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Centro de ciências biológicas e de saúde - CCBS Departamento de Enfermagem Docente: Alex do Nascimento Alves Discentes: Ana Júlia, Natália Agostinho, Marya Karolinny, Tâmara Larryane MENINGINTESMENINGINTES 1- Introdução 2- Aspectos gerais 3- Fisiopatologia geral 4- Meningite bacteriana 5- Meningite meningocócica 6- Meningite por Haemophilus Influenzae 7- Meningite pneumocócica 8- Meningite estafilococica 9- Meningite estreptococica 10- Meningite tuberculosa 11- Meningite viral 12- Meningite fúngica 13- Manifestação clínicas 14- Avaliação e achados diagnóstico 15- Prevenção 16- Manejo de enfermagem Tópicos abordados:Tópicos abordados: A meningite é uma inflamação das meninges, que recobrem e protegem o encéfalo e a medula espinhal É uma doença grave, de evolução rápida, cujo prognóstico depende fundamentalmente do diagnóstico precoce e da instituição imediata de tratamento adequado; Introdução:Introdução: 11 Causas: - infecções bacterianas - infecções virais - infecções fúngicas As membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal são denominadas meninges e são formadas por três camadas: · Dura-máter · Aracnóide · Pia-máter Aspectos gerais:Aspectos gerais: 22 O líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor circula no espaço entre: · Aracnóide · Pia-máter As infecções meníngeas originam-se de duas maneiras: - Na corrente sanguínea; - Disseminação direta; Fisopatologia geral:Fisopatologia geral: 33 Tem distribuição mundial e acomete indivíduos de todas as faixas etárias; Maior incidência em crianças menores de 5 anos; No Brasil, entre os anos de 2007 e 2020, foram notificados 393.941 casos suspeitos de meningite. Destes, foram confirmados 265.644 casos de várias etiologias, sendo a meningite viral mais frequente (121.955 casos), seguida pela etiologia bacteriana (87.993 casos). Aspectos epidemiológicos:Aspectos epidemiológicos: Grave problema de saúde pública; Maiores responsáveis pelas meningites bacterianas são Haemophilus influenzae, Streptococus pneumoniae e Neisseria meningitidis; Sinais e sintomas: cefaléia, febre, letargia, vômitos frequentemente com sinais neurológicos focais, rigidez da nuca e convulsões; Meningite bacteriana:Meningite bacteriana: 44 As complicações e sequelas são devido a inflamação das meninges e seus vasos sanguíneos, que podem danificar o cérebro ou nervos cranianos; O manejo clínico resulta na administração precoce de um antibiótico capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e alcançar o espaço subaracnóideo em concentração suficiente para interromper a multiplicação das bactérias; A penicilina G, em combinação com uma das cefalosporinas (p.ex., ceftriaxona sódica, cefotaxima sódica), é administrada via intravenosa; Meningite bacteriana:Meningite bacteriana: 44 Neisseria meningitidis Entre 10% e 20% dos que resistem à doença ficam com alguma sequela Habita a superfície mucosa da nasofaringe em aproximadamente É transmitida através de gotículas do trato respiratório superior de indivíduos colonizados Ocorre entre as meninges no espaço subaracnóideo e as membranas leptomeníngeas (pia-máter e aracnóide) Diferentes sorotipos da bactéria Meningite meningocócica:Meningite meningocócica: 55 A, B, C, W e Y B e C Inicia-se na orofaringe, passando para a circulação sistêmica; Meningococos acessam as meninges a partir da nasofaringe; Disseminação é por via hematogênica Colonização da mucosa, é transportada pelas células especializadas Atravessam o espaço sub-aracnóide, atingindo o LCR Qual o processo??Qual o processo?? 