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Módulo: Conhecimentos Pedagógicos – SEC/BA 2010
O QUE É EDUCAR
A palavra educar deriva da palavra latina educare, que significa "revelar o que está dentro", deixar 
florescer as habilidades e potencialidades, tornando explícitos os poderes inatos do homem. Faremos, por 
nossa conta, para fins de um melhor entendimento, uma distinção semântica do termo educação, ficando 
este como a instrução acadêmica e profissional passada de fora para dentro, ou seja, o conhecimento 
técnico transmitido pelo educador ao educando, independentemente do método pedagógico adotado. 
Chamaremos de educare a educação que aflora de dentro para fora, aquela que diz respeito ao ser, e não 
ao saber. Aquela que legará condutas morais e éticas responsáveis pelo norteamento da vida de cada um. 
A educação em valores humanos busca a união desses dois importantes conceitos. Educar é estabelecer 
uma troca com o educando. Educar não é um ato de "doação" de conhecimento, mas um processo que se 
realiza no contato do homem com o mundo vivenciado, o qual não é estático, mas dinâmico e em 
transformação contínua. A relação vertical, onde o educador é superior ao educando deve dar lugar à 
relação dialógica, a qual supõe troca, pois "os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo 
mundo.” Para Paulo Freire, educador já não é aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é 
educado, em diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa (...)".
O saber construído dessa forma percebe a necessidade de transformar o mundo, porque assim os homens 
se descobrem como seres históricos. Para Paulo Freire, educar é construir, é libertar o homem do 
determinismo, passando a reconhecer o papel da História e onde a questão da identidade cultural, tanto 
em sua dimensão individual, como em relação à classe dos educando, é essencial à prática pedagógica 
proposta. Sem respeitar a identidade do educando, sem levar em conta as experiências vividas pelo 
educando antes de chegar à escola, o educador não terá êxito na sua tarefa, e o processo será inoperante, 
consistirá em meras palavras despidas de significação real. É um "ensinar a pensar certo" como quem 
"fala com a força do testemunho". É um "ato comunicante, co-participado", de modo algum produto de uma 
mente "burocratizada". O educador deve incentivar a curiosidade do educando valorizando a sua liberdade 
e a sua capacidade de aventurar-se.
RELAÇÃO EDUCANDO-EDUCADOR
A relação educador-educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de 
cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo 
no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse 
processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o 
que o aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.
O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita progressos no 
desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva, não cabe analisar somente a relação professor-aluno, 
mas também a relação aluno-aluno. Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dará coletivamente, 
portanto, sem ignorar a ação intrapsíquica do sujeito. Assim, Vygotsky conceituou o desenvolvimento 
intelectual de cada pessoa em dois níveis: um real e um potencial. O real é aquele já adquirido ou formado, 
que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria porque já tem um conhecimento 
consolidado. Por exemplo, se domina a adição esse é um nível de desenvolvimento real. O potencial é 
quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próximo de aprender, e isso se dará 
principalmente com a ajuda de outras pessoas. Por exemplo, quando ele já sabe somar, está bom próximo 
de fazer uma multiplicação simples, precisa apenas de um «empurrão». Vai ser na distância desses dois 
níveis que estará um dos principais conceitos de Vygotsky: as zonas de desenvolvimento proximal, que 
é definido por ele como: (..) A distância entre o nível de desenvolvimento que se costuma determinar 
através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinando 
através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou de companheiros mais capazes. 
(VYGOTSKY), “A formação Social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores”. 
São Paulo, Martins Fontes. 1989.
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é um conceito elaborado por Vygotsky, e define a distância 
entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e 
o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema sob a orientação 
de um adulto ou em colaboração com outro companheiro. Esse conceito abre uma nova perspectiva a 
prática pedagógica colocando a busca do conhecimento e não de respostas corretas. Ao educador, restitui 
seu papel fundamental na aprendizagem, afinal, para o aluno construir novos conhecimentos precisa-se de 
alguém que os ajude, eles não o farão sozinhos. Assim, cabe ao professor ver seus alunos sob outra 
1
perspectiva, bem como o trabalho conjunto entre colegas, que favorece também a ação do outro na ZDP 
(zona de desenvolvimento proximal). Vygotsky acreditava que a noção de ZDP já se fazia presente no bom 
senso do professor quando este elaborava suas aulas.
O professor seria o suporte, ou “andaime”, para que a aprendizagem do educando a um conhecimento 
novo seja satisfatória. Para isso, o professor tem que interferir na ZDP do aluno, utilizando alguma 
metodologia, e para Vygotky, essa se dava através da linguagem. Baseado nisso, dois autores Newman, 
Griffin & Cole, desenvolveram essa idéia. Para eles era através do diálogo do professor com o aluno que a 
ZDP se desenvolve na sala de aula. Com um esquema I-R-F (iniciação – resposta – feedback), que o 
professor “dando pistas” para o aluno iniciava o processo, assim o aluno teria uma resposta e o professor 
dava o feedback a essa resposta (GOMES, 2002).
Nessa perspectiva, a educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual da criança. Ao contrário, 
sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende, mais se desenvolve mentalmente. 
Segundo Vygotsky, essa demanda por desenvolvimento é característica das crianças. Se elas próprias 
fazem da brincadeira um exercício de ser o que ainda não são, o professor que se contenta com o que 
elas já sabem é dispensável.
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO SEGUNDO PIAGET
Para Piaget a aprendizagem do estudante será significativa quando esse for um sujeito ativo. Isso se dará 
quando a criança receber informações relativas ao objeto de estudo para organizar suas atividades e agir 
sobre elas. Geralmente os professores “jogam” somente os símbolos falados e escritos para os alunos, 
alegando a falta de tempo. Segundo Piaget esse tempo utilizado apenas para a verbalização do professor 
é um tempo perdido, e se gastá-lo permitindo que os alunos usem a abordagem tentativa e erro, esse 
tempo gasto a mais, será na verdade um ganho. O modelo tradicional de intervenção do professor consiste 
em explicar como resolver os problemas e dizer “está certo” ou “está errado”. Isso está contra a teoria da 
psicologia genética de Piaget, que coloca a importância da observação do professor sobre o aluno. Uma 
observação criteriosa, para ver o momento de desenvolvimento que a criança está vivendo, assim saber 
que atividade cognitiva aquele aluno estará apto a investigar. O professor será o incentivador, o 
encorajador para a iniciativa própria do estudante. Coloca-se também a importância da espontaneidade da 
criança. Muitas vezes o professor se mostra tão preocupado emensinar que não têm paciência suficiente 
para esperar que as crianças aprendam. Dificilmente aguardam as respostas dos educandos, e perdem a 
oportunidade de acompanhar a estrutura de raciocínio espontânea de seus alunos. Com a concepção das 
respostas “certas” e sem o incentivo para pesquisa pessoal o estudante acaba por ter sua atividade 
dirigida e canalizada, podendo até dizer moldada pelo método de ensino tradicional. Por isso Piaget fixa 
tanto essa idéia da espontaneidade do aluno; porém, essa espontaneidade muitas vezes é distorcida em 
sua interpretação. Se um professor deixar a criança sem planejar sua atividade, achando que essa 
aprenderá sozinha, erroneamente estará aplicando o que Piaget diz.
