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10 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou Exame físico geral Prof.ª Milena Pimentel | 06.08.2021 Tripé: exame clínico, exames laboratoriais e equipamentos mecânicos ou elétricos. Os 2 últimos dependem sempre dos dados clínicos; EXAME CLÍNICO Engloba anamnese e exame físico. SUPERFÍCIES CORPORAIS REGIÕES DA CABEÇA 1: frontal, 2: parietal, 3: occipital, 4: tempo- ral e 5: infratemporal. REGIÃO DA FACE 6: nasal, 7: bucal, 8: mentual, 9: orbital; 10: infraorbital; 11: da bochecha; 12: zigomá- tica e 13: parotideomassetérica. REGIÕES CERVICAIS 14: cervical anterior, 15: esternocleidomas- tóidea, 16: cervical lateral e 17: cervical posterior. REGIÕES TORÁCICAS 18: infraclavicular, 19: mamária, 20: axilar e 21: esternal. REGIÕES DO ABDOME 22: hipocôndrio, 23: epigástrio, 24: lateral (flanco), 25: umbilical, 26: inguinal (fossa ilíaca) e 27: púbica ou hipogástrico. REGIÕES DORSAIS 28: vertebral, 29: sacral, 30: escapular, 31: infraescapular, 32: lombar, 33: supraesca- pular e 34: interescapulovertebral. REGIÃO PERINEAL 35: anal e 36: urogenital. 11 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou REGIÃO DO MEMBRO SUPERIOR 37: deltoidea, 38: braquial anterior, 39: braquial posterior, 40: cubital anterior, 41: cubital posterior, 42: antebraquial anterior, 43: antebraquial posterior, 44: dorso da mão e 45: palma da mão. REGIÃO DO MEMBRO INFERIOR 46: glútea, 47: femoral anterior, 48: femoral posterior, 49: genicular anterior, 50: geni- cular posterior, 51: crural anterior, 52: crural posterior, 53: calcânea, 54: dorso do pé e 55: planta do pé. PRECAUÇÕES BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO Boa relação médico-paciente; As mãos devem ser lavadas antes e após executar o exame; Uso de luvas (quando manipular mucosas e cavidade bucal, lesões cutâneas); Uso do jaleco é indispensável; Uso de EPI (equipamento de proteção in- dividual) quando contato com líquidos corporais; Vacinação completa; Pode ser dividido em: Exame físico geral / ectoscopia / somatos- copia; Exame físico dos diferentes sistemas; PONTOS-CHAVES Manter a sala com temperatura agradá- vel; Respeitar a privacidade do paciente; Evitar interrupções; Prestar atenção às expressões faciais do paciente e perguntar se está tudo bem; Manter o paciente informado de cada passo para deixá-lo tranquilo; ETAPAS DO EXAME FÍSICO Inspeção Palpação Percussão Ausculta “Paciente só se sente verdadeiramente „examinado‟ quando está sendo inspecionado, palpado, percutido, auscultado, pesado e medido”. INSPEÇÃO Inicia-se na anamnese; Sentido da visão; “Fundamental ter em mente as características normais da área a ser examinada”. Inspeção geral e inspeção direcionada; Instrumentos de auxílio: lupa, lanterna, otoscópio, oftalmoscópio, etc; “Deve-se sempre respeitar o pudor do paciente e desnudá-lo somente na região a ser examinada”. “Desnudamento das partes genitais gera constrangimento; examinador deve sempre demonstrar respeito”. PALPAÇÃO Sentidos do tato (superficial) e pressão (profundo); Confirmar suspeitas após inspeção; Modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibi- lidade, volume, dureza, além de percep- ção de frêmito, elasticidade, crepitações, vibrações, pulsações, edemas; 12 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou “Regiões dolorosas devem ser identificadas e palpadas por último”. SEMIOTÉCNICA DA PALPAÇÃO Palpação com a mão espalmada (uma ou ambas); Palpação com uma das mãos superpon- do a outra; Palpação com polpas digitais e parte ven- tral dos dedos; Palpação com polegar e indicador for- mando uma pinça; Palpação com dorso do dedo ou das mã- os (para avaliar temperatura); Digitopressão; Puntipressão; Fricção com algodão; Palpação bimanual (glândulas salivares, toque ginecológico); Vitopressão (diferencia eritema de púrpu- ra); “Cometem-se mais erros por não olhar do que por não saber”. PERCUSSÃO Vibrações e sons sentidos através dos tipos de percussão executados no paciente; “Deve-se observar não apenas o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada”. SEMIOTÉCNICA DA PERCUSSÃO Digito-digital e percussão direta; Piparote; Punho percussão com mão fechada; Percussão com a borda da mão; TIPOS DE SONS Maciços: regiões desprovidas de ar (coxa, nível do fígado, coração e baço). Semelhante à percussão de uma mesa. Submaciço: existência de ar em quantida- de restrita. Timpânico: área que contém ar (sobre os intestinos e o fundo do estômago – espa- ço de Traube). Semelhante à percussão do tambor. Claro pulmonar: tórax normal. AUSCULTA “Ausculta consiste em