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SÉRIE ELETROELETRÔNICASÉRIE ELETROELETRÔNICA ELETRICIDADEELETRICIDADE GERALGERAL CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA � CNICONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA � CNI Robson Braga de Andrade Robson Braga de Andrade PresidentePresidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIADIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Rafael Esmeraldo Rafael Esmeraldo LucchLucchesi Ramacciotti esi Ramacciotti Diretor de Educação e TecnologiaDiretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL � SENAISERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL � SENAI Conselho NacionalConselho Nacional Robson Braga de Andrade Robson Braga de Andrade PresidentePresidente SENAI – Departamento NacionalSENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Rafael Esmeraldo LucchLucchesi Ramacciotti esi Ramacciotti Diretor GeralDiretor Geral Gustavo Leal Sales Filho Gustavo Leal Sales Filho Diretor de OperaçõesDiretor de Operações Regina Maria de Fátima Torres Regina Maria de Fátima Torres Diretora Associada de Diretora Associada de Educação ProfissionalEducação Profissional SÉRIE ELETROELETRÔNICASÉRIE ELETROELETRÔNICA ELETRICIDADEELETRICIDADE GERALGERAL SENAISENAI Serviço Nacional deServiço Nacional de Aprendizagem IndustrialAprendizagem Industrial Departamento NacionalDepartamento Nacional SedeSede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício RobertoSetor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001– DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.brFax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br ©2013. SENAI Departamento Nacional©2013. SENAI Departamento Nacional ©2013. SENAI Departamento Regional de São ©2013. SENAI Departamento Regional de São PauloPaulo A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI.por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-SãoEducação a Distância do SENAI-São PauloPaulo, com a , com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos ostodos os Departamentos Regionais do SENAI nos Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a cursos presenciais e a distância.distância. SENAI Departamento NacionalSENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEPUnidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de São PauloSENAI Departamento Regional de São Paulo Gerência de Educação – Núcleo de Educação a Gerência de Educação – Núcleo de Educação a DistânciaDistância FICHA CATALOGRÁFICA FICHA CATALOGRÁFICA Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Eletricidade Geral / Serviço Nacional Eletricidade Geral / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Departamento Nacional, Serviço Nacional de AprendizageAprendizagem Industrial.m Industrial. Departamento RegionDepartamento Regional de São al de São Paulo. Brasília: SENAI/DN, 2013.Paulo. Brasília: SENAI/DN, 2013. 272 272 p. p. il. il. (Série (Série EletroeletrEletroeletrônica).ônica). ISBN ISBN 978-85-7519-978-85-7519-760-8760-8 1. 1. Eletricidade Eletricidade 2. 2. TeTensão nsão Elétrica Elétrica 3. 3. Corrente Corrente Elétrica Elétrica 4. 4. ResistênciaResistência Elétrica 5. Potência Elétrica C.C. 6. Lei de Ohm 7. 8. Elétrica 5. Potência Elétrica C.C. 6. Lei de Ohm 7. 8. Potência Elétrica C.A. 9.Potência Elétrica C.A. 9. Lei de Kirchhoff I. Serviço Nacional Lei de Kirchhoff I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.de Aprendizagem Industrial. Departamento RegionDepartamento Regional de São al de São Paulo II. Título III. SériePaulo II. Título III. Série CDU: 005.95CDU: 005.95 Lista de figuras, quadros e tabelasLista de figuras, quadros e tabelas Figura 1 - Quadro de organização curricular do curso Figura 1 - Quadro de organização curricular do curso de Qualificaçãode Qualificação profissional de Eletricista Industrial ........................................................................................................17profissional de Eletricista Industrial ........................................................................................................17 Figura 2 - Molécula de água ..........................................................................................................................................23Figura 2 - Molécula de água ..........................................................................................................................................23 Figura 3 - Átomo de oxigênio .......................................................................................................................................24Figura 3 - Átomo de oxigênio .......................................................................................................................................24 Figura 4 - Figura 4 - Núcleo e nuvem onde estão os elétrons do átomNúcleo e nuvem onde estão os elétrons do átomo de hidrogênio o de hidrogênio ................................................ ....................25....................25 Figura 5 - Maneiras de representar os níveis de eletrônicos de energia ...........................................Figura 5 - Maneiras de representar os níveis de eletrônicos de energia ........................................... ............26............26 Figura 6 - Representação esquemática do comportamento do elétron livre Figura 6 - Representação esquemática do comportamento do elétron livre .......................................... ................................................2727 Figura 7 - Efeito de atração e efeito de repulsão de corpos eletrizados Figura 7 - Efeito de atração e efeito de repulsão de corpos eletrizados ................................................ ................................................ ........30........30 Figura 8 - Eletrização por atrito ....................................................................................................................................31Figura 8 - Eletrização por atrito ....................................................................................................................................31 Figura Figura 9 - 9 - Interior de Interior de uma pilhuma pilha a .............................................. ................................................ ................................................ ................................................ ................................................ ............35............35 Figura 10 - Interior da pilha e identificação dos seus polos ...............................................................................35Figura 10 - Interior da pilha e identificação dos seus polos ...............................................................................35 Figura 11 - Mostrador do voltímetro analógico .....................................................................................................39Figura 11 - Mostrador do voltímetro analógico .....................................................................................................39 Figura 12 - Composição do multímetro digital ......................................................................................................40Figura 12 - Composição do multímetro digital ......................................................................................................40Figura 13 - Posição dos cabos durante a medição ................................................................................................41Figura 13 - Posição dos cabos durante a medição ................................................................................................41 Figura 14 - Efeito da temperatura sobre o par termoelétrico Figura 14 - Efeito da temperatura sobre o par termoelétrico ................................................ ................................................ ................................................ ....42....42 Figura 15 - Representação do Figura 15 - Representação do princípio de funcionamento de uma célula fotovoltaica princípio de funcionamento de uma célula fotovoltaica ................................................4343 Figura 16 - Cristais piezoelétricos gerando tensão elétrica ...............................................................................43Figura 16 - Cristais piezoelétricos gerando tensão elétrica ...............................................................................43 Figura 17 - Representação do funcionamento de um gerador ........................................................................44Figura 17 - Representação do funcionamento de um gerador ........................................................................44 Figura 18 - Usina hidrelétrica ........................................................................................................................................45Figura 18 - Usina hidrelétrica ........................................................................................................................................45 Figura 19 - Representação de Figura 19 - Representação de elétrons dentro do metal do elétrons dentro do metal do condutor em um circuito aberto condutor em um circuito aberto .............50.............50 Figura 20 - Comportamento dos elétrons dentro do Figura 20 - Comportamento dos elétrons dentro do condutor sobcondutor sob ação do campo elétrico (interruptor) ..................................................................................................51ação do campo elétrico (interruptor) ..................................................................................................51 Figura 21 - Amperímetro analógico ............................................................................................................................55Figura 21 - Amperímetro analógico ............................................................................................................................55 Figura 22 - Multímetro na escala de ampere ...........................................................................................................56Figura 22 - Multímetro na escala de ampere ...........................................................................................................56 Figura Figura 23 - 23 - Exemplo Exemplo da medição de da medição de corrente corrente ................................................ ................................................ ................................................ ................................................ ........57........57 Figura 24 - Baixa resistência à passagem da corrente elétrica Figura 24 - Baixa resistência à passagem da corrente elétrica ............................................ ................................................ ................................................ ....62....62 Figura 25 - Alta resistência à passagem da corrente elétrica.............................................................................62Figura 25 - Alta resistência à passagem da corrente elétrica.............................................................................62 Figura 26 - Ohmímetro digital ......................................................................................................................................65Figura 26 - Ohmímetro digital ......................................................................................................................................65 Figura 27 - Aparelho preparado para medição ......................................................................................................66Figura 27 - Aparelho preparado para medição ......................................................................................................66 Figura 28 - Medição com multímetro ........................................................................................................................67Figura 28 - Medição com multímetro ........................................................................................................................67 Figura 29 - Ilustração de uma resistência .................................................................................................................73Figura 29 - Ilustração de uma resistência .................................................................................................................73 Figura 30 - Associação em série de resistências .....................................................................................................74Figura 30 - Associação em série de resistências .....................................................................................................74 Figura 31 - Associação em paralelo de resistências ..............................................................................................74Figura 31 - Associação em paralelo de resistências ..............................................................................................74 Figura 32 - Associação mista de resistências ...........................................................................................................75Figura 32 - Associação mista de resistências ...........................................................................................................75 Figura 33 - Associação série e resistência equivalente (Req) Figura 33 - Associação série e resistência equivalente (Req) .......................................... ................................................ ................................................ ........76........76 Figura 34 - Circuito paralelo e seu equivalente ......................................................................................................77 Figura 35 - Associação em paralelo com duas resistências ..................... ........................ ........................ ...........80 Figura 36 - Associação mista de resistores ...............................................................................................................81 Figura 37 - Associação mista (fase 2) ..........................................................................................................................81 Figura 38 - Associação mista (fase 3) ..........................................................................................................................82 Figura 39 - Resistor fixo ...................................................................................................................................................86 Figura 40 - Ilustração de resistores de potência diferentes ..................... ........................ ........................ ...........88 Figura 41 - Resistor fixo (a) e seus símbolos (b) ......................................................................................................89 Figura 42 - Resistores de fio ...........................................................................................................................................92 Figura 43 - Leitura do código de cores para resistores com três ou quatro faixas ...................... ...............93 Figura 44 - Leitura do código de cores para resistores com cinco ou seis faixas......................... ...............94 Figura 45 - Triângulo que relaciona as grandezas da 1ª Lei de Ohm ....................................... ....................103 Figura 46 - Distribuição das correntes em um circuito em paralelo ............................................................105 Figura 47 - Características do circuito com resistores ligados em paralelo ....................... ........................ 106 Figura 48 - Circuito em paralelo com amperímetros e voltímetros .............................................................107 Figura 49 - Circuito em paralelo com amperímetros e voltímetros .............................................................108 Figura 50 - Circuito em paralelo com nós identificados ...................................................................................108 Figura 51 - Circuito com todos os valores..............................................................................................................109 Figura 52 - Circuito em paralelo com valores calculados.................................................................................110 Figura 53 - Circuito com resistores em série .........................................................................................................111 Figura 54 - Circuito equivalente ao da figura anterior ..................... ........................ ........................ ................ 112 Figura 55 - Tensões no circuito em série ................................................................................................................113 Figura 56 - Circuito misto ............................................................................................................................................116 Figura 57 - Circuito misto atualizado com o novo valor ...................................................................................117 Figura 58 - Circuito equivalente final ......................................................................................................................117 Figura 59 - Circuito parcial ..........................................................................................................................................118 Figura 60 - Circuito com valores de corrente e tensão .....................................................................................119 Figura 61 - Circuito com três resistores ..................... ........................ ........................ ........................ .................... 120 Figura 62 - Circuito misto com os valores calculados .......................................................................................121 Figura 63 - Quem está realizando mais trabalho? ..............................................................................................126 Figura 64 - Lâmpadas produzem quantidades diferentes de luz .................................................................127 Figura 65 - Lâmpadas com a mesma potência e tensões diferentes ...................... ........................ ............ 135 Figura 66 - Bateria elementar e diagrama elétrico .............................................................................................136 Figura 67 - Magnetita ....................................................................................................................................................145 Figura 68 - Ímã artificial ................................................................................................................................................145 Figura 69 - Polos dos ímãs ...........................................................................................................................................146 Figura 70 - Representação da interação entre os ímãs .....................................................................................147 Figura 71 - Representação da interação entre os ímãs .....................................................................................147 Figura 72 - Linhas de indução magnética..............................................................................................................148 Figura 73 - Representação esquemática da densidade do fluxo ..................................................................149 Figura 74 - Campo magnético B em condutor sendo percorrido por corrente elétrica ..................... . 