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Laringites Agudas e Crônicas

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1 Laringites - Otorrinolaringologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Laringites Agudas e Crônicas 
 
Introdução 
 
 São os processos inflamatórios da 
Laringe (local ou secundário a doença 
sistêmica), e podem ser infecciosos ou 
não. 
 Classifica-se em: 
o Agudas 
o Crônicas 
 
História: 
 
 Doenças agudas geralmente 
precedidas por Infecção das Vias 
aéreas superiores – não 
necessariamente sintomático naquele 
momento. 
 Perfil imune: SIDA, uso de 
quimioterápicos, imunossupressores. 
– Tem aumento do tecido laríngeo, 
pelos linfonodos. 
 Tabagismo (18x mais chances de 
desenvolver tumores de cabeça e 
pescoço) e Etilismo (aumento de 36x 
quando associado ao tabagismo). 
 Exposição à fumaça ou irritantes 
químicos. 
 Antecedente de Intubação 
Orotraqueal – pode causar hiperemia, 
lesão na região da laringe 
(principalmente quando fica com o 
tempo superior a 4 dias), e paralisia 
das pregas vocais. 
 Sintomas de Refluxo Gastroesofágico 
 Manifestações em outros sistemas. – 
Ver se o paciente tem perfuração no 
septo nasal (tem a borda lisa quando 
traumática e irregular quando por 
doença granulomatosa) 
 
Queixa Principal 
 
 Estão mais frequentes na Supraglote: 
o Disfonia (mais frequente) e 
Afonia 
o Disfagia 
o Odinofagia – dor na garganta, 
espontânea ou no ato da 
deglutição. 
 Mais frequente na glote. 
 
o Tosse 
 Mais frequentes na Infraglote 
o Dispnéia a asfixia 
o Estridor 
o Espasmos 
 
Exame Físico 
 
 Exame detalhado da cabeça e pescoço 
 Laringoscopia indireta e se possível 
fibroscopia. 
 TC em casos selecionados. 
 
Propedêutica 
 
 Laringoscopia com espelho de Garcia 
 Videolaringoscopia  laringoscopia 
com endoscópio. 
 
Laringites Agudas 
 
Laringite Viral 
 
 Associada a infecções virais do trato 
respiratório superior. 
 Sintomas de resfriado comum: 
o Coriza, tosse, febre baixa, 
cefaléia e Disfonia. 
 Agentes: 
o Rinovírus, adenovírus, 
picornavírus, outros. 
 Mucosa laríngea difusamente 
eritematosa, edemaciada, especial-
mente acima das pregas vocais 
(PPVV). 
 É uma doença autolimitada 
 Tratamento: 
o Sintomáticos 
o Hidratação e repouso vocal 
 
 
 
 
 
 
2 Laringites - Otorrinolaringologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Laringotraqueíte aguda 
 
 Parainfluenza tipo 1 e 2, Influenza 
tipo A 
 Epidemiologia 
o Crianças menores que 5 anos e 
do sexo masculino. 
o Mais prevalente no outono e 
inverno 
 Quadro clinico 
o Duração de 3 a 7 dias. 
o Rinorréia, congestão nasal, 
febrícula (IVAS) e depois 
Disfonia, estridor, tosse seca 
(“latido de cachorro”), e que 
tem piora noturna. 
 Patogenia: 
o Edema de laringe (subglote) e 
traqueia. 
 Em geral é autolimitado. 
 Diagnóstico diferencial, pode se 
pensar em presença de corpo 
estranho, estenoso subglótica ou 
traqueíte bacteriana quando: 
o Idade menor que 1 ano 
o Duração menor que 7 dias 
o Ausência de resposta ao 
tratamento. 
 Rx cervical: 
o Mostra estreitamento 
subglótico. 
 
 
 
 Tratamento: 
o Umidificação e hidratação 
o Casos graves: 
 Adrenalina/Corticóide 
 Intubação Orotraqueal. 
 
Epiglotite Aguda 
 
 Muito raro 
 Haemophilus influenzae 
 Quadro clínico: dor à deglutição, 
otalgia reflexa, estridor e dispnéia. 
o Epiglote edemaciada 
 
Laringoscopia: epiglote volumosa, 
edemaciada e congesta  presença de 
abscesso. 
 
Tratamento 
 
 Internação hospitalar 
 Suplementação de O2, umidificação, 
hidratação, corticosteroides e 
Antibioticoterapia endovenosa. 
 Evitar posição supina. 
 Paciente grave deve-se entubar, pelo 
risco de fazer uma traqueostomia de 
urgência nesse paciente. 
 
