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DISLEXIA-ULTRAPASSANDO-AS-BARREIRAS-DO-PRECONCEITO-DIAGRAMADA-1

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Dislexia: Ultrapassando 
as Barreiras do Precon-
ceito 
 
 02 
 
 
 
1. Conceituação e Classificação das Dificuldades de 
Aprendizagem 4 
Consciência Fonológica na Dislexia 7 
 
2. Dislexia e Discalculia: Avaliação e Intervenção 13 
 
3. Impactos Psicossociais das Dificuldades de Aprendizagem
 18 
Desenvolvimento Motor 19 
 
4. Estrategia de Ensino Frente a Dislexia 25 
Estratégia de Ensino Frente a Dislexia. 26 
 
5. Referências Bibliográficas 31 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
1. Conceituação e Classificação das Dificuldades de 
Aprendizagem 
 
 
Fonte: blog.psiqueasy.com.br1 
 
islexia é um transtorno de 
aprendizagem que, após alguns 
estudos feitos por especialistas, che-
garam à conclusão de que esse trans-
torno trata-se de um defeito no cére-
bro, afetando a memória visual, difi-
cultando assim, o aprendizado e re-
conhecimento das palavras e letras. 
A dislexia tem sido um dos assuntos 
mais estudados nos últimos anos, 
devido à dificuldade de diagnóstico e 
enfrentamento. 
Segundo LERNER (2003), na 
sua etimologia, a palavra “dislexia” é 
constituída pelos radicais “dis” que 
significa dificuldade ou distúrbio, e 
“lexia”, que significa leitura no latim 
 
1 Retirado em blog.psiqueasy.com.br 
e linguagem no grego, ou seja, o 
termo dislexia refere-se a dificulda-
des na leitura ou a dificuldades na 
linguagem, porém, a ideia de que se 
relaciona a um distúrbio na leitura 
parece ser aquela que é mais consen-
sual. 
TELES (2009) acrescenta que 
“a dislexia é caracterizada por difi-
culdades na correção e/ou fluência 
na leitura de palavras e por baixa 
competência leitora e ortográfica. 
Estas dificuldades resultam tipica-
mente de um déficit no componente 
fonológico da linguagem que é fre-
quentemente imprevisto em relação 
a outras capacidades cognitivas e às 
D 
 
 
5 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
condições educativas. Secundaria-
mente podem surgir dificuldades de 
compreensão leitora, experiência de 
leitura reduzida que podem impedir 
o desenvolvimento do vocabulário e 
dos conhecimentos gerais”. (Associ-
ação Internacional de Dislexia, 
2003, cit. por Teles, 2009). 
Estudos realizados de resso-
nância magnética, mostraram dife-
rença no funcionamento cerebral e 
seu desenvolvimento. Pode ser indi-
cado também por um componente 
genético, tendo em vista, que a mai-
oria das crianças com transtornos 
possuem um familiar que apresenta 
esse mesmo transtorno. 
A dislexia é um transtorno 
neurológico, que afeta todos os tipos 
de origens e pessoas, caracterizada 
por dificuldade na precisão de reco-
nhecimento das palavras, decodifi-
cação de mensagens e soletração, re-
duzindo a capacidade de compreen-
são e leitura, resultante no déficit de 
processamento fonológico. 
Segundo WAJNSZTEJN 
(2005) a dislexia é um distúrbio 
neurológico, que sucinta uma difi-
culdade específica de leitura escrita. 
É possivelmente de origem congê-
nita e hereditária, “sendo talvez, o 
mais comum, entre a população, 
com taxas que variam de 5 a 17% da 
 
2 Facilidade demasiada de se desviar a 
atenção por estímulos externos insignificantes. A 
população” (WAJNSZTEJN, p. 119, 
2005). 
A criança diagnosticada com 
dislexia tem problemas de interação 
e autoestima baixa por serem rotula-
das de preguiçosa e desinteressadas, 
se sentem excluídas do meio social, 
devido aos obstáculos de aprendi-
zado. 
O diagnóstico de dislexia mui-
tas vezes vem do âmbito escolar, 
onde são diagnosticados a dificul-
dade de leitura, escrita, reconheci-
mentos de silabas palavras e símbo-
los. A desatenção e a hiperatividade 
são um dos fatores a serem observa-
dos pelo educador, essas caracterís-
ticas podem atrasar o aprendizado e 
consequentemente seu desenvolvi-
mento. 
De acordo com MUSZKAT, 
MIRANDA, RIZZUTTI (2012, p. 64) 
pode se dizer que: 
Os sintomas de desatenção in-
cluem: dificuldade em sustentar a 
atenção pelo tempo necessário, difi-
culdade em alternar o foco entre 
duas ou mais tarefas, perdas e es-
quecimentos de objetos, dificuldade 
em memorizar e em recordar infor-
mação já aprendida, desorganiza-
ção, elevada distratibilidade2 (ser 
facilmente distraído da tarefa devido 
a estímulos irrelevantes – que po 
distratibilidade é um dos sintomas do quadro da 
síndrome da alteração de humor. 
 
