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Resumo psicoterapia cognitiva Esquemas - o principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado, denominadas esquemas. Os esquemas são estruturas de interpretação e se dividem em P.A, crenças intermediária e crença central. Sistemas Psicológicos - a função de atribuição de significado é controlar os vários sistemas psicológicos; portanto, o significado ativa estratégias para adaptação. Interação entre os sistemas - as influencias entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas; se eu modifico um, acabo por atingir os outros. Cada esquema tem um sistema padrão - cada categoria de significados tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento. Isso é denominado especificidade do conteúdo cognitivo. Distorção cognitiva - os significado construídos pela pessoa são corretos ou incorretos em relação a um determinado fato; quando ocorre uma distorção cognitiva os significado são disfuncionais. Os indivíduos são pré dispostos - genética + ambiente + sujeito; os indivíduos são predispostos a fazer contribuições cognitivas falhas, essa predisposições são denominadas vulnerabilidades cognitivas. Cada psicopatologia tem sua distorção cognitiva característica - cada síndrome clínica tem esquemas característicos. Há significado público e privado - o significado público pode ter pouca implicações significativas para um indivíduo; já o significado privado inclui implicações, significados ou generalizações extraídas da ocorrência de eventos. Há 3 níveis de cognição - pré consciente ( não intencional e automático), consciente (consciência acerca dos esquemas), e o metacognitivo (inclui respostas realistas e adaptativas). Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação - os esquemas servem para nossa adaptação; assim, determinado estado psicológico (constituído pela ativação de sistemas) não é nem adaptativo nem mal adaptativo em si, mas em relação ao contexto do ambiente. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Axiomas da Teoria Princípios da Terapia Cognitiva A terapia está baseada em uma formulação contínua dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual em termos cognitivos (pensamentos, emoções e comportamentos); A terapia requer uma aliança terapêutica sólida; Enfatiza a colaboração e a participação ativa; É orientada para os objetivos e focada nos problemas; A terapia enfatiza inicialmente o presente; A terapia é educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída; A terapia visa ser limitada no tempo; As sessões são estruturadas - Seguir esse formato faz o processo da terapia ser mais compreensível para os pacientes e aumenta a probabilidade de eles serem capazes de fazer a autoterapia após o término; Ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais; A terapia cognitivo-comportamental usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento. Avaliando pensamentos automáticos Identificando pensamentos automáticos Os pensamentos automáticos são geralmente breves, e o paciente torna-se mais consciente da emoção que sente como resultado do que dos seus próprios pensamentos. Os P.A frequentemente estão na forma "abreviada", mas podem ser facilmente explicitados quando você pergunta sobre seu significado. P.A são afirmações e não perguntas. Os pensamentos automáticos podem ser na forma verbal, visual ou ambas. Existem 03 tipos de pensamento automático: (1) pensamento automático distorcido; (2) pensamento automático com conclusão distorcida; (3) pensamento automático inútil. Para identificar o pensamento automático do paciente, a pergunta básica é: "O que estava passando pela sua cabeça?". Mas ainda podemos: Perguntar como estava se sentindo e onde seu corpo vivenciava a emoção; Evocar uma descrição detalhada da situação problemática; Pedir ao paciente para visualizar a situação angustiante; Sugerir um role play; Evocar uma imagem; Tendo decidindo prestar atenção a um pensamento automático, o terapeuta tenta confirmar se vale a pena explorá-lo, perguntando ao paciente: o quanto ele acredita nesse pensamento, como esse pensamento o faz sentir- se emocionalmente, e o quão forte é essa emoção. Para questionar os pensamentos automáticos: Perguntas sobre evidências Explicações alternativas; Descatastrofização; Distanciamento. Caso o pensamento do paciente venha a ser correto, tentaremos então resolver o problema e descobrir o que há de tão ruim esse pensamento ser verdadeiro. Identificar as distorções cognitivas presentes nos pensamentos automáticos. Apresentar pensamentos opostos aos que você supõe que passaram na cabeça dele; Perguntar sobre o significado da situação; Fazer a pergunta de maneira diferente. Pensamento polarizado; Catastrofização; Desqualificação - "fui bem na prova por sorte"; Raciocínio emocional - "ainda sinto que não sei o suficiente"; Rotulação - "eu definitivamente não nasci pra fazer contas"; Magnificação/Minimização; Filtro mental - "fui bem em todas as provas, mas minha nota baixa no estágio me diz o quanto sou