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Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 CISTOS DE DESENVOLVIMENTO 
 Cisto : Cavidade patológica (muitas vezes 
 preenchida por líquido) revestida por 
 epitélio . Tendem a aumentar lentamente, 
 possivelmente em resposta ao aumento 
 da pressão hidrostática luminal. 
 Cistos “fissurais” : Originados do epitélio 
 aprisionado ao longo das linhas de fusão 
 dos processos embrionários . 
 CISTOS PALATINOS DO 
 RECÉM-NASCIDO: PÉROLAS DE 
 EPSTEIN E NÓDULOS DE BOHN 
 Origens dos cistos de “inclusão”: 
 ➔ Quando processos palatinos se fusionam 
 na linha média para formar o palato 
 secundário, pequenas ilhas epiteliais 
 podem ficar aprisionadas por baixo da 
 superfície tecidual ao longo da rafe 
 palatina e formar cistos . 
 ➔ A partir de remanescentes epiteliais 
 oriundos do desenvolvimento de glândulas 
 salivares menores do palato . 
 PÉROLAS DE EPSTEIN: Ao longo da rafe 
 palatina mediana . Provavelmente surgem 
 de epitélio aprisionado ao longo da 
 linha de fusão . 
 NÓDULOS DE BOHN : Espalhados pelo 
 palato duro , geralmente próximo à junção 
 dos palatos. Possivelmente derivados de 
 glândulas salivares menores . 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : 
 Pequenos (1-3 mm), pápulas brancas ou 
 branco-amareladas . Preferencialmente 
 ao longo da linha média, na junção do 
 palato duro e mole . Podem ocorrer 
 isoladamente, anteriormente, ao longo da 
 rafe ou posteriormente, lateral à linha 
 média. Grupo de 2-6 cistos. 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS : Cistos 
 preenchidos por ceratina , revestidos por 
 epitélio escamoso estratificado . Podem 
 mostrar uma comunicação com a 
 superfície mucosa. 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Lesões inócuas, nenhum tratamento é 
 necessário. Regressão espontânea. O 
 epitélio degenera, ou o cisto se rompe 
 para a superfície mucosa e elimina a 
 ceratina contida. 
 CISTO NASOLABIAL: CISTO 
 NASOALVEOLAR / CISTO DE 
 KLESTADT 
 CISTO NASOLABIAL : Raro; ocorre no 
 lábio superior, lateral à linha média. 
 Teorias da patogênese : 
 ➔ Cisto “fissural” originado de 
 remanescentes epiteliais aprisionados 
 ao longo da linha de fusão do processo 
 maxilar, processo nasal mediano e 
 processo nasal lateral. 
 ➔ Desenvolvem-se pela deposição 
 ectópica do epitélio do ducto 
 nasolacrimal (localização e aspecto 
 histológico semelhantes). 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: 
 Aumento de volume do lábio superior 
 lateral à linha média . Resulta na 
 elevação da asa do nariz . Pode elevar a 
 mucosa do vestíbulo nasal e causar 
 apagamento do fundo de vestíbulo, 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 obstrução nasal ou interferir na utilização 
 de prótese. Se rompe espontaneamente e 
 drena para a cavidade oral ou nasal. Mais 
 frequentes em adultos (4-5 décadas de 
 vida). Predileção pelo gênero feminino . 
 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS : 
 Origina-se nos tecidos moles , não 
 havendo alterações radiográficas . Pode 
 ocorrer reabsorção do osso subjacente 
 pela pressão exercida pelo cisto . 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS : Revestido por 
 epitélio colunar pseudoestratificado , 
 exibindo muitas vezes células caliciformes 
 e ciliadas . Parede do cisto composta de 
 tecido conjuntivo fibroso com tecido 
 muscular esquelético adjacente . Áreas 
 de epitélio cúbico, metaplasia escamosa e 
 alterações apócrinas não são raras. 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Remoção cirúrgica total por acesso 
 intraoral. Lesão geralmente próxima ao 
 soalho nasal, sendo necessário retirar 
 uma parte da mucosa nasal para garantir 
 sua remoção completa. Recidiva rara. 
 Abordagem via cavidade nasal permite a 
 marsupialização endoscópica da lesão. 