 
6 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
dem ser externos, como ruídos, ou 
internos como os próprios pensa-
mentos ou as ideias. 
Os sintomas de hiperativi-
dade/impulsividade incluem: difi-
culdade em esperar sua vez, dificul-
dade em permanecer sentado, qui-
eto, quando isso é necessário, balan-
çar as mãos ou os pés quando tem 
que permanecer sentado, interrom-
per ou se intrometer nos assuntos 
dos outros, falar demais, etc. 
No momento dessa percepção 
é imprescindível o apoio das partes 
envolvidas, como familiares e 
equipe pedagógica, para trabalha-
rem juntos em prol do desempenho 
e desenvolvimento, em buscas de 
práticas pedagógicas especificas. 
É importante não rotular o in-
divíduo como incapaz ao aprendi-
zado, pois o uso de métodos de ensi-
nos específicos pode auxiliar e muito 
na aquisição de conhecimento. 
Segundo FREIRE (2009). É 
essa condenação que é imposta à cri-
ança portadora de Dislexia e Trans-
torno do Déficit de Atenção com Hi-
peratividade, nos processos normais 
da educação formal. Os transtornos 
que a afetam impossibilitam ou difi-
cultam sua alfabetização. A liberta-
ção da condenação que é a supera-
ção das limitações decorrentes do 
transtorno virá pela ação do profes-
sor. Seu olhar atento, sua cumplici-
dade com o sucesso da criança e sua 
intervenção efetiva mudarão os ru-
mos da história de vida dessa cri-
ança. 
O histórico pode auxiliar no 
diagnóstico da dislexia, se o indiví-
duo vem apresentando sinais de di-
ficuldade para se desenvolver dentro 
do que é ensinado na sala de aula, 
durante o ano letivo, ele precisa ser 
acompanhado de perto para uma 
avaliação de comportamento, sinto-
mas e características específicas. 
O indivíduo disléxico precisa 
ser incluído no meio escolar, seja ele 
criança ou já adulto, tendo em vista 
que o estudo aprofundado da disle-
xia ocorreu há alguns anos, muitas 
dificuldades de aprendizagem apre-
sentadas por pessoas no passado fo-
ram ignoradas ao longo dos anos. 
 
Não existe tal coisa como um 
processo de educação neutra. 
Educação ou funciona como um 
instrumento que é usado para 
facilitar a integração das gera-
ções na lógica do atual sistema 
e trazer conformidade com ele, 
ou ela se torna a "prática da li-
berdade", o meio pelo qual ho-
mens e mulheres lidam de 
forma crítica com a realidade e 
descobrem como participar na 
transformação do seu mundo. 
(Paulo Freire, 1997). 
 
Inserir o disléxico na leitura é 
desafiador, devido sua dificuldade 
em associação das letras e palavras, 
por isso o profissional deve ser capa-
 
 
7 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
citado e ter muita seriedade ao de-
senvolver métodos de ensinos espe-
cíficos, de acordo com os sintomas 
de distúrbio que ele apresentar, as-
sim de proporcionar um ensino de 
qualidade e aprendizagem significa-
tiva. 
A dislexia não é objeto apenas 
dos profissionais que atuam na área 
clínica, mas também do profissional 
da educação, que diante de postura 
pedagógica correta podem facilitar o 
processo de ensino e aprendizagem 
do aluno na escola. É necessário dei-
xar claro que existem algumas crian-
ças que recebem o auxílio de profis-
sionais em áreas clinicas especificas 
e ajudas complementares, como re-
forço e aulas particulares, no en-
tanto é importante frisar que mesmo 
que algumas crianças não recebam 
atendimento complementaresem 
áreas clinicas ou até mesmo extra-
curriculares, muitas vezes, por ques-
tões financeiras ou falta e entendi-
mento dos pais, seu desempenho 
não será prejudicado, pois a ajuda 
correta de um professor pode provo-
car a evolução do seu desenvolvi-
mento. 
O diagnóstico da dislexia pode 
ser identificado através: 
 Da leitura: dificuldades em ler 
palavras isoladas e soletrar, 
leitura incorreta, lenta reque-
rendo muito esforço. 
 Compreensão: O disléxico tem 
dificuldade de entender o que 
é lido e compreender a se-
quência e a relações das pala-
vras. 
 Ortografia: Dificuldade nas 
palavras, omitindo letras e 
substituindo vogais e letras de 
forma incorreta. 
 Escrita: Erros gramáticos, difi-
culdade de expressar escrita e 
ideias, pontuação e falta de or-
ganização dos parágrafos. 
 Baixo desempenho: dificulda-
des em exercer atividades pro-
postas, testes e avaliações, ha-
bilidades abaixo do esperado. 
 
As dificuldades dos disléxicos 
podem ser identificadas na fase ini-
cial da alfabetização e o acompanhar 
durante toda sua vida acadêmica, 
por isso o professor é atuante no de-
senvolvimento do aluno, desde a 
identificação do diagnostico, acom-
panhando seu desenvolvimento e 
progresso. 
 
Consciência Fonológica na 
Dislexia 
 
O diagnóstico começa na cons-
ciência fonológica, dificuldades na 
fala e reconhecimento das letras, po-
dendo evoluir para aspectos relacio-
nadas a leitura, soletração e decodi-
ficação das palavras. Os disléxicos 
não apresentam rendimento favorá-
vel na fase inicial de alfabetização, 
defasando assim também a área ma-
temática, trazendo problemas no 
 
 
8 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
aprendizado durante sua vida esco-
lar. 
Segundo Medeiros e Oliveira 
(2008) O termo consciência fonoló-
gica foi definido como a percepção 
de que as palavras são construídas 
por diversos sons. Tal conceito diz 
respeito tanto à compreensão de que 
a fala pode ser segmentada quanto à 
habilidade de manipular esses seg-
mentos. 
Existem alguns tipos de disle-
xia que podem auxiliar no diagnós-
tico, a criança pode apresentar algu-
mas delas, ou até mesmo todas, 
como no caso da dislexia mista, para 
que isso aconteça, é necessário que 
seja observada e avaliada sua condi-
ção e seu desempenho para o diag-
nóstico preciso. 
Tipos de Dislexia: 
 Dislexia adquirida: Acontece 
no leitor competente, que 
perde sua capacidade e habili-
dade de leitura, devido a uma 
lesão cerebral. 
 Dislexia Evolutiva ou de De-
senvolvimento: Se revela no 
indivíduo no início da apren-
dizagem, devido as dificulda-
des apresentadas na leitura. 
 Dislexia Disfonética: Dificul-
dade de integração da letra e 
do som, onde a palavra lida 
não assimilada com a soletra-
ção, substituição da semântica 
é a mais frequente. 
 Dislexia Diseidética: Dificul-
dade em decifrar os sons e le-
tras, altera a ordens da pala-
vra, grafemas e fonemas, 
omissões e acréscimos de con-
soantes e vogais na palavra. 
 Dislexia visual: Dificuldade na 
visualização do fonema, na co-
ordenação motora, percepção 
visual comprometida. 
 Dislexia auditiva: Deficiência 
na memória auditiva, impossi-
bilitando a audição correta e 
cognitiva do fonema. 
 Dislexia mista: Combinação 
de uma ou mais tipos de disle-
xia. 
 
