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DCV0411 - Direito Família - Prof. Zanetti - Casamento

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Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
Direito de Família 
Prof Cristiano Zanetti 
 
 
23/02/11 
Casamento 
 
Principais mudanças entre o CC 16 e a CF de 88: 
 
1. CC 16: Casamento só se dissolve com a morte de um dos cônjuges 
Art. 226, § 6º, CF: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. 
 
2. CC 16: Os filhos incestuosos e os adulterinos não podem ser reconhecidos 
Art. 227, § 6º, CF: Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, 
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações 
discriminatórias relativas à filiação. 
 
3. CC16: o marido é o chefe da sociedade conjugal 
CF 88: igualdade entre os sexos (por isso, a expressão “pátrio poder” foi alterada para 
“poder familiar”) 
Obs.: em caso de divergência entre os pais, o juiz decide com base no critério melhor 
interesse da criança. 
 
Ângulos de análise da família: 
-eixo horizontal (relação entre os cônjuges): igualdade, admissibilidade do divórcio, 
papel da culpa (importante para poder configurar dano moral) 
-eixo vertical (pais e filhos): igualdade entre os filhos, problemas com fecundação 
assistida (pai morre antes de implantar o embrião, o bebê será herdeiro?), partenidade 
sócio-afetiva (o filho tem direito a herança do pai biológico? pode pedir alimentos?), 
paternidade responsável. 
 
 
25/02/11 
Família 
 
Da caracterização da família, decorrem algumas repercussões: na CF – bem de família, 
salário-família, usucapião especial; assistência social; no CC – poder familiar, bem de 
família; na legislação extravagante – bem de família, bolsa-família 
 
Mas o que é família? Tentaiva de definição: comunidade social básica constituida por 
relações afetivas, caracterizada pela coabitação. 
 
Tipos de família: 
-tradicional (“comercial de margarina”) 
-união estável (convivência permanente, intenção de constituir famíla, inexistência de 
vínculo matrimonial, inexistência de impedimento para casar) 
-concubinato (convivência permanente, intenção de constituir famíla, existência de 
impedimento para casar) 
-união homo-afetiva (convivência permanente, intenção de constituir família) 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
-união livre: (convivência permanente, intenção de constituir famíla, inexistência de 
vínculo matrimonial, inexistência de impedimento para casar – casal assina um contrato 
dizendo que não quer constituir união estável; será que não é fraude a lei?) 
-monoparental (genitor e filhos, avó e netos, madrasta e enteados) 
 
Não há uma definição de família, e o melhor é analisar elementos tipológicos (não 
necessariamente presentes em todos os casos): 
-laços de sangue ou afetivos 
-residência conjunta ou próxima 
-comunidade de serviços ou de consumo 
 
 
04/03/11 
Poder familiar 
 
Poderes que recaem sobre os bens e a pessoa dos filhos; é um poder funcional, pois tem 
o escopo de tutelar a educação dos filhos. 
Há dois aspectos principais: 
 
