Buscar

TUTORIA - P5M1 - MARCOS DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO, PAPEL DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO NESTES MARCOS, PRINCIPAIS CONDIÇÕES ASSOCIADAS A DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DESENVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
TUTORIA IV 
Problema 5 – Módulo 1 
 
 
 
Tema: Marcos do crescimento e desenvolvimento, papel do hormônio do 
crescimento nestes marcos, principais condições associadas a distúrbios do 
crescimento e desenvolvimento. 
 
 
Problemática: A incompreensão sobre os 
marcos de desenvolvimento e a importância 
do GH. 
 
Objetivo 01: Compreender a fisiologia do 
crescimento e desenvolvimento, inclusive o 
papel do hormônio do crescimento. 
 
Crescimento 
É um processo dinâmico e contínuo, expresso 
pelo aumento do tamanho corporal, sendo 
um dos indicadores de saúde da criança. Esse 
processo é influenciado por fatores 
intrínsecos 
(genéticos) e extrínsecos (ambientais), 
destacando-se a alimentação, a saúde, a 
higiene, a habitação e os cuidados gerais com 
a criança, que podem acelerar ou restringir o 
processo. 
A vigilância nutricional e o monitoramento do 
crescimento objetivam promover e proteger 
a saúde da criança e, quando necessário, por 
meio de diagnóstico e tratamento precoce 
para sub ou sobrealimentação, evitar que 
desvios do crescimento possam 
comprometer sua saúde atual e sua qualidade 
de vida futura. 
 
 
 
O melhor método de acompanhamento do 
crescimento infantil é o registro periódico do 
peso, da estatura e do IMC da criança na 
Caderneta de Saúde da Criança, a qual utiliza 
como parâmetros para avaliação do 
crescimento de crianças (menores de 10 anos) 
os seguintes gráficos: 
 
 Perímetro cefálico (de zero a 2 anos); 
 
 
 Peso para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 
5 anos e de 5 a 10 anos); 
 
 
 Comprimento/estatura para a idade (de 
zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 
anos); 
 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
 
 
 Índice de massa corporal (IMC) para a 
idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 
5 a 10 anos). 
 
 
Observação: 
 
 
Dessa forma, a avaliação do crescimento na 
rotina de atenção à criança visa a três 
aspectos fundamentais: 
1. Detectar precocemente o que está 
afetando o crescimento do paciente 
para inferir e obter a sua recuperação; 
2. Identificar as variações da 
normalidade, tranquilizar a criança e a 
família, evitando possíveis 
intervenções prejudiciais; 
3. Identificar problemas que não podem 
ser curados, mas que possam ser 
minimizados, e prover apoio ao 
paciente e à família ao lidar com as 
dificuldades. 
 
CRESCIMENTO PÓS-NATAL 
- Evolução 
A velocidade de crescimento pós-natal é 
particularmente elevada até os dois primeiros 
anos de vida com declínio gradativo e 
pronunciado até os cinco anos de idade. A 
partir daí, a velocidade de crescimento é 
praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até 
o início do estirão da adolescência (o que 
ocorre em torno dos 11 anos de idade nas 
meninas e dos 13 anos nos meninos). A 
velocidade de crescimento geral não é 
uniforme ao longo dos anos e os diferentes 
órgãos, tecidos e partes do corpo não 
crescem com a mesma velocidade. 
 
 
- Representações gráficas do crescimento 
O crescimento pode ser representado por 
meio de dois tipos de curvas: 
1. Curva de distância ou de crescimento 
longitudinal: estaturas médias em cm, 
atingidas nas sucessivas idades para a 
população de referência do NCHS. 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
2. Curva de velocidade de crescimento: 
incrementos em estatura de uma idade 
para a outra, apresentados na forma de 
uma taxa de crescimento anual em 
cm/ano. 
 
 
Observação: as curvas de peso são 
desenhadas da mesma maneira. 
 
 
 
Obs.: verifica-se que tanto para meninos 
como meninas as duas curvas tem aspecto 
bem similar, contudo, a partir do segundo ano 
de vida já se percebe que as curvas de 
crescimento das crianças e adolescentes 
brasileiros começam a apresentar valores 
inferiores em relação às curvas de referência. 
 
- Interpretação da curva de crescimento 
Para a avaliação do crescimento individual de 
uma criança devem ser considerado dois 
aspectos: 
a) Na primeira medição, observar a posição 
do peso em relação aos pontos de corte 
superior e inferior: 
o Acima do percentil 97: sobrepeso; 
o Entre os percentis 97 e 3: faixa de 
normalidade nutricional; 
o Entre os percentis 10 e 3: risco 
nutricional; 
o Entre os percentis 3 e 0,1: peso baixo; 
o Abaixo do percentil 0,1: peso muito 
baixo. 
 
b) Nas medições seguintes, observar a 
posição e também o sentido do traçado da 
curva de crescimento da criança: 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
o Posição da linha que representa o 
traçado de crescimento da criança: entre 
os percentis 97 e 3, corresponde ao 
caminho da saúde; 
o Sentido do traçado da curva da criança 
(ascendente, horizontal ou descendente), 
desenhada em linha contínua a partir da 
ligação de dois ou mais pontos com 
intervalos não superiores a dois meses. 
Intervalos maiores devem ser 
desenhados com linha pontilhada para 
chamar a atenção. 
 
Metodologia de avaliação do crescimento 
 
Para a avaliação do crescimento individual de 
uma criança devem ser considerado dois 
aspectos: 
a) Na primeira medição, observar a posição 
do peso em relação aos pontos de corte 
superior e inferior: 
o acima do percentil 97: classificar como 
sobrepeso; 
o entre os percentis 97 e 3: faixa de 
normalidade nutricional; 
o entre os percentis 10 e 3: classificar como 
risco nutricional; 
o entre os percentis 3 e 0,1: classificar como 
peso baixo; 
o abaixo do percentil 0,1: classificar como 
peso muito baixo. 
 
b) Nas medições seguintes, observar a 
posição e também o sentido do traçado da 
curva de crescimento da criança: 
o posição da linha que representa o traçado 
de crescimento da criança: entre os 
percentis 97 e 3, corresponde ao caminho 
da saúde; 
o Sentido do traçado da curva da criança 
(ascendente, horizontal ou descendente), 
desenhada em linha contínua a partir da 
ligação de dois ou mais pontos com 
intervalos não superiores a dois meses. 
Intervalos maiores devem ser desenhados 
com linha pontilhada para chamar a 
atenção. 
 
▪ Peso/Idade 
A variação do peso, com relação à idade da 
criança, é muito mais rápida do que da 
estatura e reflete, quase que imediatamente, 
qualquer deterioração ou melhora do estado 
de saúde, mesmo em processos agudos. 
 
É um índice de fácil aferição por profissional 
de saúde bem treinado, constituindo-se numa 
técnica não invasiva e culturalmente bem 
aceita pelas mães, tornando-o muito 
adequado para o acompanhamento do 
crescimento e do estado de saúde e nutrição 
da criança. Por essas vantagens, é priorizado 
para o acompanhamento do crescimento no 
nível da atenção básica de saúde. 
 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
 
 
 
 
 
 
▪ Estatura/Idade 
O ganho de estatura é um bom parâmetro 
para a avaliação do crescimento da criança 
por ser cumulativo, progressivo e não sofrer 
regressões. 
 
