Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
WBA0189_v2.0 APRENDIZAGEM EM FOCO LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO E MULTICULTURALIDADE 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Gleidis Roberta Guerra Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira A disciplina de Legislação, Políticas de Inclusão e Multiculturalidade tem como finalidade trazer a você alguns conceitos e fundamentos sobre educação multicultural, intercultural e inclusiva, com vistas a situar sobre tais influências no processo de formação do cidadão. Para isso, você conhecerá aspectos sobre multiculturalismo, adequação curricular e dos espaços, para possibilitar à escola se tornar uma instituição multicultural e inclusiva. Saber sobre a adaptação curricular e os procedimentos inerentes a isso, proporciona à escola atender a todos os alunos. Tal perspectiva é essencial para sua formação. Somado a isso, pretende-se fazer com que você desenvolva o sentimento de empatia frente à diversidade humana. Para além disso, trataremos das deficiências de maneira geral, apontando como e quando podem ocorrer as situações que apresentam suas causas e as formas de preveni-las, bem como, de maneira específica, conhecer as principais características e a forma de trabalhar com o aluno na sala de aula, que possui deficiência intelectual, física, visual e auditiva, não deixando de citar os quadros de transtorno do espectro autista e altas habilidades/ superdotação. Para atender ao que se apresenta, o conteúdo da disciplina está dividido em quatro unidades temáticas. A primeira tratará de conceitos e fundamentos, essenciais para a compreensão do que é multiculturalismo e inclusão. Em seguida, serão estudados aspectos importantes da adequação curricular, que incidirá nas abordagens, posteriormente, a serem contempladas. Nas unidades 3 e 4, serão conhecidas as características principais de cada deficiência 3 e do transtorno do espectro autista e das altas habilidades/ superdotação. Deseja-se que ao final desta disciplina, você tenha muito mais conhecimento e segurança para atuar em uma perspectiva inclusiva e multicultural. INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! Conceitos, fundamentos e políticas de educação multicultural, intercultural e inclusiva e sua influência no processo de formação do cidadão ______________________________________________________________ Autoria: Gleidis Roberta Guerra Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira TEMA 1 5 DIRETO AO PONTO A partir da década de 1990, as discussões sobre as questões de uma sociedade mais inclusiva e multicultural passaram a ser debatidas. O primeiro documento internacional, elaborado em uma Convenção sobre Educação, aconteceu na cidade de Jomtien, na Tailândia, e foi denominada Declaração Mundial sobre Educação Para todos. Neste local e data, discutiram o direito de todos, homens e mulheres, a serem educados em uma perspectiva da erradicação do analfabetismo no mundo. Em 1994, a Declaração de Salamanca, documento publicado após uma convenção que ocorreu na cidade de mesmo nome, na Espanha, referendou o que já havia sido discutido na Convenção de Jomtien e incluiu as perspectivas de que todas as crianças, independentemente de suas características, deveriam estudar em um mesmo sistema de ensino. Com isso, crianças com e sem deficiência, que eram segregadas nas classes e escolas especiais passam a ter direito não apenas ao acesso, mas também à participação e aprendizagem nas escolas comuns. Lembre-se de que a Declaração de Salamanca não fala apenas da inclusão das pessoas com deficiência, mas de todas as pessoas, respeitando e valorizando também a diversidade cultural. Os países signatários da Declaração de Salamanca, entre eles, o Brasil, assumiram um compromisso internacional de levarem leis que garantissem o que foi posto neste documento. Assim, em nosso país, a partir desta data, várias leis foram promulgadas e garantiram, cada vez mais, a presença de crianças com deficiências, transtornos do espectro autista e altas habilidades/ superdotação nas escolas regulares, conforme podemos ver na linha do tempo abaixo: 6 Figura 1 – Linha do tempo legislação Fonte: elaborada pelo autor. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva veio para referendar o que estava posto na Declaração de Salamanca, transformando em lei aquilo que já era compromisso. Por outro lado, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, ou Lei Brasileira de Inclusão, conseguiu reunir em um único documento todos os direitos das pessoas com deficiência nas mais diversas áreas, o que lhes dá maior poder de exigência. No ano de 2020, entretanto, tivemos uma nova Política Nacional de Educação Especial, já não mais chamada de na perspectiva da Educação Inclusiva, pois incentiva que as crianças com deficiência devam retornar ao ensino segregado, em classes e escolas especiais, desconsiderando todo o trabalho e luta realizado desde 1994. Essa Nova Política, suspensa em dezembro de 2020 por liminar do Supremo Tribunal Federal por ter sido considerada inconstitucional, após audiência pública que ouviu 58 pessoas da sociedade civil, ligadas às causas das pessoas com deficiência, em 23 e 24 de agosto 7 de 2021, aguardava votação dos ministros, que decidirão por sua continuidade ou revogação. PARA SABER MAIS O CENSO 2010, último realizado e que perguntou para a população brasileira quem se autodeclarava com deficiência e apontou que cerca de 23,5% da nossa população tem alguma limitação física, sensorial ou intelectual, o que à época equivalia a mais de 45 milhões de brasileiros. Sendo assim, quando falamos de uma sociedade mais inclusiva, é de um grande número de pessoas que estamos falando, pessoas que possuem direitos e deveres. Em uma sociedade inclusiva, troca-se o termo isonomia, em que todos são tratados iguais, para equidade, em que todos têm as mesmas oportunidades. as pessoas são iguais em nossos direitos, mas nossas diferenças devem ser respeitadas. Para que as mesmas oportunidades ocorram, o que precisa é de acessibilidade, ou seja, eliminar todas as barreiras que impeçam a plena participação de todas as pessoas em todos os campos da sociedade: escola, lazer, trabalho. Entretanto, a acessibilidade que deve ser garantida não é apenas a física, aquela em que garante rampas e elevadores, portas mais largas, banheiros adaptados. Precisamos saber que acessibilidade envolve também o acesso à informação e à comunicação, como, por exemplo, o uso do Braille para as pessoas cegas e os intérpretes de Libras para as pessoas surdas. 8 Barreira é tudo aquilo que impede esta participação, por isso, também pode ser atitudinal, vindo do preconceito e da discriminação. Na educação, deve-se ter o acesso não apenas ao prédio, mas também acesso ao currículo, e adaptação deste de acordo com as necessidades do aluno. O mais importante, quando pensamos em inclusão, é saber que é a sociedade e a escola que devem se modificar para receber a criança com deficiência, e não ao contrário. TEORIA EM PRÁTICA Você é o (a) professor (a) de uma turma de primeiro ano do ensino fundamental de uma escola pública, e recebe em sua sala de aula um aluno com transtorno do espectro autista não verbal, ou seja, ele não é capaz de se comunicar oralmente, mas com inteligência dentro da média considerando os testes vigentes de inteligência. Embora você tenha conhecimento da Política Nacional de Educação Especial de 2020, sabe também que está suspensa e que não pode negar o acesso do aluno à escola, respeitando o que está posto na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), em vigor em nosso país. Sua tarefa é pensar de que forma adaptarásua sala de aula e o currículo, de modo a dar a este aluno as mesmas oportunidades de aprendizagem das outras crianças, traçando objetivos específicos às suas habilidades e necessidades. Descreva quais seriam suas primeiras atitudes para a transformação da sala de aula em uma sala, de fato, inclusiva. 9 Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva está em vigor para o atendimento de alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento (hoje, denominado de transtorno do espectro autista) e altas habilidades/ superdotação e é de fundamental importância que o educador conheça o seu texto na íntegra. Indicações de leitura 10 Para realizar a leitura, acesse a plataforma do Ministério da Educação. BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008. Indicação 2 A Nova Política de Educação Especial traz mudanças importantes na maneira de se entender os direitos das pessoas com deficiência na escola, e propõe o retorno das classes e escolas especiais, em uma visão segregacionista de educação. Para realizar a leitura, acesse a plataforma do Ministério da Educação. BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, 2020. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 11 1. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), seguindo o compromisso internacional assumido ao assinar a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) determina que: a. Toda criança, independente de suas características, deve estudar em um mesmo sistema de ensino. b. A criança com deficiência deve estudar em um espaço protegido, apenas para outras crianças com deficiência. c. A escola regular pode e deve recusar a matrícula de um aluno com deficiência, caso não se sinta preparada. d. Cabe à criança e sua família prover os meios necessários para que a mesma se adapte ao currículo. e. A escola não deve promover nenhuma mudança de acesso ao currículo, apenas de acesso físico. 