Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE LÚRIO FACULDADE DE ENGENHARIA CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA GEOLÓGICA TANZANIA OFFSHORE Discente: Docente: Lewis Rafael Fabião Afonso Chambela, MSc. Pemba, Outubro de 2020 2 Resumo Tanzania Offshore enquadra-se no grupo das bacias da costa leste da África que envolve os grandes países, como Etiópia, Somália, Quénia, Tanzânia, Moçambique e Madagascar. São caracterizados geologicamente por eventos tectónicos e processo evolutivo estrutural desde o final da Época Carbonífera que tem três tipos de sequências deposicionais (sedimentos em fase de rifting intracontinental, fase de rifting fraca e passiva fase da margem continental). As bacias sedimentares da Tanzânia foram classificadas em (terrestre) bacia, bacia costeira, bacia de águas rasas (continental plataforma) e bacia marinha profunda (offshore). A exploração offshore na Bacia Profunda da Máfia da Tanzânia abrange num total de 12 Blocos. Esses blocos offshore de águas profundas são categorizados em dois grupos, a saber Blocos Offshore Norte (NOBs) que incluem os Blocos 5 a 12 e o Offshore Sul Blocos (SOBs) (blocos 1 a 4). A interpretação de dados sísmicos envolveu a selecção de falhas e horizontes onde as falhas são seleccionadas para delinear a tendência da estrutura geológica da área, enquanto os horizontes indicam a continuidade de estratos, deposicionais e estratigrafia baseadas em resposta individual do log de raios gama combinada em um único resumo estratigráfico. As principais litologias identificadas em registros de poços são xisto, areia xisto, areia, areia de xisto e calcário. O acúmulo de hidrocarbonetos é geralmente influenciado por factores como rocha geradora, reservatório, capa, armadilha, no entanto, as propriedades petrofísicas das rochas apresentam condições geológicas superiores para o acúmulo de hidrocarbonetos e tem grande potencial de exploração isso condiciona a capacidade de existência de 57 Trilhões Pés Cúbicos (TCF) de gás natural em campos terrestres e marítimos. Palavras-chaves: Tanzania, Offshore, Bacias, Estrutura, , Hidrocarbonetos. 3 Índice 1. Introdução ............................................................................................................................ 4 1.1. Objectivos...................................................................................................................... 4 1.1.1. Objectivo geral ....................................................................................................... 4 1.1.2. Objectivos Específicos ........................................................................................... 4 1.2. Metodologia .................................................................................................................. 4 2. Enquadramento geológico ................................................................................................... 5 3. Configuração estrutural a partir de dados geológicos e geofísicos ...................................... 7 3.1. Métodos geofísicos ........................................................................................................ 8 3.1.1. Dados sísmicos 2D ................................................................................................. 8 3.1.2. Resultados de interpretação sismica ...................................................................... 9 4. Evolução estrutural ............................................................................................................ 10 5. Estratigrafia ........................................................................................................................ 11 5.1. Configuração litoestratigráfica .................................................................................... 11 5.2. Identificação de litologia ............................................................................................. 13 5.3. Sequência Estratigráfica .............................................................................................. 14 6. Descoberta de Petróleo e Gás ............................................................................................ 15 7. Rocha Fonte (geradora)...................................................................................................... 