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Esôfago DISTURBIOS DE MOTILIDADE • Primários (só esôfago envolvido) x secundário (relacionado a doenças sistêmicas) • Avaliação diagnóstica por manometria, pHmetria, ultrassonografia endoscópica • Rx contrastado “esofagograma” o Iodo ou bário Distúrbios Primários ACALÁSIA • Doença rara, de etiologia desconhecida; • Provavelmente decorrente de distúrbio neurogênico; • Caracterizada por aperistalse e disfunção do EEI, causando dilatação esofágica em graus variados; • Tipicamente apresenta-se como uma disfagia lentamente progressiva para sólidos e líquidos, em indivíduo de meia idade. • Esofagite por estase é comum, podendo estar associada a ulcerações; • Aumenta o risco de neoplasia de esôfago em 28x; • Tratamento com dilatação pneumática ou miotomia de Heller. • ACHADOS DE IMAGEM o Esôfago dilatado, podendo se tornar tortuoso e redundante (dolicomegaesôfago) o Ausência de peristalse primária o Aspecto em "bico de pássaro" ou "chama de vela" caracterizado por estreitamento na região esofagogástrica com formato cônico e liso, refletindo a disfunção do EEI o Resíduo alimentar caracterizado por falhas de enchimento no interior do esôfago ESPASMO ESOFÁGICO DIFUSO • Distúrbio incomum, de causa desconhecida, que acomete a musculatura lisa do esôfago; • Diferentemente da acalasia, não afeta a transição esofagogástrica; • Clinicamente manifesta-se por dor torácica espontânea*, frequentemente acompanhada por disfagia; (diagnostico diferencial com IAM) • Devido a contrações repetitivas, o lúmen esofágico pode mostrar aspecto em “saca rolhas” ou “contas de rosário” (achado inespecífico). • O diagnóstico deve ser confirmado por estudo manométrico. • ACHADOS DE IMAGEM o Peristalse primária presente no esôfago cervical o Ausência intermitente de peristalse primária no esôfago torácico associada a contrações focais obstrutivas e formação de saculações e pseudodivertículos o Contrações repetitivas: o lúmen esofágico pode mostrar aspecto em "saca-rolha" ou "contas de rosário" o O diagnóstico de espasmos esofágico difuso deve ser confirmado por estudo manométrico ESÔFAGO EM QUEBRA-NOZES • Distúrbio de etiologia desconhecida, que acomete principalmente idosos; • Clinicamente se manifesta com dor torácica e disfagia; • Diagnóstico manométrico; • Frequentemente os exames de imagem são normais. Estreitamento da junção esofago-gástrica e dilatação do esôfago a montante, aspecto denominado em "bico de pássaro" ACALASIA DA CÁRDIA Contrações terciárias de alta amplitude - esôfago em rosário Ondas peristálticas terciárias por discinesia esofágica em paciente idoso. Este aspecto pode também ser denominado esôfago em "quebra-nozes". Distúrbios Secundários ESCLERODERMIA E OUTRAS DOENÇAS DO COLÁGENO • Esclerodermia é uma doença do colágeno caracterizada por fibrose e alterações degenerativas da pele, sinóvia e parênquima de múltiplos órgãos, inclusive o esôfago (85%); • Acomete a musculatura lisa do esôfago, com incompetência do EEI, levando a refluxo GE e disfagia; • ACHADOS DE IMAGEM o Dilatação moderada do esôfago proximal o Ausência de peristalse nos dois terços inferiores do esôfago o Região gastroesofágica aberta associada a refluxo / estenose péptica fusiforme distal o Pode ocorrer hérnia hiatal o Erosão e úlceras superficiais no esôfago distal o Saculações esofágicas com cólo largo DOENÇA DE CHAGAS • Causada pelo Trypanossoma cruzi, acomete o plexo mioentérico do esôfago e cólon, determinando alterações semelhantes às da acalásia; • Sintomas de obstrução esofágica na fase crônica da doença; • Testes sorológicos são decisivos no diagnóstico; pode-se tbm pedir EDA • Classificação de Resende: o Grau I – esôfago hipotônico e presença de bolha gástrica (asterisco) o Grau II – esôfago dilatado moderadamente e apresentando ondas terciárias frequentes o Grau III – esôfago dilatado e apresentando aspecto de "bico de pássaro" da cárdia; as ondas terciárias estão presentes, porém com menor frequência. o Grau IV – dolicomegaesôfago acinético e com aspecto de "bico de pássaro" da cárdia Dilatação esofágica com retardo de esvaziamento. Atrofia da musculatura lisa substituída por fibrose Megaesôfago Acentuada dilatação do esôfago, com restos alimentares, retardo no esvaziamento, retenção do contraste, afilamento distal e ondas terciárias (dolicoesôfago) O esfíncter