ruim"; Leitura mental - "o professor acha que não sei nada sobre isso"; Supergeneralização - "eu não tenho habilidade para fazer amigos"; Personalização; Deveria/tenho que - "eu deveria ser melhor a cada dia e me esforçar mais" Visão em túnel - "o professor é mal humorado, não dá aula direito". Crenças intermediárias De forma geral, as crenças intermediárias se referem a padrões de comportamentos, e a formas de ser no mundo. Para reconhecer uma crenças intermediária: (1) encontre um comportamento padrão; (2) encontre algo que complete a frase se então; (3) encontre um comportamento que se encaixe em eu tenho que. Diagrama de conceituação cognitiva. Se pergunte: como o paciente enfrentou esta crença nuclear dolorosa? Que crenças intermediárias o paciente desenvolveu? Por exemplo: "Se eu (me engajar na estratégia de enfrentamento), então ( a minha crença nuclear não pode se tornar realidade e ficarei bem). No entanto, se eu ( não me engajar na minha estratégia de enfrentamento), então (minha crença nuclear provavelmente vai se tornar realidade). É importante ter em mente que cada paciente pode desenvolver estratégias de enfrentamento para responder as mesmas crenças centrais. A dificuldade dos pacientes reside no uso excessivo dessas estratégias no detrimento de estratégias mais funcionais. Identificando crenças intermediárias: Reconhecendo quando uma crença é expressa como um pensamento automático; Apresentando a primeira parte de um pressuposto; Evocando diretamente uma regra ou atitude; Usando a técnica da seta descendente; Examinando os pensamentos automáticos e procurando temas em comum; Perguntando diretamente ao paciente; Revendo um questionário de crenças preenchido pelo paciente. Depois de identificar uma crença intermediária vc irá explicitá-la para o paciente para ver se faz sentido. Geralmente, é mais fácil para o paciente ver a distorção e testar a crença que está na forma de pressuposto do que uma crença que está na forma de regra ou atitude. Costuma ser útil o paciente examinar as vantagens e as desvantagens de continuar a manter uma dada crença. Para decidir quais estratégias usar para modificar determinada crença, você formula uma crença mais adaptativa. São técnicas utilizadas: Questionamento socrático; Experimentos comportamentais; Continuum cognitivo; Role Play intelectual emocional Usar outros como um ponto de referência; Agir "como se"; Autoexposição. Crenças Nucleares As crenças nucleares são as ideias mais centrais que o indivíduo tem sobre si. As pessoas desenvolvem essas crenças desde uma idade precoce, com sua predisposição genética para determinados traços de personalidade que interagem. É importante observar que os pacientes também podem ter crenças nucleares negativas a respeito de outras pessoas e do seu mundo. Além da técnica daseta descendente, você procura por temas nucleares nos pensamentos automáticos do paciente, por crenças nucleares expressas como pensamentos automáticos e evoca diretamente a crença nuclear. Você também pode examinar com o paciente vários pensamentos automáticos que ele teve em diversas situações e depois solicitar que chegue a uma conclusão em relação a um padrão. É importante que o paciente entenda o seguinte sobre uma crença nuclear: que ela é uma ideia, não necessariamente uma verdade; que, como uma ideia, ela pode ser testada. Ainda que ela pode ter suas raízes em eventos da infância e pode ou não ter sido verdade na época em que começou a acreditar nela. E que você e o paciente, trabalhando juntos, podem usar uma variedade de estratégias ao longo do tempo para mudar essa ideia. Tendo identificado uma crença nuclear negativa e formulado uma crença positiva, você trabalhará simultaneamente no enfraquecimento da primeira e no fortalecimento da segunda. Em primeiro lugar para isso, você evoca dados positivos do paciente; Em segundo, pode que o paciente exame suas experiências de uma nova maneira. É importante reavaliar com o paciente, ao longo do tempo, a intensidade com que ele acredita na sua nova crença nuclear, tanto a nível intelectual quanto emocional. Para modificar crenças nucleares: Planilha de crenças nucleares; Contrastes extremos; Usando histórias, filmes - ajuda o paciente a desenvolver uma ideia diferente de si incentivando- o a refletir sobre a visão que tem de personagens ou pessoas que compartilham da mesma crença. Teste histórico da crença nuclear - reestrutura as evidências que apoiam e contradizem as experiências primitivas. Reestruturando memórias primitivas - envolve a dramatização, reeditando um evento para ajudar o paciente a reinterpretar uma experiência primitiva traumática. Cartões de enfrentamento. Modelo cognitivo da Depressão Todo transtorno é multifatorial - precisa ser pensado a partir de vários pontos; genéticas, ambiente, características de personalidade etc. Tudo isso se combina a partir de um evento desencadeador negativo. A depressão gera alterações biológicas e psíquicas no quadro do depressivo. As alterações atingem todos os processos psicológicos básicos: sensação, percepção, memória, atenção. O objetivo inicial do tratamento é quebrar o ciclo da depressão por meio da ativação comportamental. Posteriormente, trazer mais dados da realidade, testando a veracidade dos fatos. Viés na atenção do depressivo - estreitando o foco em direção a pensamentos que estejam relacionados com ela. A atenção diminui, o processamento cognitivo torna-se mais automático e há uma tendência à evocação de informações de cunho negativo. Na espiral, o viés de interpretação negativa dos eventos gera um humor depressivo congruente com a distorção; este humor, por sua vez, aciona ainda mais percepções negativamente distorcidas, que geram mais humor deprimido; os pensamentos se tornam cada vez mais negativos, e o humor, mais depressivo. A falta de motivação resulta em diminuição da atividade. Depressão - estratégias mal adaptativas de enfrentamento de estressores, combinadas com uma visão negativa de si mesmo, do mundo e do futuro, e um enfoque de atenção elevado nos aspectos negativos do desencadeador. Modelo cognitivo da Ansiedade Tratamento: psicoeducação em primeiro plano, explicar o que é o transtorno ansioso. Há um auto monitoramento das preocupações. São sugeridas estratégias de tolerância ao mal estar. Indivíduos com TAG se caracterizam por uma ansiedade intensa e uma preocupação incontrolável, sendo esse um aspecto essencial do transtorno. A pessoa com TAG tem uma percepção de elevado perigo ou ameaça. A intolerância à incerteza e a intolerância ao estímulo emocional são variáveis subjacentes aos transtornos de ansiedade. São oferecidos diferentes componentes de tratamento que se dirigem a cada um dos 3 sistemas da ansiedade: Cognitivo - reestruturação cognitiva; Comportamental - prevenção do comportamento de preocupação, solução de problemas e manejo de tempo; Fisiológico - treinamento em relaxamento muscular progressivo. A terapia visa a detecção dos indicativos iniciais de ansiedade, pois estes com frequência levam à formação de um ciclo relacionado a ansiedade. Erros cognitivos mais frequentes: Magnificação de riscos; Minimização de recursos; Pensamento dicotômico; Personalização; Atenção seletiva; Supergeneralização. Em relação ao pensamento catastrófico, deve-se possibilitar que o cliente avalie, de forma crítica, ante o pior que pode acontecer, a gravidade do evento, caso ocorra. Isso permite estimular o quanto ele se sente capaz de lidar com o evento, caso ocorra. Estimula-se o paciente a criar diversas alternativas para o pior resultado possível. Preocupar-se é um comportamento inerentemente supersticioso. Trata-se de uma tentativa de controlar o incontrolável (futuro). 1. 2. 3. 4. 5. 6. Técnicas Cognitivas e Comportamentais Resolução de problemas - você vai incentivar o paciente a imaginar soluções para seus problemas, perguntando como ele resolveu problemas similares no passado ou como ele aconselharia um amigo íntimo a resolver o mesmo problema. Você poderá ajudá-los a diferenciar entre problemas com pouca probabilidade e de maior probabilidade de ocorrer e entre tomar precauções racionais e irracionais. Aceitação da incerteza. Vantagens e desvantagens - ajuda o paciente a fazer um levantamento dos custos e dos benefícios de manter ou escolher determinado comportamento. Ajuda o paciente a atingir uma abordagem mais balanceada para lidar com seus problemas. Técnica da torta - ajuda o paciente a definir objetivos ou determinar a responsabilidade relativa para um determinado resultado. RPD - Registro de pensamento disfuncional - O paciente monitora e identifica os pensamentos negativos que lhe ocorrem espontaneamente e lhe parecem plausíveis. Deve descrever: situação, pensamento, emoção, comportamento, avaliação e modificação. Técnicas de relaxamento e respiração - existem muitos tipos de exercícios de relaxamento, incluindo o relaxamento muscular progressivo, o uso do imaginário e o controle da respiração. As técnicas mindfulness ajudam o paciente a observar e aceitar sem julgamento suas experiências internas, sem avaliar ou tentar mudá-las. Treino de habilidades sociais - dentre as habilidades sociais que o paciente deverá aprender e que irão aumentar seu prazer e sua auto estima, está o aprendizado da assertividade, que inclui a instrução de como fazer afirmações e solicitações legítimas. O treinamento de comunicação e escuta ativa pode fazer parte do aprendizado de habilidades sociais. O treinamento assertivo é feito pela orientação ao paciente para emitir respostas adequadas em situações específicas ou pelo ensaio comportamental, que é o procedimento típico para o treino da assertividade. Dessensibilizarão - técnica utilizada para o tratamento de respostas fóbicas; consiste na inibição recíproca da ansiedade pelo estabelecimento de uma resposta incompatível, que é o relaxamento. É a exposição gradativa da pessoa ao objeto ou situação temida. Auto reforço - usa o auto elogio, gratificações e reforços concretos para incrementar comportamentos desejáveis.
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