17 8. Rocha Reservadora ............................................................................................................ 17 9. Armadilhas/Rochas Selantes .............................................................................................. 19 10. Modelagem do Sistema de Petróleo ................................................................................ 21 11. Conclusão ........................................................................................................................ 22 12. Referências bibliográficas ............................................................................................... 23 4 1. Introdução As actividades de exploração de petróleo e gás na Tanzânia vêm ocorrendo nos últimos 60 anos. Embora o petróleo ainda não tenha sido encontrado antes, o gás natural foi descoberto pela primeira vez em 1974, e a produção começou em 2004. As bacias sedimentares da Tanzânia foram classificadas em (terrestre) bacia, bacia costeira, bacia de águas rasas (continental plataforma) e bacia marinha profunda (offshore). A exploração offshore na Bacia Profunda da Máfia da Tanzânia abrange num total de 12 Blocos. Esses blocos offshore de águas profundas são categorizados em dois grupos, a saber Blocos Offshore Norte (NOBs) que incluem os Blocos 5 a 12 e o Offshore Sul Blocos (SOBs) (blocos 1 a 4). A estratigrafia junto com sedimentologia detalhada, petrologia e mineralogia apresentada neste trabalho, é crítica para avaliar e perceber a prospectividade de hidrocarbonetos da Tanzania Offshore. A análise da estruturas geológicas, com base nos dados geológicos e geofísicos revela que ambientes de turbidez deltáicas regionalmente extensos se desenvolve-se depositando unidades ricas em orgânicos matéria orgânica espessas que poderiam actuar como potenciais fontes de hidrocarbonetos. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivo geral Estudar a Bacia Sedimentar ‘’Tanzania Offshore’’. 1.1.2. Objectivos Específicos Enquadrar geologicamente a bacia sedimentar Tanzania Offshore; Apresentar a evolução estrutural da bacia; Configurar a estrutura da bacia com base nos dados geológicos e geofísicos; Descrever a estratigrafia de Tanzania Offshore. Indicar e Caracterizar as rochas fontes, reservadoras, armadilhas/selos da bacia Tanzania Offshore; Representar a modelagem do sistema de petróleo da bacia Tanzania Offshore; 1.2. Metodologia Para concretizar os objectivos optou-se como base revisões bibliográficas, em manuais electrónicos e artigos científicos, que estiveram disponíveis, e recorreu-se a algumas bibliografias recomendadas no plano da disciplina, portanto, estes recursos impulsionaram no desenvolvimento do tema em estudo. 5 2. Enquadramento geológico Tanzania offshore enquadra-se na costa leste da África, área que se estende da Somália ao sul do Golfo de Aden até Moçambique a sul da costa da África Oriental, envolvendo grandes países, como Etiópia, Somália, Quênia, Tanzânia, Moçambique e Madagascar, e inclui outras 13 bacias (Figura I). A evolução estrutural do continente margem na costa leste da África pode ser dividida em três fases, incluindo rifting intracontinental no final do Carbonífero até o início da época Jurássica, fenda fraca intracontinental em período do Jurássico do meio ao final ao início do Cretáceo, e margemcontinental passiva no final do Carbonífero ao período Neogene. A área tem três tipos de sequências deposicionais, incluindo sedimentos em fase de rifting intracontinental, fase de rifting fraca e passiva fase da margem continental. As litologias do carbonífero ao Jurássico Inferior do Grupo Karoo são principalmente composto por glutenita continental, xisto, série de carvão e rochas vulcânicas lameletadas. Grupo Karoo na Bacia de Moçambique no sul em média 5 800 m de espessura e continha grandes quantidades de basaltos e riolito. Fase da margem continental passiva Na fase de margem continental passiva, com contínua mudança do nível do mar, áreas offshore da maioria das bacias do costa leste da África amplamente desenvolvida offshore e lagunar fácies, zona intertidal, zona supratidal, fácies de plataforma, continental plataforma de carbonato de plataforma, sedimento de fácies abissal e offshore sedimento de turbidez. Na parte continental a oeste de a bacia, fácies fluvial desenvolvida, e planície delta e frente fácies desenvolvida na margem continental de poucas bacias. 