ouvir, com auxílio de estetoscópio, sons produzidos pelo corpo”. Estetoscópio: Olivas auriculares; Armação metálica; Tubos de borracha; Receptores; Campânula e diafragma; SEMIOTÉCNICA DA AUSCULTA Ambiente silencioso para boa ausculta; Posição do paciente e do examinador (à direita); Instrução do paciente de maneira ade- quada; Escolha correta do receptor; Aplicação correta do receptor; “Nunca se deve auscultar sobre as roupas”. INTRODUÇÃO AO EXAME FÍSICO GERAL Avaliação do estado geral; Avaliação do nível de consciência; Fala e linguagem; Avaliação do estado de hidratação; Altura e antropometria; Peso e avaliação da nutrição; Desenvolvimento físico; Fáceis, atitudes e decúbito preferido no leito; Pele, mucosa e fâneros; Tecido celular subcutâneo e panículo adi- poso; Musculatura, movimentos involuntários; Edema, temperatura corporal, exame de linfonodos; Circulação colateral; Postura e atitude em pé, biótipo, marcha; AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE A primeira impressão do paciente ao exami- nador no primeiro contato. Bom estado geral (BEG) Regular estado geral (REG) Grave estado geral (GEG) 13 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou SINAIS VITAIS PULSO – FREQUÊNCIA CARDÍACA Artéria radial; Palpação do pulso radial por um minuto; Frequência, amplitude e ritmo; Frequência normal: 60-100 bpm; Bradicardia < 60 bpm; Taquicardia > 100 bpm; FREQUÊCIA RESPIRATÓRIA Eupneia: frequência, amplitude e ritmo normal; FR: 12-20 ipm; Taquipneia: aumentado; Bradipneia: baixa; Dispneia: desconforto; TEMPERATURA Normal: Axilar: 35,5° – 37° Bucal: 36° – 37,4° Retal: 36° – 37,5° Febre leve ou febrícula: 37° - 37,5° Febre moderada: 37,5° - 38,5° Febre elevada: > 38,5 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Avaliação neurológica e psiquiátrica; Perceptividade; Reatividade; Deglutição; Reflexos; OBNUBILAÇÃO Nível de consciência pouco comprome- tido; Paciente permanece em estado de alerta ainda que algo diminuído; SONOLÊNCIA Paciente é facilmente despertado, res- ponde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta a dormir. CONFUSÃO MENTAL Perda de atenção, pensamento não cla- ro, respostas lentas; Não há percepção normal de tempo e espaço; TORPOR/ESTUPOR Alteração de consciência mais forte; Paciente é capaz de ser despertado por estímulos mais fortes e tem movimentos es- pontâneos; COMA Paciente não é despertado por estímulos fortes e não tem espontâneos; “Falência das funções encefálicas”. 14 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou NOVA ESCALA DE GLASGOW (2018) Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação: 2 pontos: nenhuma reatividade em ambasas pupilas; 1 ponto: sem reação em apenas uma das pupilas; 0 pontos: caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente; Abertura ocular (1-4) + Resposta verbal (1-5) + Resposta motora (1-6) - Reatividade pupilar (0-2) PERCEPTIVIDADE Resposta a uma ordem simples – “feche os olhos e mostre a língua”; Orientação no tempo e no espaço – “on- de está e que dia é hoje?”; Execução de um cálculo simples; REATIVIDADE Reação de orientação e de alerta; Examinador provoca um ruído e observa se o paciente o localiza com os olhos, com abertura e movimentação; FALA E LINGUAGEM Disfonia ou afonia (rouquidão); Dislalia (crianças / gagueira); Disartria (alterações nos músculos de fona- ção / parkisonismo); Disfasia (incompreensão na fala ou lingua- gem); Disgrafia (não consegue escrever a pala- vra que falou); Dislexia (não consegue falar a palavra que leu); AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO Leve ou grau 1: perda de peso de 5% Moderada ou grau 2: perda de peso de 5% - 10% Grave ou grau 3: perda de mais de 10% DADOS ANTROPOMÉTRICOS Peso e estatura; Envergadura em mmss em abdução a 90°; Circunferência abdominal: Homens até 102 cm. Mulheres até 88 cm 15 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou IMC: peso/altura² Normal: 19 - 20 Sobrepeso: 25 - 30 Obesidade grau I: 30 - 34,9 Obesidade grau II: 35 – 39,9 Obesidade grau III: > 40 (mórbida) VARIAÇÃO DE PESO Magreza: redução do peso em 10-15% dos valores ponderais (em função de estatura, sexo e idade). Constitucional ou patológi- ca; Caquexia: extrema magreza com com- prometimento do estado geral do pacien- te, desnutrido, doenças consumptivas; Obesidade central ou androide: gordura concentrada em tórax e abdômen; Obesidade periférica ou ginecoide: gor- dura concentrada em quadril e coxas; AVALIAÇÃO DO ESTADO DE DESNUTRIÇÃO Peso, musculatura, panículo adiposo, desen- volvimento físico, estado geral, pele, pelos e olhos. Desnutrição grau 1: déficit de