Apesar de medir cumulativamente o 
crescimento, o ganho de estatura é 
relativamente lento o que faz com que custe 
a refletir problemas agudos de saúde e 
nutrição da criança. Ademais, a medição pode 
ser difícil e requer muito cuidado, sobretudo 
em lactentes e crianças pequenas. Por isso, é 
recomendado para ser usado em adição ao 
peso/idade, sempre que os serviços tenham 
condições para coletar a medida de estatura 
com pessoal treinado para tal. 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
 
 
 
▪ Peso/Estatura 
Reflete o peso corporal em relação à estatura 
e, portanto, não requer a informação da 
idade. Muito valorizado no passado, tem 
ainda aplicação na clínica pediátrica, na 
avaliação e seguimento individual de casos de 
desnutrição aguda e de peso excessivo. 
 
 
▪ Perímetro cefálico/Idade 
Avalia o tamanho da cabeça e do cérebro. 
Sua importância na infância está relacionada 
ao volume intracraniano, permitindo uma 
avaliação do crescimento do cérebro. Seu 
acompanhamento deve serfeito, 
prioritariamente, nas crianças de 0 a 24 
meses, período de maior crescimento pós-
natal da cabeça e cérebro. 
 
É uma medida que apresenta pequena faixa 
de variação para qualquer grupo etário, com 
um desvio padrão que permanece pequeno 
e aproximadamente constante para todo o 
período de crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
▪ Perímetro braquial 
Pode ser utilizada como um índice alternativo 
do estado nutricional da criança de até 24 
meses em situações excepcionais, ou seja, 
quando a coleta de peso e estatura é 
dificultada como em situações de emergência, 
em atividades de triagem, em inquéritos 
populacionais, em campanhas de vacinação. 
Esta medida só é útil para triagem de 
prováveis casos de desnutrição. 
Obs.: não se presta para o acompanhamento 
do crescimento infantil uma vez que 
alterações neste parâmetro são lentas, 
variando muito pouco com o aumento da 
idade. 
 
PUBERDADE 
 
 
 
Na avaliação da puberdade, costuma-se 
utilizar a avaliação das características das 
mamas e dos pelos púbicos nas meninas e 
das características dos genitais e dos pelos 
púbicos nos meninos. 
 
 Mamas - Meninas 
Estágio 1: pré-adolescente, apenas elevação 
do mamilo. 
Estágio 2: estágio do botão mamário, 
elevação da mama e do mamilo, como um 
pequeno monte. O diâmetro da aréola 
apresenta-se um pouco maior que no estágio 
1. 
Estágio 3: tanto a mama quanto a aréola 
estão maiores e mais elevadas que no 
estágio 2, mas sem distinção. 
Estágio 4: a aréola e a papila formam um 
contorno secundário, destacando-se do 
resto da mama. 
Estágio 5: estágio maduro, apenas o mamilo 
se projetando, com a aréola seguindo o 
contorno da mama. 
 
 Genitais - Meninos 
Estágio 1: pré-adolescente, testículos, escroto 
e pênis de tamanho e forma infantis. 
Estágio 2: escroto apresenta-se levemente 
aumentado, com pele mais escura e mudança 
de textura. Pênis sem aumento ou pouco 
aumentado. 
Estágio 3: pênis apresenta aumento, 
principalmente em comprimento. Escroto 
maior que no estágio anterior. 
Estágio 4: pênis aumentado em comprimento 
e largura, e desenvolvimento da glande. 
Escroto maior que no estágio 3; pele do 
escroto mais escura e enrugada que nos 
estágios anteriores. 
Estágio 5: genitália adulta em tamanho e 
forma. 
 
 Pelos púbicos nas meninas e nos meninos 
Estágio 1: pré-adolescente, sem pelos 
púbicos. 
Estágio 2: pelos finos, longos, lisos ou curvos, 
esparsos, mas com maior concentração 
próximo à base do pênis ou ao longo dos 
lábios. 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
Estágio 3: mais escuros, espessos e curvos, os 
pelos espalham-se pelo púbis. 
Estágio 4: pelos do tipo adulto, mas em menor 
quantidade. Não atingem as coxas. 
Estágio 5: pelos do tipo adulto em quantidade 
e tipo. 
 
Desenvolvimento: 
A criança deve atravessar cada estádio 
segundo uma sequência regular, ou seja, os 
estádios de desenvolvimento cognitivo são 
sequenciais. Se a criança não for estimulada 
ou motivada no devido momento, ela não 
conseguirá superar o atraso do seu 
desenvolvimento. Afinal, o desenvolvimento 
infantil se dá à medida que a criança vai 
crescendo e vai se desenvolvendo de acordo 
com os meios onde vive e os estímulos deles 
recebido. 
 
O desenvolvimento abrange os vários 
aspectos interligados que caracterizam a 
evolução dinâmica do ser humano, a partir de 
sua concepção. É um processo de construção 
que resulta da interação entre a influência 
biológica da própria espécie e do próprio 
indivíduo e a sua história e seu contexto 
sociocultural. 
 
É importante enfatizar que, embora a carga 
genética seja fator determinante, o 
desenvolvimento emerge a partir da 
interação com os fatores ambientais, 
portanto, é fundamental que ocorra uma 
ampla e adequada variação de estímulos e 
experiências, para favorecer todo o seu 
potencial. 
 
O tecido nervoso cresce e amadurece 
sobretudo nos primeiros anos de vida, 
portanto, nesse período, é mais vulnerável 
aos agravos de natureza diversa e às 
adversidades das condições ambientais que 
podem ocasionar prejuízos relacionados aos 
processos em desenvolvimento. Por outro 
lado, por sua grande plasticidade, é também 
nessa época que a criança melhor responde 
aos estímulos que recebe e às intervenções, 
quando necessárias. 
 
O desenvolvimento compreende alguns 
domínios de função interligados, quais sejam: 
sensorial, motor (geralmente subdividido em 
habilidades motoras grosseiras e habilidades 
motoras finas), da linguagem, social, 
adaptativo, emocional e cognitivo. Esses 
domínios influenciam-se entre si e têm como 
eixo integrador a subjetividade, função de 
dimensão psíquica que se particulariza e 
possibilita a singularidade de cada um dos 
seres humanos. 
 
Desenvolvimento motor: 
No recém-nascido há um padrão motor muito 
imaturo, com a presença do reflexo tônico 
cervical assimétrico, que lhe confere uma 
postura assimétrica, com predomínio do tônus 
flexor nos membros e intensa hipotonia na 
musculatura paravertebral. 
Seus movimentos são, geralmente, reflexos, 
controlados por partes primitivas do cérebro. 
Assim, reflexos como sucção, preensão 
palmar, plantar e da marcha passarão em 
poucos meses a ser atividades voluntárias. 
Outros, como o de Moro e o tônico cervical 
assimétrico, desaparecerão em breve, sendo 
que, dentro do padrão de desenvolvimento 
normal, não devem persistir no 2º semestre 
de vida. 
Durante os primeiros meses, há uma 
diminuição progressiva do tônus flexor e 
substituição pelo padrão extensor. Esse 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
amadurecimento se faz na direção 
craniocaudal, sendo o quadril e os membros 
inferiores os últimos a adquiri-lo. 
 