6 Figura I. Geologia da Costa leste africana. Fonte: Brownfield, 2016 7 3. Configuração estrutural a partir de dados geológicos e geofísicos A bacia sedimentar Offshore de Tanzania é conhecida como bacia Mafia das águas profundas (Mafia Deep Offshore Basin) formado como um produto da separação de Gondwana (Figura 1). A exploração offshore os blocos está localizada na configuração da Margem Continental Passiva da África Oriental. De Onshore, a principal tendência estrutural inclui NNE-SSW (Tanga) e o Lindi NNW-SSE Quanto às tendências estruturais offshore, as falhas são comummente pós-Karoo. Essas falhas pós-rífte são consideradas reactivação de falhas mais antigas, uma vez que exibem uma tendência semelhante. A bacia explorada é delimitada por três estruturas tectónicas denominadas Eastern Davie Fracture Zone, Falha Alfa e Zona de Cisalhamento Aswa, que formam as principais estruturas a leste da Máfia Deep Basin (Figura 1) (Mpanda, 1997 & Kapilima, 2003, citados em Open Journal of Geology, 2018). Figura 01. Um mapa topográfico da Tanzânia; mostrando a bacia costeira da Tanzânia (bacias onshore e offshore) e a estrutura atual da Tanzânia offshore. Fonte: Open Journal of Geology (2018). 8 3.1. Métodos geofísicos 3.1.1. Dados sísmicos 2D Segundo Angelo et al., (2019), o principal conjunto de dados regionais é uma reflexão sísmica 2D que foi colectada por FUGRO para a Petrobras em toda a área de estudo em 2004-2006 (Figura 2). Os dados consistem em seis linhas com duas tacadas linhas (EO_0073 e EO_0092) e quatro linhas de mergulho (EO_0065, EO_0066, EO_0068 e EO_0072). A área de levantamento de 8 km de largura e 12,5 km de comprimento cobriu a região que define a maioria dos limites de borda do Bloco 5 (Figura 2). Figura 02. Mapa Geológico de campo de gás da Tanzânia. Fonte: Kent, 1974. O processamento básico através da migração de tempo de pré-empilhamento foi realizado usando Petrel software 2014. A interpretação de dados sísmicos envolveu a selecção de falhas e horizontes onde as falhas são seleccionadas para delinear a tendência da estrutura geológica da área e entender o estilo estrutural da área, enquanto os horizontes indicam a continuidade de estratos, de posicionais e estratigrafia (Figura 4). Do poço ao laço sísmico (Figura 4), quatro (4) traços sísmicos superiores que foram posteriormente identificados como horizontes de A7 a A4 amarrados intimamente a quatro (4) topos de poços e foram usados como orientação durante a interpretação (Angelo et al., 2019). 9 3.1.2. Resultados de interpretação sismica Unidades tectonoestratigráficas e características estruturais baseadas no Bloco 5 A partir dos dados sísmicos, quatro unidades tectonoestratigráficas (Unidades 1 - 4) e oito falhas foram identificadas delimitadas por inconformidades regionais (horizontes chave) com características sísmicas semelhantes ou relacionadas. As unidades 3 e 4 foram suplementadas com o topo da formação do poço amarrado próximo aos horizontes de A4 através de A7 (Figura 3). Horizontes A3 e A4 não foram rastreados em alguma parte das seções devido à descontinuidade natureza dos reflectores e da linha sísmica de amplo espaço usados no estudo, que apresentam incertezas de correlação. Figura 03. Resultado do empate de poço a sísmica para poço Mchongoma e seção EO_0068 com topos de formação. Fonte: Angelo et al., (2019) 10 Figura 04. Linha de seção EO_0068 amarrada ao poço Mchongoma mostrando os horizontes A7 a A4 escolhidos perto do topo da formação que definem os topos das sequências sísmicas. O poço visou a areia do canal albiano (círculo pontilhado azul claro). Fonte: Angelo et al., (2019) 4. Evolução estrutural Num dos blocos da bacia (bloco 5) mostra a deformação associada ao movimento de ruptura e deslizamento. A estrutura mais proeminente da bacia é a falha que é responsável por dois estilos estruturais. O início de F4 é datado de volta ao sul regional movimento de Madagascar após a separação de Madagascar da Tanzânia durante o Jurássico ao Cretáceo. Este movimento foi controlado pelo remanescente falha