fica incompetente Esofagites infecciosas ESOFAGITE POR CÂNDIDA • Esofagite infecciosa mais comum; • Clinicamente significativa (disfagia ou odinofagia de início agudo), frequente em imunossuprimidos e em pacientes com estase esofágica (acalásia/ esclerodermia); • ACHADOS DE IMAGEM o A sensibilidade do exame radiológico é ao redor de 90% o Múltiplas lesões "em placa" na mucosa de orientação longitudinal localizadas na metade proximal do esôfago torácico e com mucosa normal de permeio. Quando estas placas tendem a coalescer, assumem aspecto em " pedra de calçamento” ou "pele de cobra" o Mucosa com aspecto granular ou nodular o Espessamento irregular e longitudinal do pregueado mucoso simulando varizes de esôfago o Nos casos mais avançados pode-se observar o que é chamado de "esôfago despenteado" (shaggy esophagtts) o Em alguns pacientes, a presença de "bola fúngica" dentro do esôfago pode simular a forma polipoide do carcinoma de esôfago o Úlceras aftoides podem simular esofagite viral o Áreas de estenose em casos crônicos, perfuração e fístula traqueoesofágica ESOFAGITE HERPÉTICA • Causada pelo Herpes vírus tipo I em pacientes imunocomprometidos; • Clinicamente suspeitado por odinofagia aguda. Disfagia, dor torácica e menos comumente HDA podem acontecer • ACHADOS DE IMAGEM o Múltiplas úlceras pequenas (< 1 em), puntiformes, lineares ou estreladas, mais frequentemente no terço médio do esôfago falha de enchimento placa longitudinais Pseudodiverticulose intramural do esôfago - os pseudodiverticulos são ductos de glândulas submucosas dilatadas Em casos mais avançados o Nos casos mais avançados pode-se observar placas, algumas das quais confluentes, com padrão em " pedras de calçamento" e "esôfago despenteado" idêntico ao observado na esofagite por Candida. o Halo edematoso radiolucente ao redor das úlceras. ESOFAGITE POR CITOMEGALOVÍRUS • Presente quase exclusivamente em pacientes com SIDA; • Clinicamente caracterizada por odinofagia severa; • Ulceras grandes ESOFAGITE POR HIV • Consistem em úlceras esofágicas gigantes e com biópsias, lavados e culturas do esôfago não demonstrando nenhum agente viral ou fúngico em paciente com SIDA (diagnóstico de exclusão); • Clinicamente caracterizada por odinofagia aguda grave ou disfagia. • Podem estar relacionadas a síndrome da soroconversão, estando associada a úlceras na orofaringe no palato mole ou a rash maculopapular cutâneo na metade superior do tronco. Monilíase Aspecto de "esôfago despenteado", decorrente de múltiplas úlceras e placas pseudomembranosas. Em casos mais avançados Esofagite de refluxo • É a cauda mais comum de doença inflamatória do esôfago e de úlceras esofágicas; • O refluxo gastroesofágico é normal e não causa maiores complicações devido à peristalse natural do esôfago; • Refluxo persistente, que ocorre pela pressão diminuída ou ausente do EEI, predispõe a estenose esofágica, esôfago de Barret e adenocarcinoma; • Há relação entre refluxo gastroesofágico e hérnia gástrica hiatal ???? • Clinicamente apresenta-se com dispepsia, regurgitação, angina, odinofagia, difagia, rouquidão e tosse. • ACHADOS DE IMAGEM o Alterações da motilidade esofágica presentes em até 50% Espessamento nodular ou linear das pregas mucosas (aspecto "felino“) o Ulcerações múltiplas e superficiais no terço distal do esôfago que se caracterizampor imagens de adição puntiforrnes ou lineares associadas a halo radiotransparente e convergência de pregas mucosas o Pólipos esofagogástricos inflamatórios o Estenose inflamatória distal que pode estar acompanhada de saculações e pseudodivertículos e levar a dilatação a montante ESÔFAGO DE BARRET • Ocorre metaplasia colunar do esôfago distal por RGE ou esofagite de refluxo prolongados; • Condição pré- maligna (risco aumentado de adenocarcinoma); • Tríade radiológica: estenose esofágica alta (frequentemente associado a ulcerações), RGE e HGH Hérnia gástrica hiatal • Por deslizamento: quando a transição esofagogástrica encontrasse acima do hiato esofágico (99% dos casos); • Por rolamento ou paraesofágica: quando a transição gastroesofágica encontra-se em situação usual, mas o fundo gástrico ocupa a cavidade torácica; • Mistas: quando a transição gastroesofágica e o fundo gástrico encontram-se em situação intratorácica. • ACHADOS DE IMAGEM o A junção esofagogástrica encontra-se acima do hiato esofágico o A mucosa