Ainda a respeito da relação professor-aluno, Piaget coloca que essa relação tem que ser baseada no 
diálogo mais fecundo, onde os “erros” dos estudantes passam a ser vistos como integrantes do processo 
de aprendizagem. Isso se dá porque à medida que o aluno “erra” o professor consegue ver o que já se 
está sabendo e o que ainda deve ser ensinado. Segundo Emilia Ferreiro e Ana Teberosky são esses 
“erros construtivos” que podem diferir das respostas corretas, mas não impedem que as crianças cheguem 
a ela. Piaget ainda reforça que o aprender não se reduz à memorização, mas sim ao raciocínio lógico, 
compreensão e reflexão. Diferentemente de Vygotsky, Piaget coloca que o aprendizado é individual. Será 
construído na cabeça do sujeito a partir das estruturas mentais que ele possui. Voltando a relação 
professor-aluno, Piaget a coloca baseada na cooperação de ambos. Assim, será através do debate e 
discussão entre iguais que o processo do desenvolvimento cognitivo se dará; e o professor assumindo o 
papel apenas de instigador e provocador, mantendo o clima de cooperação. As conseqüências serão à 
descentralização, à socialização, à construção de um conhecimento racional e dinâmico dos alunos. Dessa 
forma, a produção das crianças passa a fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, buscando 
compreender o significado do processo e não só o produto.
EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
2
A política de inclusão, na rede regular de ensino, dos alunos que apresentam necessidades educacionais 
especiais, não consiste somente na permanência física desses alunos na escola; mas no propósito de 
rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim, 
que a escola crie espaços inclusivos. Dessa forma, a inclusão significa que não é o aluno que se molda ou 
se adapta à escola, mas a escola consciente de sua função que se coloca a disposição do aluno. As 
escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas dificuldades de seus alunos, acomodando 
os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade para todos 
mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, recursos e parcerias 
com a comunidade. A inclusão, na perspectiva de um ensino de qualidade para todos, exige da escola 
novos posicionamentos que implicam num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais, 
para que o ensino se modernize e para que os professores se aperfeiçoem, adequando as ações 
pedagógicas à diversidade dos aprendizes. Deste modo, pode-se dizer que a escola inclusiva é aquela que 
acomoda todos os seus alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, 
emocionais ou lingüísticas. Seu principal desafio é desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, e que 
seja capaz de educar e incluir além dos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, 
aqueles que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola, os que estejam repetindo 
anos escolares, os que sejam forçados a trabalhar, os que vivem nas ruas, os que vivem em extrema 
pobreza, os que são vítimas de abusos e até mesmo os que apresentam altas habilidades como a 
superdotação, uma vez que a inclusão não se aplica apenas aos alunos que apresentam alguma 
deficiência.
Para incluir a escola precisa, primeiramente, acreditar no princípio de que todas as crianças podem 
aprender e que todas devem ter acesso igualitário a um currículo básico, diversificado e uma educação de 
qualidade. As adaptações curriculares constituem as possibilidades educacionais de atuar frente às 
dificuldades de aprendizagem dos alunos e têm como objetivo subsidiar a ação dos professores. 
Constituem num conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios, 
procedimentos de avaliações, atividades e metodologias para atender as diferenças individuais dos alunos. 
Assim sendo, é preciso desenvolver uma rede de apoio (constituída por alunos, pais, professores, 
diretores, psicólogos, terapeutas, pedagogos e supervisores) para discutir e resolver problemas, trocar 
idéias, métodos, técnicas e atividades, com a finalidade de ajudar não somente aos alunos, mas aos 
professores para que possam ser bem sucedidos em seus papéis. A realização das ações pedagógicas 
inclusivas requer uma percepção do sistema escolar como um todo unificado, em vez de estruturas 
paralelas, separadas como uma para alunos regulares e outra para alunos com deficiência ou 
necessidades especiais. 
Os educadores devem estar dispostos a romper com paradigmas e manterem-se em constantes 
mudanças educacionais progressivas criando escolas inclusivas e de qualidades. Essas estratégias para a 
ação pedagógica no cotidiano escolar inclusivo são necessárias para que a escola responda não somente 
aos alunos que nela buscam saberes, mas aos desafios que são atribuídos no cumprimento da função 
formativa e de inclusão, num processo democrático, reconhecendo e valorizando a diversidade, como um 
elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem. Portanto, incluir e garantir uma educação 
de qualidade para todos os alunos é uma questão de justiça e equidade social. A inclusão implica na 
reformulação de políticas educacionais e de implementação de projetos educacionais inclusivo, sendo o 
maior desafio estender a inclusão a um maior número de escolas, facilitando incluir todos os indivíduos em 
uma sociedade na qual a diversidade está se tornando mais norma do que exceção. Por isso é preciso 
refletir sobre a formação dos educadores, uma vez que ela não é para preparar alguém para a diversidade, 
mas para a inclusão; porque a inclusão não traz respostas prontas, não é uma “multi” habilitação para 
atender a todas as dificuldades possíveis na sala de aula, mas uma formação na qual o educador olhará 
seu aluno de um outro modo, tendo assim acesso as peculiaridades dele, entendendo e buscando o apoio 
necessário. Por fim, cabe refletirmos sobre que é ser igual ou diferente? Pois, se olharmos em nossa volta, 
perceberemos que não existe ninguém igual, na natureza, no pensamento, nos comportamentos e/ou 
ações; e que as diferenças não são sinônimos de incapacidade ou doença, mas de equidade humana.
EDUCAÇÃO COMO DIREITO
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
3
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanênciana escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas 
de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o 
magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas 
e títulos;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e 
patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a 
ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade 
de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material 
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa 
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e 
zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação 
básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas 
públicas de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades 
indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração 
seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino 
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir 
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência 
técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de 
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo 
previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão considerados os sistemas de 
ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
4
§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do 
ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão 
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do 
salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou 
ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino 
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver 
falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o 
Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder 
Público.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e 
ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que 
conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
O PROFESSOR COMO PROFISSÃO
A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva nela por comodismo, falta de 
opções ou porque é preciso auferir ganhos (extras). Os padres da Companhia de Jesus instalaram a 
primeira escola em 1549. O ensino nesta época era tradicional. A escola tradicional permaneceu por 
aproximadamente trezentos e oitenta e três anos. Com o governo de Getúlio Vargas, deu-se início à escola 
nova, onde o professor não se comportava como o transmissor de conhecimentos e sim um facilitador de 
aprendizagem, onde o aluno era um ser ativo e participante e estava no centro do processo de 
ensino/aprendizagem. Essa escola era uma escola democrática e divulgada para todos (o cidadão 
democrático). O advento da escola nova foi em 1932. Em 1964 tem início a Escola Tecnicista, e o modelo 
americano é instituído em nosso país. Com o tecnicismo empregado em todos os campos, o aluno era 
impedido de criar e pensar. Impediu-se a expressão dialética. Na escola tecnicista o social era ditado pelos 
militares que detinham o poder, e foram anunciados padrões e métodos educacionais com ferramentas 
que impressionavam e davam subsídios diferentes nas formas de ensinar. Nesta época foram instalados 
os recursos audiovisuais como suporte pedagógico, a instrução programada e o ensino individualizado.Em 
1983 deu-se o aparecimento da Escola Crítica, onde o professor era o educador que orientava o contorno 
da aprendizagem com participação real do aluno, aluno enfatizado como cidadão, aluno que construía e 
ressignificava a história. Na Escola Crítica havia articulação e interação entre o educador e o educando, 
sendo empregados todos os contornos que possibilitavam a apreensão crítica e reflexiva dos 
conhecimentos com enfoque na construção e reconstrução do saber. Já no século XXI, observamos que 
na construção do saber a tecnologia passa a dominar os espaços locais e temporais, impedindo a atuação 
dialógica, a interação, e a transmissão de emoções. Com o uso inadequado da tecnologia há a 
individualização do ser humano, tornando-o espectador e talvez um indivíduo sem estímulo para superar 
barreiras, sem explicação dialética do dia-a-dia, sem afinidade com o social e alienado em suas relações 
com o global. Com a escola tecnológica, corre-se o risco de exclusão do indivíduo no social, fechando-o 
em seu mundo, sem articulação com os demais membros da sociedade. Devemos aliar forças para que 
isso não aconteça, buscando todas as oportunidades em busca da criatividade, pois a educação tem por 
intenção a humanização do homem. 
Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação 
social. A formação identitária do professor abrange o profissional, pois a docência vai mais além do que 
somente dar aulas, constituiu fundamentalmente a sua atuação profissional na prática social. A formação 
dos educadores não se baseia apenas na racionalidade técnica e/ou como apenas executores de decisões 
alheias, mas, cidadãos com competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos 
conhecimentos para a teoria e prática de ensinar. O professor do século XXI deve ser um profissional da 
educação que elabora com criatividade conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. Nessa era da 
5
tecnologia, os professores devem ser encarados e considerados como parceiros/autores na transformação 
da qualidade social da escola, compreendendo os contextos históricos, sociais, culturais e organizacionais 
que fazem parte e interferem na sua atividade docente. Cabe então aos professores do século XXI a tarefa 
de apontar caminhos institucionais (coletivamente) para enfrentamento das novas demandas do mundo 
contemporâneo, com competência do conhecimento, com profissionalismo ético e consciência política. Só 
assim, estaremos aptos a oferecer oportunidades educacionais aos nossos alunos para construir e 
reconstruir saberes à luz do pensamento reflexivo e crítico entre as transformações sociais e a formação 
humana, usando para isso a compreensão e a proposição do real, sem deixar se seduzir pelos caminhos 
deslumbrantes dos anúncios publicitários, pelas opiniões tendenciosas da mídia.
DIDÁTICA E DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO 
A democratização do ensino e a importância de oferecer este de qualidade e a toda sociedade é sempre 
uma reflexão importante. A participação ativa na vida social é o objetivo da escola pública, o ensino é sem 
dúvida promotora de ações indispensáveis para ocorrer a instrução. Algumas perguntas envolvendo a 
escolarização, qualidade do ensino do povo, fracasso escolar, Ética como compromisso profissional e 
social devem ser respondidas e solucionadas para a garantia de uma sociedade melhor.
A ESCOLARIZAÇÃO E AS LUTAS DEMOCRÁTICAS 
A escolarização é o processo principal para oferecer a um povo sua real possibilidade de ser livre e buscar 
nesta mesma medida participar das lutas democráticas. Democracia poderia ser entendida como um 
conjunto de conquistas de condições sociais, políticas e culturais, pela maioria da população para 
participar da condução de decisões políticas e sociais. Libâneo (1994) "A escolarização básica constitui 
instrumento indispensável à construção da sociedade democrática", e ressalta também os índices de 
escolarização no Brasil, mostrando a evasão escolar e a repetência como graves problemas advindos da 
falta de uma política pública, de igualdade nas oportunidades em educação, deixando como resultado um 
enorme número de analfabetos na faixa de 5 a 14 anos. A transformação da escola depende da 
transformação da sociedade, afirma Libâneo, e continua dizendo que a escola é o meio insubstituível de 
contribuição para as lutas democráticas.
O FRACASSO ESCOLAR PRECISA SER DERROTADO 
O fracasso escolar é um grave problema do nosso sistema escolar, que aponta para um quadro onde a 
escola não consegue reter o aluno no sistema escolar. Aponta muitos motivos para isto, mas considera, 
como principal, a falta de preparo da organização escolar, metodológica e didática de procedimentos 
adequados ao trabalho com as crianças pobres. Isto acontece devido aos planejamentos serem feitos 
prevendo uma criança imaginada e não a criança concreta, aquela que esta inserida em um contexto 
único. Somente o ingresso na escola pode oferecer um ponto de partida no processo de ensino 
aprendizagem. 
São exemplos de alguns fatores que promovem o fracasso escolar: dificuldades emocionais, falta de 
acompanhamento dos pais, imaturidade, entre outros. O fator isolado mais importante que influencia a 
aprendizagem é aquilo que o aluno já conhece, complementa dizendo que o professor deve descobri-lo e 
basear-se nisto em seus ensinamentos.
AS TAREFAS DA ESCOLA PÚBLICA DEMOCRÁTICA 
Todos sabem da importância do ensino de primeiro grau para formação do indivíduo, da formação de suas 
capacidades, habilidades e atitudes, além do seu preparo para as exigências sociais que este indivíduo 
necessita, dando a ele esta capacidade de poder estudar e aprender o resto da vida. São tarefas principais 
das escolas públicas: 
1. Proporcionar escola gratuita pelos primeiros oito anos de escolarização; 
2. Assegurar a transmissão e assimilação dos conhecimentos e habilidades; 
3. Assegurar o desenvolvimento do pensamento crítico e independente; 
4. Oferecer um processo democrático de gestão escolar com a participação de todos os elementos 
envolvidos com a vida escolar. 
O COMPROMISSO SOCIAL E ÉTICO DOS PROFESSORES 
6
O primeiro compromisso da atividade profissional de ser professor (o trabalho docente) é certamente de 
preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho e na vida 
cultural e política. O trabalho docente visa também à mediação entre a sociedade e os alunos. Libâneo 
afirma que, como toda a profissão, o magistério é um ato político porque se realiza no contexto das 
relações sociais.
DIDÁTICA: TEORIA DA INSTRUÇÃO E DO ENSINO 
É preciso conhecer os vínculos da didática com os fundamentos educacionais, compreender o objetivo de 
estudar e relacionar os principais temas da didática que são indispensáveis para o exercício profissional. 
A DIDÁTICA COMO ATIVIDADE PEDAGÓGICA ESCOLAR 
Sabedores que a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, a 
didática coloca-se para assegurar o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão político, social e técnica, 
afirmando daí o caráter essencialmente pedagógico desta disciplina. Define assim a didática como 
mediação escolar entre objetivos e conteúdos do ensino. É fundamental nesta estruturação escolar, a 
instrução como processo e o resultado da assimilação sólida de conhecimentos; o currículo como 
expressão dos conteúdos de instrução; e a metodologia como conjunto dos procedimentos de investigação 
quanto a fundamentos e validade das diferentes ciências, sendo as técnicas recursos ou meios de ensino 
seus complementos. Sintetizando, os temas fundamentais da didática são: 
1. Os objetivos sócio-pedagógicos;2. Os conteúdos escolares; 3. Os princípios didáticos; 4. Os métodos 
de ensino aprendizagem; 5. As formas organizadas do ensino; 6. Aplicação de técnicas e recursos; 
7. Controle e avaliação da aprendizagem. 
OBJETIVO DE ESTUDO: O PROCESSO DE ENSINO 
Sem dúvida, o objetivo do estudo da didática é o processo de ensino. Podemos definir o processo de 
ensino como uma seqüência de atividades do professor e dos alunos tendo em vista a assimilação de 
conhecimentos e habilidades. Destaca a importância da natureza do trabalho docente como a mediação da 
relação cognoscitiva entre o aluno e as matérias de ensino. Libâneo ainda coloca que ensinar e aprender 
são duas facetas do mesmo processo, que se realiza em torno das matérias de ensino sob a direção do 
professor. 
OS COMPONENTES DO PROCESSO DIDÁTICO 
O ensino, por mais simples que pareça, envolve uma atividade complexa, sendo influenciado por 
condições internas e externas. Conhecer estas condições é fator fundamental para o trabalho docente. A 
situação didática em sala de aula esta sujeita também a determinantes econômico-sociais e sócio-
culturais, afetando assim a ação didática diretamente. Assim sendo, o processo didático está centrado na 
relação entre ensino e aprendizagem. Podemos daí determinar os elementos constitutivos da Didática: 
1. Conteúdos da matérias; 2. Ação de ensinar; 3. Ação de aprender. 
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DIDÁTICA E TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS 
A didática e sua história estão ligadas ao aparecimento do ensino.