Laringites agudas da Infância 
 
Particularidades em crianças: devido ao 
tamanho reduzido da via aérea e da 
cartilagem aritenóide, grau de edema de 
mucosa e exsudato formado são bem maiores 
do que no adulto  evolução bem mais 
rápida. 
 
Maior riqueza de tecido linfóide e conjuntivo 
frouxo submucoso  infiltração edematosa. 
 
Laringite estridulosa 
 
 Infecciosa, alérgica, psicológico 
 Mais prevalente no sexo masculino 
 Desperta na madrugada (“depois de 
acordar, tem suor, e depois pode 
melhorar”): agitação, fácies de 
angústia, tosse, sufocação e 
rouquidão, estridor, sudorese após 
poucos minutos declina. 
 “Sensação de sufocamento”. 
 
É um diagnóstico diferencial. 
 
Tratamento: compressas cervicais, 
vasoconstrictores, corticóides. 
 
Laringite diftérica 
 
 Secundária a angina diftérica 
 Muito raro 
 
 
3 Laringites - Otorrinolaringologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
 Acomete crianças de 1 a 6 anos 
 Disfonia, tosse metálica, dispnéia 
(pseudomembranas), traqueísmo, 
tiragem cianose de extremidades, 
asfixia  morte. 
 O exsudato é espesso. 
 Tratamento: soro antidiftérico 
 
Coqueluche 
 
 Bordetella pertussis 
 Crianças abaixo de 6 meses de idade e 
adultos 
 Quadro clínico: tosse paroxísticas, 
febre e leucocitose (acima de 20.000 
leucócitos) 
 Tratamento: 
o Suporte clínico 
o Antibioticoterapia com 
eritromicina. 
 
Laringites Crônicas 
 
 Rouquidão permanente associado ou 
não a expectoração mucocatarral 
 Quando não associado a muco, pode 
estar relacionado a tumor. 
 Quadro clínico semelhante ao de 
neoplasia maligna de laringe 
o Sempre afastar esta hipótese 
diagnóstica. 
 Fazer uma história e exame físico 
detalhados. 
 
Lembrar que dentro das laringites crônicas, 
pode-se fazer biópsia, cultura de fungos e 
BAAR. 
 
Laringite Catarral Crônica Simples 
 
 Rouquidão que piora no decorrer do 
dia, e presença de exsudatos 
pegajosos. 
 Laringoscopia: arborizações sobre as 
PPVV/Hipertrofia de falsas cordas. 
 
Monocordite 
 
 
 Uma das PPVV congesta e 
edemaciada. 
 Causas: distúrbios vasomotores 
neurovegetativos. 
 Tratamento: Nebulizações com 
vasoconstrictores associado com 
fonoterapia. 
 
Laringites crônicas da infância 
 
 Secundárias a IVAS, respiração oral, 
abuso vocal. 
 Laringoscopia: nódulos vocais. 
 
Tuberculose Laríngea 
 
 Secundária a Tuberculose Pulmonar 
 Laringoscopia: monocordite, vegetan-
te, ulcerada, infiltração hipertrófica 
das aritenóides. 
 Tratamento: esquema para 
Tuberculose. 
 
Sífilis Laríngea (Forma terciária) 
 
 Quadro clínico: rouquidão, dispnéia. 
 Laringoscopia: goma sifilítica 
(acentuada infiltração e edema da 
mucosa laríngea). 
 Diagnóstico: campo escuro/VDRL 
/FTABs 
 Tratamento: Penicilina Benzatina 
 
Hanseníase 
 
 Quadro clínico: 
o Voz abafada (Disfonia), 
odinofagia, otalgia referida.  
Estenose laríngea. 
 Acometimento laríngeo: 
o Causam cicatrizes retráteis  
alteram fonação e respiração. 
 Tratamento: Dapsona + rifampicina. 
 
 
 
 
 
 
4 Laringites - Otorrinolaringologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Candidíase 
 
 Achado isolado ou acompanha um 
quadro de infecção sistêmica. 
 É doença definidora de SIDA (HIV) 
 Achados clínicos: 
o Enantema, placas esbran-
quiçadas esparsas ou 
vegetante. 
 Tratamento: 
o Itraconazol, fluconazol e, em 
casos resistentes, anfotericina 
B. 
 
Leishmaniose 
 
 Fossas nasais  cavidade oral, 
laringe e faringe. 
 Quadro clínico: 
o Disfonia, tosse, disfagia e 
dispneia. 
 Forma laríngea: 
o Lesões úlcero-granulomatosas 
em Supraglote. 
 Tratamento: 
o Antimoniais pentavalentes. 
 
 
 
Reflexo Laringo-Faríngeo 
 
Causa não infecciosa mais comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outras causas

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