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Aula 1: Defeitos de Desenvolvimento da Região 
Oral e Maxilofacial I
Área do Conhecimento de Ciências da Vida
ODO0210 - Unidade de Diagnóstico Odontológico
Prof. Dra. Mariana Roesch Ely
Prof. Dra. Marina Curra
1
Bibliografia Básica 
4ª Edição - 2016 4ª Edição - 2014 6ª Edição - 2013
2
PLANO DE ENSINO: avaliação
média harmônica = 6,0
prova de recuperação
2ª avaliação peso 10 (prática)
4ª avaliação peso 10 (prática)
Horários = 20 = Bl. 57 – sala 202
21 = Bl. 57 – sala 310 
1ª avaliação peso 9,5 (teórica)
3ª avaliação peso 9,5 (teórica) 
2 TDEs – peso 0,5
3
ü Fendas Orofaciais
ü Fossetas da Comissura Labial e Paramediais, Lábio duplo
ü Fístulas Laterais do Palato Mole
ü Grânulos de Fordyce
ü Leucoedema
ü Cistos de desenvolvimento (Palatino, Nasolabial, Nasoplatino, Papila 
Incisiva, Stafne, Folicular Pele, Dermoide, Tireoglosso, Fenda 
Braquial, Linfoepitelial Oral)
ü Pseudocisto Antral e Cisto Verdadeiro do Seio Maxilar
4
Ilustração do aparelho faringeo humano - embrião
FORMAM-SE 
4 ARCOS FARÍNGEOS
→ os arcos faríngeos começam 
a se desenvolver na 4ª semana
com a migração das células da 
crista neural
1º par de arcos
Estomodeu -boca 
primitiva: leve 
depressão do 
ectoderma com 
membrana orofaríngea, 
a qual se rompe e 
comunica a faringe e 
intestino anterior com 
cavidade amniótica
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Embrião Humano Estágio Carnegie 13 (cerca 4ª semana)
1º par de arcos
1º
1º2º
3º
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MEV de Embrião Humano de 33 dias (visão ventral)
Proeminência frontonasal
Proeminência maxilar
Proeminência mandibular
Fossetas nasais
Arcos faciais
7 8
saliência nasal medial 
saliência nasal lateral
processo maxilar
processo mandibular
9
Palato primário
Palato Primário
Palato Secundário
fusão das saliências nasais mediais
fusão das cristas palatinas da maxila
10
Fendas Orofaciais
ü FENDA LABIAL (FL) = fusão defeituosa do processo nasal mediano com o 
processo maxilar
ü FENDA PALATINA (FP) = falha na fusão dos processos palatinos da maxila 
Associações de FL e FP ocorrem em 45% dos casos
Casos isolados de FP = 30%
Casos isolados de FL = 25%
è fatores etiológicos não estão bem estabelecidos
è FENDAS ISOLADAS de SÍNDROMES
(mais de 400 síndromes já foram identificadas associadas a FL e FP)
11
Fendas 
Fenda Anterior Fenda Posterior
- a fenda nasolabial é a mais 
conhecida, uni ou bilateral, 
com ou sem fenda da 
porção maxilar (1:1000)
- fenda nasolabial completa: 
se estende do lábio até a 
porção alveolar da pré-maxila 
(fossa incisiva)
- fendas do palato 
secundário ou posterior, 
desde a fossa incisiva até 
o palato mole
(1:2500)
- não ocorre a fusão dos 
processos palatinos da 
maxila
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Fenda Labial Unilateral Completa
5 semanas
6 semanas
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Fenda Labial Unilateral Completa
7 semanas
10 semanas
14
Diferentes Tipos de Fenda Labial e Fenda Palatina
Fenda Labial e Fenda do Palato Anterior (pré-maxila)
Fenda Labial e Fenda do Palato Anterior e Posterior
15
Fendas Orofaciais
Fendas menos frequentes
§ Fenda Facial Lateral = falha de fusão de processos maxilar e 
mandibular (0,3% das fendas), vai da comissura labial até o 
lóbulo da orelha
§ Fenda Facial oblíqua = falha de fusão dos processos nasal 
lateral e processo maxilar - lábio superior a região do olho
§ Fenda mediana do lábio superior = falha na fusão dos 
processos nasais medianos
Fatores de risco (não sindrômicos) = exemplos: consumo de 
álcool, tabaco, fármacos (anticonvulsivantes) por gestantes
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Fendas Labial Bilateral
80% das FL são 
unilaterais e a 
maioria está 
associado a FP
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Fenda Palatina
CC: FP pode se estender do palato duro ao palato mole
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Úvula bífida
A úvula bífida (ou fendida) é a menor expressão de fenda do palato mole (1:80)
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Fosseta da Comissura 
Labial
Fosseta Labial
Paramediana