Lembrando que alguns aspec-
tos fisiológicos podem afetar a cri-
ança durante seu aprendizado, como 
problemas emocionais, depressão, 
ansiedade e stress, que também pre-
judicam seu rendimento, é valido 
que o papel dos pais e professores, 
na atenção devida de certos compor-
tamentos, auxiliam na identificação 
real da causa do desinteresse ao 
aprendizado. 
A criança disléxica pode ser 
sensibilizada por aspectos e situa-
ções adversas, como o comprometi-
mento de linguagem, desatenção, 
funções executivas prejudicadas, co-
ordenação motora comprometida e 
problema psicossocial que também 
interfere em seu desenvolvimento. 
Os problemas da dislexia são 
inúmeros, embora sejam mais visí-
veis em crianças, que despertam a 
 
 
9 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
desconfiança do professor e familiar 
em alguns de seus comportamentos, 
mesmo assim, existem desafios a se-
rem executados ao longo de sua vida 
escolar. 
É sempre importante que após 
a percepção de certos comporta-
mento os responsáveis procurem a 
ajuda de um profissional adequado 
para o auxílio correto, sendo esses: 
psicólogo, fonoaudiólogo ou psico-
pedagogo para um diagnóstico pre-
ciso. 
Para SILVA (2015) as dificul-
dades e os transtornos de aprendiza-
gem que se apresentam na infância 
têm forte impacto sobre a vida da 
criança, de sua família e sobre o seu 
entorno, isso devido aos prejuízos 
que acarretam em todas as áreas do 
desenvolvimento pessoal. Nesta ver-
tente, faz-se necessário que os en-
volvidos no processo educativo este-
jam atentos a essas dificuldades, ob-
servando se são momentâneas ou se 
persistem há algum tempo. 
O professor desempenha a 
função motivacional no uso ade-
quado de matérias didáticas e estra-
tégicas, métodos específicos de en-
sino que o impulsione a aprender. 
Mesmo não havendo cura para a dis-
lexia, o amparo do professor e da fa-
mília amenizam os obstáculos pro-
porcionando segurança para uma 
convivência em sociedade. 
A atividade diversificada é ci-
tada por Silva (2004): Há uma 
grande necessidade de atividades di-
versificadas que envolvam tanto a 
expressão corporal como o sabor, o 
cheiro, a cor e a expressão plástica. 
Aprender não é falar sobre, é fazer! ” 
E “para aprender bem, é necessário 
estar envolvido” (Silva 2004, p. 44 e 
p. 56). 
Compreender o distúrbio de 
aprendizagem é consentir que a lei-
tura e a escrita são essenciais para o 
bom desempenho educacional. As 
manifestações de desinteresses di-
dáticos, podem estar relacionadas 
ao distúrbio de aprendizagem. Os 
desconhecimentos dos distúrbios 
podem trazer prejuízos multifatori-
ais. 
O ambiente escolar é com-
posto por vários distúrbios presen-
tes na vida dos alunos, no decorrer 
dos anos letivos, que apresentam ca-
racterísticas diferentes entre eles, no 
decorrer se sua vida discente, po-
dendo esses, serem diagnosticados 
bem no início, é de fácil tratamento, 
aqueles que apresentam dificulda-
des e que custam ser diagnosticado, 
prorrogam ainda mais o acesso ao 
aprendizado. 
Algumas características de 
aprendizado podem ser encontradas 
com mais facilidade nos anos inici-
ais, mas, mesmo sendo exposta ao 
período de aprendizagem, a criança 
 
 
10 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
deve contar com um apoio do pro-
fessor em analisar o seu quadro es-
tudantil e as dificuldades encontra-
das por ele durante esse período. 
Dentre esses principais distúr-
bios está a dislexia, que dentro do 
âmbito da aprendizagem, causa al-
guns desconfortos na criança diante 
da dificuldade de ler e escrever cor-
retamente as palavras. 
Com o surgimento dessas difi-
culdades a escola se vê responsável 
em assumir seu papel de responsa-
bilidade, papel esse, que promove a 
inclusão de forma correta desses 
alunos na aprendizagem, buscando 
recursos diversos, com metodologia 
avançada, equipamentos inovados e 
didáticas que incentivam o aprendi-
zado. 
Essa perspectiva trouxe con-
sigo a inclusão de crianças que mui-
tas vezes por não apresentarem ne-
nhum um tipo de deficiência física, 
eram deixadas de lado e seu desinte-
resse era taxado de preguiça. Essa 
inclusão trouxe benefícios também 
para outros tipos de distúrbios como 
TDH, TDA, Déficit de atenção, dis-
calculia e outros. 
Saber quais são os tipos de dis-
túrbios existentes dentro do parâ-
metro escolar já é um bom passo 
rumo ao desenvolvimento. O profis-
sional deve ser capacitado para 
atuar frente a esse diagnóstico, para 
que as taxas de analfabetismo sejam 
reduzidas. 
 
 
Fonte:4daddy.com.br 
 
O contexto educacional 
abrange muitos fatores comporta-
mentais da criança, como intelec-
tual, físico, social e moral. 
Segundo Cruz et al. (2018, p. 
204) “atuar em educação é lidar com 
a formação e a informação que o su-
jeito traz consigo, bem como traba-
lhar com o conhecimento científico, 
que abrange o comportamento, a 
cultura, a crença, e o afetivo”. 
O pedagogo tem a função de 
identificar os alunos disléxicos e 
suas características principais, como 
A dificuldade de descrita e leitura. 
Essa condição o possibilita de ver as 
falhas e reais problemas de aprendi-
zado e a aprimorar o seu método de 
ensino para favorecer e potenciali-
zar o conhecimento. 
A dislexia pode permanecer 
até a vida adulta da criança e seu 
 
 
11 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
processo de aprendizado é lento, fa-
zendo necessário a sensibilidade dos 
educadores e da família em atender 
esse processo. 
Alguns percalços aparecem na 
vida escolar de todos os seres huma-
nos em seus anos iniciais, mas vale 
ressaltar que o aluno disléxico apre-
senta dificuldades com as palavras, 
na escrita e leitura delas, propria-
mente dita. 
 