150 Figura 75 - Regra da mão direita ...............................................................................................................................151 Figura 76 - Símbolos de bobinas ..............................................................................................................................151 Figura 77 - Representação da soma dos efeitos magnéticos em uma bobina ........................................152 Figura 78 - Símbolo de um indutor ..........................................................................................................................152 Figura 79 - Comprovação da Lei de Faraday (circuito com condutor sem fonte de alimentação) ...................................................................................................................153 Figura 80 - Comprovação da Lei de Faraday (circuito com condutor sem fonte de alimentação) ..................................................................................................................155 Figura 81 - Circuitos de corrente contínua ............................................................................................................160 Figura 82 - Forma de onda do gerador AC e sua representação simbólica...............................................160 Figura 83 - Sentido da corrente em um circuito com gerador em tensão alternada ............................161 Figura 84 - Tensão de pico ...........................................................................................................................................164 Figura 85 - Medidas de pico a pico aplicam-se à corrente alternada senoidal ........................................165 Figura 86 - Potência elétrica na carga com um gerador em tensão contínua ..................... ..................... 165 Figura 87 - Potência na carga com gerador em tensão alterada ...................... ........................ ..................... 166 Figura 88 - Ilustração mecânica de um capacitor ...............................................................................................172 Figura 89 - Representações simbólicas de capacitores polarizados e não polarizados.......................173 Figura 90 - Capacitor em repouso e no estado de carga .................................................................................174 Figura 91 - Carga e descarga do capacitor ............................................................................................................175 Figura 92 - Associação de capacitores em paralelo e a fórmula de Ct ........................................................179 Figura 93 - Circuito com capacitores em série com objetivo de aumentar a tensão de trabalho do capacitor individual ................................................................................182 Figura 94 - Capacitor conectado em CA ................................................................................................................184 Figura 95 - Indutores para aplicações diversas ...................... ........................ ........................ ........................ ..... 190 Figura 96 - Os diversos símbolos de indutores ....................................................................................................191 Figura 97 - Representação das polaridades em indutores ........................ ........................ ........................ ..... 191 Figura 98 - Geração de indutância ...........................................................................................................................192 Figura 99 - Comportamento da corrente em um circuito CC ....................... ........................ ........................ . 193 Figura100 - Defasagem da tensão e corrente provocado por um indutor...............................................194 Figura 101 - Associação em série de indutores ...................................................................................................196 Figura 102 - Triângulo das potências ......................................................................................................................207 Figura 103 - Triângulo das potências ......................................................................................................................209 Figura 104 - Potência em circuito indutivo ...........................................................................................................211 Figura 105 - Potência em circuito capacitivo........................................................................................................211 Figura 106 - Potência em circuito indutivo e capacitivo ..................................................................................211 Figura 107 - Fios utilizados em eletricidade .........................................................................................................217 Figura 108 - Alguns materiais utilizadas em sinalização de segurança ......................................................219 Figura 109 - Sinalização de isolamento de área ..................................................................................................220 Figura 110 - Sinalização de segurança fixada no poste ....................................................................................221 Figura 111 - Sinalização de segurança para delimitação de área .................................................................221 Figura 112 - Alguns símbolos universalmente conhecidos ............................................................................222 Figura 113 - Representação dos tipos de riscos. ........................ ........................ ........................ ........................ 227 Figura 114 - Simbologia das cores em um Mapa de Risco ..............................................................................227 Figura 115 - Exemplo de um Mapa de Risco.........................................................................................................228 Figura 116 - Alguns símbolos utilizado em rota de fuga .................................................................................228 Figura 117 - Ilustração de um ambiente com indicadores de rota de fuga ..............................................229 Figura 118 - Equipamentos recomendados para proteção da cabeça .......................................................239 Figura 119 - Tipos de óculos indicados para proteção dos olhos .................................................................240 Figura 120 - Proteção auditiva ...................................................................................................................................240 Figura 121 - Equipamentos para proteção respiratória ....................................................................................240 Figura 122 - Equipamentos de proteção corporal ..............................................................................................241 Figura 123 - Colete de sinalização ............................................................................................................................242 Figura 124 - Equipamentos para proteção dos membros superiores .........................................................244 Figura 125 - Calçados de segurança, que protegem os membros inferiores ...........................................245 Figura 126 - Equipamentos para proteção contra quedas com diferença de nível ...............................246 Figura 127 - Cone e fita de sinalização ...................................................................................................................247 Figura 128 - Grade metálica, utilizada para interditar ou delimitar áreas ...................... ........................ .... 248 Figura 129 - Lençol isolante contra energia elétrica ..........................................................................................248 Figura 130 - Conjuntos de aterramento temporário .........................................................................................249 Figura 131 - Varas de manobra ..................... ........................ ........................ ........................ ........................ ............ 249 Figura 132 - Dispositivos de bloqueio de chaves ...............................................................................................250 Figura 133 - Ilustração das diversas etapas do estágio da geração de energia elétrica até o consumidor ...................................................................................................................254 Figura 134 - Ilustração de um sistema de distribuição .....................................................................................256 Figura 135 - Ilustração de um sistema de fornecimento de energia monofásico ....................... ............ 257 Figura 136 - Sistema bifásico a três fios ..................................................................................................................257 Figura 137 - Sistema trifásico a três fios em triângulo ou estrela ..................................................................258 Figura 138 - Sistema trifásico a quatro fios em triângulo ou estrela com neutro ...................................258 Figura 139 - Sistema de distribuição de tensões em BT da concessionária Eletropaulo ...................... 259 Quadro 1 - Material A com carga elétrica positiva ................................................................................................32 Quadro 2 - Representação da polarização, aterramento e desaterramento ........................ ........................33 Quadro 3 - Fatores multiplicadores da unidade de medida ohm ........................ ........................ ....................63 Quadro 4 - Comportamento da resistência do condutor em função das diversas variações ................68 Quadro 5 - Regras de arredondamento ....................................................................................................................79 Quadro 6 - Símbolos e letras usados em circuitos elétricos............................................................................100 Quadro 7 - Experiência 1 – Primeira Lei de Ohm ................................................................................................101 Quadro 8 - Experiência 2 – Primeira Lei de Ohm ................................................................................................101 Quadro 9 - Experiência 3 – Primeira Lei de Ohm ................................................................................................101 Quadro 10 - Fórmula da 1ª Lei de Ohm e suas derivadas ...............................................................................103 Quadro 11 - Solução do exemplo 1 sobre a 1ª Lei de Ohm .............................................................103 Quadro 12 - Solução do exemplo 2, aplicando-se a 1ª Lei de Ohm .............................................................104 Quadro 13 - Solução do exemplo 3, aplicando-se a 1ª Lei de Ohm .............................................................104 Quadro 14 - Fórmula da potência e suas derivadas ...........................................................................................130 Quadro 15 - Exemplo de uso de fórmula da potência ......................................................................................131 Quadro 16 - Dedução da fórmula da potência associada à corrente e à resistência .............................132 Quadro 17 - Dedução da fórmula da potência associada à tensão e à resistência ................................132 Quadro 18 - Resumo das fórmulasda 1ª Lei de Ohm, potência e combinações.....................................132 Quadro 19 - Exemplo do uso de fórmula da 1ª Lei de Ohm ...........................................................................133 Quadro 20 - Exemplo do uso de fórmula da 1ª Lei de Ohm ...........................................................................133 Quadro 21 - Tensão nos terminais da bateria com e sem carga ....................... ........................ ..................... 137 Quadro 22 - Cálculo do exercício de rendimento ...............................................................................................138 Quadro 23 - Fórmula da dissipação de potência na resistência interna do gerador e da carga ....... 139 Quadro 24 - Características dos capacitores e sua utilização .........................................................................173 Quadro 25 - Associação série de capacitores e suas fórmulas .......................................................................181 Quadro 26 - Fórmulas de associação de indutores em paralelo ...................................................................198 Quadro 27 - Alguns símbolos de advertência ......................................................................................................223 Quadro 28 - Tipos de alicate e utilizações .............................................................................................................234 Quadro 29 - Tipos de escada e aplicações .............................................................................................................236 Tabela 1 - Prefixos do SI ........................ ........................ ........................ ........................ ........................ ........................ ...36 Tabela 2 - Unidade de medida de tensão e seus fatores multiplicadores ..................... ........................ .......37 Tabela 3 - Tabela de conversão ...................... ........................ ........................ ........................ ........................ ...............38 Tabela 4 - Conversão com valor a converter ..................... ........................ ........................ ........................ ...............38 Tabela 5 - Valor convertido ............................. ........................ ........................ ........................ ........................ ...............39 Tabela 6 - Símbolos e fatores multiplicadores do ampere ...................... ........................ ........................ ...........53 Tabela 7 - Conversão de Ampere para uAmpere ........................ ........................ ........................ ........................ ...54 Tabela 8 - Conversão de Ampere para uAmpere com deslocamento da vírgula ........................ ...............54 Tabela 9 - Conversão de Ampere para uAmpere convertido ......................................... ........................ ...........55 Tabela 10 - Conversão de resistência de MΩ para uΩ ....................... ........................ ........................ ...................63 Tabela 11 - Conversão de resistência de mΩ para uΩ, posicionando a vírgula ....................... ...................64 Tabela 12 - Valor convertido da resistência ....................... ........................ ........................ ........................ ...............64 Tabela 13 - Resistividade de materiais a 20 ºC ..................... ........................ ........................ ........................ ...........71 Tabela 14 - Coeficiente de temperatura de materiais ....................... ........................ ........................ ...................72 Tabela 15 - Valores reais de resistência nominal conforme a tolerância ........................ ........................ .......87 Tabela 16 - Características e aplicações dos resistores fixos ....................... ........................ ........................ .......91 Tabela 17 - Valores do primeiro, do segundo e do terceiro circuitos ....................... ........................ ............ 102 Tabela 18 - Unidade de medida de potência elétrica ........................ ........................ ........................ ................ 128 Tabela 19 - Gabarito de conversão de valores de potência ........................ ........................ ........................ .... 129 Tabela 20 - Múltiplos e submúltiplos de hertz ..................... ........................ ........................ ........................ ........ 162 Tabela 21 - Gabarito de conversão de valores de frequência................................. ........................ ................ 162 Tabela 22 - Unidade de medida de capacitância e seus submúltiplos ....................... ........................ ........ 176 Tabela 23 - Gabarito de conversão de valores de capacitância ..................... ........................ ........................ 176 Tabela 24 - Unidade de medida de indutância e seus submúltiplos ....................... ........................ ............ 195 Tabela 25 - Gabarito de conversão de valores de medida de indutância ...................... ........................ .... 195 Tabela 26 - Cores utilizadas em comandos elétricos .........................................................................................218 Tabela 27 - Emprego de cores para identificação de tubulações .................................................................218 Tabela 28 - Classe de isolação das luvas de borracha ....................... ........................ ........................ ................ 243 Sumário 1 Introdução ........................................................................................................................................................................17 2 Fundamentos da eletricidade ...................................................................................................................................21 2.1 Matéria e sua composição .......................................................................................................................22 2.1.1 A molécula e o átomo .............................................................................................................23 2.1.2 Materiais condutores e materiais isolantes .....................................................................27 2.2 Fundamentos da eletrostática ...............................................................................................................30 2.2.1 Eletrização por atrito................................................................................................................31 2.2.2 Eletrização por contato ...........................................................................................................32 2.2.3 Eletrização por indução ..........................................................................................................32 2.3 Tensão elétrica..............................................................................................................................................34 2.3.1 Como criar o desequilíbrio elétrico ............................................................................34 2.3.2 Múltiplos e submúltiplos das unidades do SI .................................................................36 2.3.3 Unidade de medida da tensão elétrica .............................................................................37 2.3.4 Conversão da unidade de medida de tensão .................................................................38 2.3.5 Instrumento de medição de tensão elétrica ...................................................................39 2.4 Fontes de energia elétrica........................................................................................................................41 2.4.1 Geração de energia elétrica por ação térmica ........................ ........................................42 2.4.2 Geração de energia elétrica por ação da luz ...................................................................42 2.4.3 Geração de energia por ação mecânica ...........................................................................43 2.4.4 Geração de energia por ação magnética .........................................................................44 2.4.5 Usinas geradoras de eletricidade ........................................................................................45 3 Corrente Elétrica .............................................................................................................................................................49 3.1 O que é corrente elétrica .........................................................................................................................50 3.2 Sentido da corrente elétrica ....................................................................................................................51 3.3 Intensidade de corrente ...........................................................................................................................52 3.4 Unidade de medida de corrente ...........................................................................................................53 3.5 Instrumento de medição de intensidade da corrente ....................... ........................ ....................55 4 Resistência Elétrica ........................................................................................................................................................61 4.1 Conceito de resistência elétrica .............................................................................................................62 4.1.1 Unidade de medida de resistência elétrica .....................................................................63 4.2 Instrumento de medida de resistência ...............................................................................................65 4.3 Segunda Lei de Ohm ......................................................................................................67 4.3.1 Resistividade elétrica do material .......................................................................................70 4.3.2 Influência da temperatura sobre a resistência................................................................71 4.4 Associação de resistências .......................................................................................................................73 4.5 Resistência equivalente (ou resistência total) ...................... ........................ ........................ ...........75 5 Resistores ..........................................................................................................................................................................85 5.1 Conceito de resistor ...................................................................................................................................86 5.2 Características elétricas dos resistores fixos ......................................................................................86 5.3 Simbologia dos resistores ........................................................................................................................89 5.4 Tipos de resistores ......................................................................................................................................90 5.5 Especificação de resistores ......................................................................................................................92 5.6 Código de cores para resistores fixos ...................... ........................ ........................ ........................ ...93 6 Leis de Ohm e Leis de Kirchhoff .................................................................................................................................99 6.1 Introdução à Primeira Lei de Ohm .....................................................................................................100 6.1.1 Determinação experimental da Lei de Ohm ................................................................101 6.1.2 Aplicação da Primeira Lei de Ohm ...................................................................................102 6.2 Leis de Kirchhoff ........................................................................................................................................105 6.2.1 Preparando para a comprovação da Primeira Lei de Kirchhoff ..............................105 6.2.2 Segunda Lei de Kirchhoff .....................................................................................................111 7 Potência Elétrica em CC ............................................................................................................................................125 7.1 Trabalho elétrico .......................................................................................................................................126 7.2 Potência elétrica .......................................................................................................................................127 7.2.1 Unidade de medida de potência elétrica ......................................................................128 7.3 Determinação da potência de um consumidor em CC ..............................................................130 7.4 Potência nominal .....................................................................................................................................134 7.5 Fonte de alimentação de CC ................................................................................................................136 7.5.1 Influência da resistência interna na tensão de saída do gerador .........................137 7.5.2 Rendimento do gerador ......................................................................................................138 7.5.3 Máxima transferência de potência .................................................................................139 8 Magnetismo e Eletromagnetismo ........................................................................................................................143 8.1 Conceito de magnetismo......................................................................................................................144 8.1.1 Ímãs .............................................................................................................................................144 8.1.2 Polos magnéticos de um ímã ............................................................................................146 8.1.3 Interação entre os ímãs ........................................................................................................147 8.1.4 Campo magnético – linha de forças ...............................................................................148 8.1.5 Densidade de fluxo da indução magnética ..................................................................149 8.2 Eletromagnetismo ...................................................................................................................................150 8.2.1 Campo magnético em um condutor ..............................................................................150 8.2.2 Campo magnético em uma bobina ................................................................................151 8.2.3 Lei de Faraday ..........................................................................................................................153 8.2.4 Lei de Lenz ................................................................................................................................155 34 ELETRICIDADE GERAL 2.3 TENSÃO ELÉTRICA Quando comparamos o trabalho realizado por dois corpos eletrizados, auto- maticamente estamos comparando os seus potenciais elétricos. A diferença en- tre os trabalhosrealizados pelos dois corpos expressa diretamente a diferença de potencial elétrico entre eles. Essa diferença está presente entre corpos eletrizados com cargas distintas ou com o mesmo tipo de carga. O mesmo acontece com o movimento das cargas elétricas dentro dos corpos eletrizados. Para que sempre haja o movimento dessas cargas, é necessário que dois corpos tenham sempre quantidades diferentes de elétrons, ou seja, cargas diferentes. A diferença de potencial elétrico (abreviada para ddp) entre dois corpos ele- trizados também é chamada de tensão elétrica, que em outras palavras é a força capaz de impulsionar os elétrons em um condutor. Essa expressão é muito impor- tante nos estudos relacionados à eletricidade e à eletrônica. Normalmente, os profissionais das áreas de eletricidade e de eletrônica usam exclusivamente a palavra tensão para indicar a ddp ou tensão elétrica. A tensão elétrica pode se obtida por meio de um processo eletroquímico com o uso de materiais convenientemente escolhidos. Eles devem ter a capacidade de fazer a transferência de elétrons em si, quando colocados em um ambiente adequado. O tópico a seguir mostra melhor esse processo. VOCÊ SABIA? 2.3.1 COMO CRIAR O DESEQUILÍBRIO ELÉTRICO O desequilíbrio elétrico ocorre quando há dois tipos de metais diferentes mergulhados em um preparado químico, que reage com eles, retirando elétrons de um elevando-os para o outro. Esse é o fenômeno que gera o desequilíbrio elé- trico. O dispositivo, muito conhecido por nós, no qual esse princípio é aplicado é a bateria (pilha). Na pilha, um dos metais, a barra de carbono, fica com o potencial elétrico po- sitivo e o outro, o zinco, fica com o potencial elétrico negativo. Cria-se, então, uma diferença de potencial elétrico, a chamada tensão elétrica. 