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Biomecânica em Prótese Parcial Removível Biomecânica em ppr Avaliação do comportamento das forças mastigarias sobre as próteses (incluindo PPR) e os efeitos dessa interação com os tecidos de suporte envolvidos. No caso da PPR os tecidos são dentes, fibromucosa e osso alveolar residual (Maior complexidade). NORMALIDADE: Forças mastigatórias mantém equilíbrio sobre as próteses e não ultrapassam os limites fisiológicos dos tecidos de suporte – AUMENTA LONGEVIDADE i. FORÇA Entidade capaz de causar uma deformação em um corpo, ou modificar seu movimento (medidas de unidades: KgF, Newton, Mpa, LbF). No caso da PPR essas forças são oriundas da mastigação aplicadas sobre os tecidos de suporte. Variação de força diferenciam em: Direção Sentido Duração Frequência Magnitude i. Capacidade de resistência 1. Duração e intensidade das forças 2. Direção da força aplicada 3. Capacidade dos tecidos (dente e/ou mucosa) de resistir as forças 4. Influência do material na resistência do dente-tecido 5. Resistência altera com o tempo EXTREMIDADE LIVRE Quando eu tenho uma extremidade livre, você tem a força sendo aplicada sobre os elementos de acrílico, a prótese intrui sobre a fibromucosa. O dente permite uma intrusão de até 100 micrômetros, já o tecido fibromucoso é de 1,3mm (13x maior que o dente suporte). Por isso gera essa movimentação (alavanca). ii. PLANOS ANATÔMICOS Eixos de movimentação: • Eixo horizontal • Eixo vertical • Eixo antero-posterior A. 1° MOVIMENTO DE ROTAÇÃO (EXTRUSÃO) → Rotação para mesial; → Sela se afasta do tecido de suporte; → Acontece quando tem: Tração dos alimentos pegajosos; → Ou acontece qdo: Força da gravidade (arco superior); → Resistência: retentores indiretos B. 1° MOVIMENTO DE ROTAÇÃO (INTRUSÃO) → Rotação para distal; → A sela/base se aproxima do rebordo; → Forças compressivas sobre o rebordo; → Resistência: qualidade do tecido suporte, boa adaptação da sela, quantidade C. 2° MOVIMENTO DE ROTAÇÃO (EM TORNO DO EIXO LONGITUDINAL) → Direção rotativa da sela em torno do rebordo residual; → Movimentos antero-posterior de rotação da base da prótese; → Deslocamento horizontal da base; → Tensões na lateral do rebordo residual; → Resistência: rigidez dos conectores maiores e menores e capacidade de resistência ao torque D. 3° MOVIMENTO DE ROTAÇÃO (EIXO VERTICAL NO CENTRO DA ARCADA) → Pode ocorrer em qualquer tipo de PPR (todas as classes); → Risco de PPR unilaterais (importância da simetria); → Utilização de retentores indireto estabiliza essa movimentação que pode existir; → Resistência: conectores e componentes estabilizantes iii. ALAVANCAS Força/objeto ou instrumento (potência) utilizado sobre um ponto fixo (fulcro) para potencializar a força mecânica a ser aplicada sobre outro objeto (resistência) com o mínimo de gasto de energia. Alavanca gira em torno de um fulcro para potencializar uma força sobre determinado objeto Qualquer alavanca apresenta os seguintes elementos: → Força motriz ou POTÊNCIA → Força Resistente ou RESISTÊNCIA → Braço de Potência (BP): distância da força motriz até o apoio/fulcro → Braço de Resistência (BR): distância da força resistente até o apoio/fulcro → Ponto de Apoio/Fulcro: local onde a alavanca se apoia quando utilizada Quanto maior a alavanca, pior para o PPR, mais força o dente suporte. Logo, o BRAÇO DE RESISTÊNCIA tem que ser MAIOR que o de POTÊNCIA em uma PPR. Quanto MAIOR a alavanca, MENOR a força para movimentar o objeto Se a BP for maior que BR, será necessária uma menor força (potência) necessária pra mover a Resistência (R). CLASSES DE ALAVANCAS 1) 1ª Classe / Interfixas (Não é interessante) → Apoio no meio, resistência de um lado e potência do outro. → As forças atuam de maneira contrária → Quando o paciente mastigar, vai gerar extrusão no dente suporte, pois o apoio está no meio. Gerando uma alavanca de primeira classe. → Na PPR a 1º Classe acontece quando o apoio está no meio. 2) 2ª Classe / Interresistente → Apoio em uma extremidade, resistência no meio e a força atrás da resistência. → Toda vez que aplicar uma força, a resistência será aplicada e elas terão o mesmo direcionamento. → A prótese está desalojando, pra ela não sair de posição o grampo está segurando. Quando o paciente for mastigar, esse grampo irá acompanhar a prótese (intrusão). 3) 3ª Classe / Interpotente → Apoio em uma extremidade, a força no meio e a resistência em outra extremidade. → A força mastigatória sendo aplicada entre a resistência e o apoio, sendo assim a resistência será contrária à força anulando-se. → A força de desalojamento é baixa para tirar uma prótese, mas existe. Sempre posicionar o apoio na mesial, para formar uma alavanca de 2º Classe e não de 1º iv. Princípios da PPR A. Suporte B. Retenção C. Estabilidade A. Suporte Capacidade da PPR de resistir as forças verticais de deslocamento (gengivo-oclusal), função que é oferecida principalmente pelo apoio. Além disso os encaixes, a superfície basal da sela e os conectores maiores na maxila, otimizam o suporte. Em um caso de um suporte dentário, quem garante o suporte é o apoio. Já em uma extremidade de fibromucosa, tenho a