 “CISTO GLOBULOMAXILAR” 
 Lesão radiolúcida de origem 
 odontogênica entre o incisivo lateral e 
 canino superior . 
 Considerado cisto fissural que se originava 
 de epitélio aprisionado durante a fusão da 
 porção globular do processo nasal 
 mediano com o processo maxilar. 
 Conceito questionado: A porção globular 
 do processo nasal mediano está 
 primariamente unida ao processo maxilar, 
 e não ocorre fusão , não havendo 
 aprisionamento epitelial durante o 
 desenvolvimento embrionário. 
 ➔ Muitos são revestidos por epitélio 
 escamoso estratificado com inflamação , 
 considerados cistos periapicais . 
 ➔ Alguns exibem características 
 histopatológicas específicas de um 
 ceratocisto odontogênico ou de cisto 
 periodontal lateral . 
 ➔ Algumas destas lesões podem surgir de 
 uma inflamação do epitélio reduzido do 
 esmalte na erupção dos dentes. 
 ➔ Raramente podem ser revestidos por 
 epitélio colunar pseudoestratificado 
 ciliado - proximidade com o revestimento 
 do seio maxilar. 
 CISTO DO DUCTO NASOPALATINO / 
 CISTO DO CANAL INCISIVO 
 Cisto não odontogênico mais comum da 
 cavidade oral 
 Possível origem: Remanescentes do 
 ducto nasopalatino , estrutura 
 embrionária que liga a cavidade nasal e 
 oral na região do canal incisivo . 
 Processos palatinos crescem 
 horizontalmente (7-8 semana), 
 fusionando-se com o septo nasal na linha 
 média e com o palato primário ao longo da 
 sua superfície anterior. 2 trajetos 
 persistem entre o palato primário e o 
 secundário: Canais incisivos e os ductos 
 nasopalatinos - Estruturas epiteliais 
 dentro dos canais incisivos . 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : Mais 
 comum na 4-6 décadas de vida. Mais 
 presente no sexo masculino . 
 ➔ Tumefação da região anterior do palato, 
 drenagem e dor . Muitas lesões são 
 assintomáticas, sendo identificadas em 
 radiografias de rotina. 
 ➔ Um cisto grande pode produzir uma 
 expansão “completamente” flutuante 
 na região anterior do palato e mucosa 
 alveolar . 
 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS: 
 Lesão radiolúcida bem-circunscrita 
 próxima ou na linha média da região 
 anterior de maxila, entre os ápices dos 
 incisivos centrais . Reabsorção radicular 
 raramente notada. Diâmetro radiográfico 
 pode variar de lesões pequenas (>6 mm), 
 a lesões grandes destrutivas (<6 cm). 
 ➔ Lesão redonda ou oval , com margem 
 esclerótica. 
 ➔ Formato de pêra invertida - resistência 
 das raízes dos dentes adjacentes. 
 ➔ Formato de coração - sobreposição da 
 espinha nasal ou chanframento pelo septo 
 nasal. 
 OBS: CISTOS DA PAPILA INCISIVA 
 Cisto do ducto nasopalatino que se 
 desenvolve nos tecidos moles da papila 
 incisiva sem qualquer envolvimento 
 ósseo . Pode exibir coloração azulada 
 devido ao conteúdo líquido na luz do cisto. 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS : Epitélio de 
 revestimento dos cistos do ducto 
 nasopalatino é variável: 
 ➔ Epitélio escamoso estratificado 
 ➔ Epitélio colunar pseudoestratificado 
 ➔ Epitélio colunar simples 
 ➔ Epitélio cúbico simples 
 Superiormente no canal, próximos à 
 cavidade nasal , podem apresentar 
 epitélio respiratório . Próximos à 
 cavidade oral exibem epitélio escamoso . 
 ➔ Já que se origina do canal incisivo , 
 nervos, artérias musculares pequenas e 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 veias são frequentemente encontrados em 
 sua parede. 
 ➔ Pode haver na parede cística resposta 
 inflamatória de natureza crônica - 
 linfócitos, plasmócitos e histiócitos . Às 
 vezes, células inflamatórias agudas 
 ( neutrófilos ) podem ser observadas. 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : Lesão 
 não diagnosticada por radiografia. 