de transformação (fractura de Davie) na qual a sobreimpressão do lineamento da estrutura N-S foi registrada e denominada como F4. De acordo com Higgins et al,. (2012), A falha F4 segue a anomalia magnética de tendência N-S e é cruzada por a falha de fenda do Jurássico com tendência NE-SW. Os sedimentos pós-rífte são registrados em topo de A2. Antes da deposição de A4 (Coniaciano Inferior), nenhuma actividade de falha afectada o bloco e todas as falhas mais antigas eram dominantes. O período 11 foi dominado por ampla acumulação de finos sedimentos marinhos. A reactivação posterior de F4 e variações de espessura entre os horizontes A6 e A2 (Figura 5 e Figura 8 (b)) está ligada à inversão local do Cretáceo Superior. Além disso, a deformação local documentada durante o final do Cretáceo ao Médio Eoceno (pode-se verificar na Figura 05) diz que foi a consequência da reactivação precoce da falha F4 e F9 seguindo a abóbada do Cretáceo. Este achado corrobora o documentado a inversão ocorreu em terra e agora no mar (Cope, 2000). Figura 05. Seção sísmica interpretada EO_0056 com falha F9 reactivada formando uma feição de inversão indicada pelo espessamento amarelado de sedimentos entre os horizontes A2 e A6 (Baseado no Bloco 5); Fonte: Open Journal of Geology (2018). 5. Estratigrafia 5.1. Configuração litoestratigráfica De acordo com Zongying., Ye, Shujun & Wenlong (2013), coluna de estratigrafia costal é usada para explicar campo de gás porque este campo é referido como parte da bacia costeira em de várias. A coluna sedimentar costeira é caracterizada por várias megasequências limitado por grandes inconformidades reconhecidas na base de Plioceno, base do Mioceno, base do Oligoceno, base do Paleoceno, base do Tardio Cretáceo e base do Jurássico (Figura 06). 12 Figura 06. Coluna estratigráfica da bacia costeira da Tanzânia. Fonte: Brownfield (2016) O porão gnáissico pré-cambriano é desconfortavelmente coberto principalmente por Arenitos fluviais do Triássico ao Jurássico de Karoo, inconformidade regional separaram os estratos continentais Karoo dos estratos marinhos do Jurássico. Primeiro transgressão marinha se sobrepôs ao Karoo continental durante o Aaleniane Bathonian. Este período de transgressão depositou Mtumbei Formação de xisto seguida de regressão no início do Cretáceo, resultando em depósitos de sedimentos clásticos da Formação Kipatimu. O Cretáceo Superior período foi marcado por uma grande transgressão A série de transgressões que começou no Aptiano- Albiano continuou no Paleoceno. Os sedimentos depositados no Paleoceno são principalmente marinho profundo,consistindo de argila e pedra de argila com faixas finas de arenito fino (Angelo et al., 2019). 13 Durante o Eoceno Médio e o Oligoceno, xisto e calcário depósitos comprova que este período foi uma fase transgressora que deu ascensão à formação de xisto Wami. Os sedimentos do Eoceno Inferior, principalmente consistem em xisto, arenitos e rochas carbonatadas. O eoceno compreende um depósito arenoso transportado da alta erosão áreas de subsolo de relevo no oeste (Kent, 1974). 5.2. Identificação de litologia As unidades litoestratigráficas amplas reconhecidas em Songo Songo, sudeste da Tanzânia, são resumidas na Figura 07. Todas as divisões litoestratigráficas feitas em poço individual seções são de dados de poço. Para cada poço, interpretações baseadas em a resposta individual do log de raios gama combinada em um único resumo estratigráfico (Angelo et al., J ,2019). As principais litologias identificadas em registros de poços são xisto, areia xisto, areia, areia de xisto e calcário. Xisto e arenito são a maioria das litologias dominantes mostradas por marrom e amarelo respectivamente na Figura 07. Figura 07. Litologia identificada a partir do registro do poço de raios gama. Fonte: Angelo et al., (2019) 14 5.3. Sequência Estratigráfica De acordo com Brownfield (2016), a estratigrafia de sequência, foi baseada em perfurações de poços. Poço AA-1 tem profundidade total de cerca de 4431 m, sua resposta bem registrada mostra a presença de cinco inconformidades. Limites de sequência (SB) são lateralmente extensos e conformáveis em ordem estratigráfica do mais antigo (SB1) ao mais novo (SB5). Esta seção sísmica com a ajuda de perfis de poços é