2. A nova Política Nacional de Educação (BRASIL, 2020) foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal, em dezembro de 2020, por ter sido considerada inconstitucional. Essa política estabelece que: a. Todas as crianças devem estudar em um mesmo sistema de ensino, independentemente de suas características. b. Serão reimplementadas as escolas e classe especiais exclusivas para alunos com deficiência. c. Todos os alunos devem estar em sala regular e com as mesmas oportunidades de aprendizagem. d. Todas as crianças devem, obrigatoriamente, ser matriculadas na rede regular de ensino. e. O sistema de ensino deve ser inclusivo e atender a todos os alunos, independente de sua deficiência. 12 GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: Na perspectiva de uma educação inclusiva, todas as crianças devem estudar em um mesmo sistema de ensino e ter uma mesma oportunidade de aprendizagem. Questão 2 - Resposta B Resolução: A Nova Política de Educação Especial propõe o retorno das escolas e classes exclusivas para pessoas com deficiência. Multiculturalismo e adequação do currículo e dos espaços educativos nos contextos multiculturais e inclusivos ______________________________________________________________ Autoria: Gleidis Roberta Guerra Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira TEMA 2 14 DIRETO AO PONTO O termo multiculturalismo se relaciona com a ideia de que se tem uma pluralidade cultural, que faz parte de diversas culturas e que, assim, também são compostas as escolas. Para além da simples constatação desta diversidade, entende-se que enriquecem o cotidiano da escola e que o professor, ao invés de propor aos alunos a cultura dominante, deve valorizar e incluir as diferentes manifestações culturais em sala de aula. Para além do multiculturalismo, temos a interculturalidade. Nesta perspectiva, há uma articulação entre as políticas de igualdade e de identidade. É a legitimação de todas as culturas, e a compreensão de que há uma interação entre elas, uma modificando a outra, visto que não são puras ou estáticas. Para a construção da escola inclusiva e multicultural que se quer, a gestão democrática é fundamental. Nessa forma de gestão, há a participação de todos os atores da escola: professores, colaboradores, pais, alunos e comunidade. Esse modelo de gestão, previsto na legislação, envolve desde a forma de escolha do diretor, como a construção coletiva do projeto político pedagógico. Nesse modelo escolar, que também é multicultural e inclusivo, as famílias devem ser parceiras da escola, não apenas nos momentos de festas ou reuniões de pais, mas devem participar ativamente das decisões tomadas neste espaço e, para isso, é necessária a criação de órgãos colegiados que garantam a participação de todos. Sabe-se que a gestão escolar democrática ainda é um grande desafio e que é preciso estabelecer uma cultura de participação, valorizar a presença dos pais e da comunidade e, juntamente com eles, vivenciar sua cultura, enriquecendo as discussões de gênero, 15 raça, etnias e, de maneira geral, sobre o desenvolvimento de todos e cada um que ali frequenta. Entretanto, para a construção da escola multicultural e inclusiva que se quer, também são necessárias algumas adaptações, que podem ser de grande ou pequeno porte, envolver desde o espaço físico da escola, como seu currículo. Veja o quadro abaixo para compreender os níveis de adaptação. Figura 1 – Níveis de adaptação Fonte: elaborada pelo autor. Para além das adaptações que tornam a escola inclusiva, há também o que fazer quando se pensa em uma escola de fato multicultural. Para isso, é necessário um currículo que leve em conta a diversidade e a singularidade do aluno, que seja flexível sem ser reducionista e que tenha como objetivo a redução de barreiras atitudinais e conceituais. Refletir a prática educativa, ampliar as concepções de ensino e repensar as relações professor-aluno, são fundamentais para que a escola seja, de fato, multicultural. 