gástrica (mais espessa que a esofágica) encontra-se 2 cm ou mais acima do hiato diafragmático Na hérnia por rolamento (ou paraesofágica) o fundo gástrico encontra-se acima do hiato diafragmático, e a transição esofagogástrica, abaixo deste reparo anatômico o Na hérnia mista a TGE e o fundo gástrico encontram-se acima do hiato esofágico o Uma distância entre os pilares diafragmáticos, ao redor do esôfago, imediatamente acima do hiato diafragmático, superior a 2, 5 cm é considerada um sinal indireto de HGH Deslizamento Rolamento Deslizamento Hérnia de rolamento - o fundo gástrico encontra-se no mediastino posterior, acima do hiato diafragmático Neoplasia maligna de esôfago CARCINOMA ESPINOCELULAR • Carcinoma de Células Escamosas • Mais prevalente (80-90%), principalmente em idosos do sexo masculino; • Fatores de risco: tabagismo e etilismo; • Clínica: odinofagia, disfagia, anorexia, perda de peso e dor retroesternal persistente; • Diagnóstico: EDA + biópsia • ACHADOS DE IMAGEM o Lesões infiltrativas (mais comuns): estreitamento/ estenose luminar irregular associada a mucosa ulcerada ou nodular o Lesões polipóides: massa intraluminal lobulada o Lesões ulceradas: ulcerações meniscoides bem definidas, podendo estar associadas a trajetos fistulosos o Lesões varicóides: pregas longitudinais serpenginosas, espessadas e tortuosas, simulando varizes ADENOCARCINOMA • A maioria se desenvolve a partir do esôfago de Barret; • Clínica: disfagia e perda de peso; • Achados de imagem semelhantes e indistinguíveis do CEC, exceto porque o adenocarcinoma localiza-se preferencialmente no esôfago distal e transição esofagogástrica. • ACHADOS DE IMAGEM o Indistinguiveis dos observados no CEC o Adenocarcinoma localiza-se preferencialmente no esôfago distal e na transição esofagogástrica CEC de esôfago com invasão mediastinal e linfonodomegalia necrosada Divertículos esofágicos Estômago DOENÇA PÉPTICA • Mais frequente no duodeno, podendo ocorrer em qualquer local do estômago, ppte na pequena curvatura e antro; • Nas úlceras benignas, a inflamação crônica e a cicatrização podem causar retração da parede gástrica adjacente, com deformidade das pregas; • Nas úlceras malignas podemos ter efeito de massa, nodulações na mucosa adjacente, pregas mucosas grosseiras, aspecto lobulado ou irregular. GASTROPATIA HIPERTRÓFICA OU DOENÇA DE MÉNÉTRIER • Condição rara, de etiologia pouco clara, cuja principal característica é o acentuado espessamento de pregas mucosas gástricas, simulando a morfologia dos giros cerebrais; • Duas faixas etárias: infância (sexo masculino abaixo dos 10 anos), geralmente associada a infecção pelo CMV, cujo curso da doença é autolimitado, e adultos (55 anos), podendo ter curso progressivo; • Clinicamente: dor epigástrica + hipoalbuminemia (perda proteica no lúmen gástrico); TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST) • O termo GIST define um grupo de neoplasias mesenquimais que é destinto do músculo liso verdadeiro ou tumores neurais; • Podem ocorrer do esôfago até o ânus, sendo o estômago (corpo e fundo) o local mais comum (70%); • Podem ter um padrão exofítico (30- 40%), intramural (29-44%), endoluminal (18-22%) ou misto (16-20%); ADENOCARCINOMA GÁSTRICO • Representa mais de 90% dos tumores malignos do estômago; • Fatores predisponentes (hábitos alimentares e infecção por H pylori); VOLVO GÁSTRICO • É a rotação anormal do órgão (geralmente associadas a frouxidão ligamentar das estruturas de fixação, como os ligamentos hepatogástrico e gastrocólico; • ORGANOAXIAL o O estômago gira em seu maior eixo longitudinal, em torno da linha cardiopilórica. o Tende a causar sintomas crônicos, de modo intermitente. Frequente associação com HGI o o imagem espelhada da anatomia normal com reversão das curvas maiores e menores. • MESENTEROAXIAL o A torção ocorre ao longo do eixo longitudinal, em torno do ligamento hepatogástrico no sentido direita- esquerda ou esquerda-direita. o Habitualmente está associado a uma porção do cólon transverso aprisionado entre o diafragma e o estômago torcido. o Potencial de gravidade pelo comprometimento vascular e de obstrução da via de saída gástrica. o Deslocamento do antro acima da junção esofagogástrica. O estômago parece de cabeça para baico com o antro e o piloro superior ao fundo e corpo proximal.
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