55 No tratamento usa-se penicilina G, ampicilina e cloranfenicol; A resistência do meningococo às penicilinas é rara, e o tempo recomendado de antibioticoterapia é de sete dias; As complicações são associadas ao envolvimento de outras partes do corpo pelo meningococo; Podem ser causadas: hemorragias suprarrenais, surdez, paralisia ocular, cegueira, alterações mentais, convulsões, hidrocefalia etc; 55 Bactéria que se apresenta como bastonete classificados em seis sorotipos (A, B, C, D, E, F); Linhagens não encapsuladas: comuns e presentes na orofaringe da maioria das pessoas saudáveis. Pode causar: infecções assintomáticas; bronquite, sinusites, otites. Meningite por Haemophilus Influenzae:Meningite por Haemophilus Influenzae: 66 SINTOMAS - Início geralmente súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas e rigidez de nuca, associados aos sinais de irritação meníngea. Meningite por Haemophilus Influenzae:Meningite por Haemophilus Influenzae: 66 Cérebro com meningite purulenta por Haemophilus influenzae TRATAMENTO - Incidência diminuída com a vacina Hib: eficiente contra difteria, tétano, coqueluche e infecções graves É uma bactéria esférica gram-positiva que se dispõe dois a dois (diplococos) ou em pequenas cadeias, alfa-hemolítica. Presente na microflora normal e presente no trato respiratório superior. Possui alta morbi-mortalidade Sinais e sintomas também se assemelham às demais meningites purulentas agudas. Cefalosporinas Vancomicina Cloranfenicol O tratamento deve ser iniciado com: A imunização com vacina heptavalente pode prevenir cerca de 70% de invasões pneumocócicas. Meningite pneumocócica:Meningite pneumocócica: 77 Raramente causa meningite; Pode ocorrer como resultado de furúnculos no rosto, de infecção estafilocócica em outras partes do corpo ou ainda como uma complicação da trombose do seio cavernoso, de um abscesso epidural ou subdural, ou de procedimentos cirúrgicos; O tratamento endovenoso é feito com penicilina resistente à penicilinase (oxacilina) por 2 a 4 semanas. Meningite estafilocócica:Meningite estafilocócica: 88 Responsáveis por 1 a 2% dos casos de meningite, em geral causada por organismos do grupo A. Normalmente a infecção é secundária Tratamento é o mesmo preconizado para a meningite pneumocócica Meningite estreptocócica:Meningite estreptocócica: 99 É uma complicação severa da tuberculose ligada ao acometimento pulmonar ocorrido. As crianças, adolescentes e o início da idade adulta é o período que mais ocorre. Transmissão pelo ar através do bacilo pulmonar ativo no escarro. (Tosse) Meningite tuberculosa:Meningite tuberculosa: 1010 Meningite tuberculosa:Meningite tuberculosa: O diagnóstico precoce e tratamento adequado a recuperação é em torno de 90%. Sem tratamento a morte ocorre em 6 a 8 semanas. Tratamento → se utiliza 4 medicamentos: Rifampicina; Isoniazida; Pirazinamida; Etambutol 1010 Sequelas: aumento do perímetro encefálico, retardo mental, espasticidade e hipertonicidade muscular. As meningites virais acometem qualquer idade, com frequência máxima na infância, entre 5 e 10 anos e são raras após os 40 anos. São duas vezes mais frequentes nos meninos que nas meninas. 1111 Meningite viral:Meningite viral: AGENTES ETIOLÓGICOS MAIS FREQUENTES DA MENINGITE VIRAL (Fonte: PERES et al, 2006) 1111 A transmissão sinais e sintomas que variam de acordo com o agente etiológico Diagnóstico se dar através da punção liquórica Tratamento é feito para aliviar os sintomas com o uso de antitérmicos Meningite Fúngica:Meningite Fúngica: 1212 Alto índice de letalidade; Se dá pela inalação de esporos - partes de fungos que se instalam nos pulmões e acabam migrando em direção ao cérebro, causando assim a infecção das meninges. Meningite Fúngica:Meningite Fúngica: 1212 A evolução clínica pode ser indolente por meses ou anos, ou pode ser fulminante ou fatal em duas semanas; Biópsia, cultura de tecidos ou sorologia são métodos confiáveis para diagnóstico de infecções fúngicas intracranianas; Paralisia