de Educação de Maceió. Diretrizes curriculares para o ensino TRABALHO CONV. ORDINÁRIA 14 fundamental: rede pública municipal de Maceió/Secretaria Municipal de Educação de Maceió. – Maceió: Viva Editora. 2014. VÁZQUEZ, E., Mejía, J.,Cruz, J.,Ramos, J.,Villa,M.,Aranda,M.,et al.(Eds.).(2010).Modelo de gestión educativa estrattégica.Programa Escuelas de Calidad. (2 ed). México, DF:Secretária de Educación Pública. VILLALOBOS, A.,Perozo,G.,Y Silva, N.(2008).Gestión. Comunicacional de los institutos universitários de tecnologia privados.Omnia,14(2),130-153.Recuperado de: https://www.redalyc.org/articulo.aa? id:73714209.
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