A partir do 2º semestre, não ocorre mais 
predomínio de padrão flexor ou extensor, e 
assim, a criança, por meio de alternância 
entre os tônus, consegue, primeiramente, 
rolar e, posteriormente, já tendo dissociado os 
movimentos entre as cinturas escapular e 
pélvica, consegue mudar da posição deitada 
para sentada. 
 
O desenvolvimento motor ocorre no sentido 
craniocaudal e proximodistal e, por meio de 
aquisições mais simples para mais complexas. 
Assim, a primeira musculatura a ser controlada 
é a ocular. Depois, há o controle progressivo 
da musculatura para a sustentação da 
cabeça e depois do tronco. 
 
Finalmente, durante o 3º trimestre, a criança 
adquire a posição ortostática. O apoio 
progressivo na musculatura dos braços 
permite o apoio nos antebraços e as 
primeiras tentativas de engatinhar. 
 
O desenvolvimento motor fino se dá no 
sentido proximodistal. Ao nascimento, a 
criança fica com as mãos fechadas na maior 
parte do tempo. Por volta do 3º mês, em 
decorrência da redução do tônus flexor, as 
mãos ficam abertas por período maior de 
tempo, e as crianças conseguem agarrar os 
objetos, embora ainda sejam incapazes de 
soltá-los. 
 
Entre o 5º e o 6º mês, conseguem apreender 
um objeto voluntariamente e iniciam o 
movimento de pinça, que será aprimorado 
progressivamente até se tornar completo, 
polpa com polpa. 
 
Audição: 
• A audição inicia-se por volta do 5° mês de 
gestação, portanto, ao nascimento, a 
criança já está familiarizada com os ruídos 
do organismo materno e com as vozes de 
seus familiares. 
 
Interação social: 
• O olhar e o sorriso, presentes desde o 
nascimento, representam formas de 
comunicação, mas, entre a 4a e a 6a 
semana de vida surge o “sorriso social” 
desencadeado por estímulo, 
principalmente pela face humana; 
• No 2º semestre de vida, a criança não 
responde mais com um sorriso a qualquer 
adulto, pois passa a distinguir o familiar do 
estranho. Assim, a criança pode 
manifestar um amplo espectro de 
comportamentos que expressam o medo 
e a recusa de entrar em contato com o 
estranho. 
 
Linguagem: 
• Durante os primeiros meses de vida, o 
bebê expressa-se por meio de sua 
mímica facial e, principalmente, pelo 
choro; 
• Entre o 2° e o 3° mês, a criança iniciaa 
emissão de arrulhos e, por volta do 6o 
mês, de balbucio ou sons bilabiais, cujas 
repetições são realizadas pelo simples 
prazer de se escutar; 
• Entre 9 e 10 meses, emite balbucios com 
padrão de entonação semelhantes à 
linguagem de seu meio cultural. A primeira 
palavra, na maioria dos idiomas, 
corresponde a um encontro silábico 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
reconhecido que se inicia com sons de m, 
n, p, d ou t, como “mama”, “papa” e “dada”; 
• A linguagem gestual também aparece no 
2º semestre de vida e é fruto da 
significação dada pelos adultos do seu 
meio. Nessa fase, é comum a criança 
apontar e obedecer aos comandos 
verbais como bater palmas, acenar e 
jogar beijinhos; 
• Por volta dos 12 meses de idade, surgem 
as primeiras palavras denominadas 
palavras-frase; 
• Aos 18 meses, a criança inicia frases 
simples e, a partir daí, ocorre um grande 
aumento em seu repertório de palavras; 
• Nessa fase, também começa o diálogo 
com troca de turnos, isto é, a criança fala 
e depois aguarda a resposta do outro 
para nova interferência. 
 
 
Papel do GH (Hormônio do Crescimento) 
Quem produz o Hormônio do Crescimento é a 
adeno-hipófise, mas para que essa produção 
seja realizada, o hipotálamo é quem estimula 
a hipófise e, assim, controlando a produção do 
GH. 
Mas quando o hipotálamo recebe estímulos? 
Durante o: 
• Sono de onda lenta (conhecido como 
Sono N-REM – corresponde a maior 
parte do sono, e é nesse momento que 
o organismo descansa e passa por 
reparos – durante o sono N-REM há 
aumento da secreção de GH); 
• Exercício 
• Estresse 
• Puberdade 
• Estrogênio 
• Hipoglicemia 
• Dieta rica em proteínas 
 
Todos esses estímulos atuam no hipotálamo, 
fazendo com que haja produção de GHRH 
(Hormônio Liberador de GH) pelo hipotálamo. O 
GHRH é transportado até a adeno-hipófise, 
por meio de capilares. E, ao chegar atua, nas 
células somatotróficas da hipófise, que são 
células especializadas na produção de GH. E, 
então, essas células fazem a produção de GH. 
Após produzido, é secretado na corrente 
sanguínea e vai atuar em diferentes locais do 
organismo. Importante lembrar que o GH é um 
hormônio final, ou seja, ele atua diretamente 
em muitos tecidos do organismo. 
 
O hormônio GH é secretado com um padrão 
pulsátil e o maior pico secretor acontece na 
primeira hora após o sono. Durante a infância 
a secreção é estável, porém na puberdade 
há um pico maior induzido pelo estrogênio nas 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
meninas e testosterona nos meninos. Esse 
pico na puberdade que é o responsável pelo 
estirão de crescimento. 
 
Quais são as ações do GH? O crescimento em 
si, como remete o nome “Hormônio do 
Crescimento”, é uma das importantes funções 
do hormônio. Mas não é a única. Uma ação 
também importante é o aumento da síntese 
de proteínas e consequente aumento da 
deposição proteica em diversos tecidos. Esse 
aumento da síntese se dá por diversos 
“caminhos”, como aumento da transcrição de 
DNA e aumento de tradução do RNA. E, além 
de aumentar a síntese de proteínas, o 
hormônio também leva a redução do 
catabolismo, ou seja, da degradação proteica. 
Além de atuar no metabolismo das proteínas, 
o GH atua no metabolismo de gorduras, 
aumentando a utilização das mesmas como 
fonte energética. Ou seja, ele estimula a 
lipólise. O que o GH faz é liberar os ácidos 
graxos presentes no tecido adiposo. Os ácidos 
graxos são convertidos em acetil coenzima-A 
(Acetil Co-A), e esse é utilizado como fonte 
energética. Combinando-se as duas ações 
citadas acima, percebemos que o GH 
promove um aumento de massa magra, pois 
aumenta massa proteica e reduz o tecido 
adiposo. 
 