 Biópsiarecomendada. Enucleação 
 cirúrgica com retalho palatino rebatido 
 após incisão ao longo da margem gengival 
 lingual dos dentes anteriores superiores. 
 Recidiva rara. 
 CISTO PALATINO / PALATAL MEDIANO 
 Cisto fissural raro . 
 ➔ Parecem cistos do ducto nasopalatino de 
 localização posterior. 
 ➔ Área radiolúcida na linha média sem 
 evidência clínica de expansão é 
 provavelmente um cisto do ducto 
 nasopalatino . 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : 
 Tumefação firme ou flutuante na linha 
 média do palato duro, posterior à papila 
 incisiva . Aparece mais em adultos jovens. 
 Lesão assintomática, porém alguns 
 pacientes queixam-se de dor ou 
 expansão. 
 CARACTERÍSTICAS 
 RADIOGRÁFICAS : 
 Radiografias oclusais - Lesão 
 radiolúcida bem circunscrita 
 apicalmente aos incisivos 
 centrais superiores . 
 OBS: Diferenciação do cisto 
 palatal mediano de outras 
 lesões císticas da maxila 
 ➔ Grosseiramente simétrico ao longo da 
 linha média do palato duro . 
 ➔ Posterior à papila palatina. 
 ➔ Formato circular ou ovóide na 
 radiografia . 
 ➔ Sem associação íntima de dente não vital. 
 ➔ Sem comunicação com canal incisivo . 
 ➔ Sem evidências microscópicas de feixes 
 neurovasculares, cartilagem hialina, ou 
 glândulas salivares menores na parede 
 cística. 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS : Revestido por 
 epitélio escamoso estratificado . Em 
 alguns casos, áreas de epitélio colunar 
 pseudoestratificado podem ser 
 observadas. Inflamação crônica pode 
 estar presente na parede do cisto . 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Remoção cirúrgica sem recidiva. 
 “CISTO MANDIBULAR MEDIANO” 
 Lesão controversa de existência 
 questionável . 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 Teoricamente é um cisto fissural na linha 
 média anterior da mandíbula - epitélio 
 aprisionado durante a fusão das metades 
 da mandíbula, na vida intrauterina. Não 
 acontece fusão de processos limitados 
 por epitélio e não é possível ocorrer 
 retenção epitelial - Mandíbula se 
 desenvolve como proliferação 
 mesenquimal bilobulada única com istmo 
 central na linha média, eliminado conforme 
 a mandíbula cresce. 
 Metaplasia pode ocorrer em cistos 
 odontogênicos. A maioria é de origem 
 odontogênica . 
 CISTOS FOLICULARES DA PELE 
 Ceratina no interior . Surgem do folículo 
 piloso após inflamação localizada . 
 Proliferação não neoplásica do epitélio 
 infundibular resultante do processo de 
 cicatrização . 
 CISTOS EPIDERMOIDES 
 (INFUNDIBULARES) : + frequente (80% 
 dos cistos foliculares cutâneos); derivado 
 do infundíbulo folicular . Comum em 
 áreas propensas ao desenvolvimento de 
 acne na cabeça, pescoço e costas . Raros 
 antes da puberdade, exceto quando 
 associados à síndrome de Gardner. 
 ➔ Lesões nodulares subcutâneas 
 flutuantes podem estar ou não 
 associadas à inflamação. Se uma lesão 
 não inflamada se localiza em área de pele 
 delgada, como o lóbulo da orelha, pode 
 ser branca ou amarela. 
 CISTOS EPIDÉRMICOS DE INCLUSÃO 
 (IMPLANTAÇÕES EPIDÉRMICAS) : 
 Preenchidos por ceratina . Surgem após a 
 implantação traumática de epitélio . 
 CISTO PILAR / TRIQUILEMAL / DO 
 ISTMO CATAGÊNICO : 10-15% dos cistos 
 cutâneos. Preferencialmente no couro 
 cabeludo . 2x mais comum em mulheres . 