caracterizada por vários mega sequências delimitadas por grandes inconformidades regionais reconhecidas na base do Quaternário (SB1) na profundidade 160 m, base Mioceno (SB2) na profundidade 482 m, base do Eoceno Médio (SB3) na profundidade 838 m, (base de Coniaciano início Campaniano) (SB4) na profundidade 1506 me base do Albiano (SB5) em profundidade 1955 m. A areia do Kipatimu parece ser depositada durante o período de tratos do sistema de estande alto (HST) com boa qualidade do reservatório (Figura 08). A figura 07 mostra as sequencia Estratigráficas que são descritas a seguir: A SEQUÊNCIA 1 está na profundidade (4400-1800) m em AA-1 dominada por xisto do Jurássico tardio formado durante o período de alto nível do mar (TST) (4400-3200) m, xisto arenoso (3200-2500) m com arenito em (2500- 1800) m de HST durante o início do Cretáceo, enquanto BB-5 xisto de TST é encontrado abaixo de 2850 m seguido por folhelho de areia de HST (2850-2200 m) e o arenito LST é muito fino em profundidades de 2.000 a 1.800 m e ambos com cabo com discordância albiana SB1 na profundidade de 1.800m. A SEQUÊNCIA 2 está em e a profundidade de 1800-1158 m. É dominado por Xisto cenomaniano de TST começou a aparecer na profundidade (1800-1500 m) e arenito de HST (1500-1400 m) coberto por superfície erosiva de Discordância coniaciana (SB2) a 1400 m. Formação dominante principal é a série Wami (Figura 17). A SEQUÊNCIA 3 está em profundidade (1400-800 m) é dominada com arenito de LST em 1400-1200 me xisto TST em (1200-1000 m) com areia de xisto de HST em (1000-800 m) que culminou com o Eoceno Médio superfície erosional SB3 a 800 m. A principal formação dominante é Ruaruke formação (Figura 17). A SEQUÊNCIA 4 está a 800-460 ms e a profundidade 800-500 m, esta zona é dominado apenas com arenito (LST), este arenito é coberto com uma superfície erosional SB4 conhecida como discordância do Mioceno a 500 m. 15 A SEQUÊNCIA 5 está na profundidade (500-160) m, esta zona é dominada por arenito apenas (LST), este arenito é coberto com uma superfície erosiva SB5 conhecido como discordância quaternária a 160 m. A SEQUÊNCIA 6 está a uma profundidade de 160 m e abaixo, esta zona é dominada com calcário Reef mostra que após a regressão nada aconteceu novamente, o nível do mar permaneceu o mesmo e deu teto para o coral florescer. A principal formação dominante é Reef Calcarios (Figura 08). Figura 08. Perfil do poço e sísmico para mostrar as sequências dos poços e seu horizonte correspondente na seção sísmica. Fonte; Angelo et al., (2019). 6. Descoberta de Petróleo e Gás As actividades de exploração de petróleo e gás na Tanzânia vêm ocorrendo nos últimos 60 anos. Embora o petróleo ainda não tenha sido encontrado, o gás natural foi descoberto pela primeira vez em 1974, e a produção começou em 2004 (Henstridge, 2017). 16 De acordo com Open Journal of Geology (2018), a exploração offshore na Bacia Profunda da Máfia da Tanzânia abrangem num total de 12 Blocos, que fazem fronteira a sul com o Delta do Rovuma, o Ilha da Mafia ao norte e pela transformação de Davie Ridge para o leste (Figura 09). Esses blocos offshore de águas profundas são categorizados em dois grupos, a saber Blocos Offshore Norte (NOBs) que incluem os Blocos 5 a 12 e o Offshore Sul Blocos (SOBs) consistindo dos blocos 1 a 4. A maioria das recentes descobertas de hidrocarbonetos ocorrem no Southern Mafia Deep Bacia Offshore, onde a BG estimou mais de 15 Tcf de gás nos Blocos 1, 3 e 4, e 22 Tcf de gás foram estimados pela Statoil e ExxonMobil no Bloco 2 (Open Journal of Geology, 2018). A Tanzânia descobriu 57 trilhões de pés cúbicos (TCF) de gás natural em campos terrestres e marítimos. As reservas de gás do sector de gás em vigor na Tanzânia em Dezembro de 2015 dos 57 TCF compostos por 8 TCF em descobertas em terra e 49 TCF em descobertas em alto mar (Brownfield, 2016). Figura 09. Mapa da bacia sedimentar da Tanzânia na parte rasa da costa da Tanzânia. Fonte: Tanzania Petroleum Development Corporation, 1992. 