Desde a Antigüidade clássica ou no período medieval já temos registro de formas de ação pedagógicas 
em escolas e mosteiros. Entretanto, a didática aparece em obra em meados do século XVII, com João 
Amos Comenio, ao escrever a primeira obra sobre a didática "A didática Magna", estabelecendo na obra 
alguns princípios com: 
1. A finalidade da educação é conduzir a felicidade eterna com Deus. 
2. O homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural, isto é de acordo com suas 
características de idade e capacidade. 
3. A assimilação dos conhecimentos não se da de forma imediata. 
4. O ensino deve seguir o curso da natureza infantil; por isto as coisas devem ser ensinadas uma de cada 
vez. 
7
Já mais adiante, Jean Jacques Rousseau (1712-1778) propôs uma nova concepção de ensino, baseado 
nas necessidades e interesses imediatos da criança. Porém, este autor não colocou suas idéias em 
prática, cabendo mais adiante a outro pesquisador fazê-lo, Henrique Pestalozzi (1746-1827), que 
trabalhava com a educação de crianças pobres. Estes três teóricos influenciaram muito Johann Friedrich 
Herbart (1776-1841), que tornou a verdadeira inspiração para pedagogia conservadora, determinando que 
o fim da educação é a moralidade atingida através da instrução de ensino. Estes autores e outros tantos 
formam as bases para o que chamamos modernamente de Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL E A DIDÁTICA 
Nos últimos anos, no Brasil, vêm sendo realizados muitos estudos sobre a história da didática no nosso 
país e suas lutas, classificando as tendências pedagógicas em duas grandes correntes: as de cunho liberal 
e as de cunho progressivista. Estas duas correntes têm grandes diferenças entre si. A tradicional vê a 
didática como uma disciplina normativa, com regras e procedimentos padrões, centrando a atividade de 
ensinar no professor e usando a palavra (transmissão oral) como principal recurso pedagógico. Já a 
didática de cunho progressivista é entendida como direção da aprendizagem, o aluno é o sujeito deste 
processo e o professor deve oferecer condições propícias para estimular o interesse dos alunos por esta 
razão os adeptos desta tendência dizem que o professor não ensina; antes, ajuda o aluno a aprender. É 
importante lembrar que as tendências progressivas só tomaram força nos anos 80, com as denominadas 
"teorias críticas da educação
A DIDÁTICA E AS TAREFAS DO PROFESSOR 
O modo de fazer docente determina a linha e a qualidade do ensino. Os principais objetivos da atuação 
docente são: 
a. Assegurar ao aluno domínio duradouro e seguro dos conhecimentos. 
b. Criar condições para o desenvolvimento de capacidades e habilidades visando à autonomia na 
 aprendizagem e independência de pensamento dos alunos. 
c. Orientar as tarefas do ensino para a formação da personalidade. 
Estes três itens se integram entre si, pois a aprendizagem é um processo. Depois, o autor levanta os 
principais pontos do planejamento escolar: 
a. Compressão da relação entre educação escolar e objetivo sócio-políticos. 
b. Domínio do conteúdo e sua relação com a vida prática. 
c. Capacidade de dividir a matéria em módulos ou unidades. 
d. Conhecer as características sócio-culturais e individuais dos alunos. 
e. Domínio de métodos de ensino. 
f. Conhecimento dos programas oficias. 
g. Manter-se bem informado sobre livros e artigos ligados a sua disciplina e fatos relevantes. 
Já a direção do ensino e aprendizagem requer outros procedimentos do professor: 
a. Conhecimento das funções didáticas 
b. Compatibilizar princípios gerais com conteúdos e métodos da disciplina 
c. Domínio dos métodos e de recursos auxiliares 
d. Habilidade de expressar idéias com clareza 
e. Tornar os conteúdos reais 
f. Saber formular perguntas e problemas 
g. Conhecimento das habilidades reais dos alunos 
h. Oferecer métodos que valorizem o trabalho intelectual independente 
i. Ter uma linha de conduta de relacionamento com os alunos 
j. Estimular o interesse pelo estudo 
Por parte do professor, para a avaliação, os procedimentos são: 
a. Verificação continua dos objetivos alcançados e do rendimento nas atividades 
b. Dominar os meios de avaliação diagnóstica 
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c. Conhecer os tipos de provas e de avaliação qualitativa 
Estes requisitos são necessários para o professor poder exercer sua função docente frente aos alunos e 
institutos em que trabalha. Por isto, o professor, no ato profissional, deve exercitar o pensamento para 
descobrir constantemente as relações sociais reais que envolvem sua disciplina e a sua inserção nesta 
sociedade globalizada, desconfiando do normal e olhando sempre por traz das aparências, seja do livro 
didático ou mesmo de ações pré-estabelecidas.
AVALIAÇÃO
A avaliação educacional é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho do professor, ela 
deve acompanhar todos os passos do processo de ensino e aprendizagem. É através dela que vão 
sendo comparados os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, 
conforme os objetivos propostos, a fim de verificar progressos, dificuldades e orientar o trabalho para as 
correcções necessárias. A avaliação insere-se não só nas funções didáticas, mas também na própria 
dinâmica e estrutura do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA).
A avaliação é um elemento muito importante no Processo de Ensino e Aprendizagem, porque é através 
dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados nas unidades temáticas. A avaliação 
reflete sobre o nível do trabalho do professor como do aluno, por isso a sua realização não deve apenas 
culminar com atribuição de notas aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento de coleta 
de dados sobre o aproveitamento dos alunos. Esta, porém, determina o grau da assimilação dos conceitos 
e das técnicas/normas; ajudam o professor a melhorar a sua metodologia de trabalho, também ajuda os 
alunos a desenvolverem a auto confiança na aprendizagem do aluno; determina o grau de assimilação dos 
conceitos. A motivação do docente no ensino e a sua adequada formação deve dar o direito de comunicar 
ou se expressar, representando algo que seja para a criança se comunicar a partir do vocabulário formal a 
partir de uma linguagem "normalizada"determinada pela sua evolução mental, com capacidades para 
descobrir, investigar, experimentar, aprender e fazer, aprofundando os seus conhecimentos no domínio da 
natureza e da sociedade.
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi "a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados 
relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu 
trabalho." Para GOLIAS (1995) a avaliação é "entendida como um processo dinâmico, continuo e 
sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo"."Avaliação é um processo contínuo de 
pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista 
mudanças esperadas no comportamento dos alunos, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições 
de decidir sobre alternativas de planificação do trabalho e da escola como um todo" PILETTII (1986). Já 
LIBÂNEO (1991) define "avaliação como uma componente do processo de ensino que visa, através da 
verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência destes com os objetivos 
propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes". NÉRICI 
(1985) "relaciona avaliação com a verificação de aprendizagem pois, para ele, a avaliação é o processo de 
atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na verificação da aprendizagem".
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO
A importância da avaliação reside na sua função social e pedagógica. A avaliação tem a função 
diagnostica psico-pedagógica e didática.
Diagnóstica - identifica as dificuldades do aluno e os conhecimentos prévios. Ajuda ao professor a 
constatar as falhas no seu trabalho e a decidir a passagem ou não para uma nova unidade temática. 
Também ajuda o aluno a realizar um esforço de sinetes das diferentes partes do programa do ensino, criar 
hábitos de trabalho independente e consciencializar o grau consecutivo dos objectivos atingidos após um 
período de trabalho.
Pedagogico-Didáctica – refere-se ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e 
específicos da educação escolar. Permite um reajustamento com vista à processução dos objectivos 
pedagógicos pretendidos, ao mesmo tempo favorece uma atitude mais responsável do aluno em relação 
ao estudo, assumindo-o como um dever social; contribui para a avaliação para correcção de erros de 
conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento de capacidades cognitivas.
