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Dosimetria da Pena - Direito Penal

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Espécies de Pena: 
• Privativas de liberdade 
• Restritivas de direitos 
• De multa 
Penas Privativas de Liberdade: 
ESPÉCIE REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO 
 
Reclusão Fechado, semiaberto e aberto 
Detenção Semiaberto e aberto 
OBS: fechado, somente em caso de 
regressão 
Prisão simples Semiaberto e aberto 
 
CÁLCULO DA PENA - SISTEMA TRIFÁSICO 
Art. 68 – A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em 
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as 
causas de diminuição e de aumento. 
Isso quer dizer que a fixação da pena terá 3 fases e em cada uma delas, vão ser 
analisados certos pontos que envolveram o crime e serão fixadas as penas de 
cada fase. 
 
1. fixação da pena-base: observando as circunstâncias judiciais 
2. fixação da pena provisória: observando os atenuantes e agravantes 
3. fixação da pena definitiva: aplicando as majorantes e minorantes 
 
SEQUÊNCIA A SER OBSERVADA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA 
• A condenação (constatação de que o sujeito praticou um fato típico e 
ilícito e é culpável). 
• Dosimetria da pena (pena-base pena intermediária - pena definitiva). 
• Fixação do regime inicial (fechado, semiaberto ou aberto). 
• Análise da possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade 
por pena restritiva de direitos e/ou multa. 
• Análise do cabimento da suspensão condicional da pena sursis 
(apenas se não for cabível a substituição). 
• Fixação do valor mínimo para reparação dos danos (tema de processo 
penal). 
• Decisão acerca da manutenção ou imposição de prisão preventiva ou 
medidas cautelares diversas da prisão (tema de processo penal). 
 
1ª FASE – FIXAÇÃO DA PENA BASE 
PONTO DE PARTIDA 
Art. 53. As penas privativas de liberdade têm seus limites estabelecidos na sanção 
correspondente a cada tipo legal de crime. 
O ponto de partida é a pena cominada ao crime, seja em sua modalidade 
simples, qualificada ou privilegiada. Ex.: o legislador cominou ao crime de 
homicídio (art. 121, caput) a pena de reclusão, de 6 a 20 anos. Contudo, se o 
agente foi condenado pela prática de homicídio qualificado por motivo fútil, o 
ponto de partida será a pena de reclusão, de 12 a 30 anos (art. 121, S20, II). Isto 
porque o tipo qualificado e o tipo privilegiado trazem limites máximos e mínimos 
a serem respeitados. 
PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA – CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS 
A primeira fase da dosimetria da pena é realizada com base em uma análise 
subjetiva de alguns fatores previstos no artigo 59 do CP, quais sejam: 
 
• Culpabilidade – Juízo de reprovabilidade da conduta, ou seja, maior ou 
menor censurabilidade do comportamento do réu 
• Antecedentes – Condenações anteriores transitadas em julgado que por 
alguma razão, não podem ser enquadradas no conceito de reincidência 
(agravante genérica) 
• Conduta social – Papel do réu na sociedade 
• Personalidade do agente – Modo de ser e agir, análise do seu perfil 
subjetivo no que se refere a aspectos morais e psicológicos 
• Motivos – Razões que precedem o crime ou metas a perseguir 
• Circunstâncias – Todos os demais fatores residuais do crime não 
constantes expressamente na lei 
• Consequências do crime – Resultado da ação do agente 
• Comportamento da vítima – Maior ou menor contribuição da vítima para 
a ocorrência do delito 
 
Art. 59 – O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, 
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e 
suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
 
I – as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III – o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
IV – a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, 
se cabível. 
Atenção: a pena-base é tão importante que ela vai ser o ponto de partida do 
cálculo para a fixação da pena e será usada nas fases seguintes. 
Por exemplo, a pena base do crime de furto pode aumentar em 1/8 se for 
verificado que o agente possui antecedentes criminais. 
FIXAÇÃO DA PENA-BASE 
Para chegar a uma aplicação justa da lei penal, o juiz sentenciante, dentro da 
discricionariedade juridicamente vinculada, deve atentar para as singularidades 
do caso concreto, guiando-se, na primeira fase da dosimetria, pelos oito fatores 
indicativos relacionados no caput do art. 59 do Código Penal, indicando, 
especificamente, dentro destes parâmetros, os motivos concretos pelos quais as 
considera favoráveis ou desfavoráveis, pois é justamente a motivação da 
decisão que oferece garantia contra os excessos e eventuais erros na aplicação 
da resposta penal. 
2ª FASE – PENA INTERMEDIÁRIA 
 
PONTO DE PARTIDA 
É a PENA-BASE, fixada na primeira fase da dosimetria em obediência aos 
ditamos do art. 59. 
 