 Lesão móvel e se destaca facilmente . 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS 
 CISTO EPIDERMÓIDE : Cavidade 
 revestida por epitélio escamoso 
 estratificado lembrando a epiderme. 
 Camada granulosa bem desenvolvida e a 
 luz preenchida por ortoceratina 
 degenerada . 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 CISTO PILAR : Revestido por epitélio 
 escamoso estratificado . Camada 
 granulosa muito diminuída ou ausente . 
 Ceratinócitos grandes nas camadas 
 superiores do epitélio com transição 
 abrupta para a ceratina densa e 
 compacta que preenche a luz do cisto . 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : Cisto 
 epidermóide e pilar - excisão cirúrgica 
 conservadora. Recidiva incomum. 
 Transformação maligna raríssima. 
 CISTO DERMÓIDE 
 Ocorre mais na linha média do soalho 
 bucal . Na cavidade oral, varia de poucos 
 mm até 12 cm de diâmetro. Mais frequente 
 em crianças e adultos jovens . 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : Cresce 
 lentamente sem provocar dor. Massa 
 borrachoide ou pastosa , que 
 frequentemente retém a marca dos dedos 
 sob pressão digital. 
 ➔ Infecção secundária: Lesão drena para o 
 interior da cavidade oral ou para a pele. 
 ➔ Abaixo do gênio-hióideo : Tumefação 
 sublingual pode deslocar a língua 
 superiormente - dificuldades na 
 alimentação, fonação ou até respiração. 
 ➔ Acima do gênio-hióideo : Tumefação 
 submentoniana ; aparência “queixo duplo”. 
 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS : 
 Delinear a extensão da lesão - IRM, TC ou 
 radiografias com utilização de contraste. 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS 
 Revestimento: Epitélio semelhante à 
 epiderme - epitélio escamoso 
 estratificado ortoceratinizado , com 
 camada granulosa proeminente . 
 Ceratina abundante no interior da luz do 
 cisto. 
 Parede cística de tecido conjuntivo 
 fibroso com 1 ou mais anexos 
 cutâneos : Glândulas sebáceas, folículos 
 pilosos, glândulas sudoríparas. Não 
 contém tecido dos 3 folhetos germinativos. 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Remoção cirúrgica. Acima do m. 
 gênio-hióideo (incisão intraoral). Abaixo do 
 m. gênio-hióideo (podem necessitar de 
 acesso extraoral). Recidiva é incomum. 
 Raramente: Transformação maligna em 
 carcinoma de células escamosas. 
 CISTO EPIDERMÓIDE 
 Forma cística benigna do teratoma. 
 Revestimento de epitélio idêntico à 
 epiderme ; sem anexos cutâneos na 
 parede cística . 
 TERATOMA VERDADEIRO : Originado de 
 células germinativas ou blastômeros 
 totipotentes retidos, que podem produzir 
 derivados das 3 camadas germinativas 
 (ecto, meso e endoderma). Produzem 
 vários tipos de tecido dispostos de 
 maneira desorganizada. 
 ➔ Ocasionalmente, teratomas ovarianos 
 ("dermóides") produzem dentes bem 
 formados, ou até, maxilares parcialmente 
 formados. 
 ➔ Teratomas complexos da cavidade oral 
 são raros; natureza congênita. Podem se 
 estender através de uma fenda palatina 
 até a hipófise através da bolsa de Rathke. 
 CISTO TERATÓIDE 
 Forma cística de teratoma que contém 
 uma variedade de derivados dos folhetos 
 germinativos: 
 ➔ Anexos cutâneos (folículos pilosos, 
 glândulas sebáceas e glândulas 
 sudoríparas). 
 ➔ Elementos do tecido conjuntivo (músculo, 
 vasos sanguíneos e osso). 
 ➔ Estruturas endodérmicas (revestimento 
 gastrointestinal). 
 CISTOS GASTROINTESTINAIS ORAIS 
 HETEROTÓPICOS (ENTEROCISTOMAS, 
 CISTOS DE DUPLICAÇÃO ENTÉRICA) 
 Cistos orais raros revestidos 
 completamente por epitélio 
 gastrointestinal . Coristomas ou tecido 
 histologicamente normal encontrado em 
 uma localização ectópica . 
