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Introdução à Genética Médica Introdução O distúrbio congênito é uma anormalidade de estrutura, função ou metabolismo que está presente a partir do nascimento. Podem se manifestar no recém-nascido (como fendas nasopalatinas), começar a apresentar-se na infância (como na Distrofia Muscular de Duchenne) ou idades avançadas (como na Doença de Huntington). Esses distúrbios podem se manifestar com deficiências físicas, mentais, auditivas, visuais ou múltiplas. Classificação Etiológica Incluem causas genéticas e causas não-genéticas. Causas genéticas: podem ser de causa cromossômica, por alterações numéricas (trissomias, monossomias) ou estruturais (deleções, inversões, translocações). Também se dão por herança monogênica, quer autossômica (dominante ou recessiva) ou ligada ao X. Há ainda as de herança multifatorial (cânceres, doenças autoimunes, neurodegenerativas etc.), que ocorrem por variação contínua, limiar multifatorial ou distúrbios comuns. Causas não-genéticas: ligadas à exposição a teratógenos ou agentes teratogênicos, alguma substância, ser ou energia que interfira no desenvolvimento intrauterino, como na síndrome alcoólica fetal e na macrossomia fetal por Diabetes Gestacional. Esses agentes podem ser biológicos (Rubéola, Zika-Vírus, Toxoplasmose, Sífilis etc.), agentes químicos (álcool, tabaco, medicações etc.), agentes físicos (hipertermia materna, radiação ionizante) e doenças maternas (DM Gestacional, Fenilcetonúria). Aspectos Epidemiológicos Estima-se que 7,9 milhões de crianças com defeitos congênitos surjam mundialmente, levando a 3,3 milhões de mortes até 5 anos e 3,2 milhões de pessoas com deficiência permanente em países subdesenvolvidos ou pobres. As doenças genéticas são a 2° causa de mortalidade infantil no Brasil, e merecem atenção. Agravantes em países subdesenvolvidos: é comum a presença de fatores de risco genético, a alta exposição gestacional a teratógenos, uma deficiência de formação de recursos humanos da área da saúde em genética e baixa inserção de ações em sistemas de saúde. Fatores de Risco Genético Envolvem condições a que as populações podem se submeter e que elevam o risco de doenças genéticas. História familiar: o histórico familiar pode aumentar a incidência de heranças monogênicas, cromossomopatias estruturais e heranças multifatoriais. Consanguinidade parental: associa-se com herança monogênica e doenças multifatoriais. Origem étnico-geográfica: populações com relações sexuais restritas, como em certos grupos semitas, há propensão a doenças monogênicas e multifatoriais. Idade dos genitores: mães acima de 35 anos se associam a cromossomopatias numéricas e aneuploidias, enquanto pais acima de 40 anos trazem maior risco de doenças monogênicas autossômicas dominantes. Exposição a teratógenos: pode se dar tanto por uma falta de conhecimento dos pacientes quanto por prescrição inadequada de fármacos que devem ser contra-indicados. Ações de Prevenção e Atenção à Saúde Entre as ações implementadas pelo SUS, há cirurgias em fendas orofaciais, implante coclear, programa de triagem neonatal, assistência ventilatória à distrofia muscular, tratamento de osteogênese imperfeita, políticas nacionais de saúde para deficiência auditiva, doença falciforme e hemoglobinopatias, além de Diabetes e Autismo. Ainda se estendem ao enriquecimento da farinha de trigo com ácido fólico, vacinação contra a rubéola em adolescentes e a rede de atenção a pessoas com doenças raras. Necessidades de saúde: estima-se que 70% dos doentes com doenças raras podem tê-la curada, aliviada ou evitada. Assim, as necessidades desse grupo incluem controlar a morbidade da doença e suas complicações, reduzir a incapacidade, receber informações sobre seu diagnóstico e decidir sobre o planejamento familiar. Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Introdução à Genética Médica
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