SEGUNDA FASE DA DOSIMETRIA – AGRAVANTES E ATENUANTES 
GENÊRICAS 
Na segunda fase, analisa-se a presença de agravantes (arts. 61 e 62) e 
atenuantes (arts 65 e 66) genéricas. São genéricas porque estão na Parte Geral 
do CP. 
 
 Agravantes e atenuantes genéricas são circunstâncias legais. Como o 
próprio nome diz, circunstâncias legais são aquelas previstas na lei e que 
poderão agravar ou atenuar a pena. 
 
CRIMES DOLOSOS E CULPOSOS 
Agravantes – Recaem apenas sobre crimes dolosos, salvo a reincidência. 
Atenuantes – Recaem em crimes dolosos e culposos 
 
AGRAVANTES GENÊRICAS – ART 61 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
II - ter o agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil ou torpe; 
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de 
outro crime; 
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou 
ou tornou impossível a defesa do ofendido; 
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que podia resultar perigo comum; 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei 
específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou 
profissão; 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou 
de desgraça particular do ofendido; 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
 
REINCIDÊNCIA 
Art. 63. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de 
transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por 
crime anterior. 
A reincidência indica que a pena anterior não-cumpriu sua finalidade de 
prevenção positiva (não ressocializou o condenado) e negativa (não impediu a 
prática de novos crimes) 
 O STF decidiu que é constitucional o agravamento da pena pela 
reincidência. 
 
 
 
 
PERÍODO DEPURADOR DE 5 ANOS (TEMPORARIEDADE) 
Art. 64. Para efeito de reincidência: 
I - Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção 
da pena e a infração posterior tiver decorrido período superior a 5 anos, computado o 
período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
(...) 
• O CP adotou o SISTEMA DA TEMPORARIEDADE da reincidência 
EXEMPLO 
Se o agente cometer um crime após o período depurador de 5 anos, será 
primário. 
Ex.: Renato praticou um roubo (art. 157), foi condenado e terminou de cumprir 
pena em 02/02/2010. Em 03/03/2015, Renato pratica um furto (art. 155). No 
julgamento do crime de furto, Renato será considerado primário. Contudo,Renato será portador de maus antecedentes (1ª fase da dosimetria). 
CONDENAÇÃO COM TRÂNSITO EM JULGADO POR UM CRIME art. 
63 é claro: basta uma condenação anterior transitada em julgado. Não 
importa se foi aplicada pena privativa de liberdade, restritiva de direito ou 
até a pena de multa (atenção: condenação anterior a pena de multa gera 
reincidência). 
CRIMES E CONTRAVENÇÕES 
O caput do art. 63 restringe a reincidência à condenação por crime anterior. Já 
o art. 70 da LCP traz regra específica quanto à reincidência. Conjugando-se os 
dois dispositivos, tem-se as seguintes hipóteses geradoras de reincidência: 
Infração 
anterior 
Infração 
posterior 
Resultado 
Crime. Crime. Reincidência. 
Contravenção. Contravenção. Reincidência. 
Crime. Contravenção. Reincidência. 
Contravenção. Crime. Não há reincidência. 
PRESSUPOSTOS DA REINCIDÊNCIA 
Condenação com 
trânsito em julgado 
por um crime. 
Prática de novo crime 
após o trânsito em 
julgado. 
Período depurador 
de 5 anos. 
 
NÃO GERAM A REINCIDÊNCIA 
Nesses casos, falta o pressuposto “sentença condenatória por um crime 
anterior”: 
Absolvição 
(própria ou 
imprópria) 
Transação 
penal 
Suspensão 
condicional do 
processo 
ANPP Atos infracionais 
Perdão 
judicial (art. 
120) 
Além das hipóteses acima (em que não há sentença condenatória por um 
crime anterior), a lei estabelece que os crimes militares próprios e os crimes 
políticos não geram reincidência. 
 
