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Universidade Estadual do Ceará Curso de Nutrição Disciplina de Nutrição em Saúde Pública Professora: Dra. Cláudia Machado Coelho Souza de Vasconcelos Aluna: Josivânia Candido de Morais Matrícula: 1494723 Resenha: lives DHAA, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Para abertura das lives, falou inicialmente sobre o fundador da geografia da fome: Josué de Castro, que foi um pensador e ativista político brasileiro nascido na cidade de Recife. Josué de Castro tornou-se um dos maiores pensadores da Geografia, em virtude, principalmente, da obra Geografia da Fome. Formou-se em medicina e filosofia, além de ter sido também embaixador do Brasil na ONU, em Genebra. A fome e a paz eram suas obsessões. Dando continuidade, o seminário relembra os 75 anos após a geografia da fome de Josué de Castro e fala sobre os velhos e novos dilemas a respeito do assunto. Fala-se então na interligação entre fome, pobreza e desnutrição. Tal assunto dá margem para a questão da insegurança alimentar, da alimentação inadequada e do acesso à saúde. Assim, para um mundo sustentável e com condições adequadas para todas as pessoas é necessário inserir em resoluções primordiais a erradicação da fome e a garantia da alimentação adequada e saudável. O seminário traz em sua contextualização que, desde 1974, há um déficit nutricional na população em geral, tendo em vista o aumento do sobrepeso e consumo de alimentos ultraprocessados em todas as faixas etárias. Tudo isso para dizer que a má nutrição é abordada de várias formas e, será necessário a incorporação de todas para formular políticas públicas de combate e prevenção. Adiante, relacionado a geografia das desigualdades socioeconômicas e determinantes da pobreza e da fome, falou-se em como é vergonhoso um país que produz mais de 3kg de grãos por dia para exportação permitir que diversos brasileiros se encontrem passando fome e consequentemente em insegurança alimentar. Isso está completamente interligado com as desigualdades sociais. Relembrando novamente a luta de Josué de Castro, foi dito que a superação da fome foi alcançada por um período, este que se alavancou por meio dos direitos básicos dos cidadãos: emprego, valorização de salário mínimo, políticas de transferência renda, apoio à agricultura familiar, alimentação escolar, água no semiárido, eletrificação rural, entre outras políticas. Porém, o cenário de volta à fome é fruto dos sistemas alimentares brasileiros que são desiguais e injustos. Relativo a geografia da produção de alimentos, o Brasil está entre os maiores produtores agrícolas e exportadores de alimentos mundiais. Entretanto, ao mesmo passo que possui um leque de produção alimentar, não consegue erradicar a fome do próprio país. Diariamente presenciamos desmontes de políticas públicas que afetam diretamente a população pobre e vulnerável. A produção de alimentos decorrente do agronegócio não é para o nosso povo, é uma via de lucro para a elite brasileira. E é por isso que precisamos falar em desigualdade e em políticas públicas que revertam esse quadro. Além disso, o agronegócio brasileiro é responsável em grande parte pelo desmatamento ambiental.
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