16 Assim, pode-se afirmar que a prática pedagógica multicultural se constrói a partir do discurso e do diálogo, com reflexões constantes dos profissionais da educação voltadas ao desafio de construir as diferenças e combater os preconceitos a elas voltadas, que possuam um compromisso com o multiculturalismo. PARA SABER MAIS Questões do multiculturalismo e da diferença tornaram-se tema de discussão nos últimos anos. Embora quase sempre tratadas de forma marginal, passaram a aparecer nas escolas nos temas transversais. Geralmente, o multiculturalismo apoia-seno respeito à diferença e à diversidade, mas isso é pouco para discutir uma pedagogia crítica. Mais do que respeitar, precisa-se aprender a valorizar as diferenças em sala de aula e a compreender como surgem dentro da sociedade. André (2008) destaca a maneira como as desigualdades sociais e culturais se transformam em desigualdades escolares. Para a autora, muito se atribui o fracasso escolar às condições socioeconômicas da família, sem questionar o modo de funcionamento das instituições e sua maneira de lidar com as diferenças. A discussão que se levanta é que a escola ignora o conteúdo, os medos, as técnicas, a cultura dos alunos que não vêm da classe dominante, considerando apenas a classe dominante e sua hegemonia, gerando o fracasso dentro da própria escola. Ressalta, ainda, que as escolas mais centrais são mais bem equipadas, têm professores mais qualificados e estáveis e oferecem, assim, um ensino melhor, e que os professores também tratam de maneira diferente os alunos que têm comportamentos melhores. 17 Assim, pode-se afirmar que as diferenças favorecem os favorecidos e desfavorecem os desfavorecidos, e que se a escola não se modificar para sair deste ciclo vicioso, criando uma relação significativa de todos os alunos com o saber, tem-se sempre a visão do fracasso escolar colocado no estudante, por não considerarmos seus valores, suas crenças, as formas de organização de sua família. A ideia não é que o professor tenha em sala de aula um programa especial para cada criança, mas que perceba que cada um pode atingir as mesmas competências por caminhos diferentes. A gestão individualizada deve ser do processo, mas a construção de uma identidade coletiva também é fundamental para a aprendizagem. Para colocar em prática este ensino diferenciado é preciso romper barreiras, vencer preconceitos e resistências. Referências bibliográficas ANDRÉ, M. (org). Pedagogia das diferenças. Campinas: Papirus, 2008. TEORIA EM PRÁTICA Você atua como coordenador (a) pedagógico (a) de uma escola estadual e recebeu, em sua escola, um aluno com deficiência. Miguel tem dez anos e sérias dificuldades de interação com o grupo, limitações importantes na comunicação e interesse restrito. Na sala de aula, o professor está tendo dificuldade em lidar com a situação, e solicitou o auxílio da gestão para conseguir dar a este aluno uma educação de qualidade, dentro da perspectiva inclusiva. Você está profundamente preocupado (a) com a situação e, juntamente com outros membros da gestão, diretor e supervisor, busca desenvolver um projeto para que a escola possa realmente ser plural e atender aos alunos em suas demandas educativas, independentemente de 18 quais sejam, mas não esquecendo que esta proposta deverá ser articulada com a necessidade apresentada por Miguel. Você e a equipe gestora da escola tâm como enfrentamento dois desafios: o primeiro, incluir Miguel em sua turma, sendo que, para isso, deverá atuar em conjunto com seu professor; o segundo, de articular, junto com os demais membros da equipe gestora, uma proposta de criação de uma escola inclusiva e multicultural. Lembre-se de que, enquanto membro da equipe gestora desta escola, você deverá tomar as atitudes necessárias para auxiliar o processo de inclusão deste aluno, de acordo com a legislação vigente. Como será sua ação? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, Indicações de leitura 19 portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 A obra indicada discute a função da escola em formar cidadãos que atuem criticamente no mundo em que vivem. Para isso, discorre sobre o currículo não como uma lista de disciplinas e conteúdos a serem estudados, mas como uma estrutura que planeja as práticas pedagógicas. Destaca que o currículo deve considerar as necessidades e especificidades dos estudantes e da sociedade, despertando o interessante para questões como a diversidade e a inclusão. PAULA, D. H. L. Currículo da escola e currículo na escola: reflexões e proposições. Curitiba: Intersaberes, 2016. Indicação 2 A obra trata das questões da diversidade, incluindo os aspectos socioantropológicos e socioculturais, abrangendo temas como igualdade, desigualdade e diferença, questões étnico-raciais entre outras, colocando-as dentro do contexto escolar. PREVITALLI, I. M. Educação e diversidade. Londrina: Educacional, 2017. 20 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Para que a gestão democrática ocorra, algumas atitudes por parte da gestão escolar devem ser tomadas. Eentre elas, podemos citar: a. Centralização do poder no diretor (gestor). b. Escolha do diretor por meios políticos. c. Desconsiderar a comunidade nas decisões. d. Reforçar as decisões tomadas pela direção. e. Consolidar os mecanismos de participação. 