• Aspectos pessoais 
-criação e educação: a criação implica o dever de sustento (mas se uma pessoa não tem 
condições de sustentar, não perde a guarda dos filhos); a educação inclui a primária, 
cívica, física, profissional, moral, religiosa e sexual – não necessariamente os pais 
precisam dar essa educação, mas permitir que os filhos a recebam. 
Obs.: os pais não podem apenas educar os filhos em casa; isso porque, além da 
educação, aprende-se a convicer com outros pessoas na escola. Porém, não havendo 
escolas nas proximidades (famílias que moram em cidades isoldas no interior) 
-companhia e guarda: para casais divorciados, pode acontecer or guarda compartilhada 
ou guarda para um dos cônjuges (normalmente a mãe, com direito de visita para o pai) 
Obs.: existe uma ação de busca e apreensão de crianças, para os casos em que a criança 
está em lugar não sabido, seja porque foi levada por um terceiro um até mesmo por um 
dos pais. 
-consentimento para casar: é prerrogativa dos pais autorizarem o casamento dos filhos 
maiores de 16 anos (se os pais não autorizam, há possibilidade de intervenção judicial) 
-nomeação de tutor: a nomeação deve ser feita por testamento ou escritura pública, e só 
serve quando os dois pais perdem o poder familiar (ex: com a morte de ambos). 
-representação e assitência: o primeiro para menores de 16, e o segundo para os que tem 
entre 16 e 18 
Obs.: casal A e B com 3 filhos, 2 maiores e um com 11 anos. Uma tia falece, deixando a 
herança para um dos filhos mais velhos. Com o $ recebido, ele irá comprar o apto que 
ele mora hoje, de propriedade dos pais. Mas para isso, é preciso anuência dos outros 
irmãos. Quem representa o filho menor? Nomeia-se um curados especial. 
-obediência e auxílio: os pais podem castigar moderadamente os filhos (há quem 
defenda que castigos físicos são inconstitucionais, mas o prof não concorda com essas 
opiniões); os pais tem direito de exigir colaboração de acordo com as condiões da 
criança (mas isso não significa que devam se transformar em empregados – proibição 
do trabalho infantil) 
 
• Aspectos materiais 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
-administração: ordinária (só podem praticar alguns atos; a adm extraordinária necessita 
de autorização judicial – alienar e gravar bem imóvel e móvel valioso, transações 
extrajudiciais) 
-usufruto: os pais tem o usufruto dos bens dos filhos menores, sem necessidade de 
registro no cartório; os pais estão dispensados da pretação de contas e caução. 
*exceções (pais não exercem os poderes, mas há sempre um administrador especial) 
-bens adquiridos antes do reconhecimento do filho enquanto tal 
-atividade profissional do filho maior de 16 anos (com economia própria) 
-bens deixados ou doados aos filhos – quando o filho herda um bem, é possível que o 
testador determine que os pais não irão administrar os bens 
-genitores excluídos da sucessão 
 
Suspensão do poder familiar 
-abuso de autoridade: inobservância da finalidade, má adm dos bens, condenação 
irrecorrível ao cumprimento de pena superior a 2 ano. A sanção é gradativa, e depende 
da interpretação do magistrado 
 
Extinção do poder familiar 
-ex vi legis (por força da lei): morte, emancipação, maioridade, adoção 
-extinção judicial: castigos imoderados (proibição de maus tratos); abandono (material, 
moral e intelectual); afronta à moral e aos bons costumes (prostituição, alcoolismo, 
mendicância); falta reiterada (abuso iterativo do exercício do poder familiar) 
Obs.: em alguns casos, é possível que os pais retomem o poder familiar, mas isso é 
muito raro (ex: superar alcoolismo) 
 
11/03/11 
Bem de família 
 
Conceito: imóvel onde a família reside; a princípio, é impenhorável 
 
Espécies: 
-legal (lei 8009/90) 
-voluntário (arts. 1711 a 1722, CC – hipótese bem rara): acontece quando há 2 bens de 
família, ou seja, duas residências. O bem de família voluntário não pode vale mais do 
que 1/3 do patrimônio (se valer, o bem de menor valor será o bem de família) 
 
O b. de f. abrange benfeitorias, plantações, construções e os equipamentos móveis que 
guarnecem a casa. 
Obs. 1: se a casa tiver vários utilitários da mesma espécie, só um será protegido. 
Obs. 2: artigos de luxos podem ser penhorados, mesmo sendo únicos 
 
Súmula 364 STJ: “O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também 
o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.” 
Súmula 449 STJ: “A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de 
imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora.” 
 
