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SISTEMA CARDIO RESPIRATÓRIO NO RECÉM NASCIDO

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Sistema cardio respiratório no recém nascido
Circulação fetal:
- O sangue que vem da placenta pela veia umbilical, ao se aproximar do fígado, passa
em sua grande maioria, direto para o ducto venoso, chegando a veia cava inferior.
● Veia umbilical -> ducto venoso -> veia cava inferior + veia cava superior ->
átrio direito.
- O sangue que iria para o pulmão irá passar direto para a crosta da aorta através do
ducto arterioso ou canal arterial, indo pouquíssimo para os pulmões, ou seja, esse
canal realiza o ligamento da artéria pulmonar e a aorta.
● Na circulação fetal, o pulmão é excluído das trocas gasosas, e a resistência
pulmonar é elevada.
● Quem realiza a oxigenação é a placenta.
- O sangue que chega no átrio direito irá em parte passar pelo forame oval para o átrio
esquerdo.
● Comunicação interatrial pelo forame oval.
Circulação pós natal:
- Ocorrem alterações primárias da resistência vascular sistêmica e pulmonar.
- A expansão dos pulmões faz com que diminua a resistência vascular pulmonar.
● Os vasos deixam de ser comprimidos, e a resistência vascular diminui em
várias vezes.
● A aeração elimina a hipóxia, levando a vasodilatação.
- Ao grampear o cordão umbilical, ocorre a perda do fluxo sanguíneo placentário:
● Duplica a resistência vascular sistêmica, aumentando a pressão aórtica no
ventrículo e no átrio esquerdo, levando a consequências como:
● Fechamento do forame oval:
- A baixa pressão atrial direita e elevada na esquerda fazem com que o
sangue tente fluir de forma retrógrada da esquerda para a direita.
- Em 2 ⁄ 3 dos indivíduos a válvula adere ao forame em poucos meses
ou anos.
- Mesmo não havendo o fechamento permanente, a pressão atrial é de
2 a 4 mmHg maior que a direita, mantendo a válvula fechada.
● Fechamento do canal arterial:
- O aumento da pressão aórtica e diminuição da pressão arterial
pulmonar, leva ao fluxo retrógrado, passando da aorta para a
pulmonar.
- Depois, ocorre uma constrição do canal arterial, fazendo o
fechamento funcional do canal.
- Após 1 a 4 meses, o canal é ocluído com o crescimento de tecido
fibroso.
- Causas do fechamento:
1. Aumento da oxigenação do sangue que flui pelo canal.
2. PO2 fetal no sangue do canal = 15 a 20.
3. PO2 pós natal = 110 mmHg.
4. Queda das prostaglandinas.
- Persistência do canal:
Dilatação excessiva do canal por excesso de prostaglandinas,
substâncias que são vasodilatadoras em sua parede.
● Fechamento do canal venoso:
- Pós natal -> cessa o fluxo umbilical, porém a maior parte do sangue
portal flui pelo canal venoso.
- Todas essas alterações reduzem a resistência ao fluxo de sangue em até 5 vezes.
Desenvolvimento pulmonar:
O desenvolvimento depende de:
- Líquido pulmonar.
- Espaço na caixa torácica.
- Movimentos respiratórios fetais.
Situações que aceleram a maturação pulmonar:
- Estresse fetal.
- Corioamnionite.
- Uso materno antenatal de corticoides.
Adaptações do RN a vida extra uterina
Início da respiração e causas da respiração ao nascimento:
- Respira dentro de poucos segundos.
● O estado de asfixia moderada inerente ao parto, com falta de oxigênio e
aumento de CO2 irá estimular a respiração.
● Impulsos sensitivos, que originam na pele subitamente resfriada também
estimulam a respiração rapidamente.
- Não respira imediatamente:
● Hipóxia e hipercapnia - fornecem um estímulo adicional além dos demais ao
centro respiratório, provocando a respiração dentro de 1 minuto ou mais.
Respirações anormais
Fatores que levam a depressão do centro respiratório:
- Traumatismo craniano ou parto prolongado:
● Hemorragia intracraniana.
● Contusão cerebral.
- Hipóxia fetal:
● Compressão do cordão.
● Descolamento prematuro de placenta.
● Hipertonia uterina.
● Anestesia excessiva da mãe.
Expansão dos pulmões:
- As paredes dos alvéolos estão todos colapsados no momento do nascimento.
- Em geral são necessárias mais de 25 cm/água de pressão inspiratória negativa para
abrir os alvéolos.
- Uma vez abertos, a respiração pode ser efetuada com movimentos respiratórios
fracos.
A primeira respiração:
● O volume de ar nos pulmões permanece zero até que a pressão atinja - 40
cm/ água.
● A partir de - 40 começa a entrar ar no pulmão.
● Para encher o pulmão, é necessário uma pressão de - 60cm/ água, e neste
momento cerca de 40 ml de ar penetram nos pulmões do RN.
● Para desinsuflar é necessário cerca de + 40 cm/ água, devido a resistência
viscosa do líquido nos alvéolos.
● Ou seja, são necessários aproximadamente 100 mmHg para que o RN expire
pela primeira vez.
● Após desinsuflar, ficará um volume residual de oxigênio nos pulmões para
que os alvéolos não sejam colabados novamente.
Segunda respiração:
● É mais fácil pois o volume residual ajuda.
● Após 40 minutos a respiração passa a ser normal -> -10 a - 15 cm/água para
que entre ar no pulmão e atinja seu volume máximo, e uma pressão de zero
para que ocorra a expiração.

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