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TIC 04

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TIC 04 – HEMISSECÇÃO COMPLETA MEDULAR 
 
1- O que ocorre com a motricidade voluntária, o tato discriminativo e a sensibilidade 
termo-algésica neste tipo de lesão medular? 
 
A Lesão Medular (LM) é uma condição de insuficiência parcial ou total do funcionamento da 
medula espinhal, decorrente da interrupção dos tratos nervosos motor e sensorial desse órgão, 
podendo levar a alterações nas funções motoras e déficits sensitivos, superficial e profundo nos 
segmentos corporais localizados abaixo do nível da lesão, além de alterações viscerais, 
autonômicas, disfunções vasomotoras, esfincterianas, sexuais e tróficas 
 Nas lesões completas existe perda sensitiva e paralisia motora total abaixo do nível da lesão 
devido à interrupção completa dos tratos nervosos. A Lesão Medular pode ter causas de origens 
traumáticas ou não traumáticas. Entre as causas de etiologia traumática, as mais frequentes estão 
relacionadas a acidentes automobilísticos, ferimentos por armas de fogo, mergulho em águas 
rasas, acidentes esportivos e quedas. 
Na hemissecção completa medular há interrupção dos tratos de apenas um lado da medula e 
três vias são afetadas: o trato corticoespinal, os tratos espinotalâmicos e o cordão posterior. 
O trato corticoespinal é responsável pela motricidade voluntária, por esse motivo a lesão da 
medula bloqueia os estímulos motores com origem no lado do córtex contralateral a área lesionada, 
o que causa uma paralisia espástica ipsilateral à lesão. 
O trato espinotalâmico é responsável pela sensibilidade superficial. A lesão resulta na perda da 
sensibilidade térmica, pressórica e dolorosa. 
Os fascículos grácil e cuneiforme não cruzam em seu trajeto pelo cordão posterior, que é 
responsável pela sensibilidade profunda. Por não existir esse cruzamento, a lesão prejudica a 
função da sensibilidade protopática, vibratória e do tato epicrítico ipsilateral à lesão. 
 
 
Referências: 
 
CEREZETTI et. al. Lesão medular traumática e estratégias de enfrentamento: revisão crítica. O 
Mundo da Saúde, São Paulo, v.36, n. 2, pg. 318-326, 2012.

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