Exceções a impenhorabilidade: 
-trabalhadores da própria residência 
-financiamento do próprio imóvel 
-pensão alimentícia 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
-impostos, taxas e contribuições que decorram do próprio imóvel 
-condomínio 
-hipoteca 
-crime (ação civil para ressarcimento) 
-fiança (isso foi criticado por ser inconstitucional, violando o art. 6º - d. de moradia; hj, 
essa crítica está superada, e o entendimento é que essa exceção se justifica para 
estimular a locação) 
-fraude 
 
18/03/11 
Casamento 
 
É um negócio jurídico,assim como a união estável. 
 
Relembrando a teoria do negócio jurídico 
Negócio jurídico: declaração de vontade; a característica central é que os efeitos 
protegidos pelo ordenamento são aqueles que as partes querem. 
Elementos da compra e venda: res, pretium e consensus 
Os negócios jurídicos podem ser analisados no plano da existência (plano fático, análise 
objetiva: existe ou não), validade (analise da legislação aplicada ao caso para ser se foi 
seguida ou não – ex: partes capaces, objeto lícito) e eficácia (produção dos efeitos, que 
pode ser imediato ou não – ex: compra de venda a prazo ainda não é eficaz) 
O plano da validade é característico do negócio jurídico, porque quem determina o que 
vai acontecer no negócio são as partes, e o plano da validade controla a declaração de 
vontade. 
 
Terminologia usada: elementos de existência, requisitos de validade e fatores de eficácia 
 
Casamento 
Existência – arts 1514 e 1533 a 1542 
Validade – arts 1517 a 1522 e 1548 a 1564 
Eficácia – arts. 1523, 1524 e 1565 a 1570 
 
 
 
Resposta das questòes: 
1. Homossexuais podem casar de acorda com a nossa legislação? 
Não, pelo art. 514 CC 
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher 
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz 
os declara casados. 
Assim, o casamento entre homossexuais fere o plano da validade. 
Caso dos transexuais: depois da mudança de sexo, pode casar? Poderá se houver 
mudado o registro civil. 
 
2. Se, quando perguntado se de livre e espontânea vontade pretendia se casar, o nubente 
permaneceu em silêncio, houve casamento? A solução seria outro se tivesse ficado 
quieto de brincadeira e depois manifestasse a vontade? 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
A declaração de vontade deve ser formal, e se a pessoa recusa dizer isso, não há 
casamento (plano da existência). No caso da dúvida, o juiz de paz deveria suspender o 
casamento, e a cerimônia só pode ser realizada no dia seguinte. 
 
Pode-se anular um casamento por simulação? O casamento é disciplinado, todo, no 
livro de d. de família, não se aplicando a parte geral; desse modo, o casamento será 
válido, ainda que simulado. 
 
3. Nubente dá procuração ao pai dando poderes para que ele contraia matrmônio em seu 
nome. Pouco antes da solenidade, o nubente falece, mas a notícia não chega a tempo 
para o seu pai, que contrai o matrimônio. Houve casamento? 
O ordenamento brasileiro permite o casamento por procuração. 
 
Art. 689. São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os atos com estes 
ajustados em nome do mandante pelo man datário, enquanto este ignorar a mor te 
daquele ou a extinção do mandato, por qualquer outra causa. 
Esse artigo se aplica no caso? Não; com a morte, o mandato será extinto, não podendo 
haver casamento. 
 
4. Casal comparece perante o delegado querendo casar, e o delegado os casa. Houve 
casamento? A solução seria outra se o delegado se passase publicamente por juiz de 
paz? 
Deve haver autoridade competente para haver casamento. No caso, o casamento será 
inexistente (falta de um dos elementos caracterizadores do casamento). 
 
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
VI – por incompetência da autoridade celebrante. – só no caso de juiz de paz que 
não tivesse competência 
 
Exceção (aplicação da teoria da aparência): 
Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a 
competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos 
e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. 
 
 
Ou seja, para o casamento existir: diversidade de sexos, declaração solene e autoridade 
competente. 
 
Casamento putativo: mesmo havendo vício (nulidade), é contraido de boa-fé, e por isso 
gera efeitos, desde que exista. 
 
