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PRINCÍPIOS DA CITOGENÉTICA CLÍNICA Estudo dos cromossomos, sua estrutura e herança, por meio de microarranjos cromossômicos e o sequenciamento do genoma completo. → Transtornos cromossômicos são as principais doenças genéticas. Perdas reprodutivas, malformações congênitas, deficiência intelectual e câncer. ○ → CITOGENÉTICA E ANÁLISE CLÍNICA Para análise clínica, as células devem ser capazes de se proliferar em cultura, como os leucócitos (linfócitos T). → CULTURA DE CURTO PRAZO: 3 a 4 dias.→ Há a obtenção de sangue periférico e a coleta dos leucócitos. Esses são postos em meio de cultura e estimulados a dividirem-se. → Agentes que inibem o fuso mitótico param as células na metáfase. → Cromossomos são separados por uma solução hipotônica. Esses então são espalhados em lâminas e corados. → CULTURAS DE LONGO PRAZO: Obtidas a partir de diferentes tecidos pela extração de fibroblastos. → Leucócitos podem formar células linfoblastóides e a medula óssea, possui muitas células em divisão. → Células fetais derivadas do líquido amniótico ou obtidas por biópsia das vilosidades coriônicas. → IDENTIFICAÇÃO CROMOSSÔMICA: Feito a partir da coloração por bandeamento Giemsa (bandeamento G). Padrão-ouro na identificação de anormalidades genômicas estruturais e numéricas. ○ → Esse padrão é enumerado em cada braço do centrômero ao telômero, com a identidade de cada banda sendo descrita sem ambiguidade. → INDICAÇÕES CLÍNICAS: Problemas de crescimento e desenvolvimento precoces: Falha no crescimento, atraso no desenvolvimento, fácies dismórficas, malformações, estatura baixa, genitália ambígua e deficiência intelectual. 1. Natimorto e morte neonatal: Há incidência maior de anomalias entre natimortos, bem como naquelas que morrem no período neonatal. 2. Problemas de fertilidade.3. Espectro de resolução da análise cromossômica e genômica Ideograma mostrando o padrão de bandas G para cromossomos humanos em metáfase História familiar: Familiar de primeiro grau pode ter relação com alteração cromossômica. 4. Neoplasia.5. Gestação: Ocorre predominantemente em gestações de mulheres >35 anos. 6. TIPOS DE CROMOSSOMOS: Distinguidos pela posição do centrômero, a constrição primária visível na metáfase. → Metacêntricos: Centrômero mais ou menos central, com braços aproximadamente do mesmo tamanho. ▫ Submetacêntricos: Centrômero deslocado do centro e braços com tamanhos diferentes. ▫ Acrocêntrico: Centrômero próximo a uma das extremidades. Cromossomos 13,14,15,21 e 22.○ Pequenas e distintas massas de cromatina, ou satélites, conectadas ao braço curto por hastes finas (constrições secundárias). ○ ▫ Telocêntrico: Centrômero em uma extremidade e um único braço. ▫ Sítios frágeis são regiões dos cromossomos que não se coram, observados em locais específicos dos cromossomos. Mais propensos à instabilidade genômica regional. ○ Braço longo do cromossomos X está associado à deficiência intelectual ligado ao X, a síndrome do X frágil, ... ○ → ANÁLISE CROMOSSÔMICA DE ALTA RESOLUÇÃO: Cariótipo de bandas G padrão, com 400 - 550 brandas, permite detectar deleções e duplicações maiores que 5 a 10 Mb em parte do genoma. → Bandeamento em prometáfase, obtido no início da mitose (prófase ou prometáfase), dá maior sensibilidade de análise. Revela 850 bandas ou mais.○ → Permitiu a descoberta de novas síndromes de microdeleção, provocadas por deleções ou duplicações genômicas menores. → HIBRIDIZAÇÃO IN SITU POR FLUORESCÊNCIA (FISH): Substituiu o bandeamento cromossômico de alta resolução. → Determina a ausência/presença de uma sequência de DNA ou avalia o número e a organização do cromossomo in situ. → O Projeto Genoma Humano permitiu a encomenda de clones de DNA recombinantes com sequência de todo o genoma. Esses clones detectam regiões específicas do genoma. ○ → Sondas de DNA específicas a cromossomos, regiões cromossômicas ou genes são marcados por fluorocromos, identificando cromossomos específicos. 1. Sondas de DNA repetitivo permitem a detecção de DNA-satélite ou outros elementos repetitivos em regiões específicas. 