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Função de Controle - controla o Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), exigindo mais dos 
professores, pois a observação visa a investigar, identificar os fatores do ensino, fazendo com que o 
professor se adapte aos diferentes comportamentos dos alunos. Permite que haja um controle contínuo e 
sistemático no processo de interacção professor - alunos no decorrer das aulas.
TAREFAS DA AVALIAÇÃO
São tarefas da avaliação as seguintes:
1. Conhecer o aluno: Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o, para melhor 
conhecer a sua personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o sucesso de 
todos.
2. Verificar os ritmos de progresso do aluno: É a colecta de dados sobre o aproveitamento dos alunos 
através de provas, exercícios ou de meios auxiliares, como observação do desempenho e entrevista, para 
verificar se houve um progresso do aluno desde o ponto de partida da aprendizagem até ao momento. O 
professor pode organizar um caderno para anotar a progressão dos alunos em cada período.
3. Detectar as dificuldades de Aprendizagem: Ao avaliar, o professor pode detectar algumas 
dificuldades dos alunos. Também pode apontar as dificuldades no mesmo caderno. Por exemplo, o Carlos 
tem "problemas na representação do afastamento ou cota de um ponto", escreve correctamente e conhece 
bem a Gramática. Este registo deve ser acompanhado de modo a superar as dificuldades.
4. Orientar a aprendizagem: Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir, 
melhorar e completar o trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do possível, adequar o 
ensino de forma que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.
ETAPAS DA AVALIAÇÃO
Durante o PEA podemos encontrar as seguintes etapas:
• Determinar o que vai ser avaliado;
• Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação;
• Seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação;
• Realizar a aferição dos resultados.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Existem várias técnicas e instrumentos de avaliação:
• Para a avaliação diagnostica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de observação ou 
qualquer instrumento elaborado pelo professor para melhor controle.
• Para avaliação Sumativa, encontramos os dois instrumentos mais utilizados que são as provas objetivas 
e subjetivas. Para o caso concreto da disciplina de biologia deve-se utilizar as provas objectivas, que se 
apresentam com maior clareza, objectividade e precisão – são directas.
• Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios práticos, 
provas, etc.
TIPOS DE AVALIAÇÃO
a) Avaliação diagnostica: Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano letivo, do semestre/ 
trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende verificar o seguinte:
• Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;
• Constata deficiências em termos de pré-requisitos;
• Constata particularidades
b) Avaliação formativa: Esta avaliação ocorre ao longo do ano lectivo. É através desta avaliação que se 
faz o acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas, ao 
mesmo tempo fornece informações sobre o seu desempenho.
• Informa sobre os objetivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos;
• Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
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• Localiza deficiência/dificuldades.
c) Avaliação somativa: Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do curso, do 
ano letivo, segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora. È uma classificação final .
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve obedecer os seguintes critérios:
• Tem que ser benéfico;
• Deve ser justo e uniforme;
• Deve ser global;
• Deve ser eficaz na produção e mudanças no comportamento;
• Deve estar ao alcance dos alunos;
• O processo de avaliação deve ser aberto;
• As conclusões finais devem ter certa validade e longo prazo.
• Deve ser praticável e não deve ser incómodo e inútil.
OS CRITÉRIOS DA ESCOLHA DAS TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DEPENDEM:
• Dos objectivos de avaliação;
• Dos meios,
• Dos conteúdos/complexidade da matéria;
• Tempo disponível/duração;
• Número de alunos na turma;
• O tipo do aluno;
• A idade dos alunos;
• As condições da sala de aula.
MODELO TRADICIONAL E ADEQUADO DA AVALIAÇÃO
Gadotti (1990) diz que a avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável enquanto concebida 
como problematização, questionamento, reflexão, sobre a acção. Entende-se que a avaliação não pode 
morrer. Ela se faz necessária para que possamos reflectir, questionar e transformar nossas acções. O mito 
da avaliação é decorrente de sua caminhada histórica, sendo que seus fantasmas ainda se apresentam 
como forma de controle e de autoritarismo por diversas gerações. Acreditar em um processo avaliativo 
mais eficaz é o mesmo que cumprir sua função didático-pedagógica de auxiliar e melhorar o 
ensino/aprendizagem. A forma como se avalia, segundo Luckesi (2002), é crucial para a concretização do 
projecto educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a escola valorizam. 
COMPARAÇÃO DOS DOIS MODELOS DE AVALIAÇÃO
Visão tradicional
• Acção individual e competitiva
• Concepção classificatória
•Apresenta um fim em si mesma
• Postura disciplinadora e directiva do professor
• Privilégio à memorização
• Pressupõe a dependência do aluno
Modelo adequado
• Ação coletiva e consensual
• Concepção investigativa e reflexiva
• Atua como mecanismo de diagnóstico da situação
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• Postura cooperativa entre professor e aluno
• Privilégio à compreensão
• Incentiva a conquista da autonomia do aluno.
AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Novos mecanismos da aplicação do Censo Escolar e do Sistema de avaliação do Ensino Básico no Brasil 
(SAEB) serão implementados no início de 2005. Realizados desde a década de 90 por amostragem de 
alunos das redes estadual, municipal e particular, tanto o Censo como o Saeb passarão a ter o foco no 
aluno, ou seja, cada estudante terá um cadastro pessoal que permitirá o acompanhamento de sua 
trajetória escolar. Dessa forma, o Ministério da Educação pretende aperfeiçoar o objetivo desses 
diagnósticos, que é o de apoiar as Secretarias de educação na melhoria da qualidade do ensino.
O Saeb é o instrumento nacional de avaliação do ensino básico no País e coleta, desde 1990, informações 
sobre alunos da 4ª e 8ª série do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, professores, diretores 
e escolas. Um dos focos mais importantes é o exame de múltipla escolha, em que os estudantes 
respondem a questões de língua portuguesa e matemática. O resultado das provas, organizadas pelo 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educaionais Anísio Teixeira (Inep) a partir de 1997, era 
mostrado sempre por Estado, região e país, mas, segundo Carlos Henrique Araújo, diretor de avaliação da 
educação básica do Inep, em 2005 toda escola e todo aluno da rede pública fará o exame, que deixará de 
ser amostral
Diferente da análise qualitativa do Saeb, o Censo Escolar é o instrumento do governo federal que traz um 
raios-X quantitativo das escolas, com número de alunos, turmas e profissionais, bem como da estrutura 
física (número de laboratórios e bibliotecas, por exemplo). A novidade é que ele passará a incluir os dados 
por aluno, com nome, nome da mãe, data de nascimento, raça e etnia. "Assim eliminaremos duplicidade 
de matrículas e alunos fantasmas", afirma Dirce Gomes, diretora de estatística da educação básica do 
Inep. "Na época do primeiro Censo, realizado em 1931 no governo Getúlio Vargas, o resultado demorou 
sete anos para ser contabilizado. O objetivo é informatizar tudo e disponibilizar as informações na Internet 
em tempo real", garante. Desde 2003, as escolas públicas já têm disponível no site do Inep um resumo de 
dados por escola, obtido através do censo, que permite comparar, por exemplo, a estrutura física de 
escolas na mesma cidade.
SINAES
Criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação 
Superior (Sinaes) é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e 
do desempenho dos estudantes. O Sinaes avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: 
o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da 
instituição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos. Ele possui uma série de instrumentos 
complementares: auto-avaliação, avaliação externa, Enade, Avaliação dos cursos de graduação e 
instrumentos de informação (censo e cadastro). Os resultados das avaliações possibilitam traçar um 
panorama da qualidade dos cursos e instituições de educação superior no País. Os processos avaliativos 
são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior 
(Conaes). A operacionalização é de responsabilidade do Inep. As informações obtidas com o Sinaes são 
utilizadas pelas IES, para orientação da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; pelos 
órgãos governamentais para orientar políticas públicas e pelos estudantes, pais de alunos, instituições 
acadêmicas e público em geral, para orientar suas decisões quanto à realidade dos cursos e das 
instituições.