 
Fonte: www.nationalgeographicbra-
sil.com 
 
Portanto, o apoio da família e 
da comunidade escolar é um fator 
determinante para diminuírem a 
gravidade do impacto da dificuldade 
de aprendizagem. 
A inclusão do aluno determina 
a aceitação da família e sua própria 
aceitação, é um direito do estudante 
ter o apoio necessário em seu desen-
volvimento de aprendizagem, dando 
a ele o entendimento que o aprendi-
zado não se dá sempre da mesma 
forma, existem maneiras de ensinar 
e maneiras de aprender. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
2. Dislexia e Discalculia: Avaliação e Intervenção 
 
 
Fonte: neurosaber.com.br3 
 
 dislexia tem seu diagnóstico 
clínico, não existe exame espe-
cifico que a diagnostique ou causa 
patológica, o professor em si não 
consegue realizar esse diagnóstico, 
mas em sua pratica diária de obser-
vação pode identificar as dificulda-
des de aprendizado, podendo contar 
com a ajuda de outros profissionais 
em áreas diversas para avaliar sua 
causa e efeito. Analisar o aluno im-
plica na percepção de suas possibili-
dades e dificuldades e como lidar 
 
3 Retirado em neurosaber.com.br 
com elas, portanto o professor preci-
sar estar capacitado em sua forma-
ção, tendo o conhecimento ade-
quado para intervir no seu desenvol-
vimento. 
O aluno disléxico possui carac-
terísticas especificas durante seu de-
senvolvimento escolar, algumas 
causas mais frequentes: 
 Desinteresse pelo conteúdo 
trabalhado dentro da sala e 
aula. 
 Falta de compreensão do lhe é 
A 
 
 14 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
passado, pois sua compreen-
são se dá de outra forma. 
 Dificuldades no reconheci-
mento das letras e facilidades 
em troca-las dentro das pala-
vras. Uma dessas característi-
cas é dificuldade de diferenci-
ação entre uma e outra, tro-
cando p por b, ocasionando a 
confusão de palavras seme-
lhantes como: faca e fada. 
 Desorganização de pensamen-
tos e memórias, causando es-
quecimento de nomes, dias da 
semana e inversão da ordem 
alfabética. 
 Possui o sistema fonológico 
prejudicado, prejudicando a 
leitura da palavra por com-
pleto, a leitura silabicamente 
do disléxico traz uma intros-
pecção e vergonha em ler em 
público. 
 
O diagnóstico correto no início 
pode promover o acompanhamento 
e o tratamento adequado para o dis-
túrbio de aprendizado, contando 
com a ajuda de um profissional ade-
quado, o disléxico tem chances e po-
tencial de se adaptar facilmente di-
ante das intercorrências sociais. 
Crianças com transtorno de 
aprendizagem possuem a dislexia do 
desenvolvimento, podendo também, 
apresentar a discalculia do desen-
volvimento. 
Mesmo a discalculia sendo 
menos conhecida, elas podem ter re-
lação entre si, considerando que a 
dislexia decorre da dificuldade de 
aprendizagem do disléxico em assi-
milar as letras, formas, números e 
identificação símbolos, tais dificul-
dades também influenciam em seu 
aprendizado matemático. 
A discalculia é uma deficiência 
na aprendizagem, dificuldades em 
entender conceitos, números, sím-
bolos e funções matemáticas. A dis-
calculia afeta o desenvolvimento 
matemático, comprometendo a ha-
bilidade de fazer cálculos e funções 
operacionais. Esse distúrbio de 
aprendizagem atrapalha o indivíduo 
não somente em sua vida escolar, 
mas em seu cotidiano, impossibili-
tando à realização de desafios. 
Sua manifestação pode se dar 
em combinações diferentes, dentro 
de outros transtornos de aprendiza-
gem, como déficit de atenção, hipe-
ratividade e dislexia. 
Tipos de Discalculia e suas di-
ficuldades: 
 Discalculia verbal: dificuldade 
na enumeração e nomeação de 
números, símbolos ou termos 
matemáticos. 
 Discalculia practognóstica: Di-
ficuldade na comparação, enu-
meração e manipulação de ob-
jetos reais e imagens. 
 Discalculia léxica: Dificuldade 
na leitura de símbolos mate-
máticos. 
 Discalculia gráfica: dificul-
dade em escrever símbolos 
matemáticos. 
 
 15 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
 Discalculia ideognóstica: Difi-
culdades em compreender a 
matemática e seus conceitos e 
em realizar operações men-
tais. 
 Discalculia operacional: Difi-
culdade em reproduzir cálcu-
los numéricos e operações. 
 
A discalculia é uma dificul-
dade de aprendizado que envolve es-
pecificamente a área matemática, 
portanto, muitos indivíduos podem 
apresentar um excelente desempe-
nho em outras disciplinas, mas apre-
sentar dificuldade de aprendizado 
matemático. 
Segundo Farrell (2008, p.76), 
“a classificação começa com as dis-
tinções simples, com o “igual” e “di-
ferente” e se estende a classificações 
mais complexas, como agrupar for-
mas com o mesmo número de lados 
e ângulos”. 
Essa dificuldade caracteriza 
deficiência no aprendizado, indiví-
duos que apresentam discalculia 
não conseguem interpretar o sen-
tido de problemas operacionais, 
causando desinteresse pela disci-
plina. 
A relação entre dislexia e dis-
calculia está associada a aprendiza-
gem, devido a algumas falhas e alte-
rações no cérebro de origem neuro-
biológicas, que causam a desorgani-
zação espacial, que interferem na or- 
ganização de números matemáticos, 
assimilação de gráficos e espaço, re-
conhecimento das letras, formas e 
símbolos, ocasionando dificuldade 
na leitura, escrita e cálculos mate-
máticos. 
De acordo com Luís de Mi-
randa Correia (2008, as dificuldades 
de aprendizagem específicas dizem 
respeito à forma como um indivíduo 
processa a informação – a recebe, a 
integra, a retém e a exprime –, tendo 
em conta as suas capacidades e o 
conjunto das suas realizações. 
As dificuldades de aprendiza-
gem específicas podem, assim, ma-
nifestar-se nas áreas da fala, da lei-
tura, da escrita, da matemática e/ou 
da resolução de problemas, envol-
vendo défices que implicam proble-
mas de memória, preceptivos, moto-
res, de linguagem, de pensamento 
e/ou metacognitivos. 
Estas dificuldades, que não re-
sultam de privações sensoriais, defi-
ciência mental, problemas motores, 
défice de atenção, perturbações 
emocionais ou sociais, embora 
exista a possibilidade de estes ocor-
rerem em concomitância com elas, 
podem, ainda, alterar o modo como 
o indivíduo interage com o meio en-
volvente.” (Correia, 2008, p. 46). 
O bom desenvolvimento da 
leitura deve passar pela sala de aula, 
pois as dificuldades apresentadas 
pelo aluno podem ser solucionadas 
 