2. Dentro de uma escola que assuma uma postura inclusiva e multicultural, viver as diferenças como enriquecedoras do trabalho cotidiano, é imprescindível. Assim, podemos afirmar que: a. O currículo deve considerar as singularidades de cada aluno. b. O currículo deve ser único e inflexível para todos os alunos. c. O diálogo não é uma ferramenta importante neste processo. d. A escola deve enxergar todos os alunos como idênticos. e. Não há necessidade de uma escola multicultural. 21 GABARITO Questão 1 - Resposta E Resolução: Para a efetivação da gestão democrática, é necessária a consolidação dos mecanismos de participação. Questão 2 - Resposta A Resolução: Dentro da escola multicultural, o currículo deve considerar as singularidades de cada aluno, deve ser flexível sem ser reducionista. Características das deficiências: visual, auditiva e física ______________________________________________________________ Autoria: Gleidis Roberta Guerra Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira TEMA 3 23 DIRETO AO PONTO O tema abordado trata as principais características das deficiências visual, auditiva e física, levantando também conceitos importantes sobre cada uma delas, o uso adequado da terminologia e a etiologia. Para começar, é preciso conhecer quais são os fatores de risco para o surgimento das deficiências, e como podem ser classificadas de acordo com o momento em que ocorrem. Nesse sentido, separam- se três períodos, conforme figura abaixo. Figura 1 – Períodos em que ocorre a deficiência Fonte: adaptado de halduns/ iStock.com; Reynardt/ iStock.com; SerrNovik/ iStock.com. No período pré-natal, ou durante a gestação, os fatores de risco mais comuns são as infecções congênitas, uso de medicação, álcool ou droga pela gestante, causas genéticas ou hereditárias. Já no período perinatal, é possível citar a anóxia neonatal, caracterizada pela falta de oxigênio na hora do parto, como um fator importante,e durante toda a vida. No período pós-natal, podem ocorrer situações que levem a uma deficiência, como doenças, traumas por acidentes, lesões cerebrais, entre outras. 24 Entre as deficiências que podem ocorrer a uma pessoa, está a deficiência visual, que pode ser dividida em cegueira e baixa visão, sendo, respectivamente, a perda total da visão e a alteração no sistema visual, considerando a acuidade e o campo visual. Lembre-se de que para ser considerada uma deficiência, não pode ser corrigida com o uso de lentes, auxílios ópticos ou mesmo mudanças técnicas e ambientas. A criança com deficiência visual tende a ter um atraso no desenvolvimento motor, e esta exploração restrita do ambiente pode fazer com que tenha dificuldades na aquisição de conceitos, no desenvolvimento da fala e da linguagem, e também em seu desenvolvimento social e cognitivo. Assim, é fundamental que seja estimulada o mais precocemente possível, considerando suas potencialidades. Para a pessoa com deficiência visual, o uso de tecnologias assistivas que auxiliarão no seu dia a dia será essencial e, para a pessoa cega, o sistema Braille possibilitará seu aprendizado a partir da leitura e da escrita. No caso da pessoa com deficiência auditiva ou surdez, termos que não são sinônimos e possuem uma ideologia por traz de cada um, a Libras será um fator primordial para sua aprendizagem e desenvolvimento. Principalmente quando se trata de perdas auditivas de grau severo e profundo, a Libras como língua materna, que dará à criança aporte cognitivo para seu pensamento, é fundamental. O uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) ou de Implante Coclear (IC) também será preponderante no desenvolvimento, mas lembre-se de que esses equipamentos 25 eletrônicos não devolvem a audição integral, mas auxiliam na percepção auditiva da pessoa. Na escola, a presença de profissionais que auxiliem os alunos surdos por meio da tradução e interpretação da Libras também é importante para o desenvolvimento e aprendizagem. No caso da deficiência física, é possível mencionar as paresias e as plegias. As paresias são as perdas parciais de mobilidade, enquanto as plegias são as perdas totais de mobilidade de um ou mais membros. Na primeira infância, a Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP) é a principal causa de deficiência física e, assim como nos outros casos, o grau pode ser variável. Para os alunos com dificuldade de comunicação, é importante a inclusão da comunicação alternativa, que pode utilizar de estratégias, recursos ou produtos para facilitar a comunicação, como, por exemplo, o uso de pranchas e figuras. Na escola, as adaptações de mobiliário e equipamentos são essenciais para que a criança com deficiência física possa ter acesso a todo o currículo, com independência e autonomia. PARA SABER MAIS A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como língua da comunidade surda brasileira, por meio da Lei Federal n. 10.436/2002, regulamentada pelo