AGRAVANTES EM CONCURSO DE PESSOAS – ART 62 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais 
agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-
punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
 
 
 
 
 
 AGRAVANTES EM CONCURSO DE PESSOAS (ART. 62) 
Inciso I 
A pena do mentor do crime (que é, na realidade, partícipe) deve ser 
agravada. 
Inciso II 
0 coator deve ter a pena agravada, seja na coação física ou moral, 
resistível ou irresistível. Se a coação for irresistível, há autoria mediata, 
e não concurso de pessoas. Se a coação for resistível, há concurso de 
pessoas, mas o coagido tem a pena atenuada (art. 65, 111, c). 
Inciso III Aqui, há outro caso de autoria mediata, e não concurso de pessoas. 
Inciso IV 
A atuação do criminoso mercenário é mais reprovável, o que justifica a 
agravante. 
ATENUANTES GENÊRICAS – ART 65 
Circunstâncias atenuantes são as causas de diminuição de pena por um 
crime. 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 
(setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-
lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de 
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto 
da vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
P 
ATENUANTE INOMINADA – ART 66 
Art. 66. A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior 
ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
 
ATENUANTES GENÊRICAS 
• IDADE: menor de 21 anos na data do fato e maior de 70 anos na data da 
sentença. Além da incidência da atenuante, o prazo prescricional é 
reduzido pela metade (art. 115) Súmula 74 do STJ: Para efeitos penais, 
o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento 
hábil. Quanto à senilidade, o agente deve ser maior de 70 anos até a 
primeira decisão condenatória (sentença ou acórdão), sendo irrelevante 
o acórdão confirmatório 
• DESCONHECIMENTO DA LEI: O conhecimento da lei é obtido com a 
publicação no Diário Oficial e decorre de presunção legal absoluta. 
Evidentemente, trata-se de uma ficção jurídica, pois existe uma 
quantidade infindável de leis, sendo difícil o efetivo conhecimento de 
todas elas. Por isso o legislador, embora estabeleça que ninguém se 
exime de cumprir a lei alegando que não a conhece (art. 21, caput, 1 a 
parte, do CP, e art. 30 da LINDB), permite ao juiz utilizar esse 
desconhecimento em favor do acusado como atenuante de pena 
• RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL: Se o sujeito cometer o crime 
de homicídio impelido por motivo de relevante valor social ou moral, a 
circunstância deve ser utilizada para compor o tipo privilegiado (art. 121, 
51 0), e não como atenuante genérica. 
• REPARAÇÃO DE DANO: Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a 
pena será reduzida de um a dois terços. Se a reparação do dano ocorrer 
após o recebimento da denúncia, o agente faz jus à aplicação da 
atenuante genérica (art. 65, III, b). 
• COAÇÃO RESISTÍVEL: A coação física irresistível exclui a conduta (e, 
portanto, não há fato típico). Já a coação moral irresistível exclui a 
culpabilidade. Se em qualquer um doo casos a coação for resistível, 
haverá concurso de pessoas entre o coator (que terá a pena aumentada 
art. 62, 11) e o coagido (que terá a pena reduzida art. 65, III, c.) 
• ORDEM DE AUTORIDADE SUPERIOR: Se o subordinado estiver 
cumprindo ordem não manifestamente ilegal, não será punido (obediência 
hierárquica - inexigibilidade de conduta diversa) e apenas o superior 
responderá pelo crime. Contudo, se a ordem for manifestamente ilegal, 
haverá concurso de pessoas entre o superior (que terá a pena aumentada 
art. 62, 111) e o subordinado (que terá a pena reduzida art. 65, III.) 
• VIOLENTA EMOÇÃO: Se o sujeito praticar um homicídio "sob o domínio 
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima", a 
circunstância deve ser utilizada para compor o tipo privilegiado (art. 121, 
51 0), e não como atenuante genérica. 
• MULTIDÃO OU TUMULTO: Trata-se do crime multitudinário, quando não 
provocado pelo agente. 
 
EM RESUMO: 
 
EXEMPLO PRATICO: 
 Se houver um caso de reincidência, a pena pode aumentar em 1/6. 
 Já se há confissão, a pena poderá ser reduzida em 1/6. 
Detalhe: a pena provisória vai ser calculada sobre a pena-base. 
 