35 barra de carbono eletrodo negativo eletrodo positivo zinco pasta de cloreto de amônia e cloreto de zinco preparado químico: mistura de carbono e dióxido de manganês Figura 9 - Interior de uma pilha Fonte: SENAI-SP (2014) Muitos usuários desse tipo de pilha já perceberam que, por isso, ela tem dois terminais: a) um terminal chamado de polo positivo, que é marcado com o sinal +; e b) um terminal chamado de polo negativo, que é marcado com o sinal –. Os elétrons ficam agrupados em maior número no polo negativo da bateria. O polo positivo, por sua vez, contém uma quantidade menor de elétrons. Esses polos nunca se alteram, portanto, a polaridade das pilhas é sempre invariável. Observe: falta de elétrons polo positivo excesso de elétrons polo negativo Figura 10 - Interior da pilha e identificação dos seus polos Fonte: SENAI-SP (2014) Dessa forma, como a tensão fornecida pela pilha é uma tensão elétrica entre dois pontos com polaridade invariável, esse tipo de tensão é chamado de tensão contínua, ou tensão CC. 2 FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE 36 ELETRICIDADE GERAL Que a tensão fornecida por uma pilha comum não depende de seu tamanho ser pequeno, médio ou grande, pois ela é sempre uma tensão contínua de 1,5 V. Por isso, se um aparelho precisa de uma tensão mais alta para funcionar, é necessário usar mais pilhas. VOCÊ SABIA? A tensão elétrica é uma grandeza física que precisa ser identificada e quan- tizada. No item a seguir é mostrado como isso é feito. 2.3.2 MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DAS UNIDADES DO SI Imagine que você pretende comprar um computador. Ao entrar na loja, o ven- dedor imediatamente lhe oferece um modelo novo, e diz que ele tem um HD de 1500000000000 byte de memória. É fácil perceber que essa representação é inadequada! Não é usual alguém expressar um número tão grande dessa maneira, com tantos zeros, não acha? Isso dificulta muito, além da leitura, operar com esses números. Agora veja essa outra notação para aquele número: o computador que o ven- dedor ofereceu tem 1,5 Tb (terabyte) de memória. Para expressar medidas extremamente grandes ou extremamente pequenas, o SI adotou alguns prefixos, facilitando sua representação, leitura e cálculos. Veja alguns exemplos na tabela a seguir. Tabela 1 - Prefixos do SI NOME FATOR SÍMBOLO MULTIPLICAR POR tera 1012 T 1000000000000 giga 109 G 1000000000 mega 106 M 1000000 quilo 103 k 1000 hecto 102 h 100 deca 101 da 10 - 100 - 1 deci 10-1 d 0,1 centi 10-2 c 0,01 mili 10-3 m 0,001 micro 10-6 μ 0,000001 nano 10-9 n 0,000000001 pico 10-12 p 0,000000000001 2 POTÊNCIA MATEMÁTICA Potência matemática é um valor representado por sucessivas multiplicações de um mesmo número várias vezes. Notação de uma potência: an, onde a é a base (número a ser multiplicado sucessivamente) e n é o expoente (número de vezes que a base será multiplicada). Exemplo: 34 = 3 � 3 � 3 � 3. 37 Então, voltando ao nosso exemplo, veja como utilizar esses prefixos: × × × × = × × = × = 12 2 4 6 10 10 2 1500000000000 15000000000 10 150000000 10 1500000 10 , 00 ,0000 ,000000 ,0000000000 , 50 150 10 150 10 1 10 1,0000000000 10 15 ,5 tera Notação é uma representação através de símbolos. A notação científica é uma forma de representar números demasiadamente grandes (ou pequenos) de forma conveniente, a fim de facilitar os cálculos com eles. Escrever um número em notação científica consiste em representá-lo em um número entre um e nove multiplicado por uma potência2 de base 10. Exemplo: 50000000000 em notação científica é = 5 x 1010. Na engenharia, é comum a utilização de expoentes múltiplos de três (utilizando o mesmo exemplo, o número 50000000000 seria escrito como: 50 x 109). VOCÊ SABIA? 2.3.3 UNIDADE DE MEDIDA DA TENSÃO ELÉTRICA A tensão (ou ddp) entre dois pontos pode ser medida por meio de determi- nados instrumentos. A unidade de medida de tensão é o volt, representado pelo símbolo V. Como qualquer outra, a unidade de medida de tensão (volt) também tem múl- tiplos e submúltiplos adequados a cada situação. Veja a tabela a seguir. Tabela 2 - Unidade de medida de tensão e seus fatores multiplicadores DENOMINAÇÃO SÍMBOLO VALOR EM VOLT �V� Múltiplos (ou fatores multiplicadores) megavolt MV 106 V ou 1.000.000 V quilovolt kV 103 V ou 1.000 V Unidade volt V - Submúltiplos (ou fatores multiplicadores) milivolt mV 10-3 V ou 0,001 V microvolt μV 10-6 V ou 0,000.001 V 2 FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE 38 ELETRICIDADE GERAL Para as medições em eletricidade, utilizamos, com mais frequência, a unidade volt (V) e seus múltiplos: quilovolt (kV) e megavolt (MV). Existem mais palavras para indicar fatores multiplicadores que são usados com as unidades de medida do SI. Alguns deles já são bastante utilizados e, portanto, conhecidos, por exemplo: nano (como na palavra nanotecnologia3); mega (como na palavra megabytes); e giga (como em gigabytes). Se você quiser saber mais sobre eles, visite o site do Inmetro, disponível em <www.inmetro.gov.br/ consumidor>. SAIBA MAIS No próximo item, entenderemos como fazer essas conversões. 2.3.4 CONVERSÃO DA UNIDADE DE MEDIDA DE TENSÃO No dia a dia do profissional da área de eletricidade, muitas vezes é necessário, por exemplo, converter uma unidade de medida em um de seus múltiplos ou submúltiplos. Para facilitar essa tarefa, até adquirir prática, você poderá usa r a tabela a seguir, na qual cada unidade de medida possui três casas, que correspondem a cada dí- gito do valor obtido na medição. Tabela 3 - Tabela de conversão Agora, suponha que você queira converter 1100 V em kilovolts (kV). Inicialmente, escreva na tabela 1100 V. Tabela 4 - Conversão com valor a converter 3 NANOTECNOLOGIA Manipulação da matéria em uma escala atômica e molecular. 4 VOLTÍMETRO ANALÓGICO Aquele que avalia a grandeza elétrica tensão com base nos efeitos físicos causados por ela. Podemos citar como exemplo de efeitos físicos as forças eletromagnéticas dos campos elétricos. 39 O passo seguinte é deslocar a vírgula de três casas na direção do kV (para a esquerda) sem mexer na posição dos números. O resultado é mostrado a seguir. Tabela 5 - Valor convertido Portanto, 1100V = 1,1 kV = 1,1 x 10³ V Para realizar qualquer outra conversão, aplique esse mesmo processo, ou seja, é só deslocar a vírgula para o múltiplo ou submúltiplo desejado. Você já aprendeu como identificar e como quantizar a tensão elétrica. A seguir, vai aprender qual é o instrumento de medição que você deve utilizar. 2.3.5 INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO DE TENSÃO ELÉTRICA O instrumento que mede a diferença de potencial entre dois pontos é o voltí- metro. Veja, na figura a seguir, um voltímetro analógico4, no qual o valor (pontei- ro) varia continuamente dentro de uma faixa preestabelecida. 20 1 0 0 3 0 4 0 20 1 0 0 4 0 DC VOLTSVOLTS CLASS 2.5 Figura 11 - Mostrador do voltímetro analógico Fonte: SENAI-SP (2014) Embora o voltímetro seja o instrumento específico para medir a ddp, normal- mente, o aparelho usado para esse fim é o multímetro digital. Veja na figura a seguir os componentes de um multímetro. 2 FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE 52 ELETRICIDADE GERAL Escolher o sentido eletrônico ou o convencional não altera de forma alguma os resultados obtidos nos estudos dos fenômenos elétricos. Neste material, utilizare- mos o sentido convencional (do + para o –) da corrente elétrica. Quando esse movimento ordenado acontece em um único sentido, mantendo sempre a mesma polaridade, a corrente elétrica é chamada de corrente contí- nua, representada pela sigla CC. É possível que, em algumas publicações técnicas, a sigla CC seja substituída pela sigla DC, que é simplesmente a abreviação de direct current , termo que significa corrente contínua, em inglês. VOCÊ SABIA? Além de saber o sentido da corrente, é muito importante saber a quantidade de elétrons, ou seja: qual a corrente elétrica que está passando em determinado ponto do circuito, conhecido como intensidade de corrente. Isso é o que veremos a seguir. 3.3 INTENSIDADE DE CORRENTE Já sabemos que a corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons dentro de um condutor. Quanto mais elétrons passarem pela seção transversal de um con- dutor durante o menor período de tempo, maior será a intensidade da corrente. Intensidade da corrente é, pois, o fluxo de elétrons que passa dentro da seção transversal de um condutor, durante um determinado período de tempo. Então, vamos imaginar que podemos contar a quantidade de elétrons que passam pela seção transversal do condutor e, dessa forma, determinar a intensi- dade da corrente. E, na verdade, podemos mesmo fazer isso! Primeiramente, precisamos saber que cada elétron apresenta uma carga elé- trica elementar. Ela é representada pela letra “e” e equivale a 1,6 x 10-19 Coulombs. Para conhecer a quantidade de carga elétrica (Q), multiplica-se o número de elétrons (n) pela carga elétrica (e). Então, temos: Q = n. e Sendo que: a) Q é a quantidade de carga elétrica; b) n é o número de elétrons; e c) e é carga elétrica. 53 Com esses dados, podemos calcular a intensidade de corrente elétrica (I) com a ajuda da seguinte fórmula: I = Δ. Q Δ. t Sendo que: a) I é a intensidade de corrente; b) DQ (lê-se delta Q) é a quantidade de carga elétrica (na seção transversal); e c) Dt (lê-se delta t) é o período de tempo. O símbolo “I” vem da palavra francesa intensité, que quer dizer intensidade. VOCÊ SABIA? A corrente elétrica é uma grandeza que precisa ser identificada e quantizada. A seguir, você vai saber como ela é identificada e os seus múltiplos e submúltiplos. 