CURRÍCULO
A escola, não é apenas um espaço social emancipatório ou libertador, mas também é um cenário de 
socialização da mudança. Sendo um ambiente social, tem um duplo currículo, o explicito e o formal, o 
oculto e informal. A prática do currículo é geralmente acentuada na vida dos alunos estando associada às 
mensagens de natureza afetiva e às atitudes e valores. O Currículo educativo representa a composição 
dos conhecimentos e valores que caracterizam um processo social. Ele é proposto pelo trabalho 
pedagógico nas escolas. Atualmente, o currículo é uma construção social, na acepção de estar 
inteiramente vinculado a um momento histórico, à determinada sociedade e às relações com o 
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conhecimento. Nesse sentido, a educação e currículo são vistos intimamente envolvidos com o processo 
cultural, como construção de identidades locais e nacionais. 
Hoje existem várias formas de ensinar e aprender e umas delas é o currículo oculto. Para Silva, o currículo 
oculto é “o conjunto de atitudes, valores e comportamentos que não fazem parte explícita do currículo, mas 
que são implicitamente ensinados através das relações sociais, dos rituais, das práticas e da configuração 
espacial e temporal da escola”. Ao pensarmos no homem como um ser histórico, também refletiremos em 
um currículo que atenderá, em épocas diferentes a interesses, em certo espaço e tempo histórico. Existe 
uma diferença conceitual entre currículo, que é o conjunto de ações pedagógicas e a matriz curricular, que 
é a lista de disciplinas e conteúdos do currículo. O Currículo, não é imparcial, é social e culturalmente 
definido, reflete uma concepção de mundo, de sociedade e de educação, implica relações de poder, sendo 
o centro da ação educativa. A visão do currículo está associada ao conjunto de atividades 
intencionalmente desenvolvidas para o processo formativo. O currículo é um instrumento político que se 
vincula à ideologia, à estrutura social, à cultura e ao poder. A cultura é o conteúdo da educação, sua 
essência e sua defesa, e currículo é a opção realizada dentro dessa cultura. As teorias críticas nos 
informam que a escola tem sido um lugar de subordinação e reprodução da cultura da classe dominante, 
das elites, da burguesia. Porém, com a pluralidade cultural, aparece o movimento de exigência dos grupos 
culturais dominados que lutam para ter suas raízes culturais reconhecidas e representadas na cultura 
nacional, pois por trás das nossas diferenças, há a mesma humanidade. Há várias formas de composição 
curricular, mas os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam que os modelos dominantes na escola 
brasileira, multidisciplinar e pluridisciplinar, marcados por uma forte fragmentação, devem ser substituídos, 
na medida do possível, por uma perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar. 
Para elaboração de um currículo escolar devemos levar em consideração as vertentes caracterizadas pela: 
ontologia (trata da natureza do ser); epistemologia (define a natureza dos conhecimentos e o processo de 
conhecer); axiologia (preocupa-se com a natureza do bom e mau, incluindo o estético). As ciências nos 
mostram que não há desenvolvimento sustentado sem o capital social, gerador de inovação, de 
responsabilidade e de participação cívica. E que a escolarização é a condição fundamental de acesso à 
cultura, ao sentido crítico, à participação cívica, ao reconhecimento do belo, e ao respeito pelo outro.
PLANEJAMENTO É:
1. O processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor 
funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividadeshumanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo 
de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) 
disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos 
resultados das avaliações (PADILHA, 2001). 
2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo 
fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e 
prevendo necessariamente o futuro", mas considerando as condições do presente, as experiências do 
passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem 
planeja e com quem se planeja. Planejar também é uma atividade que está dentro da educação, visto que 
esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que 
possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a 
avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas. 
3. Planejamento Educacional é processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as 
maneiras adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que 
o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo.
Para Vasconcellos (1995), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os 
níveis do planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível 
nacional, estadual e municipal", incorporando as políticas educacionais. 
4. Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É 
previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar 
constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta 
geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos 
componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995).
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5. Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidiano 
de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constantes interações entre professor e 
alunos e entre os próprios alunos (PADILHA, 2001). Na opinião de Sant'Anna et al (1995), esse nível de 
planejamento trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das 
atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem". 
6. Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de 
decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de 
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a 
problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992). 
7. Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental responder as questões "para quê", 
"para quem" e também com "o quê". A preocupação central é definir fins, buscar conceber visões 
globalizantes e de eficácia; serve para situações de crise e em que a proposta é de transformação, em 
médio prazo e/ou longo prazo. "Tem o plano e o programa como expressão maior" (GANDIN, 1994). 
8. No Planejamento Operacional, a preocupação é responder as perguntas "o quê", "como" e "com quê", 
tratando prioritariamente dos meios. Abarca cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica, os 
instrumentos, centralizando-se na eficiência e na busca da manutenção do funcionamento. Tem sua 
expressão nos programas e, mais especificamente, nos projetos, sendo sobretudo tarefa de 
administradores, onde a ênfase é o presente, momento de execução para solucionar problemas.
CURRÍCULO E INTERDISCIPLINARIDADE
A palavra Currículo é de origem latina e significa o caminho da vida, o sentido, a rota de uma pessoa ou 
grupo de pessoas. Currículo indica processo, movimento, percurso, como a etimologia da palavra 
recomenda. Currículo é o ambiente do conhecimento, assim como, o espaço de contestação das relações 
sociais e humanas e também o lugar da gestão, da cooperação e participação. O currículo deve ser 
entendido como componente central do procedimento da educação institucionalizada. 
O que é um currículo interdisciplinar? É o modo de viabilizar as interações e inter-relações entre as 
diferentes disciplinas existentes, consentindo que cada aluno perceba o conhecimento coletivo e construa 
o seu de maneira individual. Como vemos, currículo interdisciplinar não é apenas combinar algumas 
disciplinas em projetos, mas para que a interdisciplinaridade aconteça é necessário a colaboração e a 
parceria entre as disciplinas do currículo para se chegar a um finalidade única, que é a noção da realidade. 
O conceito de interdisciplinaridade foi organizado propondo-se restabelecer um diálogo entre as diversas 
áreas dos conhecimentos científicos. A interdisciplinaridade pode ser compreendida como sendo a troca 
de reciprocidade entre as disciplinas ou ciências, ou melhor, áreas do conhecimento. Nessa expectativa 
compete ao professor, articular teoria e prática, numa forma interdisciplinar sem perder de vista os 
objetivos fundamentais elencados para a sua disciplina. Ao buscarmos um novo olhar interdisciplinar 
chegaremos ao olhar transdisciplinar com mais entrosamento e fortalecimento.