CC: pequenas invaginações da mucosa, 
possivelmente por falha na fusão dos 
processos maxilar e mandibular 
CC: pequenas invaginações da mucosa, 
possivelmente por persistência de sulcos 
laterais do arco mandibular 
Etiologia: congênito ou manifestação 
tardia no adulto, assintomático
Etiologia: congênito,
pode estar associado a síndromes 
20
Fístulas Laterais do Palato Mole
Etiologia: congênita, defeitos de desenvolvimento da segunda bolsa faríngea
geralmente bilateral, assintomático
Tratamento: lesões inócuas
21
Lábio Duplo
CC: crescimento 
exuberante da 
mucosa labial
Etiologia: congênito
(persistência de sulco 
labial), adquirido
(hábitos) ou parte de 
síndromes
22
Grânulos de Fordyce
CC: glândulas sebáceas na mucosa oral
CC: pápulas amareladas ou branco 
amareladas na mucosa jugal e lábio 
superior
ü ectópicas (normal na pele)
ü são consideradas variação 
anatômica normal
ü TT: Laser CO2, curetagem eletro
ducto
glândulas sebáceas
abaixo do TE
23
Leucoedema
CC: aspecto esbranquiçado, 
leitoso, difuso, pregueado,
na mucosa jugal (bilateral)
Etiologia: desconhecida,
comum na raça negra
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Leucoedema
CHP: cristas epiteliais 
longas, edema na camada 
espinhosa + 
paraqueratinização
DD: leucoplasia, 
candidíase, líquen plano
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Cistos de 
desenvolvimento
CC: cavidades patológicas 
preenchidas por líquidos ou 
materiais semissólidos, 
revestido por epitélio
tendem a 
aumentar 
de tamanho 
lentamente
patogênese: 
retenção de 
tecido 
epitelial, 
muitas vezes 
incerta
tratamento: remoção 
cirúrgica
DD: cistos de origem 
odontogênica
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Cistos Palatino do Recém Nascido 
(Pérolas de Epstein, Nódulos de Bohn) 
CC: cistos pequenos 
preenchidos por queratina 
entre palato duro e mole e 
rafe palatina
TT: regridem 
espontaneamente
ü 55% a 85% dos neonatos (inócuos)
ü patogênese: pequenas ilhas epiteliais aprisionadas na rafe palatina
a partir de remanescentes epiteliais de glândulas salivares do palato
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Cistos Nasolabial
(Cisto Nasoalveolar, Cisto de Klestadt)
ü CC: lesão no tecido mole do lábio superior (lateral a linha média) - raro
ü Etiologia: remanescentes epiteliais na linha de fusão dos processos 
maxilar, nasal mediano, nasal lateral ou a partir da deposição ectópica do 
ducto nasolacrimal
CC: tumefação intraoral no
fundo do vestíbulo
CC: asa do nariz elevada
aumento de volume no lábio 
superior, lateral a linha média
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Cistos Nasolabial
CHP: revestimento epitelial pseudoestratificado colunar
- parede do cisto: TC fibroso e tecido muscular esquelético
29
Cistos Nasopalatino
(cisto do canal incisivo)
ü CC: tumefação flutuante na região anterior do palato
ü Etiologia: remanescentes epiteliais dos ductos nasopalatinos (papila incisiva)
ü Tratamento: enucleação cirúrgica
ü cistos não odontogênico 
mais comum da cavidade oral
(1% da população)
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Cistos Nasopalatino
(cisto do canal incisivo)
- lesão radiolúcida na região maxilar, raramente causa reabsorção radicular
- apesar de ser classificado como cisto de desenvolvimento, aparece entre a 4ª e 6ª década
31
Cistos da Papila Incisiva
- CC: tumefação da papila incisiva sem envolvimento ósseo
- quando o cisto do ducto nasopalatino se desenvolve na papila incisiva 
32
Cistos Palatino Mediano
- CC: tumefação firme ou flutuante na linha média do palato duro
- Etiologia: epitélio retido ao longo da linha de fusão dos processos palatinos da maxila
- normalmente muito simétrico na linha média do palato, 
posterior a papila incisiva, não associado a dente 
- DD: cisto nasopalatino quando localizado em posição anterior
33
Cistos ou defeito de Stafne
- CC: uma série de lesões radiolúcidas assintomáticas próximo ao ângulo da mandíbula
(associada a glândulas maiores)
- lesão radiolúcida assintomática abaixo do canal 
mandibular, próximo ao ângulo mandibular
- maioria unilateral 
- mais raro: casos localizados na região anterior 
associados a gl. sublingual