dos nervos cranianos, formação de abcessos são algumas das complicações. Manifestações clínicas:Manifestações clínicas: 1313 A cefaleia e a febre constituem, com frequência, os sintomas iniciais; A irritação meníngea resulta em vários outros sinais: - Imobilidade do pescoço: o pescoço rígido e doloroso (rigidez da nuca) - Sinalde Kernig positivo: quando o paciente está deitado com a coxa em flexão sobre o abdome, a perna não pode ser estendida por completo - Sinal de Brudzinski positivo: quando o pescoço do paciente está flexionado, efetua-se a flexão dos joelhos e dos quadris; quando o membro inferior de um lado é flexionado passivamente, observa-se um movimento semelhante no membro oposto 1313 Fotofobia: irritação meníngea Exantema cutâneo: erupção petequial com lesões purpúricas até grandes áreas de equimose. Desorientação e o comprometimento da memória Sinais de sepse: início abrupto de febre alta, lesões purpúricas extensas (na face e nos membros), choque e sinais de coagulação intravascular 1313 Manifestações clínicas:Manifestações clínicas: Tomografia computadorizada (TC): Detecta deslocamento do conteúdo encefálico; Convulsões ou história de doença do sistema nervoso central. Coloração de Gram: pode revelar a etiologia da meningite (bacteriana ou fúngica). - Se a apresentação clínica sugerir meningite são realizados exames complementares: . Avaliação e achados diagnóstico:Avaliação e achados diagnóstico: 1414 Prevenção e controle:Prevenção e controle: 1515 Quimioprofilaxia: rifampicina é a droga de escolha para a quimioprofilaxia; Imunização: São específicas para diferentes agentes etiológicos, em surtos ou calendario da criança Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra a meningite pneumocócica e de outras formas de infecção invasiva por pneumococos. Pentavalente/Tetravalente: protege contra a meningite por Haemophilus influenzae b e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. BCG: Permite a prevenção de formas graves 1515 VACINA CONTRA Haemophilus influenzae TIPO B (Hib) OU TETRAVALENTE: - Calendário básico de vacinação infantil; - Haemophilus influenzae do tipo b, como meningite, pneumonia, septicemia, otite, etc VACINA CONTRA O BACILO DE KOCH - Criança que recebeu BCG e não tem a marca Esquema vacinal no Brasil Bloqueio de surto: recomendação da vacinação. A partir de decisão conjunta das três esferas de gestão: secretaria municipal de saúde, secretaria estadual de saúde e a Secretaria de Vigilância em Saúde; Ações de educação em saúde: Orientar a população, capacitação profissional, manter a alta cobertura vacinal, dectar possibilidades de surto; Prevenção e controle:Prevenção e controle: 1515 Muitas das intervenções de enfermagem são interdependentes com o médico, o fisioterapeuta respiratório e outros membros da equipe de saúde. Monitorar os sinais e os sintomas de infecção; Observar o estado neurológico e sinais de irritação das meninges (rigidez da nuca, fotofobia, hiperalgesia); Verificar sinais vitais, atentando para temperatura, quando acima de 37,8ºC administrar antitérmico conforme indicado; Posicionar confortavelmente o pescoço do paciente com auxílio de um coxim; Administrar agentes farmacológicos quando necessário e observar a eficácia do mesmo; Manejo de enfermagem:Manejo de enfermagem: 1616 Referências:Referências: SILVA, M.I; MARQUES, R.R. Diagnósticos de Enfermagem em Pacientes com Meningite: Uma Proposta de Intervenções de Enfermagem. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança. v.3, n.2, 2005. HINKLE, J.L; CHEEVER, K.H. Brunner e Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 14 ed. Rio De Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. v,1. ed. atual. Brasília. Ministério da Saúde. 2017. *Ilustrações e imagens retiradas do site canva.com