 16 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
com recursos didáticos e uso de me-
todologias especificas, através de in-centivos que promovam nele um 
agente facilitador de seu próprio 
aprendizado, tirando o foco das difi-
culdades e focando em seu verda-
deiro potencial no processo da aqui-
sição da linguagem. 
O exercício de atividades com-
plementares ajuda no desempenho 
das funções e relacionamento social, 
quanto mais o aluno é envolvido so-
cialmente dentro do ambiente esco-
lar, mais serão suas experiências po-
sitivas e sua capacidade evolutiva. 
 
 
Fonte: revistacrescer.globo.com 
 
A dislexia e discalculia não 
tem cura, mas existem tratamentos 
que auxiliam nesse distúrbio, a 
ajuda da família também contribui 
para o tratamento, o conhecimento 
especifico do assunto, a busca por 
ajuda profissional, o acompanha-
mento escolar e familiar auxiliam no 
desenvolvimento do aprendizado, 
evitando problemas futuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
3. Impactos Psicossociais das Dificuldades de 
Aprendizagem 
 
 
Fonte: veja.abril.com.br4 
 
mpactos psicossociais são pro-
blemas psicológicos e sociais, 
que envolvem questões escolares e 
de comportamento na vida de um 
indivíduo, tais problemas trazem 
consigo alguns impactos que cau-
sam transtornos que dificultam o 
aprendizado e sua adaptação ao 
meio social. 
Segundo Bronferbrenne 
(1989, p.191) o autor associa o de-
senvolvimento à um conjunto de 
processos na qual a pessoa está su-
jeita desde o nascimento até a 
 
4 Retirado em veja.abril.com.br 
morte, tendo em conta as suas parti-
cularidades e a do meio onde ela está 
a agir e interagir, provocando a mu-
dança de características da mesma. 
O desenvolvimento deve ser abor-
dado de forma contínua por etapas 
onde focaliza mais nas interações do 
sujeito com os seus contextos de 
vida. 
Alguns fatores podem detectar 
esses transtornos como a depressão, 
ansiedade, mudança repentina de 
humor, agressividade, comporta-
mento passível ou desinteressado, 
I 
 
 19 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
transtornos psicóticos e alimentares 
entre outros. 
Problemas psicossociais ten-
dem a dificultar o futuro da criança, 
por isso, uma intervenção para a 
prevenção do aumento dessas ques-
tões que dificultam o aprendizado, 
as causas e consequências desses 
problemas, precisam ser identifica-
das, e muitas delas estão relaciona-
das a falta de atenção necessária, a 
causa e efeito desses problemas tão 
comuns na idade escolar. 
São as experiências vividas na 
infância que promovem a interação 
social. O ambiente em que se vive 
tem o poder de construir na criança 
uma visão de si mesma, aceitação, 
capacidade de construção do pró-
prio ser e desenvolvimento socioafe-
tivo. 
Segundo ZABALZA (1992), a 
nível relacional é importante que a 
escola complemente a família e que, 
ao mesmo tempo, se estabeleçam 
padrões diferentes de relação de ma-
neira a que a criança vá alargando o 
espectro de fórmulas relacionais 
(com os adultos, com os professores 
e com os companheiros). 
Acrescenta ainda, que a escola 
infantil pode prestar uma grande co-
laboração como agente social capaz 
de dinamizar o seu meio, de enten-
der a cultura, de disseminar critérios 
para uma melhoria da educação fa-
miliar e para uma melhoria das con-
dições ambientais que afetam o de-
senvolvimento integral da criança. 
ZABALZA (1992) 
O desenvolvimento do ser hu-
mano, passa por diversos fatores, 
que podem influenciar durante toda 
sua vida suas noções afetivas, cogni-
tivas e motoras. No desenvolvi-
mento infantil não é diferente, a fase 
da segunda infância é responsável 
pelo progresso em sua adaptação so-
cial, aprendizagem e melhoria nas 
aptidões físicas e psicomotoras. 
Nessa fase, a criança adquire 
um controle motor responsável pe-
los seus movimentos, que a permite 
aprender sobre seus limites, relacio-
nar com o meio inserido, solucionar 
problemas e desenvolver sua capaci-
dade intelectual. 
Para o desenvolvimento cor-
reto das habilidades motoras é ne-
cessário que o ambiente esteja pro-
pício a isso, proporcionando à cri-
ança a capacidade de manifestar ati-
vidades, enquanto seu corpo loco-
move. 
 