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Cistos Foliculares da Pele
- CC: lesão nodular subcutânea flutuante
- lesões comuns com queratina no interior que surgem do folículo piloso
- o epitélio do folículo se prolifera após inflamaçãoCC: nódulo amarelo na pálpebra Milos: cistos pequenos preenchidos por 
queratina na região frontal
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Cistos Foliculares da Pele
CHP: cavidade cística preenchida por 
queratina
CHP: epitélio estratificado pavimentoso 
com produção de ortoqueratina
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Cistos Dermoide
- CC: cavidade oral: massa densa ou pastosa, acomete crianças e jovens (congênito)
- CC: ocorrem com maior frequência na linha média do assoalho bucal, muitas vezes 
deslocando a língua e causando dificuldade de deglutição, fonação e respiração 
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Cistos Dermoide
• CHP: revestidos por epitélio 
pavimentoso estratificado 
ortoqueratinizado com camada 
granulosa proeminente
F – folículo piloso
S – glândula sebácea
• presença abundante de queratina 
no interior do cisto
• PAREDE revestida por TC fibroso 
com 1 ou mais anexos cutâneos 
(glândula sebáceas, folículo 
piloso, gl. sudorípara)
38
Cistos do ducto Tireoglosso
- CC: normalmente na linha média, abaixo do hioide, 
em adultos jovens, pode ter presença de fístula
- Etiologia: normalmente o TE do ducto tireoglosso 
sofre atrofia, mas remanescentes de TE podem 
persistir e dar origem a cistos CHP: cisto revestido por epitélio 
pavimentoso estratificado
(tecido da tireoide pode estar 
presente na parede cística)
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Cistos Linfoepitelial Oral
- lesão rara dentro do tecido linfoide oral
- tecido linfoide = anel de Waldeyer (tonsilas linguais e palatinas & adenoides faringianas)
- CC: massa submucosa pequena, firme ou mole
- localização: assoalho, borda posterior e ventre lingual, palato mole e tonsila palatina
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Cistos Linfoepitelial Oral
CHP:
cisto preenchido por queratina abaixo 
da mucosa com tecido linfoide na 
parede do cisto
CHP:
tecido epitelial pavimentoso estratificado 
com tecido linfoide circundando a parede 
do cisto
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Cistos da Fenda Braquial
(cisto linfoepitelial cervical)
- CC: tumefação na região lateral superior 
do pescoço em crianças e adultos jovens
- massa mole, flutuante, fístula 
- Etiologia: fechamento incompleto de 
fenda e bolsa faríngea, anomalia de 
fenda braquial 
- normalmente (95% casos) se originam do 
2º arco braquial
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Cistos da Fenda Braquial
(cisto linfoepitelial cervical)
- CHP: cisto revestido por epitélio pavimentoso estratificado
- pode ocorrer a presença de tecido linfoide na parede do cisto 
- pode ocorrer queratinização
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DD: cistos que não tem origem no desenvolvimento embrionário
Tratamento: remoção cirúrgica
CC: acúmulo de exsudato inflamatório abaixo 
da mucosa, com aumento de volume
lesão levemente radiopaca no assoalho do 
seio maxilar
CC: cisto separado do seio maxilar, revestido 
por epitélio
lesão levemente radiopaca que se origina 
em mucosa e em glândulas 
Pseudocisto Antral 
Cisto Verdadeiro do 
Seio Maxilar 
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Pseudocisto Antral
- Etiologia: devido a possíveis alergias e infecções 
- SS: assintomático, dor de cabeça, gotejamento e corrimento nasal
- CC: lesão radiopaca esférica ou em forma de cúpula no assoalho do seio
- Tratamento: paliativo na maior parte dos casos
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Cisto Verdadeiro do Seio Maxilar
Etiologia: 3 possibilidades: 
1) pós trauma ou cirurgia local
2) obstrução no seio
3) bloqueio parcial de ducto de glândula na parede do seio
- CC: são cistos separados dos seios 
maxilares, podem se localizar perto de 
dentes
- CHP: epitélio pseudoestratificado
cilíndrico ciliado revestindo o cisto com 
células inflamatórias no interior
46
obrigada
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