3.4 UNIDADE DE MEDIDA DE CORRENTE Assim como a tensão, a corrente é uma grandeza elétrica e, como toda a gran- deza, pode ter a sua intensidade medida por meio de instrumentos específicos. A unidade de medida da intensidade da corrente elétrica é o ampere (que é o Coulomb por segundo), representado pelo símbolo A. Como qualquer outra unidade de medida, a da corrente elétrica tem múltiplos e submúltiplos adequados para cada situação. Veja tabela a seguir. Tabela 6 - Símbolos e fatores multiplicadores do ampere 3 CORRENTE ELÉTRICA 54 ELETRICIDADE GERAL Como profissional da área, você precisará sempre ter em mente que no campo da eletricidade emprega-se habitualmente a unidade ampere (A) e seus múlti- plos e submúltiplos. Faz-se a conversão de valores de forma semelhante às outras unidades de me- dida. Os passos são os mesmos da conversão de valores do volt, que já vimos no capítulo anterior. Vamos a um exemplo: Suponha que você precise converter ampere (A) em miliampere (mA) e a me- dida que você tem é 1,2 A. a) Coloque o número na tabela na posição da unidade de medida, que, neste caso, é o ampere. Lembre-se de que a vírgula deverá estar na linha após a unidade. Observe que cada coluna identificada está subdividida em três casas na próxima linha. Tabela 7 - Conversão de Ampere para uAmpere b) Mova a posição da vírgula para a direita. O novo valor gerado aparecerá quando as três casas abaixo da coluna do miliampere estiverem preenchi- das. Nesse caso, a vírgula deverá estar na linha após mA. Tabela 8 - Conversão de Ampere para uAmpere com deslocamento da vírgula c) Como cada linha abaixo da coluna mA tem três casas, todas elas deverão ser preenchidas. Portanto, complete com zero as casas vazias. Observe que não é necessário completar os espaços à esquerda do dígito 1(A), pois o zero não tem valor nessa posição. 55 Tabela 9 - Conversão de Ampere para uAmpere convertido Após preencher o quadro, o valor convertido será: 1,2 A = 1.200 mA = 1.200 x 10-3 A Você já aprendeu com identificar e como quantizar a corrente elétrica. A se- guir, você vai aprender que instrumento deve utilizar para medir a intensidade dessa corrente. 3.5 INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO DE INTENSIDADE DA CORRENTE Para medir a intensidade de corrente, usamos o amperímetro. Veja ilustração a seguir. 20 1 0 0 3 0 4 0 20 1 0 0 0 4 0 DC AMPERESAMPERES CLASS 2.5 Figura 21 - Amperímetro analógico Fonte: SENAI-SP (2014) Além do amperímetro, podemos usar também: a) miliamperímetro: para correntes da ordem de miliamperes; e b) microamperímetro: para correntes da ordem de microamperes. 3 CORRENTE ELÉTRICA 56 ELETRICIDADE GERAL Assim como no caso do voltímetro, o aparelho normalmente usado para esse fim é o multímetro digital, embora o amperímetro seja o instrumento específico para medir a corrente elétrica. Veja na figura a seguir. VoltAlert AUTO-V LoZ OFF V Hz Volt Alert V mV A HzA Ω HOLD RANGEMIN MAX AUTO-V LoZ A z o t A ert 10 A FUSED COM V A Corrente contínua selecionada Seleção corrente contínua Borne negativo Borne positivo para corrente Figura 22 - Multímetro na escala de ampere Fonte: SENAI-SP (2014) Antes de efetuar a medição, é necessário preparar o aparelho corretamente. Para isso, siga estas etapas: a) gire a chave seletora, selecionando corrente contínua, pois é esse tipo decorrente que será medido. O display deverá indicar DC A; b) coloque o cabo vermelho no borne A e o cabo preto no COM. 57 Para efetuar a medição, proceda da seguinte maneira: a) desligue o circuito, que deve estar sempre desligado para realizar a medição; b) interrompa uma parte do condutor; c) ligue o cabo vermelho no condutor aberto mais próximo do lado positivo da bateria e o cabo preto na outra ponta, que ficou aberta. Caso haja in- versão de polaridade, aparecerá um símbolo negativo (-) no display ; d) ligue o circuito e faça a leitura; e e) desligue o circuito, emende os cabos e isole a emenda. VoltAlert AUTO-V LoZ OFF V Hz Volt Alert V mV A HzA Ω HOLD RANGEMINMAX UTO-V LoZ A z o t Alert A 10A FUSED COM V A Figura 23 - Exemplo da medição de corrente Fonte: SENAI-SP (2014) Para medir a corrente é necessário abrir o circuito elétrico, que consiste em uma operação de risco. Assim, por medida de segurança, é necessário desligar o circuito antes de fazer essa atividade. FIQUE ALERTA 3 CORRENTE ELÉTRICA 58 ELETRICIDADE GERAL CASOS E RELATOS A energia elétrica é fundamental para o funcionamentode qualquer em- presa. Isso é ainda mais crítico em locais que funcionam 24 horas por dia, como as siderúrgicas. Nesse tipo de empresa, as equipes de eletricistas se revezam em turnos, a fim de que sempre haja alguém de plantão para aten- der qualquer emergência no momento em que ela ocorre. Assim aconteceu que, na siderúrgica Tubarão, em um final de semana, quan- do uma equipe se apresentava para substituir a turma do turno anterior, um dos eletricistas percebeu que havia um equipamento parado. Dois eletricis- tas (um que estava entrando e outro que estava saindo) conversaram para trocar informações sobre o problema. O eletricista que saía disse que, na me- dição feita no equipamento, encontrara um fusível queimado, mas que, mes- mo após a troca, o amperímetro não havia indicado corrente. Ao tentar localizar o defeito, o eletricista que iniciava o turno perce- beu que seu colega havia encontrado aquele defeito acidentalmente. A causa da pane realmente era o fusível queimado, no entanto, como seu amperímetro também estava com o fusível queimado, mesmo que a troca tenha sido feita, o equipamento não funcionaria, pois o circuito mantinha-se aberto. 88 ELETRICIDADE GERAL A rapidez de conversão de energia, em qualquer campo ligado à ciência, é conhecida pela denominação de potência. A potência de um dispositivo qual- quer nos indica o quanto de energia foi convertido, de um tipo de energia para outro, a cada unidade de tempo de funcionamento. O resistor, então, pode sofrer danos se a potência dissipada for maior que seu valor nominal. Em condições normais de trabalho, esse acréscimo de temperatura é proporcional à potência dissipada. Sabendo disso, podemos dizer que a dissipação nominal de potência é a temperatura que o resistor atinge, sem que a sua resistência nominal varie mais que 1,5% em relação à temperatura ambiente de 70 ºC, conforme descreve a nor- ma IEC 115-1. A dissipação nominal de potência é expressa em watt (W), que é a unidade de medida de potência. Por exemplo, um resistor de uso geral pode apresentar dissipação nominal de potência de 0,33 W. Isso significa que o valor da resistência nominal desse resistor não será maior que 1,5% se ele dissipar essa potência na temperatura ambiente de 70 ºC. O tamanho físico do componente tem uma influência direta sobre a dissipação de potência. Quanto maior o componente maior será a sua área de dissipação. Isso significa que existe uma potência maior disponível para consumo. Veja a se- guir um exemplo da relação entre os tamanhos de resistores e suas potências. 0,25 W 0,5 W 1 W 2 W Figura 40 - Ilustração de resistores de potência diferentes Fonte: SENAI-SP (2014) No capítulo sete deste livro estudaremos mais sobre potência elétrica. A seguir, você aprenderá como os resistores são representados nos diagramas elétricos. 89 5.3 SIMBOLOGIA DOS RESISTORES Para representar os componentes (resistores) de um circuito, usamos símbolos. O resistor também é representado por um símbolo, segundo a norma NBR12521, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que padroniza símbolos grá- ficos de componentes passivos, como os resistores, os capacitores e os indutores. Conheça o símbolo do resistor fixo: (a) (b) Figura 41 - Resistor fixo (a) e seus símbolos (b) Fonte: SENAI-SP (2014) ABNT é a sigla que identifica a Associação Brasileira de Normas Técnicas, órgão responsável pela normalização técnica no Brasil e que fornece a base necessária ao desenvolvimento tecnológico do país. A ABNT é a representante oficial no Brasil das entidades internacionais, que são:”International Organization for Standardization” (ISO), “International Eletrotechnical Commission” (IEC), bem como das entidades de normalização regional, tais como: “Comissão Panamericana de Normas Técnicas” (COPANT) e a Associação do Mercosul de Normalização (AMN). Fonte: <http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=929>. NBR é a sigla para Norma Brasileira. Ela aparece na denominação de todas as normas elaboradas pela ABNT e é sempre seguida de um número que a identifica, por exemplo: NBR5410 (Instalações elétricas de baixa tensão). Para saber mais, você pode consultar o site <http://www. abnt.org.br>. SAIBA MAIS Alguns resistores apresentam seu valor nominal marcado no próprio corpo do componente, do seguinte modo: 4k7Ω. Essa é outra maneira de escrever o valor corresponde a 4,7 kΩ. VOCÊ SABIA? 5 RESISTORES 90 ELETRICIDADE GERAL CASOS E RELATOS Em um final de semana, o técnico de manutenção de plantão em uma indús- tria metalúrgica precisou resolver um problema em uma ponte rolante, que não estava funcionando. Sem esse equipamento, era impossível continuar a produção, uma vez que por meio dele as chapas de aço eram movimentadas. A parada da produção já estava causando um enorme prejuízo à empresa. Trabalhando sob grande pressão, o técnico verificou que o componente que estava causando o defeito era um dispositivo de controle chamado contator e constatou que um resistor de 22 kΩ (valor impresso no corpo do componente) estava queimado. Feliz por ter encontrado o defeito, trocou o componente por um novo. Fez o teste, mas o defeito continuou. Sem conse- guir resolver o problema, não houve alternativa senão chamar o seu super- visor, que estava de folga. Por ser mais experiente, imediatamente percebeu que seu subordinado havia cometido um erro! O resistor era de 2,2 kΩ, e não de 22 kΩ, como o técnico pensara. Como o resis- tor era muito antigo, a marcação da posição da vírgula tinha desaparecido por causa do uso e do tempo, o que causou o erro de leitura. Por isso, nos resistores em que a marcação está no corpo do componente, essa aparece como 2k2 Ω! Em circuitos eletroeletrônicos existem aplicações que requerem maiores ou menores precisões de valores de resistores. A seguir você irá conhecer os princi- pais tipos e suas precisões. 