Desenvolvimento Motor 
 
O desenvolvimento motor é o 
amadurecimento do desenvolvi-
mento do sistema nervoso central, 
onde ocorrem alterações motoras 
progressivas, como a capacidade de 
 
 20 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
locomover, alcançar equilíbrio, inte-
ração com o meio e ter movimentos 
reflexivos. 
 O desenvolvimento motor va-
ria de criança para criança, se a cri-
ança apresentar algum problema 
motor é indispensável o acompa-
nhamento de um especialista. O seu 
bom desenvolvimento se torna um 
preventivo, frente as dificuldades de 
aprendizado, prevenindo as habili-
dades cognitivas das crianças e seu 
desempenho como discente. 
Para um bom desenvolvi-
mento motor, é necessário estimular 
a criança, proporcionando um ambi-
ente propício para livre exploração, 
com brinquedos que provoquem os 
sentidos e chamem sua atenção, 
contando histórias com livros edu-
cativos, músicas, cantigas e fazendo 
gestos que estimulem a movimenta-
ção dos membros, deixando o es-
paço livre para sua locomoção e ma-
nipulação dos objetos. 
Existem fatores que influen-
ciam na dificuldade de aprendiza-
gem, gerando déficit no desenvolvi-
mento motor, indicando caracterís-
ticas de vulnerabilidade na criança. 
Alguns critérios devem ser analisa-
dos para avalição do padrão fora da 
realidade normal. 
Crianças que apresentam difi-
culdades motora em seu desenvolvi-
mento também encontram dificul-
dades no aprendizado no seu perí-
odo inicial escolar, que prejudicam a 
leitura, escrita, cálculos e a socializa-
ção. 
De acordo ELIAS (2003) e RA-
PAPPORT (1981), a dificuldade de 
aprendizagem é apresentada ou per-
cebida no momento do ingresso for-
mal da criança na escola. É um perí-
odo de crucial importância para o 
desenvolvimento, em que o indiví-
duo deve cumprir tarefas de desen-
volvimento, como adquirir compe-
tências nas relações interpessoais, 
sair-se bem na escola, aprender a ler 
e a escrever e manter uma conduta 
governada por regras. 
 O déficit no desenvolvimento 
comportamental pode ser diminu-
ído com estímulos adequados inseri-
dos na rotina da criança, através do 
uso de técnicas especificas nos anos 
iniciais de aprendizado, isso tende a 
minimizam esse déficit e promover 
melhor interação social. 
A dificuldade escolar e atrasos 
no desenvolvimento da criança po-
dem apresentar algumas caracterís-
ticas, como problema na fala, es-
crita, interpretações de texto, cálcu-
los, alterações neurológicas, senso-
riais, mentais e dificuldade de inte-
ração. 
Esses atrasos são resultantes 
da exploração de áreas do seu desen-
volvimento formando um conjunto 
 
 21 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
de provas especificas para sua iden-
tificação. 
Os fatores externos contri-
buem para um mal desenvolvimento 
escolar da criança, como problemas 
familiares, falta de compreensão dos 
responsáveis, desmotivação, ausên-
cia de afetos e incentivo ao ensino. 
Sabe-se que essa realidade causa im-
pactos seríssimos em sua vida, a cri-
ança que não é impulsionada a 
aprender de forma correta, desen-
volve características desacreditadas 
de si mesmo. 
O fracasso escolar é uma reali-
dade que precisa ser mudada, as de-
sigualdades sociais e culturais facili-
tam ainda mais essa realidade. Di-
ante dessa realidade surge os desa-
fios de novas formas de ensino, di-
dáticas e metodologias para forma-
ção de profissionais adultos compe-
tentes em suas funções sociais e ap-
tos às relações saudáveis. 
A área pedagógica tem a capa-
cidade de desenvolver na criança o 
poder de acreditar em seu potencial,através do fortalecimento dos víncu-
los, que a estimule ao aprendizado 
continuo, o professor é peça funda-
mental para a construção do ser de 
forma integral da mesma. 
Mesmo sabendo que o psicos-
social influencia o intelectual, a evo-
lução da criança no ensino-aprendi-
zagem depende exclusivamente da 
singularidade da criança e do bom 
desempenho do professor em for-
mar competências de acordo com 
que acredita ser o potencial da cri-
ança, estabelecendo uma relação de 
confiança e empatia para o seu de-
senvolvimento pleno. 
As crianças que apresentam 
dificuldades de aprendizagem tam-
bém apresentam dificuldades em 
outras áreas de sua vida. Muitos fa-
tores podem influenciar, como: fa-
mília, financeiros, econômicos e so-
ciais. O acompanhamento psicoló-
gico pode auxiliar na prevenção de 
dificuldades de aprendizagem. 
A família é a base da socie-
dade, e quando passa por situações 
complexas advinda de problemas fi-
nanceiros, saúde, econômico e ou-
tros, pode sim ter tamanha influên-
cia na qualidade de vida do indiví-
duo. 
É na família que se recebe a 
educação, tem influência sobre o de-
senvolvimento psicossocial da cri-
ança e integração na sociedade, po-
rém, se existir falhas nessa integra-
ção social, haverá também prejuízos. 
Segundo Oliveira (1955), a so-
cialização não acontece por mero 
acaso, há todo um processo que se 
inicia no seio da família e posterior-
mente alarga-se para fora dela. Esse 
processo deve ser conduzido de 
modo que as crianças ao fazerem 
 
 22 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
parte de novos grupos sociais adqui-
ram e incorporem os padrões do 
meio onde quer que se encontrem. 
O papel de socialização da cri-
ança tem sido terceirizado cada vez 
mais cedo. As instituições de ensino, 
creches e jardim de infância tendem 
a desempenhar a função de sociali-
zar essas crianças e prepará-las para 
viver em sociedade. Muitas delas são 
recebidas em situações familiares 
muitos difíceis, com carência de 
afeto, educação e até mesmo alimen-
tação adequada. 
Para compreender melhor o 
impacto psicossocial na vida dessas 
crianças, é necessário olhar para 
dentro da realidade de vida de cada 
uma e o ambiente instável em que 
vivem. 
Segundo Pimenta e Pinto 
(1999) existem um conjunto de fato-
res comportamentais e estruturais 
na qual o desenvolvimento está 
constantemente a ser influenciada 
por ela, do mesmo modo que o fator 
idade também não foge à regra 
tendo em conta que ela caracteriza 
sucessivamente alterações qualitati-
vas, e esta pode se acontecer por es-
tádios ou períodos e deve ser enca-
rada de forma dinâmica visto que 
nem sempre acontece da mesma 
forma. 
É nas instituições de ensino 
que acontece a relação em grupo da 
criança, a forma de se relacionar en-
tre eles determinam a aceitação e 
essa relação tem influência dos fa-
miliares, pois da mesma maneira 
como se relacionam em casa, tam-
bém se relacionam em grupo. 
Bento (2004) afirma que a cri-
ança necessita do outro para o seu 
desenvolvimento e aprendizagem, é 
através das interações com o grupo 
que ela se desenvolve e socializa, ex-
perimenta a cooperação, a amizade, 
a aceitação e o respeito. 
 