Resumindo - O GH irá atuar: 
 Estimulando a lipólise; 
 Estimulando o sistema imunológico 
 Estimulando o crescimento ósseo 
 Estimulando a produção de IGF’s 
 Estimulando as células primárias ósseas 
 Estimulando a síntese proteica 
 Aumentando a retenção de cálcio e a 
mineralização óssea 
 
 
Função do GH - promover crescimento de 
ossos e cartilagens. Quanto ao crescimento 
ósseo e cartilaginoso, o GH não atua 
diretamente. Ele estimula a produção de 
substâncias pelo fígado, chamadas de 
somatomedinas, também chamadas de Fator 
de Crescimento semelhante à Insulina (IGF-I), 
sendo a mais importante a somatomedina C, 
e são essas substâncias que atuam. E assim ele 
cumpre uma de suas funções, que é o 
crescimento em si, de forma indireta. O IGF-I 
atua no sistema esquelético, estimulando a 
produção e deposição de proteínas, tanto 
pelas células osteogênicas, quanto pelas 
células condrocíticas. Dessa forma, há 
aumento da matriz óssea. Além disso, 
aumenta a reprodução dessas células para 
que o efeito seja maior. Mas, se há células 
condrocíticas, há formação de cartilagem. O 
GH tem a capacidade de converter células 
condrocíticas em células osteogênicas, e 
assim forma-se o osso. Mas, é claro que esse 
processo não ocorre de forma desregulada. 
Há crescimento ósseo tanto em comprimento 
quanto em espessura. O crescimento ósseo no 
comprimento ocorre pela formação de 
cartilagem nas epífises, e então essa 
cartilagem é substituída por matriz óssea, até 
que chegue em uma certa fase, depende da 
idade e fatores hormonais por exemplo, e as 
epífises se fechem. Quando ocorre o 
fechamento epifisário, não há mais 
crescimento ósseo longitudinal. Já o 
crescimento em espessura ocorre graças ao 
periósteo. O periósteo é uma camada que 
reveste externamente os ossos, e nele há 
diferentes tipos celulares da linhagem 
osteogênica. Um desses é o osteoblasto, uma 
célula que 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
realiza deposição de matriz óssea. Os 
osteoblastos são estimulados pelo GH. Em 
contrapartida, há os osteoclastos que 
realizam absorção óssea, em outras palavras, 
degradam o osso. O aumento da espessura 
óssea ocorre quando a taxa de deposição 
pelos osteoblastos, os quais são influenciados 
por GH, for maior que a taxa de degradação. 
 
 
Uma vez que aumenta a utilização de ácidos 
graxos como fonte energética, o GH poupa a 
utilização de carboidratos para produção de 
energia. E, além de reduzir a utilização de 
glicose, também estimula a produção de 
glicose pelo fígado num processo chamado 
de gliconeogênese. Com isso, há aumento das 
concentrações séricas de glicose. O GH 
aumenta também a secreção de insulina, 
porém atenuada, ou seja, reduz os efeitos da 
insulina. Isso pode provocar um efeito 
conhecido como “efeito diabetogênico do 
GH”, pois há uma alta concentração de insulina, 
mas que não consegue exercer seu papel, 
pois o GH gera “resistência insulínica”. E há 
também uma alta concentração de glicose na 
circulação sanguínea. Esse ambiente criado, 
havendo redução dos efeitos insulínicos, ao 
mesmo tempo que aumenta a glicose, serve 
para que haja o metabolismo suficiente ao 
crescimento, ausência de insulina e de 
carboidratos, o GH não consegue promover o 
crescimento. 
 
Os mecanismos que podem levar a uma 
deficiência do hormônio de crescimento 
incluem: 
• Produção insuficiente do hormônio 
liberador de hormônio do crescimento 
hipotálamo. 
• A deficiência na produção do hormônio de 
crescimento pela glândula pituitária. 
• Diminuição da produção de IGF I no fígado. 
• Defeitos ou alterações no receptor de 
hormônio de crescimento encontrada nas 
células do corpo. 
 
Várias doenças podem levar a um déficit de 
hormônio do crescimento. Entre elas estão 
os seguintes: 
• Falta de oxigênio ao nascer 
• Doenças do cérebro, a hipófise ou do 
fígado 
• Anormalidades no receptor de hormônio 
de crescimento 
• Alterações de natureza auto-imune 
• Alguns defeitos genéticos raros da 
natureza. Nos casos em que a deficiência 
de hormônio do crescimento é causada por 
uma alteração das deficiências hormônio 
hipofisário pode levar a outros processos 
de doença. 
Fatores que afetam a liberação de gh: 
o ritmo circadiano de secreçãotônica 
o influência dos nutrientes circulantes 
o estresse 
o outros hormônios 
 
Fatores estimulantes da produção do gh: 
o jejum 
o arginina 
o hormônio da puberdade (estrogênio e 
testosterona) 
o estresse 
o exercícios 
o estágios III e IV do sono 
o agonistas alfa-adrenérgicos 
 
Fatores inibitórios do gh: 
o aumento da concentração de glicose 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
o aumento da concentração de ácido graxo 
livre 
o obesidade 
o senescência (envelhecimento) 
o somatostatina 
o somatomedinas 
o hormônio do crescimento 
o agonistas beta-adrenérgicos 
o gravidez 
 
Objetivo 02: Reconhecer os desvios do 
crescimento (inclusive nanismo e gigantismo) 
 
Condutas recomendadas para algumas 
situações de desvio no crescimento 
A seguir, serão apresentadas algumas 
considerações sobre o manejo de situações 
de desvio no crescimento da criança com até 
5 anos de idade: 
 
Sobrepeso ou obesidade 
o Verifique a existência de erros alimentares, 
identifique a dieta da família e oriente a 
mãe ou o cuidador a administrar à criança 
uma alimentação mais adequada, de 
acordo com as recomendações para uma 
alimentação saudável para a criança (veja 
as orientações no capítulo 9, referente à 
alimentação saudável). 
o Verifique as atividades de lazer das 
crianças, como o tempo em frente à 
televisão e ao videogame, estimulando-as 
a realizar passeios, caminhadas, andar de 
bicicleta, praticar jogos com bola e outras 
brincadeiras que aumentem a atividade 
física. 
o Encaminhe a criança para o Nasf, se tal 
possibilidade estiver disponível. 
o Realize a avaliação clínica da criança. 
 
Magreza ou peso baixo para a idade 
Para crianças menores de 2 anos: 
o Investigue possíveis causas, com atenção 
especial para o desmame. 
o Oriente a mãe sobre a alimentação 
complementar adequada para a idade. 
o Se a criança não ganhar peso, solicite seu 
acompanhamento no Nasf, se tal 
possibilidade estiver disponível. 
o Oriente o retorno da criança no intervalo 
máximo de 15 dias. 
 