A transdisciplinaridade considera o que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes 
disciplinas e além de toda disciplina e sua finalidade é compreender o mundo atual. A transdisciplinaridade 
é a investigação da acepção da vida através de relações entre os diversos saberes das ciências exatas, 
humanas e artes, estimulando a vinculação e indicando uma visão contextualizada do conhecimento, da 
vida e do mundo. A transdisciplinaridade busca a compreensão do conhecimento, busca a inclusão, 
procura parceria, adiciona, compartilha, coopera, agrega. Citando Paulo Freire, constatamos que a fala 
desse educador nos elucida ao colocar que devemos aproximar a atitude interdisciplinar da atitude 
transdisciplinar: porque encontraremos nas duas o coletivo instituinte, o trabalho em grupo, a 
transversalidade, o diálogo. O papel da educação como elemento de desenvolvimento social é reorientado, 
quando existe correlação entre as capacidades exigidas para o exercício da cidadania e para as ações 
produtivas. Devemos lembrar que a exclusão proveniente da sociedade do consumo e do capitalismo 
poderá sofrer diminuição através da idéia de currículos que privilegiem áreas que estão em crescimento no 
momento atual. Uma sugestão curricular de alcance para a sociedade contemporânea deverá agregar as 
tendências atuais da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e nas interações sociais. Mediante 
as demandas contemporâneas, educadores de todo o país estão reunidos para discutir o entendimento do 
currículo no ensino infantil e fundamental, pois a idéia é modernizar o debate sobre a importância do 
currículo, principalmente após a ampliação do ensino fundamental para nove anos. Os estudos serão 
estruturados em seis eixos temáticos: currículo e desenvolvimento humano; educandos e o currículo; 
organização dos tempos e espaços escolares; currículo, conhecimento e cultura; diversidade e inclusão 
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social; e currículo e avaliação.Diante da constatação de necessidades contemporâneas, os eixos temáticos 
referentes aos estudos em andamento incorporam a preocupação dos educadores com a necessidade de 
um currículo que contemple a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade,porque o ser humano é ser de 
múltiplas dimensões e aprendem em tempos e em ritmos diferentes, o conhecimento deve ser construído e 
reconstruído, processualmente e sucessivamente, e o conhecimento deve ser abordado em uma 
perspectiva de totalidade.
CURRÍCULO E MULTICULTURALIDADE
O currículo "coerente" é aquele que permanece uno, que faz sentido como um todo e cujas peças, 
quaisquer que sejam, estão unidas e ligadas pelo sentido da totalidade. A multiculturalidade é, hoje, uma 
dimensão essencial da coerência do currículo. Enquanto totalidade integrada, o currículo tem, cada vez 
mais, o contributo de peças associadas à multiculturalidade. É condição para uma concepção una, 
inclusiva e pluralista do currículo. As transformações demográficas e culturais ocorridas nas duas últimas 
décadas, reforçaram o peso da diversidade e colocaram-na no centro do debate e das práticas educativas. 
Um currículo, qualquer currículo, é hoje, por inerência, multicultural seja qual for o sentido que queiramos 
atribuir à raiz (cultura) do termo. Contempla os conhecimentos, as atitudes e as competências que, numa 
sociedade e num certo momento, são consideradas relevantes tendo em conta as características da 
população escolar e as finalidades do sistema educativo. Ignorar a diversidade, enquanto variável 
constante na construção e realização do currículo, significa ignorar muitos daqueles saberes e atitudes 
bem como o princípio da igualdade de oportunidades educativas. A razão de ser e grande finalidade da 
teoria e da prática de organização e desenvolvimento curricular, é, e sempre foi, a concepção e realização 
das melhores formas de adequar o currículo à diversidade dos seus destinatários. Não será a crescente 
diversificação cultural da sociedade e das escolas que altera estes princípios. Antes, reforça-os no sentido 
da afirmação de uma concepção coerente, una e pluralista do currículo e tornando mais óbvia a 
necessidade de incluir a vertente multicultural na preparação e no desempenho profissional de 
professores. 
Hoje, qualquer professor é, por inerência, professor de currículos que são multiculturais. No entanto 
prevalecem, nos discursos e nas práticas escolares, de modo mais ou menos implícitos, dicotomias 
curriculares quando entram em jogo variáveis multiculturais. Dicotomias que indiciam, por um lado, a 
existência de um currículo oficial de um certo ciclo, ano ou disciplina e, por outro, a sua versão 
multicultural, mais ou menos lateral ou oculta. Ou, ainda, por um lado, a prevalência de uma concepção de 
currículo dirigido a grupos definidos por uma suposta uniformidade cultural e social para os quais todos os 
professores devem ser formados e, por outro, de um currículo multicultural a que alguns professores 
deverão recorrer, como souberem e puderem, quando a composição das classes for marcadamente 
discrepante daquela uniformidade. As raízes da persistência desta dicotomia encontram-se no peso das 
práticas monoculturais anteriores, nas ideologias pessoais em relação às diferenças humanas, no discurso 
pedagógico e social em relação à multiculturalidade que, freqüentemente, acentua as diferenças e na 
formação de professores que, freqüentemente, as ignora. A formação inicial constitui a etapa estruturante 
de concepções coerentes e pluralistas do currículo. A análise de alguns dados sobre a multiculturalidade 
em alguns cursos de formação inicial de professores, mostra que o tema é, de modos muito diferenciados, 
parte dessa formação mas indicia que a sua abordagem é ainda bastante avulsa, descontínua e pouco 
integrada, e orienta para concepções dicotômicas do currículo. Tem tido um peso significativo nas 
unidades curriculares da área das Ciências Sociais, em particular na Sociologia da Educação, menos em 
Desenvolvimento Curricular e em algumas metodologias de ensino e é frágil na Intervenção/Prática 
Educativa. Embora reconhecendo teoricamente a importância da multiculturalidade na gestão do currículo, 
os novos diplomados colocam a incidência da sua formação no elenco de competências para o trabalho 
com classes situadas num padrão cultural de referência. O trabalho com populações culturalmente 
discrepantes desse padrão, é entendido como uma adaptação das competências exigidas pelo trabalho 
com classes padrão ou por competências adicionais a usar e desenvolver face aos contextos 
multiculturais.
PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS
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Documento elaborado em 1993 pelo Ministério da Educação (MEC) destinado a cumprir, no período de 
uma década (1993 a 2003), as resoluções da Conferência Mundial de Educação Para Todos, realizada em 
Jomtien, na Tailândia, em 1990, pela Unesco, Unicef, PNUD e Banco Mundial. Esse documento é 
considerado "um conjunto de diretrizes políticas voltado para a recuperação da escola fundamental no 
país". 
Em seu conjunto, o Plano Decenal marca a aceitação formal, pelo governo federal brasileiro, das teses e 
estratégias que estavam sendo formuladas nos foros internacionais mais significativos na área da melhoria 
da educação básica. Dessa forma, a Conferência de Jomtien é um marco político e conceitual da 
educação fundamental, constituindo-se em um compromisso da comunidade internacional em reafirmar a 
necessidade de que "todos dominem os conhecimentos indispensáveis à compreensão do mundo em que 
vivem", recomendando o empenho de todos os países participantes em sua melhoria. O Plano Decenal de 
Educação para Todos foi apresentado pelo governo brasileiro em Nova Delhi, num encontro promovido 
pela Unicef e pelo Banco Mundial e que reuniu os nove países mais populosos do Terceiro Mundo - 
Tailândia, Brasil, México, Índia, Paquistão, Bangladesh, Egito, Nigéria e Indonésia - que, juntos, possuem 
mais da metade da população mundial. Lá o documento foi aprovado pelas duas organizações 
internacionais, que também ajudaram a elaborar a Declaração de Nova Delhi, estabelecendo posições 
consensuais entre os nove países participantes, na luta pela satisfação das necessidades básicas de 
aprendizagem para todos. 
As idéias contidas no Plano Decenal, portanto, têm origem na preocupação da comunidade internacional 
com a educação, tendo em vista o novo cenário social advindo da sociedade da informação. Nesse 
sentido, a educação fundamental tem sido considerada um "passaporte para a vida", devendo 
desenvolver, em todas as pessoas, um corpo de conhecimentos essenciais e um conjunto mínimo de 
competências cognitivas, para que possam viver em ambientes saturados de informações e continuar 
aprendendo. Segundo o Plano, "os compromissos que o governo brasileiro assume, de garantir a 
satisfação das necessidades básicas de educação de seu povo, expressam-se no Plano Decenal de 
Educação para Todos, cujo objetivo mais amplo é assegurar, até o ano 2003, a crianças, jovens e adultos, 
conteúdos mínimos de aprendizagem que atendam a necessidades elementares da vida contemporânea". 