 
 
3ª FASE – PENA DEFINITIVA 
PONTO DE PARTIDA: O ponto de partida é a pena intermediária, fixada na 
segunda fase da dosimetria. 
CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO 
Na terceira fase, analisa-se a presença de causas de aumento (majorantes) e 
de diminuição (minorantes). O quantum de aumento/redução pode ser fixo ou 
variável. 
• Diferentemente do que ocorre na primeira e na segunda fase, o juiz 
poderá fixar a pena definitiva acima ou abaixo dos limites máximo e 
mínimo cominados pelo legislador. 
• Após a incidência das causas de aumento e diminuição, a pena torna-se 
definitiva. 
LOCALIZAÇÃO: 
PARTE GERAL PARTE ESPECIAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
Ex.: reconhecido o 
arrependimento posterior, 
a pena será reduzida de 1 
a 2/3 (Parte Geral - art. 16). 
 
Nesse caso, o quantum é 
variável (1 a 2/3). 
Ex.: no homicídio doloso, a 
pena é aumentada de 1/3 
se o crime é praticado 
contra pessoa menor de 
14 anos ou maior de 60 
(Parte Especial art. 121, 
540). Nesse caso, o 
quantum é fixo (1/3). 
Ex.: na Lei de Drogas, o 
"tráfico privilegiado" tem a 
pena reduzida de 1/6 a 2/3 
 
(art. 33, SO da Lei 
11.343/06). 
 
Nesse caso, o quantum é 
variável (1/6 a 2/3). 
 
CONCURSO DE CAUSAS NA PARTE GERAL 
Duas causas de aumento 
Ambosos aumentos serão aplicados, observando-se a incidência isolada (o 
segundo aumento incide sobre a pena inicial). 
Ex.: um aumento de 1/3 e um aumento de 1/2 na pena intermediária de 6 anos. 
6 anos + 3 anos (1/2 de 6) + 2 anos (1/3 de 6) anos. 
Duas causas de diminuição 
Ambas as diminuições serão aplicadas, observando-se a incidência cumulativa 
(a segunda diminuição incide sobre a pena já diminuída, e não sobre a pena 
inicial). 
Ex.: uma diminuição de 1/2 e uma diminuição de 1/3 na pena de 12 anos. 
anos - 6 anos (1/2 de 12) = 6 anos. 6 anos - 2 anos (1/3 de 6) = 4 anos. 
 
CONCURSO DE CAUSAS NA PARTE ESPECIAL 
Art. 68, parágrafo único. No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas 
na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, 
prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. 
Caso o juiz escolha aplicar os dois aumentos ou as duas diminuições, deverá 
observar: 
• a incidência isolada (dois aumentos – segundo aumento incide sobre a 
pena inicial) 
• ou a cumulativa (duas diminuições – segunda diminuição incide sobre a 
pena já diminuída, e não sobre a pena inicial). 
Poderá, todavia, optar por um só aumento ou diminuição (o que mais aumente 
ou diminua). 
CONCURSO DE CAUSAS NA PARTE GERAL E ESPECIAL 
Duas causas de aumento 
Se existir uma causa de aumento na Parte Geral e outra na Parte Especial, 
ambas serão aplicadas, observando-se a incidência isolada (o segundo aumento 
incide sobre a pena inicial). 
Duas causas de diminuição 
Se existir uma causa de diminuição na Parte Geral e outra na Parte Especial, 
ambas serão aplicadas, observando a incidência cumulativa (a segunda 
diminuição incide sobre a pena já diminuída, e não sobre a pena inicial). 
IMPORTANTE: 
As majorantes e minorantes têm sua quantidade estabelecida na própria lei e 
podem aumentar a pena acima do limite máximo ou reduzir abaixo do limite 
mínimo. 
Elas podem ter quantidades fixas ou variadas. Por exemplo, o art. 121, §4º 
determina o aumento de 1/3 de forma fixa. 
Já o art. 157, §2º estabelece o aumento de 1/3 até a metade. Neste caso, o 
aumento é variado, conforme a gravidade da situação, o Juiz pode aplicar mais 
de 1/3 de aumento até a metade da pena. 
EM RESUMO SOBRE A DOSIMETRIA DA PENA:

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