Para crianças maiores de 2 anos: 
o Investigue possíveis causas, com atenção 
especial para a alimentação, para as 
intercorrências infecciosas, os cuidados 
com a criança, o afeto e a higiene. 
o Trate as intercorrências clínicas, se houver. 
o Solicite o acompanhamento da criança no 
Nasf, se tal possibilidade estiver disponível. 
o Encaminhe a criança para o serviço social, 
se isso for necessário. 
o Oriente a família para que a criança realize 
nova consulta com intervalo máximo de 15 
dias. 
 
Magreza acentuada ou peso muito baixo 
para a idade 
o Investigue possíveis causas, com atenção 
especial para o desmame (especialmente 
para os menores de 2 anos), a 
alimentação, as intercorrências infecciosas, 
os cuidados com a criança, o afeto e a 
higiene. 
o Trate as intercorrências clínicas, se houver. 
o Encaminhe a criança para atendimento no 
Nasf. 
o Encaminhe a criança para o serviço social, 
se este estiver disponível. 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
o Oriente a família para que a criança realize 
nova consulta com intervalo máximo de 15 
dias. 
 
Particularidades da criança prematura ou 
com restrição do crescimento intrauterino 
O acompanhamento do crescimento de 
crianças pré-termo ou com baixo peso para a 
idade gestacional exige um cuidado maior, 
pois elas não tiveram seu crescimento 
intrauterino adequado. O acompanhamento 
ideal das crianças pré-termo exige a utilização 
de curvas específicas ou que se corrija a idade 
cronológica até que completem 2 anos de 
idade para a utilização das curvas-padrão. A 
idade corrigida (idade pós-concepção) traduz 
o ajuste da idade cronológica em função do 
grau de prematuridade. Considerando-se 
que o ideal seria nascer com 40 semanas de 
idade gestacional, deve-se descontar o 
número de semanas que faltaram para o feto 
atingir essa idade gestacional ou seja, para 
uma criança nascida com 36 semanas, o peso 
aos 2 meses será registrado na idade de um 
mês. A maioria dos autores recomenda utilizar 
a idade corrigida na avaliação do 
crescimento e desenvolvimento de crianças 
pré-termo no mínimo até os 2 anos de idade, 
para não subestimá-los na comparação com 
a população de referência. 
 
A correção pela idade gestacional permite 
detectar mais precisamente um período de 
crescimento compensatório, que geralmente 
ocorre próximo do termo, para crianças pré-
termo de diversas idades gestacionais. 
O crescimento compensatório (catch up) é 
caracterizado por uma velocidade acelerada 
no crescimento, que ocorre após um período 
de crescimento lento ou ausente, o que 
permite que crianças pré-termo que 
apresentam peso, comprimento e perímetro 
cefálico abaixo do percentil mínimo de 
normalidade nas curvas de crescimento pós-
natal consigam equiparar o seu crescimento 
ao de lactentes a termo nos primeiros anos 
de vida. Em geral, ocorre primeiro com o 
perímetro cefálico, seguido pelo comprimento 
e depois pelo peso. Crianças que, além de 
prematuras, apresentaram restrição de 
crescimento intrauterino têm médias 
inferiores de peso, comprimento e perímetro 
cefálico aos 2 anos de idade corrigida, 
quando comparadas com crianças-controle 
da mesma idade gestacional. A restrição do 
crescimento pósnatal, mais especificamente 
o menor perímetro cefálico, por sua vez, 
relaciona-se com atraso no desenvolvimento 
neuropsicomotor aos 2 anos de idade 
corrigida. 
 
Embora toda criança com peso de 
nascimento inferior a 2.500g seja considerada 
de risco, bebês pré-termo (nascidos com 
menos de 37 semanas de gestação) com 
peso adequado para a idade gestacional 
têm melhor prognóstico (excetuando-se os 
de menos de 1.000g), especialmente aqueles 
que vivem em condições ambientais 
favoráveis. Tais crianças apresentam 
crescimento pós-natal compensatório, 
chegando ao peso normal para a idade ainda 
durante o primeiro ano de vida. Toda criança 
com história de baixo peso ao nascer deve ser 
considerada criança de risco nutricional e 
deve ser acompanhada com maior 
assiduidade pelos serviços de saúde, 
principalmente no primeiro ano de vida. Isso 
não apenas pelo risco ampliado de 
internações e maior mortalidade infantil no 
primeiro ano de vida, mas também pelo risco 
ampliado de desenvolver doenças 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
crônicodegenerativas na vida adulta, tais 
como hipertensão arterial sistêmica, infarto do 
miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e 
diabetes, quando ao longo da vida há um 
ganho excessivo de peso. O peso ao nascer, 
que é reflexo do desenvolvimento 
intrauterino, está inversamente ligado à 
suspeita de atraso no desenvolvimento 
neuropsicomotor aos 12 meses. Da mesma 
forma, o comprimento ao nascer reflete o 
crescimento intrauterino. Por tal razão, tem 
sido sugerido que isso pode afetar mais tarde 
a altura. Além disso, o crescimento pós-natal 
também tem sido relacionado com a altura 
alcançada na idade adulta. Justifica-se, então, 
um acompanhamento diferenciado do 
desenvolvimento das crianças com baixo 
peso ao nascer e as provenientes de famílias 
com condições socioeconômicas menos 
favoráveis durante o primeiro ano de vida. 
 
As crianças com baixa estatura para a idade 
tendem a ter menor rendimento escolar no 
futuro, redução da produtividade econômica, 
menor altura e, no caso das mulheres, 
descendentes com menor peso ao nascer. 
Como agravante, as crianças que sofreram 
restrição do seu crescimento intrauterino ou 
nos dois primeiros anos de vida e que mais 
tarde passaram a ganhar peso rapidamente 
estão particularmente em risco de adquirir 
doenças crônicas cardiovasculares e 
metabólicas. Isso sugere que o dano sofrido 
no início da vida leva à incapacidade 
permanente e pode afetar também as 
gerações futuras. Sua prevenção 
provavelmente irá trazer importantes 
benefícios de saúde, educação e econômicos 
 
 
 
Anormalidades da Secreção do Hormônio do 
Crescimento 
Pan-hipopituitarismo Significa que há secreção reduzida de 
todos os hormônios da hipófise anterior. 
- Essa baixa secreção pode ser congênita: 
presente desde o nascimento ou 
Repentina ou lentamente: em qualquer 
momento da vida, resultando, na maioria 
das vezes, de tumor hipofisário que destrói 
a hipófise. 
 
Pan-hipopituitarismo no Adulto. 
 O pan-hipopituitarismo, que ocorre no início 
da vida adulta, resulta, frequentemente, 
de uma entre três anormalidades comuns. 
- Duas condições tumorais: que são os 
craniofaringiomas ou tumores cromófobos, 
que podem comprimir a hipófise até que as 
células funcionantes na região anterior da 
hipófise sejam completas ou quase 
totalmente destruídas. 
- A terceira condição é a trombose dos 
vasos sanguíneos hipofisários: geralmente 
ocorre no pós-parto, quando a mãe 
desenvolve choque circulatório depois do 
nascimento de seu bebê. 
 