Consequências: 
-declaração de inexistência não requer ação própria 
-não tem prazo prescricional e nem dcadencial 
-casamento inxistente não pode ser declarado putativo 
 
25/03/11 
Nulidade e Anulabilidade do casamento 
 
Plano da validade: não é tudo que a pessoa quer que tem regulação no ordenamento 
jurídico. Esse plano serve para controlar a declaração de vontade. 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
 
Nulidade: enfermidade mental, parentesco (obs.: primos podem), bigamia e homicídio 
(doloso ou tentado). 
 
Anulabilidade: 
-defeito de idade: capacidade para casamento: 16 anos – porém, entre 16 e 18 precisa da 
autorização dos pais; com menos, não consegue se habilitar perante o cartório. A 
gravidez superveniente sana esse defeito. Tendo casado com menos de 16 anos, pode 
confirmar depois de atingida essa idade. 
Dispositivos: art 1550, I a 1554. 
 
-falta de autorização: menor entre 16 e 18 anos; a aprovação, ainda que sem declaração 
expressa, o casamento não pode ser questionado. 
Dispositivos: art. 1550, II e 1555. 
 
-discernimento reduzido: relativamente incapazes da parte geral (art. 4º, II e III) 
 
-revogação do mandato: a procuração deve ser feita por escritura pública. Será anulável 
quando o conjuge e o mandatário não forem notificados da revogação antes do 
maatrimônio. A coabitação, contudo, sana o defeito. 
 
-incompetência da autoridade: caso de incompetência territorial da autoridade. 
 
-erro: “falso conhecimento de um fato”- Planiol. O erro relevante para o casamento é 
aquele em relação à pessoa. 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal 
que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge 
enganado; 
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne 
insuportável a vida conjugal; 
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável 
(impotência), ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz 
de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
IV – a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua 
natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado. 
 
Obs.: esterilidade – não pode anular o casamento 
 
-coação: ameaça grave, injusta e atual. A coabitação posterior a coação sana o vício. 
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento 
de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de 
mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus 
familiares. 
 
 
• Nulidade X Anulabilidade 
-Nulidade: vício mais grave, legitimidade ampla, imprescritível (obs.: no casamento, a 
nulidade não pode ser declarada de ofício, apenas através de ação) 
-Anulabilidade: vício menos grave, legitimidade restrita, sujeição a prazo decadencial, 
pode ser ratificado 
 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
08/04/11 
Patrimônio 
 
Regime de bens: 
Obs.: o regime de bens pode ser alterado durante o casamento 
 
1. Comunhão parcial (se as partes não disserem nada, esse será o regime aplicado): 
divide o que foi adquirido depois do casamento, e mantém separado o que os conjuges 
já possuiam. 
Bens comuns: 
A regra fundamental é que os aquestos comunicam-se (aquestos = bens adquiridos a 
título oneroso na constância do casamento); não é necessário que o bem seja adquirido 
no nome de ambos (alias, se assim o for, não haverá problema de se determinar de quem 
é o bem!). 
Os bens adquiridos por fato eventual tbm compõe a comunhão (ex: ganhar na loteria, 
receber indenização) 
Doação, herança ou legado para ambos os conjuges comunica; porém, a doação para um 
deles não comunica, assim como a herança. 
As benfeitorias, ainda que feitas em imóveis particulares, tbm se comunicam. Os frutos 
(coisa acessoria produzida eriodicamente pelo principal) tbm se comunicam, mesmo 
tendo sido produzidos por um imóvel particular. 
 