17 7. Rocha Fonte (geradora) A rocha geradora do Jurássico inicial foi identificada como depositada nos meios grabens contendo TOC variando de 0,3% - 10% com quero génio tipo I-III (Zongying et al., 2013). A segunda rocha geradora possível é a marinha profunda do Cretáceo Inferior são representados por reflexos paralelos na Figuras 10, que são referidos para post sedimentos rífte. Por exemplo, de amostra de núcleo e corte na área de estudo, o folhelho do Cretáceo Final ao Jurássico tem menos de um por cento (<1%) Total Orgânico Carbono (TOC), alta proporção de oxigénio e hidrogénio e queda sob um quero génio propenso a gás tipo III (Petrobras, relatório não publicado 2013). Isso significaria que a transformação do quero génio ocorreu ou menos matéria orgânica foi depositada e preservado. Em comparação com a rocha geradora onshore tem faixas de TOC de 1% - 12% (Zongying et al., 2013). Portanto, devido à literatura disponível e aos resultados deste estudo é proposto que a maioria dos NOBs será carregada com gás desde o início óleo ou gás de quero génio tipo II e III e a sedimentação é controlada por tectónica e processos de deposição. Figura 10. A) Modelo ideal mostrando o possível sistema petrolífero presente na área de estudo. Fonte: Tanzania Petroleum Development Corporation, 1992. 8. Rocha Reservadora Na perspectiva de Kent (1974), excepto continental reservatório clástico do Grupo Karoo, o reservatório inclui principalmente Médio ao Jurássico Superior, Cretáceo e Neógeno rochas clásticas marinhas e rochas carbonatadas. Reservatório clástico inclui principalmente arenitos 18 de turbidez deltáico directamente offshore, enquanto reservatório de carbonato inclui principalmente bioherma ou bioclástico calcário, calcário cardume, calcário oolítico de recife traseiro, plataforma carbonatito, etc. Há uma boa correlação entre os reservatórios de NOBs e SOBs como a maioria dos reservatórios potenciais são hospedados por canal e turbíditos (Figura 10. B)). As quedas e características do canal confirmam à corrente do reservatório disponível. Nos SOBs, os reservatóriossão turbíditos terciários e areias dos canais do Cretáceo. Os mesmos canais produziram resultados positivos no poço perfurado em terra (baía de Mnazi e Songo Songo) (Angelo et al.,2019). Como descreve (Brownfield, 2016), a Formação Kipatimu do Cretáceo Inferior na Bacia da Tanzânia é o principal reservatório, que é arenito de fácies delta, localizado em um estreito anticlinal com baixa amplitude e falhas densas abaixo da erosão albiana inconformidade, e com porosidade de 10% a 30%, porosidade média de 23% e permeabilidade média de 40 × 10 −3 μm 2 . Figura 10. B). Inserção da seção EO_0072 com a unidade 3 mostrando os canais de areia W3 e W4 associados a um grande volume de sedimentos depositados e sendo remodelados pela falha F4. Fonte: Open Journal of Geology (2018). 19 9. Armadilhas/Rochas Selantes A maioria das configurações da rocha capeadora (trapping) são capeadoras estratigráficos com menos cinta estrutural (Figuras 10 e Figura 11) Os sin-deposicional anticlinais são interpretados como os melhores lugares para captura, uma vez que são cobertos por folhelho hemipelágico regional Bahati Mohamed, Elisante Mshiu and Ernest Mulaya. O xisto do Eoceno Médio fornece uma boa vedação da região para reservatórios do final do Cretáceo ao Paleoceno. O trapping ao longo da falha F4 é limitado pois o potencial de vedação é reduzido pela reactivação desta falha, que pode formar um possível condute para a migração de hidrocarbonetos gerados do Jurássico para reservatórios posteriores (Figura 10. A)). Portanto, a falha F4 pode ser positiva ou negativa em relação ao hidrocarboneto gerado. Figure 11. Diferentes armadilhas e vedações presentes no Bloco 5 reveladas a partir da interpretação da seção sísmica. As letras A, B e D indicam armadilhas estratigráficas pós-rifte, enquanto C indica armadilhas estratigráficas e estruturais. Fonte: Open Journal of Geology (2018). Existem vários conjuntos de caprocks nas bacias sedimentares na costa leste da África que são principalmente composto de xisto, argilito, calcário argiloso, etc. em a sequência deposicional na fase de fragmentação fraca no meio para Época do Jurássico Superior à Época do Cretâneo 20 Inferior e na sequência de deriva na margem continental passiva no cretâneo tardio Época ao período Neógeno. O importante selo da bacia de Tanzania é o xisto e evaporite (Open Journal of Geology, 2018). O estudo também de Veeken (2006) e Deng, Guo, & Wang (2008) identificou