5.4 TIPOS DE RESISTORES Sempre existem diferentes maneiras de classificar coisas, seja pelo formato, pela cor, pelo tamanho, pela utilização, pelo material com o qual são fabricadas, entre outras. Os resistores são classificados em quatro tipos, conforme o material com o qual são fabricados: a) resistor de filme de carbono; b) resistor de filme metálico; c) resistor de fio; e d) resistor para montagem em superfície, também conhecido como resistor. 91 Acesse a internet e, por meio de um programa de busca, baixe informações a respeito de: resistor filme de carbono, resistor de filme metálico, resistor de fio e resistor SMD (montagem em superfície), e faça um comparativo entre eles. SAIBA MAIS A seguir, é apresentada uma tabela na qual estão relacionados os tipos de re- sistores à sua aplicação e à faixa de valores de fabricação. Tabela 16 - Características e aplicações dos resistores fixos 5 RESISTORES 92 ELETRICIDADE GERAL Observe, nas ilustrações a seguir, alguns resistores de fio e seus respectivos terminais, o fio enrolado e a camada externa de proteção do resistor. Figura 42 - Resistores de fio Fonte: SENAI-SP (2014) Quando nos referimos tecnicamente a um resistor, temos que fazê-lo de acor- do com a sua especificação. Assim sendo, a seguir, você vai aprender como espe- cificar um resistor. 5.5 ESPECIFICAÇÃO DE RESISTORES Sempre que precisarmos descrever, solicitar ou comprar um resistor, é neces- sário fornecer a sua especificação completa, que deve estar de acordo com a se- guinte ordem: a) tipo; b) resistência nominal; c) percentual de tolerância; e d) dissipação nominal de potência. Veja alguns exemplos de especificação de resistores: a) resistor de filme de carbono 820 Ω ±5% 0,33 W; b) resistor de filme metálico 150 Ω ±1% 0,4 W; c) resistor de fio 4,7 Ω ±5% 10 W; e d) resistor para montagem em superfície 1 kΩ ±5% 0,25 W. Os resistores normalmente são dispositivos de dimensões limitadas e apresen- tam uma vasta variedade de valores, tipos e tolerâncias. Como representar toda essa variedade de características impressas no componente?A seguir você vai aprender como é possível. 93 5.6 CÓDIGO DE CORES PARA RESISTORES FIXOS É importante saber que a maioria dos resistores de filme carbono é identifica- da por meio de anéis coloridos, conforme o padrão dado por norma internacional (IEC). Esses anéis fornecem dados técnicos sobre o componente e permitem que eles sejam identificados no circuito, independentemente de sua posição. Os resistores podem possuir de três a seis faixas coloridas. A forma de leitura para os de três e de quatro faixas é muito semelhante. As três primeiras repre- sentam o valor da resistência, sendo que as duas primeiras indicam o primeiro e o segundo dígitos do valor, e a terceira faz a função de multiplicador. Vejamos o exemplo a seguir. Preto Marrom Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Cinza Branco Dourado Prateado Cor 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1a Faixa x 1Ω x 10Ω x 100Ω x 1KΩ x 10KΩ x 100KΩ x 1MΩ x 10MΩ x 0,1Ω x 0,01Ω Multiplicador +/- 1% +/- 2% +/- 0,5% +/- 0,25% +/- 0,1% +/- 0,05% +/- 5% +/- 10% Tolerância2a Faixa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1KΩ 20% de tolerância 560KΩ 10% de tolerância Resistor de 3 faixas Resistores padrão possuem 4 faixas Códigos de Cores A extremidade com mais faixas deve apontar para esquerda. Figura 43 - Leitura do código de cores para resistores com três ou quatro faixas Fonte: SENAI-SP (2014) 5 RESISTORES 94 ELETRICIDADE GERAL Observe que o primeiro resistor é formado pelas cores marrom, preto e ver- melho. Pela tabela das cores, também indicada na figura, o marrom vale 1, o pre- to vale 0 e o multiplicador, no caso, em vermelho, x100 (ou x 10 2). Assim, temos 10 x 102 = 1.000 Ω ou, em notação científica, 1 kΩ. A ausência da quarta faixa indi- ca que a tolerância é de 20%. Veja que o segundo resistor é formado pelas cores verde, azul e amarelo. De acordo com a tabela das cores, o verde vale 5, o azul vale 6 e o multiplicador ama- relo, x10000 (ou x 104). Assim, temos 56 x 104 = 560.000 Ω ou 560 kΩ, em notação científica. A presença de uma quarta cor indica a tolerância, no caso, prata, que vale 10%. Já a cor do corpo do resistor, mostrado na Figura 43, indica que ele é feito de filme de carbono. A leitura dos resistores com cinco ou seis faixas não é muito diferente. Em vez de haver dois dígitos e um multiplicador, há três dígitos e um multiplicador. Os de 5 ou 6 faixas possuem uma tolerância menor que os resistores de quatro faixas. A figura a seguir mostra como é feita a leitura de um resistor de cinco e de seis faixas. 237Ω 1% de tolerância 2% de tolerância - Coef. térmico 100 ppm Resistor de 5 faixas Resistor de 6 faixas Códigos de Cores A extremidade com mais faixas deve apontar para esquerda 4,7Ω Preto Marrom Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Cinza Branco Dourado Prateado Cor 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1a Faixa x 1Ω x 10Ω x 100Ω x 1KΩ x 10K Ω x 100KΩ x 1MΩ x 10MΩ x 0,1Ω x 0,01Ω 3a Faixa +/- 1% 100 ppm / 0 C 50 ppm / 0 C 15 ppm / 0 C 25 ppm / 0 C 10 ppm / 0 C 5 ppm / 0 C 1 ppm / 0 C +/- 2% +/- 0,5% +/- 0,25% +/- 0,1% +/- 0,05% +/- 5% +/- 10% Multiplicador Tolerância Coeficiência detemperatura2a Faixa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Figura 44 - Leitura do código de cores para resistores com cinco ou seis faixas Fonte: SENAI-SP (2014) 96 ELETRICIDADE GERAL RECAPITULANDO Neste capítulo, vimos que: a) os resistores são utilizados nos circuitos eletrônicos para limitar a corren- te elétrica e, consequentemente, reduzir ou dividir tensões; b) as características elétricas do resistor são: resistência nominal, percen- tual de tolerância e dissipação nominal de potência; c) a resistência nominal é o valor da resistência elétrica especificada pelo fabricante; d) o percentual de tolerância é o resultado do processo de fabricação, que deixa os resistores sujeitos a imprecisões no seu valor nominal; e) a dissipação nominal de potência é a energia térmica produzida no re- sistor sob a forma de calor; e f ) os resistores fixos podem ser de filme de carbono, de filme metálico, de fio e de montagem em superfície (SMR). 97 Anotações: 5 RESISTORES 6 Leis de Ohm e leis de Kirchhoff Você já conhece os conceitos de tensão, corrente, resistência, circuito em série, circuito em paralelo, circuito misto e aprendeu a calcular a resistência equivalente das associações em sé - rie, paralela e mista. Uau! Quanta coisa! Neste capítulo, chegou a hora de começar a aplicar todos esses conhecimentos em circuitos mais complexos. Agora, você conhecerá as leis que regem os cálculos dos valores reais de cada componente de um circuito. Para isso, primeiramente, vamos estudar a Lei de Ohm, que trata da forma como a corrente elétrica é medida. A partir daí, será possível determiná-la matematicamente e medir os valores das grandezas elétricas em um circuito. Em seguida, estudaremos as Leis de Kirchhoff , que tratam da medição da tensão e da cor- rente em circuitos com mais de uma carga, a fim de que você possa calcular e medir tensões e correntes em circuitos desse tipo. São muitos conteúdos e, para você dimensionar a importância deles, leia a seguir uma man- chete publicada em um jornal do nosso país: “Curto em aparelho provoca incêndio em hospital, dizem bombeiros em MS. O fogo co- meçou em uma sala no térreo do hospital, em Campo Grande. Segundo os bombeiros, não foi necessário remover pacientes do prédio.” (Disponível em <http://g1.globo.com/mato-grosso-- -do-sul/noticia/2012/02/curto-em-aparelho-provoca-incendio-em-hospital-dizem-bom- beiros-em-ms.html>. Acesso em: 01 jun. 2012). Essa notícia é bem mais comum do que gostaríamos. Quantas vezes você já viu ou ouviu falar em incêndio causado por causa de uma sobrecarga ou de um curto-circuito? Isso pode acontecer em uma residência, uma loja, um hospital, uma fábrica ou até mesmo em um equi- pamento de uma concessionária de fornecimento de energia elétrica. Um curto-circuito pode acontecer quando um condutor é ligado diretamente entre os po- los de uma fonte (bateria) ou tomada da rede elétrica e a corrente tende a ser extremamente elevada. Isso produzirá o Efeito Joule e pode provocar incêndio na instalação. É para prevenir esse tipo de acidente que fazemos os cálculos que estudaremos neste capítulo. 100 ELETRICIDADE GERAL Assim, ao final dele, você terá subsídios para: a) compreender e aplicar a Primeira Lei de Ohm; b) compreender e aplicar as Leis de Kirchhoff ; e c) comprovar a Primeira e a Segunda Leis de Kirchhoff . Vamos lá? Bons estudos! 6.1 INTRODUÇÃO À PRIMEIRA LEI DE OHM Embora, graças ao desenvolvimento tecnológico, os conhecimentos sobre ele- tricidade tenham se ampliado largamente, a Primeira Lei de Ohm continua sendo uma lei básica da eletricidade. Por isso, conhecê-la é fundamental para o estudo e para a compreensão dos circuitos eletroeletrônicos. Essa lei estabelece a relação entre corrente ( I), tensão (V) e resistência (R) em um circuito. Ela é verificada a partir das medições dessas grandezas elétricas em circuitos elétricos simples, formados com uma fonte geradora e um resistor. Para o entendimento da Primeira Lei de Ohm, vamos nos apropriar da repre- sentação dos componentes de circuitos elétricos de acordo com os símbolos e as letras padronizadas, conforme a IEC 1082-1 e a NBR 5280, mostrados no quadro a seguir. Quadro 6 - Símbolos e letras usados em circuitos elétricos No símbolo G, observe que o traço menor, na vertical do símbolo da bateria, sempre será o negativo e o traço maior, o positivo. 101 Circuitos elétricos são desenhados com representações simbólicas (como as des- critas no quadro anterior), tornando o circuito elétrico de fácil interpretação pelos di- versos especialistas da área. A seguir, você entenderá como foi formulada a Primeira Lei deOhm, utilizando circuitos elétricos com essa representação simbólica. 6.1.1 DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA LEI DE OHM Vamos verificar a Primeira Lei de Ohm realizando
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