• Os efeitos gerais do pan-hipopituitarismo 
no adulto são: 
(1) hipotireoidismo; 
(2) diminuição da produção de 
glicocorticoides pelas glândulas 
adrenais; e 
(3) secreção suprimida dos hormônios 
gonadotrópicos, de modo que as 
funções sexuais são perdidas. 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
• O quadro clínico é o de: 
- Pessoa letárgica: pela ausência de 
hormônios tireoidianos, 
- Ganho de peso: devido à ausência de 
mobilização das gorduras pelos hormônios 
do crescimento, adrenocorticotrópico, 
adrenocorticais e tireoidianos; e 
- Perda de todas as funções sexuais. 
 
• Tratamento: 
- Com exceção da anormalidade das 
funções sexuais, o paciente pode ser 
tratado, satisfatoriamente, com a 
administração de hormônios 
adrenocorticais e tireoidianos. 
 
Nanismo 
• A maioria das circunstâncias de nanismo 
resulta de deficiência generalizada da 
secreção da hipófise anterior (pan-
hipopituitarismo) durante a infância. 
• Em geral, todas as partes físicas do corpo 
se desenvolvem em proporção 
adequada entre si, mas o 
desenvolvimento está muito reduzido. 
- Uma criança com 10 anos de idade pode 
apresentar o desenvolvimento corporal 
de uma criança com idade de 4 a 5 anos, 
e essa mesma pessoa, aos 20 anos de 
idade, pode apresentar o 
desenvolvimento corporal de criança 
entre 7 e 10 anos. 
• Uma pessoa portadora de nanismo por 
pan-hipopituitarismo não entra na 
puberdade e não secreta quantidades 
suficientes de hormônios gonadotrópicos 
para desenvolver as funções sexuais 
adultas. 
- Em um terço desses casos, no entanto, 
apenas o hormônio do crescimento está 
deficiente; essas pessoas apresentam 
maturidade sexual e ocasionalmente se 
reproduzem. 
- Em um tipo de nanismo (o pigmeu 
africano e o anão de Lévi-Lorain), a 
secreção do hormônio do crescimento 
está normal ou elevada, mas existe 
incapacidade hereditária de produzir 
somatomedina C, que é a etapa-chave 
para a promoção do crescimento pelo 
hormônio do crescimento. 
 
Gigantismo 
• Ocasionalmente, as células acidofílicas 
produtoras do hormônio do crescimento 
da hipófise ficam excessivamente ativas 
e, às vezes, até mesmo tumores 
acidofílicos ocorrem na glândula. Como 
consequência, são produzidas grandes 
quantidades de hormônio do crescimento. 
Todos os tecidos do corpo crescem 
rapidamente, inclusive os ossos. Se a 
condição ocorrer antes da adolescência, 
antes que a fusão das epífises dos ossos 
longos ocorra, o tamanho aumenta, de 
modo que a pessoa se torna um gigante 
— com até 2,43 metros de altura. 
• O gigante, em geral, apresenta 
hiperglicemia, e as células beta das ilhotas 
de Langerhans no pâncreas costumam 
degenerar porque se tornam hiperativas 
devido à hiperglicemia. 
Consequentemente, em cerca de 10% dos 
gigantes, eventualmente, desenvolve-se 
diabetes melito franco. Na maioria dos 
gigantes, na ausência de tratamento, é 
possível que se desenvolva pan-
hipopituitarismo porque o gigantismo é, 
geralmente, causado por tumor da 
hipófise que cresce até que a glândula, 
propriamente dita, seja destruída. 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
• Essa eventual deficiência global dos 
hormônios hipofisários, em geral, leva à 
morte no começo da idade adulta. No 
entanto, depois que o gigantismo é 
diagnosticado, outros efeitos podem, 
frequentemente, ser bloqueados pela 
remoção do tumor por microcirurgia ou 
pela radioterapia da hipófise. 
 
Acromegalia 
• Se um tumor acidofílico ocorrer depois da 
adolescência — ou seja, depois da fusão 
das epífises dos ossos longos —, o 
paciente não pode crescer mais, mas os 
ossos ficam mais espessos e os tecidos 
moles continuam a crescer. 
• O aumento é, especialmente, acentuado 
nos ossos das mãos e dos pés e nos ossos 
membranosos, incluindo o crânio, o nariz, 
as bossas na testa, os sulcos 
supraorbitários, a maxila inferior e as 
porções das vértebras, porque seu 
crescimento não cessa na adolescência. 
• Consequentemente, ocorre protrusão da 
mandíbula inferior, às vezes chegando 
até mais de 10 mm, a testa se inclina para 
a frente devido ao desenvolvimento 
excessivo dos sulcos supraorbitários, o 
nariz chega a dobrar de tamanho, os pés 
aumentam, e os sapatos chegam ao 
tamanho 45 ou mais, os dedos 
apresentam espessamento extremo, de 
modo que as mãos atingem quase duas 
vezes o tamanho normal. 
• Além desses efeitos, as mudanças nas 
vértebras, em geral, levam à curvatura 
das costas, que é conhecida clinicamente 
como cifose. Finalmente, muitos órgãos 
de tecidos moles, como a língua, o fígado 
e especialmente os rins, apresentam-se 
muito aumentados. 
 
Tratamento com Hormônio do Crescimento 
Humano 
o Os hormônios do crescimento de 
diferentes espécies de animais são 
bastante diferentes entre si, de modo que 
só vão dar origem ao crescimento apenas 
em uma espécie ou, na maioria das vezes, 
em espécies muito próximas. Por esse motivo, 
o hormônio do crescimento preparado a 
partir de animais inferiores (exceto, até certo 
ponto, dos primatas) não é eficaz nos seres 
humanos. Consequentemente, o hormônio 
do crescimento do ser humano é chamado 
hormônio do crescimento humano para 
distingui-lo dos outros. No passado, como o 
hormônio do crescimento precisava ser 
preparado a partir de hipófises humanas, 
era difícil obter quantidades suficientes 
desse hormônio para o tratamento de 
pacientes portadores de deficiência de 
hormônio do crescimento, exceto em base 
experimental. 
No entanto, o hormônio do crescimento 
humano pode agora ser sintetizado pela 
bactéria Escherichia coli, como resultado da 
aplicação bem-sucedida da tecnologia do 
DNA recombinante. Por isso, esse hormônio 
agora está disponível em quantidades 
suficientes para fins terapêuticos. Os anões 
portadores apenas de deficiência de 
hormônio do crescimento podem ser 
completamente curados se forem tratados 
precocemente em suas vidas. O hormônio do 
crescimento humano também pode revelar-
se benéfico em outros distúrbios metabólicos, 
devido às suas amplas funções metabólicas. 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
Objetivo 03: Descrever os desvios do 
desenvolvimento. 
 