O plano expressa sete objetivos gerais de desenvolvimento da educação básica: 
1. Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem das crianças, jovens e adultos, provendo-lhes as 
competências fundamentais requeridas para a participação na vida econômica, social, política e cultural do 
país, especialmente as necessidades do mundo do trabalho; 
2. Universalizar, com eqüidade, as oportunidades de alcançar e manter níveis apropriados de 
aprendizagem e desenvolvimento; 
3. Ampliar os meios e o alcance da educação básica; 
4. Favorecer um ambiente adequado à aprendizagem; 
5. Fortalecer os espaços institucionais de acordos, parcerias e compromisso; 
6. Incrementar os recursosfinanceiros para manutenção e para investimentos na qualidade da educação 
básica, conferindo maior eficiência e eqüidade em sua distribuição e aplicação; 
7. Estabelecer canais mais amplos e qualificados de cooperação e intercâmbio educacional e cultural de 
caráter bilateral, multilateral e internacional. 
Os objetivos do Plano Decenal de Educação para Todos são lembrados na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, aprovada em 1996, ao consolidar e ampliar o dever do poder público com a educação 
em geral e em particular com o ensino fundamental. 
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO — PDE
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O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi aprovado pelo Presidente da República Luiz Inácio 
Lula da Silva e pelo Ministro da Educação Fernando Haddad em 24 de abril de 2007, com o objetivo de 
melhorar a Educação no País, em todas as suas etapas, em um prazo de quinze anos. A prioridade é a 
Educação Básica, que vai do Ensino Infantil ao Médio. 
O prevê várias ações que visam identificar e solucionar os problemas que afetam diretamente a Educação 
brasileira, mas vai além por incluir ações de combate a problemas sociais que inibem o ensino e o 
aprendizado com qualidade, como Luz para todos, Saúde nas escolas e Olhar Brasil, entre outros. As 
ações deverão ser desenvolvidas conjuntamente pela União, estados e municípios. 
Ações do PDE:
- Índice de qualidade: avaliará as condições em que se encontra o ensino com o objetivo de alcançar 
nota seis no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O plano Compromisso Todos Pela 
Educação propõe as diretrizes e estabelece as metas para as escolas das redes municipais e estaduais 
de ensino;
- Provinha Brasil: instrumento de aferição do desempenho escolar dos alunos de seis a oito anos;
- Transporte escolar: Caminho da Escola é o novo programa de transporte para alunos da Educação 
Básica que residem na zona rural;
- Gosto de ler: a Olimpíada Brasileira da Língua Portuguesa será realizada em 2008 e pretende resgatar 
o prazer da leitura e da escrita no Ensino Fundamental;
- Brasil Alfabetizado: terá dois focos: a Região Nordeste, que concentra 90% dos municípios com 
altos índices de analfabetismo; e os jovens de 15 a 29 anos. A alfabetização de jovens e adultos será, 
prioritariamente, feita por professores das redes públicas, no contra turno de sua atividade;
- Luz para todos: programa no qual as escolas terão prioridade;
- Piso do magistério: definição do piso salarial nacional de 850 reais para os professores;
- Formação: o programa Universidade Aberta do Brasil, por meio de um sistema nacional de ensino 
superior à distância, visa capacitar professores da Educação Básica pública que ainda não têm graduação, 
formar novos docentes e propiciar formação continuada;
- Educação Superior: duplicar as vagas nas universidades federais, ampliar e abrir cursos noturnos e 
combater a evasão são algumas das medidas;
- Acesso facilitado: o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) aumentará o prazo para o aluno quitar 
o empréstimo após a conclusão do curso;
- Biblioteca na escola: com a criação desse programa, os alunos do Ensino Médio terão acesso a obras 
literárias no local em que estudam;
- Educação profissional: os Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs) reorganizarão o 
modelo da educação profissional e atenderão as diferentes modalidades de ensino;
- Estágio: alterações nas normas gerais da Lei do Estágio para beneficiar alunos da Educação Superior, 
do ensino profissionalizante e médio;
- Proinfância: construção, melhoria da infra-estrutura física, reestruturação e aquisição de equipamentos 
nas creches e pré-escolas;
- Salas multifuncionais: ampliação de números de salas e equipamentos para a Educação Especial e 
capacitação de professores para o atendimento educacional especializado;
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- Pós-doutorado: jovens doutores terão apoio do governo para continuar no Brasil;
- Censo pela Internet: com o levantamento do Educacenso, os gestores conhecerão detalhes da 
Educação do Brasil;
- Saúde nas escolas: o Programa Saúde da Família atenderá alunos e professores para prevenir 
doenças e tratar outros males comuns à população escolar sem sair da escola;
- Olhar Brasil: o programa identificará os estudantes com problemas de visão, que receberão óculos 
gratuitamente;
- Mais Educação: alunos passarão mais tempo na escola, terão mais atividades no contra turno e 
ampliação do espaço educativo;
- Educação Especial: monitorar a entrada e a permanência na escola de pessoas com deficiência, em 
especial, crianças e jovens de zero a dezoito anos atendidas pelo Benefício de Prestação Continuada da 
Assistência Social (BPC);
- Professor-equivalente: a própria universidade poderá promover concurso público para a contratação 
de professores nas universidades públicas federais;
- Guia de tecnologias: as melhores experiências tecnológicas educacionais serão um referencial de 
qualidade para utilização por escolas e sistemas de ensino;
- Coleção educadores: a coleção Pensadores, que engloba 60 obras de mestres brasileiros e 
estrangeiros, será doada para as escolas e bibliotecas públicas da Educação Básica, com o objetivo de 
incentivar a leitura, a pesquisa e a busca pelo conhecimento;
- Dinheiro na escola: todas as escolas de Ensino Fundamental Pública Rural receberão a parcela extra 
de 50% do Programa Dinheiro Direto na Escola. As escolas urbanas só receberão a verba se cumprirem 
as metas estabelecidas;
- Concurso: prevê a realização de concursos públicos para ampliação do quadro de pessoal do Fundo 
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da expansão da rede profissional;
- Acessibilidade: as universidades terão núcleos para ampliação do acesso das pessoas com deficiência 
a todos os espaços, ambientes, materiais e processos, com o objetivo de efetivar a política de 
acessibilidade universal;
- Cidades-pólo: o Brasil terá 150 novas escolas profissionais. A ação faz parte do plano de expansão da 
Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica;
- Inclusão digital: todas as escolas públicas terão laboratórios de informática.
O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO 
Atualmente o sistema escolar brasileiro é regido pela lei nº 9394/1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional. Esta lei, aprovada após oito anos de discussão comandada pelo Congresso 
Nacional, revogou as leis nº 4 024/61 (que foi nossa primeira lei de diretrizes e bases da educação, nos 
dispositivos que ainda vigoravam); nº 5 692/71 (que estabelecia as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 
2º grau); e nº 7044/82 (que tornou opcional a profissionalização no 2º grau, obrigatória pela lei de 1971). 
Em seu artigo 1º, após declarar que a educação abrange “os processos formativos” que se desenvolvem 
em todas as instâncias da vida social, a lei nº 9 394/96 afirma destinar-se a disciplinar “a educação escolar, 
que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias” (§ 1º) que “a 
educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”. Os estudos que faremos 
sobre o sistema escolar brasileiro devem ser sempre baseados na lei nº 9 394/96. 
NÍVEIS DE ENSINO
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De acordo com a lei (art. 21) a educação escolar compõe-se da educação básica (educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio) e da educação superior:
Educação infantil. Para crianças até seis anos de idade. Será oferecida em creches, ou entidades 
equivalentes (até três PDEanos de idade), e em pré-escolas (de quatro a seis anos), conforme o artigo 30.
Ensino fundamental. Tem a duração de oito anos letivos e é obrigatório, e gratuito na escola pública 
(art.32). deve ter um mínimo

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