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Medidas de direções Permite em campo através de equipamentos, realizar a medida das direções, e a partir delas calcular os ângulos horizontais e verticais. 1. Ângulo Horizontal Formado por dois planos verticais que contêm as direções formadas pelo ponto ocupado pelo teodolito e os pontos visados. Como é medido na horizontal, o instrumento deve estar nivelado, além de exigir uma pontaria o mais próximo possível do ponto, para evitar erros. 2. Ângulo Vertical Formado entre a linha horizonte (plano horizontal) e a linha visada. Medido no plano vertical que contém os pontos, podendo variar de 0° a +90° (acima do horizonte) e 0° a -90°(abaixo do horizonte). 3. Instrumentos de medir ângulos Denominados goniômetros, existem desde mais arcaicos até mais sofisticados. Atualmente os goniômetros de luneta são fabricados em apenas duas modalidades: os teodolitos e as estações totais. 3.1.Teodolito São destinados à medição de ângulos verticais ou direções horizontais, com o objetivo de determinar ângulos internos ou externos de uma poligonal. Podem ser classificados quanto à: - Finalidade; topográficos, geodésicos ou astronômicos. - Forma; ópticos, mecânicos ou eletrônicos. - Precisão (desvio padrão de acordo com a NBR 13133); baixa (≤ ±30”), média (≤ ± 0,7”) ou alta (≤ ± 0,2”). Um complemento indispensável é o tripé, composto pelo prato, com um parafuso para fixar o teodolito e três pés de madeira ajustáveis. 3.1.1. Círculos Graduados (limbos) Podem ter escalas demarcadas de diversas maneiras. A luneta da visada utilizada no topo, geralmente tem ampliação de 30 vezes. Os níveis de bolha podem ser esféricos (menos precisos), tubulares, ou digitais em instrumentos mais sofisticados. 3.1.2. Evolução da leitura no limbo Para se conseguir mais precisão na graduação dos limbos e facilitar a leitura dos mesmos, foram adicionados aos limbos (círculos horizontais graduados) de teodolitos antigos, verniers ou nônios circulares e nos óticos a leitura angular é realizada com o auxílio de microscópio ótico. A leitura eletrônica dos limbos, se dá por transparência, através de um círculo de cristal com regiões claras e escuras (transparentes e opacas) codificadas através de um sistema de fotoleitura e de fotodiodos detectores da luz que atravessam o círculo graduado. 3.2. Estações Totais Tratam-se de um conjunto constituído por um teodolito eletrônico (responsável pelas medidas angulares), um distanciômetro eletrônico (que realiza as medidas lineares e um processador Matemático. Então, com uma estação total, a partir de medidas obtidas em campo, é possível adquirir outras informações como: distância horizontal entre os pontos A (equipamento) e B (refletor), a partir de uma orientação prévia. Além disso, esse equipamento pode ser configurado para realizar correções na obtenção das medidas, considerando parâmetros como a constante de prisma (𝐾𝑝), e as condições ambientais. E também ajustar de acordo com as necessidades do levantamento em questão. 3.4. Focalização dos retículos Devem estar focalizados de forma que sejam vistos com nitidez. É indicado se observar uma superfície clara para alinha-los. 3.5. Focalização do objetivo É feita após a focalização dos retículos, e então testa no objeto que se deseja mirar para evitar paralaxe (deslocamento da imagem em relação ao retículo.) 4. Métodos de medida angular O aparelho pode estar ou não orientado (pela bússola ou norte geográfico) no sentido Ré, na Vante ou em Deflexão. - Aparelho orientado na Ré; Zera-se o instrumento na estação Ré e fazse a pontaria na estação de vante. - Aparelho orientado na Vante; Zera-se na estação de vante e faz- se a pontaria na estação de estação de Ré. - Em de deflexão; Prolonga-se a direção do ponto ré forçando a leitura de 180° e a partir do prolongamento, a deflexão pode ser positiva (leitura à direita) ou negativa (leitura à esquerda), sempre variando de 0° a 180°. 5. Técnicas de medição do ângulo horizontal As mais utilizadas são a dos pares conjulgados e a de medidas com repetição. 5.1. Pares conjulgados (PD e PI); Significa que é feita uma leitura na posição direta (PD) e na posição inversa (PI), e posteriormente a luneta é invertida. O ângulo final é dado por: 5.2. Medidas com repetição São usadas em equipamentos nos quais é possível fixar uma direção. No método, faz-se a leitura de direção inicial em AO, leitura𝑳𝟎 e depois leitura na outra direção𝑳𝟏. Então, fixando a leitura 𝑳𝟏, é feita a pontaria na direção AO novamente, para a leitura𝑳𝟐, repetindo o processo. Ao se fazer a pontaria em A, trava-se o movimento geral (que não altera o ângulo), pois não fica perfeita pontaria, sendo necessário o ajuste no parafuso micrométrico. Então, é solto o parafuso particular para medir o ângulo e é feita a pontaria em B. Feito isso, trava-se o particular novamente e ajusta-se seu parafuso micrométrico, fazendo a leitura 𝑳𝟐, solta-se o movimento geral, fazendo a visada em A. Trava-se o movimento geral novamente para ajustar o parafuso, e assim sucessivamente. O ângulo 𝜷 pode ser determinado genericamente por Sendo 𝑋 é o número de giros completos do círculo graduado e 𝑛 o número de ângulos medidos.
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