Distúrbios no Desenvolvimento 
Os fatores de risco para problemas de 
desenvolvimento podem ser classificados em 
genéticos (por exemplo: síndrome de Down), 
biológicos (por exemplo: prematuridade, 
hipóxia neonatal, meningites) e/ou 
ambientais (fatores familiares, de ambiente 
físico, fatores sociais. No entanto, a maior 
parte dos traços de desenvolvimento da 
criança é de origem multifatorial e representa 
a interação entre a herança genética e os 
fatores ambientais. O baixo peso ao nascer e 
a prematuridade são eventos que aumentam 
o risco da criança para alterações globais em 
seu desenvolvimento (tais como: distúrbios de 
linguagem, de motricidade, de aprendizagem 
e atraso neuropsicomotor). 
O déficit mental caracteriza-se por um estado 
de redução notável do funcionamento 
intelectual significativamente inferior à média, 
que se inicia durante o período de 
desenvolvimento da criança e está associado 
a limitaçõesem pelo menos dois aspectos do 
funcionamento adaptativo: comunicação, 
cuidados pessoais, atividades de vida diária, 
habilidades sociais, utilização dos recursos 
comunitários, autonomia, aptidões escolares, 
lazer e trabalho. A hipóxia perinatal e as 
infecções congênitas são as condições mais 
prevalentes que levam as crianças a 
apresentar déficit mental. 
 
Paralisia Cerebral 
Conceito: A paralisia cerebral se refere a um 
grupo de sintomas que engloba dificuldade 
de movimentação e rigidez muscular 
(espasticidade). Ela resulta de malformações 
cerebrais que ocorrem antes do nascimento 
durante a época em que o cérebro está se 
desenvolvendo, ou de danos cerebrais que 
ocorrem antes, durante ou logo após o 
nascimento. 
 
Exemplos dos tipos de PC são: 
o Diplegia espástica pós-nascimento pré-
termo 
o Tetraparesia espástica pós-asfixia 
perinatal 
o Formas atetoide e distônica pós-asfixia 
perinatal ou kernicterus 
 
Categorias das síndromes de Paralisia 
Cerebral ( de acordo com a parte do SNC 
malformado ou lesado): 
o Síndromes espásticas ocorrem em > 70% 
dos casos. Espasticidade é um estado de 
resistência ao movimento passivo; a 
resistência progride com o aumento da 
velocidade do movimento. Deve-se ao 
envolvimento de neurônios motores 
superiores e pode afetar a função motora 
discreta ou gravemente. Essas síndromes 
podem exibir hemiplegia, quadriplegia, 
diplegia ou paraplegia. Geralmente nos 
membros afetados, há aumento dos 
reflexos tendíneos profundos, os 
músculos são hipertônicos e os 
movimentos voluntários são fracos e 
incoordenados. Desenvolvem-se 
contraturas articulares, e as articulações 
podem tornar-se desalinhadas. A 
“marcha em tesoura” e na ponta dos pés 
é típica. Nos casos leves, o 
enfraquecimento pode ocorrer apenas 
durante certas atividades (p. ex., corridas). 
Na quadriplegia, geralmente ocorre 
deficiência corticobulbar associada aos 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
movimentos oral, lingual e palatal, com 
consequente disartria ou disfagia. 
 
o Síndromes atetoides ou discinéticas 
ocorrem em cerca de 20% dos casos e 
devem-se ao comprometimento dos 
gânglios da base. As síndromes são 
definidas por movimentos lentos, 
retorcidos e involuntários das 
extremidades proximais e do tronco 
(movimentos atetoides), frequentemente 
ativados por tentativas de movimentos 
voluntários ou por estimulação. Podem 
ocorrer movimentos distais abruptos 
(movimentos coreicos). Os movimentos 
aumentam com a tensão emocional e 
desaparecem durante o sono. A disartria 
pode ocorrer e é geralmente grave. 
 
o Síndromes atáxicas ocorrem em < 5% dos 
casos e resultam do envolvimento do 
cerebelo ou suas vias. Fraqueza, 
incoordenação e tremores intencionais 
provocam instabilidade, marcha com 
base alargada e dificuldade com os 
movimentos finos e rápidos. 
 
o Síndromes mistas são comuns — mais 
frequentemente com espasticidade e 
atetose. 
 
➔ Achados associados à Paralisia Cerebral: 
Estão presentes em cerca de 25% dos 
pacientes, a maioria com espasticidade. 
Podem ocorrer estrabismo e outros defeitos 
visuais. Crianças com atetose por kernicterus 
geralmente apresentam surdez neural e 
olhar fixo para cima paralítico. Muitas crianças 
com hemiplegia espástica ou paraplegia têm 
inteligência normal; crianças com tetraplegia 
espástica ou uma síndrome mista podem ter 
deficiência intelectual grave. 
 
➔ Características gerais da Paralisia 
Cerebral: Há uma grande variação nas 
formas como a PC se apresenta, estando 
diretamente relacionadas à extensão do 
dano neurológico: lesões mais extensas do 
cérebro tendem a causar quadros mais 
graves. Os diferentes graus de 
comprometimento motor e cognitivo podem 
levar a um leve acometimento com pequenos 
déficits neurológicos até a casos graves, com 
grandes restrições à mobilização e dificuldade 
de posicionamento e comprometimento 
cognitivo associado. As alterações da parte 
motora incluem, problemas na marcha (como 
paralisia das pernas), hemiplegia (fraqueza 
em um dos lados do corpo), alterações do 
tônus muscular (espasticidade caracterizada 
por rigidez dos músculos) e distonia (contração 
involuntária dos membros). Em casos graves, 
há necessidade do uso de cadeira de rodas. Já 
as alterações cognitivas incluem problemas 
na fala, no comportamento, na interação 
social e no raciocínio. Os pacientes também 
podem apresentar convulsões. 1 em cada 4 
crianças com PC não consegue falar; 1 em 
cada 4 não pode andar; 1 em cada 2 tem 
deficiência intelectual; 1 em cada 4 tem 
epilepsia. A paralisia cerebral afeta um a dois 
de cada 1.000 bebês. Entretanto, ela afeta 15 
de cada 100 bebês prematuros. Ela é 
particularmente frequente nos bebês com 
peso muito baixo de nascimento. A paralisia 
cerebral não é uma doença. e sim um conjunto 
de sintomas resultantes de malformações 
cerebrais ou danos às partes do cérebro que 
controlam os movimentos musculares (áreas 
motoras). Algumas vezes, as crianças com 
paralisia cerebral também apresentam 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
anomalias em outras partes do cérebro. Os 
danos cerebrais que resultam na paralisia 
cerebral podem ocorrer durante a gestação, 
durante o nascimento, depois do nascimento 
ou na primeira infância. Uma vez ocorridos os 
danos cerebrais, eles não pioram, embora os 
sintomas possam mudar à medida que a 
criança cresce e amadurece. Se a disfunção 
muscular resultar de danos cerebrais após os 
dois anos de idade, esta não é considerada 
paralisia cerebral não há cura para a paralisia 
cerebral, mas fisioterapia, terapia 
ocupacional e fonoaudiologia e algumas 
vezes medicamentos e/ou cirurgia podem 
ajudar as crianças a alcançarem seu potencial 
máximo. Os sintomas variam desde uma falta 
de coordenação motora quase imperceptível 
a uma dificuldade significativa em movimentar 
um ou mais membros, até paralisia e 
articulações tão rígidas que elas não 
conseguem ser movimentadas de forma 
alguma. 
 