 
Fonte: veja.abril.com.br 
 
As formas disciplinares dos 
pais influenciam nos traços de per-
sonalidade da criança, interferindo 
em seu autoconceito e em como se 
relacionar com o outro. 
Sendo assim, a família tem 
forte poder de influência no desen-
volvimento psicossocial da crença, 
que não recebendo o afeto e a com-
preensão necessária dentro de casa, 
 
 23 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
tende se a comportar de forma 
agressiva em sociedade, causando 
prejuízos no aprendizado. 
De acordo com PAPALIA 
(2004), o desenvolvimento psicos-
social não ocorre de forma compar-
timentada, as relações estabelecidas 
em casa têm impacto nas relações 
estabelecidas fora de casa. 
Os problemas e os prejuízos 
que envolvem as famílias são exten-
sos, a falta de cuidado, ausência, ali-
mentação, educação, abandono e 
outros fatores já mencionados. 
Esse ambiente se torna propí-
cio a insegurança e desinteresse em 
aprendizado, porque a criança que 
não recebe afeto tende a se sentir re-
jeitada e acaba rejeitando os outros. 
Levando isso para o contexto 
externo, a criança deixa de prestar 
atenção naquilo que faz parte da in-
fância, para ser um sobrevivente, e 
em muitos dos casos abandonam a 
escola para trabalhar, ou muitas ve-
zes, entram por caminhos violentos 
de tráfico como meio de sobreviver. 
O desenvolvimento psicosso-
cial melhora a capacidade de apren-
dizado, mesmo sofrendo algumas 
interferências de fatores externos, o 
professor pode contribuir para o 
aprendizado do aluno, promovendo 
a interação dele com o meio, fortale-
cendo os laços de confiança, com-
preendendo seus diferentes com- 
portamentos e a maneira correta de 
lidar com eles, extraindo meios de 
trabalhar de acordo com sua linha 
de pensamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 25 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
4. Estratégia de Ensino Frente a Dislexia 
 
 
Fonte: www.opopular.com.br5 
 
 ensino infantil manifesta 
algumas intercorrências nos 
anos iniciais de cada criança. O 
processo de adaptação, o 
distanciamento familiar, o convite a 
um novo aprendizado, dificuldades 
de familiarização, toda essa 
mudança significativa de rotina 
pode trazer alguma dificuldade de 
desenvolvimento. 
É nos anos iniciais da vida 
escolar que as crianças apresentam 
algumas características da dislexia, 
a observação adequada de 
 
5 Retirado em www.opopular.com.br 
comportamento durante esse 
período auxilia no diagnóstico 
correto. Muitos pais podem associar 
a dificuldade do seu 
desenvolvimento com um período 
novo de adaptação, prolongando 
ainda mais a investigação, o olhar 
clinico pode mudar essa situação. 
É necessária uma avaliação 
fonoaudióloga na criança, 
apresentando ela dificuldades 
preceptivas ou não, um olhar clínico 
sobre a criança ajuda para uma 
investigação mais precisa, 
O 
 
 26 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
identificando as causas e possíveis 
dificuldades de leitura e 
compreensão das palavras, se a fala 
está de acordo com sua faixa etária, 
havendo algum atraso, as 
providencias cabíveis devem ser 
tomadas, para a assistência correta 
do seu desenvolvimento. 
Pesquisas relacionadas ao 
ensino infantil mostram que o 
déficit de atenção ocorre nesse 
período, é importante que seja 
identificado sinais subjetivos de 
alteração na fala, reconhecimento 
das letras, desinteresse escolar, fala 
incompreensível, comportamento 
alterado, dificuldade de 
memorização, concentração em 
falar o próprio nome e dos colegas. 
O processamento fonológico é 
uma das causas da dislexia, não 
conseguir se manifestar de forma 
adequada, pronunciamento incor-
reto das palavras, incompre-ensão 
correta da divisão de palavras, não 
associação de sons e letras, falta de 
conexão entre fonemas e grafemas, 
situações de recusa constado de 
leitura, está relacionada a 
problemas fonológico. 
Reconhecer o problema é o 
primeiro passo para o tratamento, 
incrementar novos métodos de 
estímulos, estratégicas e 
possibilidades de ensino. 
O professor precisa estar 
atento às dificuldades da criança, 
quanto aos prejuízos de linguagem, 
dificuldade na decodificação as 
palavras e compreensão de leitura, 
tais crianças podem ser disléxicas e 
ter sua leitura comprometida. 
Alunos que apresentam dificuldades 
ortográficas omitem palavras da 
frase e a escreve de forma incorreta, 
possuindo uma escrita inadequada. 
Diante das dificuldades 
apresentadas, temse a dúvida de 
quais são as estratégias a serem 
usadas para o ensino frente a 
dislexia, as abordagens corretas 
utilizadas dentro do contexto 
escolar, o melhor método a ser 
aplicado e a melhor elaboração de 
propostas. 
O professor com o uso das 
técnicas corretas pode provocar o 
estimulo adequado para o 
desenvolvimento da aprendizagem 
na criança, dando a ela a consciência 
correta de fonologia e sua 
importância. O uso adequado dos 
métodos pode variar, mas a essência 
de ensino é a mesma, provocar na 
criança o interesse pelo 
aprendizado, e promover o 
conhecimento adequado de como 
cada disciplina funciona facilita esse 
processo. 
 
Estratégia de Ensino Frente a 
Dislexia. 
 