as armadilhas da bacia sedimentar da Tanzânia que estão localizadas em zona de microdobramentos estruturais, com transformação estrutural posterior mais fraca, na qual estratos basicamente não sofrem de elevação e erosão ou fracos soerguimento e erosão e falhas não são bem desenvolvidos, deste modo, as condições de preservação são superiores. Figura 10. C). Seção sísmica interpretada EO_0072 com horizonte elevado A1 a oeste da falha F4. Observe a alteração do padrão de reflexão destacado em amarelo em W1 e W2. A seta vermelha mostra uma possível depressão pós-rifte acima de A2 e a falha F4 define o sin- deposicional. cunha W2; Fonte: Open Journal of Geology (2018). 21 10. Modelagem do Sistema de Petróleo Figura 12: Rocha geradora, reservadora e selante (Dados Sismicos). Fonte: Open Journal of Geology (2018). Rocha Selante Reservatório Armadilhas 22 11. Conclusão As bacias costeiras da costa Africana são resultado da actividade tectónica que leva à fragmentação da rocha devido ao rifting e extensão à deriva. Os sedimentos são depositados na área de terra baixa através de corpos d'água como fluviais durante o rifteamento Karoo, marinhos durante o Jurássico e transição e terrestres. A partir dos dados sísmicos, quatro unidades tectonoestratigráficas (Unidades 1 - 4) e oito falhas foram identificadas delimitadas por inconformidades regionais (horizontes chave) com características sísmicas semelhantes ou relacionadas. As bacias sedimentares da costa leste da África, múltiplos conjuntos de reservatórios Permiano a Neógeno são desenvolvidas, que possuem boas propriedades físicas. Excepto continental reservatório clástico do Grupo Karoo, o reservatório inclui principalmente Médio ao Jurássico Superior, Cretáceo e Neógeno rochas clásticas marinhas e rochas carbonatadas. Reservatório clástico inclui principalmente arenitos de turbidez deltáico directamente offshore, enquanto reservatório de carbonato inclui principalmente bioherma ou bioclástico calcário, calcário cardume, calcário oolítico de recife traseiro, plataforma carbonático. Na margem da África Oriental, houve grandes descobertas de gás (mais de 200 Tcf (trilhões de pés cúbicos) de reservas de gás recuperáveis), particularmente no Delta do Rovuma e Mafia Basin. O Delta do Rovuma atravessa a Tanzânia-Moçambique fronteira onde descobertas recentes atraíram actividades de exploração. 23 12. Referências bibliográficas 1) Angelo, R; Ehinola., O; Mtelela., A, C & Ayuk., E. (2019). Intergrated Seismic Stratigraphic and Structural Analysis of the Songo Songo Gas-Field, Shallow Offshore Tanzania, Using Seismic and Well Data - Journal of Geology & Geophysics University of Dar es Salaam, Tanzania. DOI: 10.4172/2381-8719.1000461. 2) Bosellini A.(1986). East Africa continental margins. Geology. 14: 76–78. 3) Brownfield, E., Michael (2016). Assessment of Undiscovered Oil and Gas Resources of the Tanzania Coastal Province, East Africa. For an overview of USGS information products, including maps, imagery, and publications, visit http://www.usgs.gov/pubprod/ 4) Cope, M.J. (2000). Tanzania Mafia Deepwater: Basin Indicates Potential on New Seismic Data. Oil and Gas Journey , 98, 40-49. 5) Deng, H.W., Guo, J.Y. and Wang, R.J. (2008) Tectono-Sequence Stratigraphic Analysis in Continental Faulted Basins. Earth Science Frontier, 15, 1-7. https://doi.org/10.1016/S1872 5791(08)60024-X 6) Henstridge, Mark.(2018). The magnitude and timing of a prospective resource boom. WIDER Working Paper - Country study—Tanzania.pp. 177. 7) Kent. P E (1974). Continental margin of East Africa-A region of vertical movements C. A. Burk et al. (eds.), the Geology of Continental Margins. 8) Open Journal of Geology. (2018). Tectono-Sedimentary Evolution of the Offshore Hydrocarbon Exploration Block 5, East Africa: Implication for Hydrocarbon Generation and Migration. http://www.scirp.org/journal/ojg 9) Tanzanian Petroleum Development Corporation (TPDC) 2018. Extraido em http://www.orcaexploration.com/operations_tanzania_exploration.asp. 10) Veeken, P.C. (2006). Seismic Stratigraphy, Basin Analysis and Reservoir Characterisation. Elsevier, Amsterdam. http://www.usgs.gov/pubprod/ https://doi.org/10.1016/S1872 http://www.orcaexploration.com/operations_tanzania_exploration.asp
Compartilhar