peso superior a 10%. Desnutrição grau 2: déficit de peso superior a 25%. Desnutrição grau 3: déficit de peso superior a 40%. PELE, FÂNEROS E UNHAS Coloração; Continuidade ou integridade; Umidade; Textura; Espessura; Temperatura; Elasticidade; Mobilidade; Turgor; Sensibilidade; Pelos e cabelos: Tipo de implantação; Distribuição; Quantidade; Coloração; Brilho, espessura e consistência; Unhas: Forma de implantação; Espessura; Superfície; Consistência; Brilho e coloração; Mucosas: Conjuntivas oculares; Mucosa labiobucal, lingual e gengival; Observar coloração: Hipocorada Hipercorada Icterícia Cianose Presença de lesões; Umidade; FÁCIES “Rosto característico da doença”. FÁCIES NORMAL/ATÍPICO Facilmente reconhecidas por todos. FÁCIES HIPOCRÁTICA Indica doença grave, perto da morte. Olhos fundos, parados e inexpressivos; Quase sempre coberto de suor, palidez cutânea e discreta cianose labial; 16 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou FÁCIES RENAL Edema ao redor dos olhos é predominan- te com presença de palidez cutânea; FÁCIES LEONINA Lesões da hanseníase. Pele espessa; Grande n° de lepromas de tamanhos vari- ados e confluentes, a maior parte na fron- te; Supercílios caem; Nariz espessado; Bochechas e mento se deformam pelo aparecimento de nódulos; Lábios mais grossos; Aspecto de “cara de leão”; FÁCIES ADENOIDEANA Nariz pequeno e afilado; boca entreaber- ta; Dificultam a respiração; FÁCIES PARKINSONIANA Cabeça inclinada para frente; Olhar fixo, supercílios elevados, fronte en- rugada – expressão de espanto. FÁCIES BASEDOWIANA Indica hipertireoidismo. Olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes. FÁCIES MIXEDEMATOSA Indica hipotireoidismo. Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca com sulcos acentuados; Expressão de desânimo e apatia; FÁCIE DE ACROMEGÁLIA Saliência das arcadas supraorbitárias, pro- eminência das maçãs do rosto; Nariz, lábios e orelhas aumentados; 17 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou FÁCIES CUSHINGOIDE / LUA CHEIA Uso de corticoides. Rosto bem arredondado com atenuação dos traços faciais; FÁCIES MONGOLOIDE Indica síndrome de Down. Rosto arredondado, boca entreaberta; Expressão de pouca inteligência; FÁCIES DEPRESSIVAS Cabisbaixo com olhar voltado para o chão; FÁCIES PSEUDOBULBAR Indica aterosclerose cerebral. Súbitas crises de choro ou riso involuntá- rias, mas conscientes; FÁCIES DE PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA Assimetria da face; impossibilidade de fechar as pálpebras; repuxamento da boca para o lado. FÁCIES DE HUTCHINSON OU MIASTÊNICA Indica miastenia gravis. Testa franzida e cabeça levantada; FÁCIES DE DEFICIENTE MENTAL Boca entreaberta com salivação, além de estrabismo; Olhar desprovido de objetivo, olhos não fi- xam em nada; FÁCIES ETÍLICAS Olhos avermelhados e face ruborizada; Hálito etílico; 18 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou FÁCIES ESCLERODÉRMICA Imobilidade facial. ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO Posição adotada pelo paciente por comodi- dade, hábito ou para alívio de algum pade- cimento. Decúbito: dorsal, ventral e lateral. ORTOPNÉICA Posição adotada para aliviar falta de ar por insuficiência cardíaca, asma brônquica ou ascite volumosa. GENUPEITORAL Facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico. POSIÇÃO DE CÓCORAS Proporciona alívio da hipóxia generalizada. Observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica; POSTURA PARKINSONIANA Ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. 19 4° Período B | 1° AF |Semiologia I Maria Diva Costa Alves | @medivou MUSCULATURA TROFICIDADE Massa da própria musculatura; Normal Hipertrófica Hipotrófica TONICIDADE Estado de contração. Tônus normal Hipertonicidade Hipotonicidade MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS Tremores; Movimentos coreicos; Hemilbalismo (abruptos, violentos), lesões extrapiramidais; Mioclonias (contrações musculares leves); Tiques; Convulsões; Tetania (convulsões tônicas – periferia); Fasciculações (contração rítmica); Distonias (posturas grotescas); ENFISEMA SUBCUTÂNEO Existência de bolhas de ar abaixo da pele; Palpar com a mão deslizando sobre regi- ão suspeita (sensação de crepitação); Pneumotórax; Grangrenas gasosas; CIRCULAÇÃO COLATERAL Presença de circuito venoso anormal visí- vel ao exame da pele; Indica dificuldade ou impedimento do flu- xo sanguíneo; Aspectos analisados: Localização Direção do fluxo sanguíneo Presença de frêmitos ou sopro EDEMA Localização; Características; Sinais flogísticos (inflamação);
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