Bens particulares: 
Anteriores ao casamento; bens recebidos a titulo gratuito por doação ou sucessão, sub-
rogação (problema: sujeito A tem ações e que trocar por um imóvel,mas essas ações só 
cobram 70% do imóvel – nesse caso, 30% será comum); bens de uso pessoal; 
instrumentos de profissão; proventos (ideia estranha, que em principio contraria o 
proprio regime, uma vez que tudo que é comprado depois do casamento com os 
proventos será comunicado!); pensões, meios-soldos (militares) e montepios (pago pelo 
estado) 
 
Obrigações particulares: 
Anteriores ao casamento; provenientes de atos ilícitos (porém, se reverter em favor do 
casal, a mulher tbm responde) 
 
2. Comunhão total 
Entram no patrimonio comum os bens anteriores ao casamento e os adquiridos na 
constancia, tenham eles sido a titulo oneroso ou gratuito. 
 
Bens particulares: doação ou herança com clausula de incomunicabilidade; 
fideicomisso; bens de uso pessoal; instrumentos de profissão; proventos; pensões, 
meios-soldos e montepios 
 
Obrigações particulares: 
Anteriores ao casamento, salvo os aprestos (gastos com o casamento) ou reversão em 
favor do casal 
 
3. Separação total 
Para alienar e gravar os bens, precisa da autorização do outro. 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
Bens comprados com esforço comum, cada um fica com o quanto contribuiu (isso para 
impedir o enriquecimento sem causa) – mas precisa provar esse esforço comum. 
 
Separação obrigatória 
Art. 1.641, CC. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da 
celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de setenta anos; 
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 
Casal vive em união estável há muito tempo, e resolvem se casar depois dos 70 anos: 
NÃO é obrigatório esse regime. 
 
Súmula 377 (1964), STF: “no regime de separação legal de bens comunicam-se os 
adquiridos na constância do casamento” – não pode ter uma interpretação ampla, senão 
iria colidar com a lei! A interpretação deve ser que apenas os adquiridos pelo esforço 
comum se comunicam (opinião do prof, que deve ser adotada na prova) 
 
14/04/11 (anotações da Lu) 
Extinção do casamento 
 
Caso: conjuge ausente é presumido morto? 
 
Pelo CC 16 sim, mas a mulher ainda era considerada como casada!! Pelo CC 02, 
considera-se presumido morto o que foi a guerra ou em situação de grande risco a vida, 
extinguido o casamento. 
 
O casamento é extinto com a declaração de morte pelo juiz. No caso do “morto”voltar e 
a mulher haver casado novamente não haverá bigamia; o casamento será válido pq ela 
considerada viuva quando do casamento. Com a chegada do “morto”ela passa a ser 
divorciada (Gonçalves considera que nesse caso o segundo casamento será nulo, mas o 
prof não concorda) 
 
 
15/04/11 
Divórcio 
 
CC 16: desquite = punha fim a sociedade conjugal, mas não podia casar de novo; o 
vínculo conjugal, porém, se se desfazia com a morte. 
 
Lei do divórcio (1977): sociedade conjugal termina com a separação conjugal (apenas 
uma mudança de nomenclatura); vínculo conjugal termina com a morte e com o 
divórcio, que só poderia acontecer depois de 3 anos da separação judicial (isso demostra 
que era algo excepcional, com alguma dificuldade para ser obtido). 
 
CF 88: sociedade conjugal termina com a separação conjugal; vínculo conjugal termina 
com a morte ou com o divórcio (1 ano de separação judicial ou 2 anos de separação de 
fato). 
 
EC 66/2010: problema – o CC não foi modificado, continuando a regrar o divórcio e a 
separação. O questionamento que se coloca: ainda existe separação? 3 correntes: 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
-acabou a separação, não havendo mais prazo para divórcio; essa corrente está expressa 
na exposição de motivos da emenda em questão. 
-manutenção da separação, mas só se as duas partes assim quiserem. 
-manutenção do prazo; a CF diz apenas que o casamento pode ser dissolvido com o 
divórcio, e como há normas infraconstitucionais estabelecendo prazo, o que não 
confronta a CF, essas normas ainda continuam. 
 