Decreto Federal n. 5.626/2005. Para alguns linguistas, a língua de sinal é a língua materna do surdo, visto que é a única que ele pode aprender espontaneamente e de 26 maneira mais fácil. Basta a criança estar exposta a um ambiente em que a Libras é utilizada, que aprenderá naturalmente, como a criança ouvinte aprende a falar, nas mesmas idades e etapas. É importante, ainda, saberque a Libras é uma língua natural, independente e autônoma. Não é universal, cada país tem a sua e, mesmo países que usam a mesma língua oral, podem ter línguas de sinais diferentes, como é o caso do Brasil e de Portugal, ou ainda dos Estados Unidos e Inglaterra. O mais conhecido da Libras é o alfabeto, mas não é a partir dele que o surdo se comunica. Ele é usado apenas para dizer nomes próprios ou palavras que não sabe o sinal, é como se estivesse soletrando em uma língua oral. Para todas as outras palavras, usam-se sinais representativos, icônicos ou sinais simbólicos. As línguas de sinais são completas e possuem, gramaticalmente, tudo que uma língua oral possui: fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, pragmática. Assim, aprender Libras é como aprender qualquer outra língua, é necessário tempo e dedicação. Para que uma sociedade seja de fato inclusiva, é fundamental que as pessoas surdas possam se comunicar a partir de sua língua em qualquer lugar. Para isso, a legislação garante a presença de intérpretes de língua de sinais em todos os espaços públicos ou privados, que sejam de acesso coletivo, o que, infelizmente, ainda não é cumprido pela maioria das empresas. TEORIA EM PRÁTICA Você recebe um aluno com deficiência visual, em sua sala de aula, e terá que fazer um relatório sobre as dificuldades e habilidades que ele apresenta para enviar a um outro profissional que o atende. 27 Imagine que ele tem oito anos de idade e baixa visão, necessitando de textos com fonte ampliada e uso de recursos ópticos. No relatório, destaque quais as dificuldades apresentadas e como está trabalhando com ele em sala de aula, traçando, de maneira coerente, um perfil de aprendizagem. Faça um relatório de cerca de uma lauda, contando sobre este caso. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicações de leitura 28 Indicação 1 A obra esclarece definições importantes sobre as deficiências visual e auditiva. Também discute as incapacidades físicas e as condições necessárias para um atendimento educacional específico, de acordo com as condições clínicas do aluno. FARREL, M. Deficiências sensoriais e incapacidades físicas: guia do professor. Porto Alegre: Artmed, 2008. Indicação 2 A coleção apresenta de maneira clara e simples as características das deficiências e distúrbios de aprendizagem mais encontrados na escola, trazendo dicas de como trabalhar com cada um deles em sala de aula. BENUTE, G. R. G (org). Coleção Ensaios sobre Acessibilidade. São Paulo: Centro Universitário São Camilo, 2020. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 29 1. Na escola, diferentes diagnósticos de deficiência física serão encontrados. Um deles é o de Encefalopatia Crônica não Progressiva (ECNP). Existem alunos com mais ou menos possibilidades de locomoção, de escrita, e inclusive de fala, visto que, quando há comprometimento muscular, pode também afetar a fala da criança, que se torna, algumas vezes, ininteligível. No caso das dificuldades de comunicação, alguns sistemas garantem uma forma diferenciada, com uso de pranchas e figuras. A este tipo de comunicação chamamos de: a. Comunicação partilhada. b. Comunicação alternativa. c. Comunicação total. d. Comunicação adaptada. e. Não há adaptação para a comunicação. 2. É sabido que as deficiênciaspodem ser congênitas ou adquiridas, hereditárias ou genéticas, e que podem ocorrer em diferentes períodos da vida da pessoa. Relacione os períodos de ocorrência das deficiências com os exemplos dados, colocando 1 para pré- natal, 2 para perinatal e 3 para pós-natal. ( ) Acidentes. ( ) Infecções congênitas na gestação. ( ) Doenças da infância. ( ) Problemas no parto. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a. 2-1-2-3. b. 3-2-3-1. c. 3-1-3-2. d. 2-3-3-1. e. 3-3-1-2. 