2. ANÁLISE GENÔMICA COM MICROARRANJOS: Complementa o cariótipo de bandas G para detectar desequilíbrio no número de cópias em alta resolução. → Atua em todo o genoma, baseado na hibridização genômica comparativa (CGH). Detecta ganhos e perdas relativos no número de cópias de maneira ampla em todo o genoma. ○ → Arranjos de polimorfismos de nucleotídeo único (SNP): Versões de sequências correspondentes de dois alelos de vários SNPs espalhados pelo genoma. Representação e intensidade dos alelos nas diferentes regiões indicam se está na dosagem adequada. ○ → Há resolução de 250 kB.→ LIMITAÇÕES: Mensura apenas o número relativo de cópias de sequências de DNA, mas não se foram translocadas ou rearranjadas. → Análise genômica de alta resolução revela variações pequenas no número de cópias, com significado incerto. → Cromossomo X: Ideogramas e fotomicrografias na metáfase, prometáfase e prófase Hibridização in situ por fluorescência dos cromossomos humanos em metáfase e interfase ANÁLISE GENÔMICA PELO SEQUENCIAMENTO DE GENOMA COMPLETO: Número e composição de qualquer segmento de genoma de um indivíduo reflete na sequência de DNA a partir desse genoma. → Genomas com representação baixa ou alta de sequências, a partir de um cromossomo ou segmento, tem maior probabilidade de apresentar anormalidades numéricas ou estruturais. Alterações numéricas são percebidas a partir do número normal de sequências e da super ou sub-representação dessas. ○ → Sequência completa do genoma é necessária para a obtenção de rearranjos balanceados. → ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS Numéricas ou estruturais, envolvendo 1 ou mais autossomos, cromossomos sexuais ou ambos. → DOSAGEM, EQUILÍBRIO E DESEQUILÍBRIO GÊNICOS: O aspecto quantitativo da expressão gênica constitui a base da doença, enquanto distúrbios de gene único refletem em aspectos qualitativos da função gênica. → Dosagem gênica e seu equilíbrio ou desequilíbrio. Maioria dos genes do genoma humano está em 2 doses, sendo expressos em 2 cópias. ○ → Alguns genes são expressos a partir de uma única cópia. ○ Anormalidades no imprinting genômico/inativação do X levam à expressão anormal das duas cópias de um gene. ○ ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS NUMÉRICAS: Eupolidia: 46 cromossomos. Aneuploidia é qualquer outro número que não seja múltiplo do haploide (n). ○ → Heteroploidia: Número de cromossomos diferentes de 46. → TRIPLOIDIA: Indivíduos possuem 3n, não sobrevivendo por muito tempo caso nasçam vivas. → Maioria resulta da dispermia.→ Se a diploidia vier da mãe, há aborto espontâneo normal, se vier do pai, há a formação da mola hidatiforme parcial. → TETRAPLOIDES: Indivíduos 4n, formados por falha ao completar a divisão inicial de clivagem do zigoto. → 92, XXXX ou 92, XXYY.→ ANEUPLOIDIA: Maioria possui uma trissomia ou monossomia.→ Síndrome de Down: Trissomia do 21 (47, XX,+ 21 ou 47, XY, +21). → Trissomia do 18 e trissomia do 13. Como os cromossomos 13, 18 e 21 possuem o menor número de genes, alterações numéricas neles são fatais. ○ → Não disjunção meiótica é a mais comum, com a falha na separação correta de um determinado par cromossômico em 1 das 2 divisões meióticas. → Se ocorrer na meiose I, haverá 24 cromossomos no gameta, materno e paterno. ○ Se ocorrer na II, o gameta com cromossomo extra conterá ambas as cópias do cromossomo materno ou paterno. ○ Essa não disjunção pode ocorrer também em uma divisão mitótica após a formação do zigoto, criando um mosaicismo significativo. → ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS: Resultam da quebra, recombinação ou troca cromossômica, seguida pela reconstituição na combinação normal. → Balanceados: Genoma possui complemento normal de material cromossômico. → Desbalanceados: Existematerial extra ou ausente. Alguns que parecem balanceados em análise de alta resolução, são na verdade desbalanceados. ○ → REARRANJOS DESBALANCEADOS: Há duplicações ou deleções de múltiplos genes; trissomia parcial (duplicação de parte do cromossomo) ou monossomia parcial (deleção). → Deleções: Perda de um segmento cromossômico. As deleções em microarranjos são muito mais comuns. Indivíduo é monossômico à informação genética no segmento correspondente. Haploinsuficiência: Incapacidade de uma cópia do material realizara função das duas cópias. Terminal (na extremidade do cromossomo) ou intersticial (no braço longo do cromossomo). ▫ Duplicações: Ganho de um segmento cromossômico. Cria um desbalanço cromossômico por envolver a interrupção de genes. ▫ Cromossomos marcadores: Cromossomos muito pequenos, referidos como supranumerários ou extras estruturalmente anormais. ▫ Cromossomos em anel: Cromossomos marcadores que perdem o telômero, formando uma estrutura em anel. ▫ Isocromossomos: Cromossomo que possui um dos braços ausentes e o outro é duplicado de imagem espelhada. Monossomia parcial em um braço e trissomia parcial em outro. ▫ Cromossomos Dicêntricos: Dois segmentos cromossômicos fundem-se pelas extremidades. ▫ Podem ser estáveis se um dos dois centrômeros for inativado epigeneticamente ou se os 2 coordenarem os movimentos ao mesmo polo na anáfase. Pseudodicêntricos. REARRANJOS BALANCEADOS: Translocações: Troca de segmentos cromossômicos entre 2 cromossomos. Recíprocas: Quebra ou recombinação de cromossomos não homólogos, com a troca recíproca dos segmentos quebrados ou rearranjados. Não possuem efeito fenotípico, mas geram gametas desbalanceados. Podem envolver segregação alternada (produz gametas desbalanceados), já que na meiose deve haver formação quadrivalente para assegurar o alinhamento apropriado das sequências homólogas. ▫ Translocações Robertsonianas: Tipo mais comum na espécie humana, com a perda de braços curtos. Por serem não recíprocas criam um cariótipo com 45 cromossomos, incluindo o translocado (braços curtos dos 5 pares de cromossomos acrocêntricos). Portadores dessa translocação no cromossomo 21 podem ter uma criança com síndrome de Down por translocação. 2 Cromossomos acrocêntricos se rompem e funedm, formando 1 com braço longo. Inserções: Ocorre com a remoção de um segmento de um cromossomo e a inserção em outro cromossomo diferente. ▫ Inversões: Um único cromossomo sofre duas quebras, sendo reconstituído com o segmento invertido entre as quebras. Paracêntrica: Ambas as quebras no mesmo braço. Pericêntrica: Uma quebra em cada um dos braços. ▫ Portador de um ou outro tipo de inversão pode produzir gametas anormais que criam uma prole desbalanceada. ▫ Gametas desbalanceados se dentro da alça, quando paracêntrica, cria gametas desbalanceados acêntricos ou dicêntricos. ▫ MOSAICISMO PARA ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS: Existência de 2 ou mais complementos cromossômicos diferentes no mesmo indivíduo. → Detectado por cariotipagem convencional.→ Decorre da não disjunção nas divisões mitóticas pós-zigóticas iniciais. → Seus efeitos no desenvolvimento variam pelo momento em que ocorre a não disjunção, a natureza da anomalia cromossômica e a proporção de complementos cromossômicos presentes e os tecidos afetados. Verdadeiro mosaicismo: Presente no indivíduo. ○ Pseudomosaicismo: Ocorre em laboratório, na cultura de células. ○ → ANEUPLOIDIAS Síndrome Down: 47, XX, +21; 47, XY, +21. Pequena estatura, occipício plano, pescoço curto com pele frouxa na nuca, mãos curtas e largas e dígitos encurvados. Doença cardíaca congênita está em ao menos 1/3 deles. Trissomia do 21, translocação Robertsoniana, translocação 21q21q ou trissomia parcial do 21. ▫ 1. Síndrome de Edwards: 47, XX, +18; 47, XY, + 18. Trissomia do 18 ou transdução desse. 2. Síndrome de Patau: 47, XX, +13 ou 47, XY, +13. Pais dessas são mais velhos que o normal. 3. Crossing over com alças de inversão formadas na meiose I em portadores de um cromossomo com segmento B-C invertido Síndrome de DiGeorge: Microdeleção no cromossomo 22q11.2 Anomalias craniofaciais, deficiência intelectual, imunodeficiência e defeitos cardíacos. 4. Síndrome de Cri Du Chat: 46, XX, del(5p) ou 46, XY, del(5p). Deficiência intelectual, microcefalia, hipertireoidismo e baixa implantação da orelha. 5. SEXUAIS: Síndrome de Klinefelter: Pacientes quase sempre estéreis. Mosaico 46,XY/47,XXY. 47, XXY. Dificuldade de aprendizado, timidez, falta de assertividade, imaturidade e maior risco de depressão. 1. Síndrome de Turner: 45, X.2.
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