 CISTO DO DUCTO / TRATO 
 TIREOGLOSSO 
 Desenvolvimento da gl. tireóide : 
 Proliferação de células endodérmicas do 
 soalho ventral da faringe. Primórdio da 
 tireoide migra para o pescoço como 
 divertículo bilobulado anterior ao hióide em 
 desenvolvimento, atingindo posição final 
 abaixo da cartilagem tireóide. Ducto 
 tireoglosso : Trato epitelial que mantém 
 união com a base da língua, intimamente 
 associado ao osso hióide. O segmento 
 caudal persiste, formando o lobo piramidal 
 da glândula tireóide. O epitéliodo ducto 
 tireoglosso sofre atrofia e o ducto é 
 obliterado. 
 Cistos do ducto tireoglosso : 
 Remanescentes do epitélio do ducto 
 tireoglosso que persistem originam cistos 
 ao longo deste trato. Causa para 
 degeneração cística incerta (inflamação, 
 principalmente de tecido linfóide adjacente 
 ou retenção de secreções dentro do 
 ducto). 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : 
 Desenvolvem-se na linha média e podem 
 ocorrer desde o forame cego na língua até 
 a chanfradura supra-esternal . Cistos 
 supra-hióideos podem apresentar 
 localização submentoniana . 60%-80% 
 dos casos, o cisto desenvolve-se abaixo 
 do osso hióide. Mais diagnosticados nas 2 
 primeiras décadas de vida. 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 ➔ Tumefação móvel, flutuante e indolor , 
 exceto em caso de infecção secundária. 
 Se desenvolvem na área da cartilagem 
 tireóide , desviados lateralmente da linha 
 média devido à margem anterior 
 pronunciada da cartilagem tireóide . 
 ➔ Na base da língua - obstrução laríngea . 
 Se o cisto mantém união com o osso 
 hióide ou língua, pode se mover 
 verticalmente durante a deglutição ou 
 protrusão da língua . 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS : Revestimento - 
 Epitélio escamoso estratificado ou 
 colunar . Epitélio cúbico ou até epitélio do 
 intestino delgado pode ser às vezes 
 observado. Tecido tireoidiano pode 
 ocorrer na parede do cisto . 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Técnica de Sistrunk - Cisto removido com 
 segmento central do osso hióide e ampla 
 porção do tecido muscular ao longo do 
 trato tireoglosso. Recidiva menor que 
 10%. Complicação rara: carcinoma. 
 CISTO DA FENDA BRANQUIAL 
 (LINFOEPITELIAL CERVICAL) 
 Região lateral do pescoço . 
 Patogênese incerta. Teorias: 
 ➔ Remanescentes das fendas branquiais . 
 Acredita-se que 95% destes cistos 
 originam-se do 2 arco branquial. 5% 
 remanescentes originando-se do 1, 3 e 4 
 arcos branquiais. 
 ➔ Degenerações císticas do epitélio da gl. 
 parótida aprisionado nos linfonodos 
 cervicais superiores . 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : + na 
 região lateral superior do pescoço , + do 
 lado esquerdo, ao longo da margem 
 anterior do m. esternocleidomastoideo. 
 Cistos bilaterais são raros. 
 ➔ Massa mole, flutuante , com 1-10 cm de 
 diâmetro. Dor ou sensibilidade devido à 
 infecção secundária . 
 ➔ A lesão pode se tornar evidente após um 
 trauma ou infecção das vias aéreas 
 superiores. Algumas lesões 
 apresentam-se como canais ou fístulas 
 que podem drenar muco para a pele . 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS : Revestimento - 
 Epitélio escamoso estratificado que 
 pode ou não estar ceratinizado . Alguns 
 cistos exibem epitélio respiratório . Parede 
 cística contém tecido linfóide , 
 demonstrando muitas vezes formação de 
 centros germinativos . 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Remoção cirúrgica. Biópsia por aspiração 
 com agulha fina pode ser útil para 
 exclusão de malignidade. Recidiva rara. 