30 GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: A comunicação utilizada nos casos de ECNP, que utiliza pranchas e figuras, é chamada de comunicação alternativa. Questão 2 - Resposta C Resolução: Infecções na gestação são causas pré-natais, acidentes e doenças da infância são pós-natal e problemas no parto, perinatal. Deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA), e altas habilidades ______________________________________________________________ Autoria: Gleidis Roberta Guerra Leitura crítica: Carlos Eduardo Candido Pereira TEMA 4 32 DIRETO AO PONTO Este tema trata dos aspectos mais relevantes da deficiência intelectual, transtorno do espectro autista (TEA) e das altas habilidades/ superdotação. Conhecer as características de cada uma dessas condições auxilia o professor em seu trabalho diário. Para a deficiência intelectual, precisa estar claro que o diagnóstico deve ser realizado antes dos dezoito anos de idade e que, além do resultado (abaixo da média da população) nos testes de QI, é necessário que haja uma inabilidade em mais duas áreas do comportamento social, que envolvem comunicação, autocuidado, desempenho acadêmico, entre outras. Os testes de QI iniciaram com Binet e procuravam uma maneira de avaliar se a criança fracassaria antes mesmo de iniciar sua jornada escolar. Considera uma inteligência única e que esta seria a inteligência lógico-matemática. Assim, acredita-se que se nasce e morre com a mesma inteligência, que é quantificada. Na década de 1980, a teoria da inteligência única passa a ser questionada, e Howard Gardner propõe a teoria das inteligências múltiplas, como apresentado na Figura 1, em que se acreditava, inicialmente, em sete tipos de inteligência (atualmente, já são considerados doze tipos). Nessa nova perspectiva, a inteligência pode e deve ser desenvolvida durante toda vida, em vista das estimulações que o indivíduo recebe e das interações que realiza com o meio. Dessa forma, acredita- se que a intervenção pode auxiliar os indivíduos que apresentam deficiências ou dificuldades na aprendizagem. Essa é a visão da educação inclusiva. 33 Com base no exposto, o professor deverá dar o respaldo necessário para que o aluno com deficiência intelectual aprenda e se desenvolva, vivenciando um ambiente rico em experiências que envolvam os diferentes tipos de inteligência. Figura 1 – Tipos de inteligência Fonte: elaborada pelo autor. O segundo tema, o transtorno do espectro autista (TEA), denominado dessa maneira a partir do DSM V (APA, 2014) se refere a um conjunto de transtornos caracterizados por um espectro compartilhado de prejuízos qualitativos na interação social, associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos pronunciados. Para ser considerado como TEA, os sintomas devem ter aparecido antes dos cinco anos de idade e, hoje, sabe-se que é possível encontrar pessoas desde uma condição leve até os casos mais severos. Sabe-se, atualmente, que o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento e, embora ainda não tenha suas causas 34 muito esclarecidas e sejam múltiplas as etiologias, já há um consenso em dizer que há alterações na forma de funcionamento do cérebro, que levam a uma desorganização na recepção dos estímulos e nas funções executivas. Em relação às altas habilidades/ superdotação, ao contrário da deficiência intelectual, essas pessoas apresentam o QI acima da média esperada para a idade e, muitas vezes, o professor pensa que ser inteligente demais é suficiente para atingir todos os objetivos da aprendizagem, o que não é necessariamente verdade. Entre o grupo de pessoas com altas habilidades, há uma grande heterogenia, ou seja, cada pessoa apresenta características que são únicas e que podem favorecer ou não a aprendizagem como um todo. É fundamental a identificação dessas crianças em sala de aula, para que se faça um trabalho voltado às suas necessidades. A participação da família, junto à escola, também se faz importante para o processo de aprendizagem do aluno. Finalizando, seja qual for a necessidade apresentada, devemos sempre estar atentos aos alunos, e pensar que frente a uma perspectiva inclusiva de educação, é a escola e o professor que devem prover os meios para que o aluno se desenvolva em todo seu potencial, afinal, todos podem aprender algo. Referências bibliográficas APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Trad. Maria Inês Corrêa Nascimento. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 35 PARA SABER MAIS Como já foi visto anteriormente, as crianças com TEA apresentam dificuldades importantes nos comportamentos que envolvem a interação social e a comunicação e, dependendo da gravidade de sua condição, podem ter pouco ou nenhum interesse em estabelecer estas relações. Entretanto, sabe-se da importância da interação para o desenvolvimento humano e entre eles para o desenvolvimento da linguagem. Para que o desenvolvimento da linguagem aconteça, o ambiente interpessoal é fundamental e sempre necessário o suporte de um adulto, que perceberá as necessidades conversacionais da criança e adequará suas contribuições à essa capacidade. Interação social, comunicação e comportamento se articulam durante todo o desenvolvimento humano e, visto que essas são as maiores dificuldades da criança com TEA, cabe aos profissionais que trabalham com pessoas nessa condição utilizarem estratégias que auxiliem na aquisição dessas habilidades. Deve-se considerar a relevância dos modelos de desenvolvimento para orientar a realização de intervenções mais eficazes, e a escola é um dos espaços que favorecem o desenvolvimento infantil, tanto pela oportunidade de convivência com outras crianças, quanto pelo importante papel do professor por meio de suas mediações, que favorecem a aquisição de diferentes habilidades nas crianças. A escola regular é o contexto no qual a criança com TEA encontra modelos mais avançados de comportamento para seguir, e essas trocas desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem de todos os alunos. 