Divórcio por escritura pública: inexistência de filhos menores ou incapazes e acordo 
sobre partilha, pensão e nome. Necessita de advogado. 
 
Proteção dos filhos 
A regra tradicional era a guarda unilateral da mãe (critérios: afeto, daúde, segurança e 
educação); hoje, a regra é a guarda compartilhada (exercício conjunto do poder familiar) 
-conjuge preterido : direito de visita e supervisão – datas e horários determinados por 
acordo ou pelo juiz 
-direito a convivência familiar (art. 227, CF) 
-avós tbm tem direito de visita (art. 1589, parágrafo único, CC – redação dada pela lei 
12.398/11) 
 
Alienação parental (lei 12.318/10) 
Alienação = privação do convívio 
Hipóteses: campanha de desqualificação (falar mal do outro), dificultar exercício da 
autoridade e contato, omitir informações relevantes, apresentar falsa denúncia; esse rol é 
apenas exemplificativo. 
 
Sanções: advertência, ampliação da convivência, multa, acompanhamento 
biopsicosocial, alteração da guarda, fixação do domicílio, suspensão do poder familiar. 
 
29/04/11 
PROVA 
 
06/05/11 
Faltei 
 
20/05/11 
Adoção 
PASSAR A LIMPO 
 
27/05/11 (aula com o monitor) 
Alimentos 
 
Características 
-qto ao devedor: divisivel (havendo mais de um devedor, cada um só responde pela sua 
parte – não há solidariedade), reciproco (��), condicional e mutavel (só ocorre nas 
condições da lei, e sempre será alterado de acorda com a necessidade – a sentença que 
condena em alimentos não faz coisa julgada material), transmissivel 
-qto ao direito: personalíssimo (não pode ceder, nem herdar), impenhoravel, 
incompensavel, imprescritivel (o direito de cobrar alimentos nunca prescreve; os valores 
vencidos e não pagos, podem prescrever em 2 anos – art. 206, paragrafo 2; porém, 
contra menor, não corre prescriçao), irrepetivel (não pode pegar de volta o que pagou 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
indevidamente), irrenunciavel(STJ entende que para conjuge pode renunciar), 
intrasmissivel, irretroativo (os alimentos são devidos a partir da data da citação, antes 
disso, não) 
-qto começa e qdo termina: começa com a necessidade; termina: fim da necessidade 
(presumida após os 18 ou até os 24, caso continue estudando), casamento ou uniao 
estavel (seja alimentos parentais, seja conjugais), indignidade (deserção, ingratidão, etc) 
 
Execução dos alimentos 
-comum 
-desconto no salário automático 
-prisão civil: 3 últimos alimentos 
Sumula STJ: 309. O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que 
compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se 
vencerem no curso do processo 
 
Casos especiais 
Estatuto do idoso: prevê alimentos; aqui a obrigação é solidária, não se aplicando, 
portanto, a divisibilidade 
Alimentos gravidicos: mulher gravida pode pedir alimentos para o pai da criança 
 
03/06/11 
Tutela 
(perdi o começo da aula) 
 
A tutela pode ser testamentária (pais determinam em testamento) ou legítima. Nessa, 
segue a seguinte ordem: avós, colaterais, até 3º grau (tio) 
 
Casos em que a pessoa não pode ser nomeada tutor: problema de legitimidade – 
inimigo, pródigo. 
 
Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam: 
I – aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens; 
II – aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos 
em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e 
aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor; 
III – os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes 
expressamente excluídos da tutela; 
IV – os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a 
família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena; 
V – as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de 
abuso em tutorias anteriores; 
VI – aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração 
da tutela. 
 
Fora as hipóteses de escusa, a noameaçao como tutor é vinculante. 
 