 CISTO LINFOEPITELIAL ORAL 
 Microscopicamente semelhante ao cisto 
 da fenda branquial (linfoepitelial cervical) , 
 porém de tamanho muito menor. Se 
 desenvolve dentro do tecido linfóide 
 oral . Anel de Waldeyer : Amígdalas 
 linguais, palatinas, adenóides faringianas. 
 Tecido linfóide oral - Relação com 
 epitélio de revestimento da mucosa, que 
 apresenta invaginações para o tecido 
 amigdaliano - Bolsas cegas ou criptas 
 amigdalianas que podem estar 
 preenchidas com restos de ceratina . 
 Origem do clo : 
 ➔ Criptas amigdalianas obstruídas ou 
 estreitadas na superfície - Cisto 
 preenchido por ceratina dentro do tecido 
 linfóide , abaixo da superfície mucosa. 
 ➔ Desenvolvimento a partir do epitélio da 
 mucosa de superfície ou do epitélio de 
 glândula salivar retido no tecido 
 linfóide durante a embriogênese. 
 ➔ Também podem surgir de ductos 
 excretores da glândula sublingual ou 
 glândulas salivares menores - Tecido 
 linfóide associado representa resposta 
 imunológica secundária. 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : Massa 
 submucosa pequena , menor que 1cm de 
 diâmetro; raramente maior que 1,5cm. 
 Cisto pode ser firme ou mole à palpação , 
 e a mucosa de revestimento é macia e 
 não ulcerada . Lesão branca ou amarela . 
 Pode conter em sua luz ceratina com 
 aspecto caseoso ou cremoso . 
 Geralmente assintomático. 
 ➔ Tumefação ou drenagem. Dor rara - 
 secundariamente a um traumatismo. 
 ➔ Tecido linfóide oral normal ou acessório - 
 Comum em soalho bucal, superfície 
 ventral, margem lateral da língua , 
 amígdala palatina ou no palato mole. 
 CARACTERÍSTICAS 
 HISTOPATOLÓGICAS 
 Revestimento da cavidade cística : Epitélio 
 escamoso estratificado 
 paraceratinizado com células epiteliais 
 descamadas preenchendo a luz do cisto. 
 Sem projeções para o conjuntivo. 
 Parede cística com tecido linfóide 
 circundando o cisto ou apenas em 
 parte da parede do cisto . 
 Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE 
 Raramente o revestimento epitelial pode 
 conter também células mucosas. Os cistos 
 podem comunicar-se com a mucosa de 
 revestimento. 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO : 
 Excisão cirúrgica. Recidiva rara. 
 HEMI-HIPERPLASIA 
 (HEMI-HIPERTROFIA) 
 Rara. Crescimento acentuado e 
 assimétrico de uma ou mais partes do 
 corpo . Pode ocorrer de forma isolada 
 (esporadicamente) ou estar associada a 
 síndromes de malformação . 
 ➔ Fatores etiológicos - teorias : 
 Anormalidades linfáticas ou sanguíneas, 
 distúrbios no SNC, disfunções endócrinas, 
 mecanismos aberrantes de divisão e 
 anomalias cromossômicas. 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS : 
 Predileção por mulheres . Ocorre 
 majoritariamente no lado direito . 
 Aumento mais acentuado com a idade . 
 ➔ Hemi-hiperplasia complexa : 1 lado 
 inteiro do corpo. 
 ➔ Hemi-hiperplasia simples : Aumento 
 limitado a um único membro. 
 ➔ Hiperplasia- hemifacial (hipertrofia 
 hemifacial) : Aumento confinado a um lado 
 da face. 
 ➔ Alterações podem envolver todos os 
 tecidos no lado afetado, incluindo osso 
 subjacente. 
 ➔ Pele espessada e pode apresentar 
 aumento da pigmentação, hipertricose, 
 telangiectasias ou nevo vascular. 
 ➔ Macroglossia unilateral comum, exibindo 
 papilas linguais proeminentes. 
 ➔ Pode haver aumento de outros tecidos 
 moles da boca e do osso . 
 ➔ Má oclusão com mordida aberta . 
 Bibliografia : NEVILLE, B.W. et al 
 Patologia Oral e Maxilofacial tradução de 
 Luiz Carlos Moreira, 3a ed. Elsevier, Rio 
 de janeiro 2009, 972 p.

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