36 Sabe-se que a inclusão de alunos com TEA não é uma prática fácil, mas conhece-se também que é possível e realizável. Deve- se, então, considerar os benefícios da convivência na escola, não apenas em termos de interação social como também em relação ao desenvolvimento de habilidades cognitivas das crianças com TEA. TEORIA EM PRÁTICA Você atua como professor (a) na Escola Estadual Paulo Freire e, neste ano letivo, recebeu um aluno com Transtorno do Espectro Autista. Miguel tem dez anos e sérias dificuldades de interação com o grupo, limitações importantes na comunicação e interesse restrito a animais. Na sala de aula, você está tendo dificuldade em lidar com a situação e solicitou o auxílio da gestão para conseguir dar a este aluno uma educação de qualidade, dentro da perspectiva inclusiva. Uma das principais dificuldades sobre Miguel é que não consegue incluí-lo nas práticas com outras crianças porque não possui formação específica nem conhecimento suficiente para o trabalho. Você está profundamente preocupado (a) com a situação e, juntamente com outros membros da gestão, diretor e supervisor, buscou desenvolver um projeto para que a escola possa realmente ser plural e atender aos alunos em suas demandas educativas, independentemente de quais sejam, mas não esquecendo que esta proposta deverá ser articulada com a necessidade apresentada porMiguel. O que abordaria neste projeto? Como faria a inclusão de Miguel com o restante da turma? 37 Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 A obra trata da perspectiva de inclusão escolar do aluno com deficiência intelectual, a partir de estudos realizados na cidade de Jundiaí, estado de São Paulo. Traz as questões de dificuldades de aprendizagem apresentadas por este alunado e as formas de intervenção que o professor pode realizar. Indicações de leitura 38 SPINELLI, L. R. C.; RANCOLETTA, V. P. Deficiência intelectual e inclusão escolar: uma realidade. Jundiaí, 2008. Indicação 2 A obra trata da superdotação, levando o foco para as questões da criatividade, mostrando ao professor que a educação pode ser um processo criativo e que, por meio de jogos e boa comunicação, pode-se favorecer o desenvolvimento. LANDAU, E. Criatividade e superdotação. Coleção Eleutherias. Rio de Janeiro: Eça, 1986. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Para a identificação do aluno superdotado, deve-se estar atento ao seu desenvolvimento, principalmente, ao perceber que está além das outras crianças de sua faixa etária. Em relação à essa identificação, podemos afirmar que: 39 a. Não é importante, visto que o aluno se desenvolverá de qualquer maneira. b. Só poderá ser realizada após o processo de escolarização formal. c. É fundamental para que tenha os estímulos adequados ao desenvolvimento. d. Só poderá ser feita pela escola, a família não tem meios para esta observação. e. Atrapalha o desenvolvimento da criança, que se tornará arrogante. 2. Dentro da perspectiva da educação inclusiva, e tendo um aluno diagnosticado com deficiência intelectual na escola, o professor necessita: a. Dar o respaldo necessário ao aluno, para que tenha autonomia para vivenciar novas formas de aprender. b. Encaminhar o caso para a equipe técnica, que se torna a responsável pelo seu desenvolvimento. c. Manter o currículo fixo e inflexível, a criança que deverá se adaptar às normas da escola. d. Encaminhar o aluno para a Escola de Educação Especial, pois não pode ficar na sala comum. e. Dar sua aula normalmente, afinal, ele é quase normal. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: A identificação é fundamental para que a criança receba os estímulos adequados e possa desenvolver suas potencialidades. 40 Questão 2 - Resposta A Resolução: O professor deverá dar o respaldo necessário ao aluno, para que possa aprender e se desenvolver com autonomia. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 3 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 4 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Quiz Gabarito Inicio 2: Botão TEMA 4: Botão TEMA 1: Botão TEMA 2: Botão TEMA 3: Botão TEMA 9: Inicio :
Compartilhar