Escusa (art 1.736) 
-mulhercasada: problema – isso se choca com a igualdade de sexos, prevista na CF, 
uma vez que não há a mesma previsão para o homem 
-maiores de 60 anos 
-pessoa que tenha mais de 3 filhos 
Cadernos da Carol® 7º semestre 
 
-enfermos: enfermidades graves 
-domicílio longinquo: o tutor deve zelar pela pessoa e pelos bens do menor, que 
normalmente estao no local onde ele viveu 
-quem já é tutor ou curador 
-militares em serviço 
 
Exercício da tutela 
� Funções do tutor: 
-dever de educaçao, proteçao e alimentos: se os pais tiverem sido destituidos do poder 
familiar, anida serão devedores de alimentos, pois decorre do parentesco; a ordem de 
pagamento é: ascendentes>descendentes>colateraais até o 2º grau (irmaos)>tutor 
-deveres que cabem aos pais 
-oitiva do menos com mais de 12 anos 
 
� Bens do tutelado 
Administraçao ordinária: alienar bens destinados a vendas (bens do comércio), alugar 
imóveis do menor, receber quantias devidas ao menor. 
Art. 1.747. Compete mais ao tutor: 
I – representar o menor, até os de zes seis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, 
após essa idade, nos atos em que for parte; 
II – receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas; 
III – fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de 
administração, conservação e melhoramentos de seus bens; 
IV – alienar os bens do menor destinados a venda; 
V – promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz. 
 
Depende de autorização judicial: alienar imoveis, transigir, aceitar doaçoes (isso pq o 
bem pode gerar débitos, como obrigaçoes propter rem – impostos, condomínio) 
Art. 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz: 
I – pagar as dívidas do menor; 
II – aceitar por ele heranças, legados ou doa ções, ainda que com encargos; 
III – transigir; 
IV – vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos 
casos em que for permitido; 
V – propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as 
diligências a bem deste, assim como de fendê-lo nos pleitos contra ele movidos. 
Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor depende 
da aprovação ulterior do juiz. 
 
Vedados: constituir-se cessionário de credito do menor, dispor de bens do menor a titulo 
gratito, adquirir bens pertencentes ao menor 
Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de 
nulidade: 
I – adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens 
móveis ou imóveis pertencentes ao menor; 
II – dispor dos bens do menor a título gratuito; 
III – constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor. 
 
Garantias 
-termo especificado dos bens e seus valores: no início da tutela, deve apresentar a 
relaçao dos bens 
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-se o patrimonio do menor for consideravel, se exige caução caso haja duvida sobre a 
idoneidade do tutor 
 
Protutor: alguém que fiscaliza o tutor, além da fiscalizaçao ja feita pelo MP; ele não 
exerce funçoes de curados especial (que será nomeado em caso de conflito de interesses 
entre tutor e tutelado, para resolver apenas o caso concreto) 
 
Remuneração 
-ressarcimento de custos 
-remuneração proporcional a importancia dos bens administrados. Problema: 
normalmente as crianças que precisam de tutela são pobres, abandonadas, e nesses casos 
o tutor não será remunerado 
Obs.: o tutor não tem usufruto dos bens do tutelado 
 
Prestaçao de contas 
-balanços anuais 
-pretaçao de contas bienal 
Obs.: há possibilidade de o juiz encurtar esse prazo se houver necessidade 
 
Obs: se o tutelado causa danos a terceiros, o tutor responde (mesma regra de 
responsabilidade que se aplica para os pais) 
 
Extinção da tutela 
-maioridade 
-emancipaçao 
-reconhecimento pelos pais ou adoção 
Obs.: se os pais nao tiverem condiçoes de exercer o poder familiar, se mantem a tutela 
 
Extinção do encargo 
O tutor deixa de ser responsavel, e outro tutor é noemado 
-expiração do termo da tutela (normalmente 2 anos) 
-superveniência de escusa legítima (ex: mulher que já tem dois filhos, e da a luz a 
gêmeos) 
-remoçao do tutor 
Obs.: o tutor pode responser civil e penalmente

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