➔ Causas 
Os problemas que ocorrem logo antes, 
durante e logo após o nascimento causam 15 
a 20% dos casos. Esses problemas incluem a 
falta de oxigênio durante o parto, infecções e 
lesões cerebrais. Infecções como a rubéola, 
toxoplasmose, infecção pelo vírus Zika ou 
infecção por citomegalovírus durante a 
gestação ocasionalmente resultam em 
paralisia cerebral. Algumas vezes, as 
malformações cerebrais que causam a 
paralisia cerebral resultam de anomalias 
genéticas. Concentrações elevadas de 
bilirrubina no sangue podem dar origem a 
uma forma de lesão cerebral denominada 
Kernicterus, que pode causar paralisia 
cerebral. Durante os primeiros dois anos de 
vida, doenças graves, como a inflamação dos 
tecidos que revestem o cérebro (meningite), 
infecção grave na corrente sanguínea 
(sepse), lesões e desidratação grave podem 
causar lesões cerebrais e resultar em paralisia 
cerebral. 
 
Autismo 
Definição: é uma síndrome definida por 
alterações presentes desde idades muito 
precoces, tipicamente antes dos três anos de 
idade, e que se caracteriza sempre por 
desvios qualitativos na comunicação, na 
interação social e no uso da imaginação. 
-Essa tríade (desvios na comunicação, 
interação social e uso da imaginação) é 
responsável por um padrão de 
comportamento restrito e repetitivo, mas com 
condições de inteligência que podem variar 
do retardo mental a níveis acima da média. 
 
 
 
Causas do Autismo 
• As causas do autismo são desconhecidas. 
Acredita-se que a origem do autismo 
esteja em anormalidades em alguma 
parte do cérebro ainda não definida de 
forma conclusiva ou em uma origem 
genética. 
*Estudos de gêmeos idênticos indicam que 
a desordem pode ser, em parte, genética, 
porque tende a acontecer em ambos os 
gêmeos se acontecer em um 
• Além disso, admite-se que possa ser 
causado por problemas relacionados a 
fatos ocorridos durante a gestação ou no 
momento do parto como infecção viral, 
fenilcetonúria que é uma deficiência 
herdada de enzima,ou a síndrome do X 
frágil. 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
• Já que as causas não são totalmente 
conhecidas, o que pode ser recomendado 
em termos de prevenção do autismo são 
os cuidados gerais a todas as gestantes, 
especialmente cuidados com ingestão de 
produtos químicos, tais como remédios, 
álcool ou fumo. 
 
Manifestações mais comuns do Autismo 
O autismo pode manifestar-se desde os 
primeiros dias de vida, mas é comum pais 
relatarem que a criança passou por um 
período de normalidade anteriormente à 
manifestação dos sintomas. 
Principais Sinais e Sintomas: 
• Resiste a mudanças na rotina 
• Resiste ao aprendizado 
• Apresenta apego a determinados objetos 
• Resistente ao contato físico 
• Dificuldade no uso da imaginação: 
compreensão literal da linguagem, falta de 
aceitação das mudanças e dificuldades em 
processos criativos. 
• Dificuldade de sociabilização - este é o ponto 
crucial no autismo, e o mais fácil de gerar 
falsas interpretações. Significa a dificuldade 
em relacionar-se com os outros, a 
incapacidade de compartilhar sentimentos, 
gostos e emoções 
• Ecolalia tardia: repetem frases ouvidas há 
horas, ou até mesmo dias antes 
• Dificuldade de comunicação: caracterizada 
pela dificuldade em utilizar com sentido todos 
os aspectos da comunicação verbal e não 
verbal. 
• Apresenta gestos imotivados (como se 
balançar) ou gestos repetitivos. 
*Essas manifestações são as mais comuns, 
mas existem muitas variações quando se 
observa o comportamento de uma pessoa 
autista 
 
Diagnóstico: É realizado através de avaliação 
clínica. O início do autismo é sempre antes dos 
três anos de idade. Os pais normalmente 
começam a se preocupar entre os 12 e os 18 
meses, na medida em que a linguagem não 
se desenvolve. Um diagnóstico de transtorno 
autístico requer pelo menos seis critérios 
comportamentais, um de cada um dos três 
agrupamentos de distúrbios na interação 
social, comunicação e padrões restritos de 
comportamento e interesses. Há quatro 
critérios de definição no grupo "Prejuízo 
qualitativo nas interações sociais", incluindo 
prejuízo marcado no uso de formas não-
verbais de comunicação e interação social; 
não desenvolvimento de relacionamentos 
com colegas; ausência de comportamentos 
que indiquem compartilhamento de 
experiências e de comunicação (Ex.: 
habilidades de "atenção conjunta" - 
mostrando, trazendo ou apontando objetos 
de interesse para outras pessoas); e falta de 
reciprocidade social ou emocional. Quatro 
critérios definidores de "Prejuízo qualitativo na 
comunicação" incluem atrasos no 
desenvolvimento da linguagem verbal, não 
acompanhados por uma tentativa de 
compensação por meio de modos 
alternativos de comunicação, tais como 
gesticulação em indivíduos não-verbais; 
prejuízo na capacidade de iniciar ou manter 
uma conversação com os demais (em 
indivíduos que falam); uso estereotipado e 
repetitivo da linguagem; e falta de 
brincadeiras de faz-de-conta ou de imitação 
social (em maior grau do que seria esperado 
para o nível cognitivo geral daquela criança). 
Quatro critérios no grupo "Padrões restritivos 
repetitivos e estereotipados de 
comportamento, interesses e atividades" 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
incluem preocupações abrangentes, intensas 
e rígidas com padrões estereotipados e 
restritos de interesse; adesão inflexível a 
rotinas ou rituais não-funcionais específicos; 
maneirismos estereotipados e repetitivos (tais 
como abanar a mão ou o dedo, balançar todo 
o corpo); e preocupação persistente com 
partes de objetos (Ex.: a textura de um 
brinquedo, as rodas de um carro em 
miniatura). O diagnóstico de um transtorno 
autístico também requer desenvolvimento 
anormal em pelo menos um dos seguintes 
aspectos: social, linguagem, comunicação ou 
brincadeiras simbólicas/imaginativas, nos três 
primeiros anos de vida. 
Tratamento: O tratamento do autismo será 
feito por uma equipe multi e interdisciplinar. O 
autismo é um comprometimento permanente 
e a maioria dos indivíduos afetados por esta 
condição permanece incapaz de viver de 
forma independente. A maioria das crianças 
com autismo apresenta melhora nos 
relacionamentos sociais, na comunicação e 
nas habilidades de autocuidado quando 
crescem. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
• MURAHOVSCHI J, Pediatria – Diagnóstico + 
Tratamento - 7ª Ed. 2013 
• NELSON - Tratado de Pediatria - 2 Vols. - 
19ª Ed. 2013 
• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da 
criança: acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento infantil / 
Ministério da Sau ́de. Secretaria de 
Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2002. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicac
oes/crescimento_desenvolvimento.pdf. 
Visitado em julho de 2020.

Continue navegando