base da sela, conectores, etc. Trabalhamos na PPR para reduzir a movimentação i. Princípio de Suporte: → Tipo da fibromucosa (resiliente ou rígida) → Espessura da fibromucosa → Grau de reabsorção do rebordo residual → Tamanho da extensão da área edêntula B. Princípio de retenção Resistência a força de deslocamento da prótese no sentido gengivo-oclusal (ação muscular, gravidade, alimentos pegajosos, deglutição, fonação). Retenção mecânica: 1) Retenção direta (ponta ativa do grampo); 2) Retenção indireta (passivo ou ativo); 3) Retenção friccional (fresagem, sistemas de retenção ou conectores). Retenções físicas ou fisiológicas: adesão, coesão, pressão atmosférica, tensão superficial. PPR a retenção fisiológica é muito reduzida, comparada com a PT → RETENÇÃO DIRETA Retenção oferecida pela ponta ativa do grampo de retenção adjacente ao espaço desdentado da PPR. → RETENÇÃO INDIRETA Retenção a distância do espaço desdentado da PPR. Muitas vezes o BP fica maior que a BR, quando utilizado somente retentores diretos. Dessa forma, recomenda utilizar retentores indiretos (passivos ou ativos) ao longo da linha de fulcro para reduzir os movimentos rotacionais da PPR. A. Retentor indireto ATIVO: você tem o apoio e, nesse apoio, você tem o grampo em função B. Retentor indireto PASSIVO: você tem o apoio juntamente com o braço de oposição, não tendo uma retenção direta na área pois a estrutura não está na frente do equador protético. Mas terá um retentor indireto passivo pois o apoio estará impedindo o movimento de rotação da prótese. A. Linha de fulcro: linha imaginária que passa pelo último apoio de cada lado dos dentes suporte. Mecanicamente é onde a prótese tende a rotacionar. B. Retenção indireta preferível: mais perpendicular de maior extensão à linha de fulcro No caso do molar, se eu tiver um grampo + apoio, torna-se um retentor indireto ativo. Além de impedir a rotação na linha imaginária de fulcro, dá mais retenção para prótese pois possui grampo. No caso do canino, quando não possui grampo, mas apenas um apoio, tornando-se um retentor indireto passivo pois não dá retenção, mas impede a rotação. C. Princípio de estabilidade É a resistência das forças que atuam sobre uma prótese no sentido horizontal, decorrentes de contatos oclusais em planos inclinados. Todos os elementos rígidos da PPR atuam nesse sentido, visto que é interdependente da retenção, por isso que pode existir retentor indireto passivo (somente apoio). 1. O rebordo também tem influência no princípio da estabilidade2. Relação interoclusal e musculatura com a PPR tb influencia Estabilidade de 4 pontos é a maior configuração protética possível, tem muita estabilidade. Quanto menos pontos pior. A simetria é importante na estabilidade da PPR Fatores que podem interferir na biomecânica/movimentação da PPR de Extremidade Livre 1. Extensão do rebordo residual 2. Área de cobertura do rebordo desdentado 3. Tipo do rebordo residual 4. Número de dentes artificiais 5. Mesa oclusal (largura vestíbulo-lingual) 6. Moldagem funcional 7. Tipo de grampo 8. Qualidade do dente suporte 9. Altura do rebordo residual 10. Associação com implantes osseointegrados 1. EXTENSÃO DO REBORDO DESDENTADO Aumentando o braço de potência, aumenta- se a resistência à força empregada sobre a alavanca e, consequentemente, a movimentação da prótese. 2. Área de cobertura do rebordo desdentado Quanto maior a área, maior a força para movimentá- la. 3. Tipo de rebordo residual → Se tenho um rebordo reto, geralmente temos uma situação favorável. → Se tenho um rebordo inclinado (ascendente, descendente ou do outro jeito que está na imagem abaixo) 1. Reto 2. Ascendente 3. Descendente 4. Outro tipo → Quando tenho um rebordo reto, as forças são direcionadas diretamente para o rebordo. → Para rebordos inclinados, há uma maior possibilidade de movimentação da prótese em extremidade livre. Mais comum pegar o caso descendente. 4. Número de dentes Mesma coisa que extensão, pois quanto maior a quantidade de dentes, maior a possiblidade de movimentação. O planejamento define o quanto vai reabilitar do paciente ou não. Se não possui antagonistas, não há necessidade de reabilitação (segundos molares, principalmente). 5. Moldagem funcional Quando fazemos uma moldagem funcional com material que copia bem o rebordo, aumento a base e a adaptação da sela é melhor dando uma melhor estabilidade para a PPR. 6. Redução vestíbulo-lingual da mesa oclusal Quanto menor mesa oclusal no sentido vestíbulo- lingual, menor possibilidade de movimentação da prótese. Usado quando há uma movimentação muito grande e comprar os dentes com a oclusal já reduzida. Nunca por desgaste. Tipo de grampo 7. Qualidade do dente suporte Se perde osso, o braço de potência irá aumentar e, quanto maior o BP, maior a força aplicada no dente suporte. 8. Altura do rebordo desdentado Quanto menor o rebordo, maio a possibilidade da PPR de mover 9. Associação com implantes osseointegrados Colocando implantes, elimino a extremidade livre, torna-se uma classe III e elimino a possibilidade de uma alavanca de primeira classe (com extremidade livre).
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