Para estimular a consciência 
fonológica, a atenção da criança 
 
 27 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
precisa estar voltada para o 
ambiente de ensino, muito deles tem 
dificuldades de concentração, é 
importante que o professor chame a 
atenção para o som que está sendo 
emitido, de forma que ele possa 
conseguir identificar de onde vem a 
sua sequência e localização, 
associando o som a uma imagem ou 
coisa e diferenciando um som do 
outro. Esse estimulo provoca na 
criança uma percepção auditiva, 
capacidade de concentração, e 
identificação de ordem e sequências. 
No sequenciamento das 
palavras a criança aprende sobre a 
formação de frases, fazer com que 
ela pense numa frase e a coloque 
sobre a mesa juntando-as e 
formando as silabas, isso ajuda na 
produção de pensamento, a 
entender que as palavras seguem 
uma ordem e que são elas que dão o 
significado da silabas. 
Os jogos lúdicos auxiliam na 
separação das palavras, formando 
silabas, esses jogos ajudam na 
percepção de que elas são formadas 
por sequencias menores, 
estimulando a pulsação da voz. O 
abrir e fechar da boca auxilia na 
fonação da criança. 
Rimas são estratégicas de 
ensino que ajudam na verbalização 
das palavras, dando uma percepção 
de sons e fala, aperfeiçoando sua 
consciência, as poesias infantis e 
músicas dá o conceito de criação de 
rimas, promovendo a imaginação da 
criança para criá-las. 
A técnica de desenvolver a 
consciência de fonema, auxilia na 
comparação das palavras, pois, leva 
a criança por meio de um espelho 
observar sua fala, distinguindo e 
identificando a pronuncia dos 
fonemas, observar as articulações e 
a falas dos colegas, ajudam na 
comparação e compreensão das 
palavras. 
A introdução das letras e da 
escrita e suas associações, traz o 
entendimento do alfabeto e seu 
sistema, é importante para criança a 
assimilação das vogais e consoantes, 
memorizando suas formas, a 
diferença entre elas, nesse processo 
o fonema pode ser inserido dando a 
ela a percepção das letras e os sons 
que elas emitem. 
Segundo Hennigh (2003, 
p.35), o professor deve seguir cinco 
princípios de aprendizagem para 
ajudar crianças com disléxia: o 
primeiro princípio diz respeito aos 
métodos de ensino-aprendizagem, o 
professor deve utilizar os diversos 
estímulos sensoriais, uma vez que, 
segundo a autora, as crianças 
aprendem melhor através deles; o 
segundo princípio, a autora refere 
que o professor deve promover uma 
“visão positiva da leitura” pois, 
alunos com dislexia demontram 
 
 28 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
pouca motivação para a leitura; o 
terceiro princípio assenta no facto 
que o professor deve valorizar e 
motivar o aluno de maneira a que, 
este não seja visto como o aluno 
disléxico, mas sim um aluno da 
turma; no quarto princípio, a autora 
defende que o professor e a turma 
devem estar em constante entre-
ajuda em relação ao aluno com 
dislexia; no quinto e último 
princípio a autora afirma que o 
professor deve elaborar diversas 
atividades que vão ao encontro das 
dificuldades específicas de um aluno 
disléxico, tais como reforçar as 
competências da leitura, 
reconhecendo a palavra através do 
som e das letras. 
 
 
Fonte: eshoje.com.br 
 
 
 
 
 
A dislexia requer 
complexidades de ensino, adotando 
estratégias para a melhoria da 
leitura e da escrita, dentre desse 
contexto é importante que o aluno se 
sinta bem e disposto ao 
aprendizado. Mesmo sabendo que 
um dos fatores que engloba a 
dislexia é a desatenção, se faz 
necessário o uso de plataformas 
diversas para o ensino, incluindo a 
tecnologia ou não. 
As atividades propostas pelos 
educadores devem impactar o aluno 
positivamente, levando a cons-
cientização, memorização, co-
nhecimento dos sons e letras, dando 
consciência de fonológica e desejo 
pela leitura. 
O professor é responsável em 
gerir todo o conteúdo, podendo 
conter, jogos, brincadeiras, caça-
palavras, rimas, jogo de forca, 
amarelinhas, instrumentos musicais 
entre outros, que prendam a atenção 
da criança, que o envolva durante o 
ensino. 
Mesmo sabendo que o 
aprendizado disléxico é um grande 
desafio para o aluno, se torna 
também um desafio para o 
professor, que precisa adaptar e 
flexibilizar o ensino de modo que 
 
 
 
 
 
 29 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
todos consigam aprender juntos. 
Muitos profissionais se 
reinventam para promover a 
inclusão ao ensino ao mesmo tempo 
e para todos dentro da mesma sala 
com características de 
aprendizagem diferentes. 
O princípio fundamental das 
escolas inclusivas consiste em todos 
os alunos aprenderem juntos, 
sempre que possível, indepen-
dentemente das dificuldades e das 
diferenças que apresentam. Estas 
escolas devem reconhecer e 
satisfazer as necessidades diversas 
dos seus alunos, adaptando-se aos 
vários estilos e ritmos de 
aprendizagem, de modo a garantir 
um bom nível de educação para 
todos através de currículos 
adequados, de uma boa organização 
escolar, de estratégias pedagógicas, 
de utilização de recursos e de uma 
cooperação com as respetivas 
comunidades (UNESCO,1994, p.11). 
Aprender algo novo é 
desafiador, principalmente para o 
disléxico, por isso, o uso de 
estratégias especificas tende a 
motivar o ensino para romper as 
barreiras de dificuldades existentes 
durante todo o caminho do saber. 
A aquisição de conhecimento 
envolve processos e esse caminho 
envolve desafios, é necessário que a 
família esteja aberta ao diálogo e ao 
conhecimento, vencendo as 
barreiras do preconceito, indo em 
buscar de ajuda e tratamento 
adequado, obtendo sucesso no 
desenvolvimento intelectual e 
aprendizagem escolar da criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 30 
31 
 
 
DISLEXIA: ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS DO PRECONCEITO 
31 
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