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Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital Autor: Ligia Carvalheiro Aula 06 26 de Fevereiro de 2020 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 1 45 Sumário EPIDEMIOLOGIA BÁSICA ............................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2 MODELOS DA OCORRÊNCIA DE DOENÇAS ............................................................................. 4 DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE E DOENÇA .............................................................. 5 CADEIA EPIDEMIOLÓGICA ......................................................................................................... 6 INDICADORES DE SAÚDE ......................................................................................................... 18 LISTA DE QUESTÕES ................................................................................................................. 22 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ....................................................................................... 31 Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 2 45 EPIDEMIOLOGIA BÁSICA INTRODUÇÃO A epidemiologia é definida como “o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde”. Assim, trata-se de uma disciplina fundamental no campo da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações (sociedades, coletividades, comunidades, classes sociais, grupos específicos etc.). Por meio dos indicadores de saúde a epidemiologia estuda e monitora aspectos relacionados à saúde, sobretudo, a partir da ausência de saúde na forma de doenças e agravos. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL Entende-se por TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA as mudanças ocorridas no tempo nos padrões de morte, morbidade e invalidez que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas. O processo engloba três mudanças básicas: 1. Substituição das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas. 2. Deslocamento da carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos. 3. Transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para outra na qual a morbidade é dominante Ou seja, temos: acelerada transição demográfica, com aumento significativo da população idosa, e acumulação epidemiológica, ou dupla carga de doenças, caracterizada pela persistência de doenças infecciosas e desnutrição e pela escalada rápida das doenças crônicas. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 3 45 Um fato relevante em tempos recentes é o aparecimento de doenças transmissíveis novas e desconhecidas e o ressurgimento de outras que já estavam ou que se acreditava que estavam controladas. Essas doenças transmissíveis são chamadas emergentes e reemergentes. As “doenças emergentes” são doenças novas, que foram identificadas como um novo problema de saúde, por introdução de um novo agente infeccioso. Fatores que contribuíram para a emergência das doenças infecciosas → Mudanças ecológicas, desenvolvimento econômico e manipulação da terra. Ex. Esquistossomose, febres hemorrágicas, leishmaniose, disseminação das arboviroses (vírus sabiá/ vírus rocio/encefalite) → Demografia e comportamentos humanos. Ex. Síndrome de imunodeficiência adquirida, hepatites virais (B e C), dengue, tuberculose. → Comércio e viagens internacionais. Ex. Malária, disseminação de mosquitos vetores, có1era e dengue, influenza. → Internacionalização do suprimento de alimentos, mudanças no processamento e empacotamento de alimentos, transplante de órgãos e tecidos, drogas determinantes de imunossupressão, uso inadequado de antibióticos. Ex. Encefalopatia espongiforme bovina, síndrome hemolítico-urêmica, hepatites B e C, doença de Chagas, infecções oportunistas em pacientes imunodeprimidos. → Adaptação e mudança dos agentes com evolução dos microrganismos, pressão seletiva e desenvolvimento de resistência. Ex. Variações naturais/mutações em: vírus (HIV), bactérias (febre purpúrica brasileira causada pelo H. influenzae), resistência aos antimicrobianos, antivirais, antimaláricos e pesticidas, influenza. → Estrangulamento nas medidas de saúde pública: saneamento e controle de vetores inadequados, cortes nos programas de prevenção. Ex. Cólera, dengue, difteria As “doenças reemergentes” indicam que houve mudanças no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, e que voltaram a representar ameaça à saúde humana, incluindo-se a introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis. Ex. dengue e da febre amarela, bem como a expansão da leishmaniose visceral. A complexidade do cenário epidemiológico atual, caracterizado pela tripla carga de doenças na população é decorrente, também, da forma de gestão das práticas sanitárias. Permanência de doenças agudas Aumento do peso relativo às condições crônicas Causas externas Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 4 45 MODELOS DA OCORRÊNCIA DE DOENÇAS O modelo ecológico de explicação da ocorrência de doenças tornou-se bastante popular na área da saúde lá no século 20, junto com a disseminação dos fundamentos da medicina preventiva. Trata a definição de saúde como resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo (ou populações humanas) e o ambiente no qual ele se insere. O agente e o hospedeiro são dependentes do ambiente que, ao mesmo tempo, pode ser modificado pelos dois. Quando ocorre a doença significa uma resposta à quebra do equilíbrio do sistema. O modelo de rede de causas, relacionado à ocorrência da doença, é consequência de vários fatores, ou causas, que se relacionam de forma sequencial, organizados em diferentes vias ou mecanismos causais, os quais acabam por levar ao adoecimento. Trata-se, portanto, de um modelo baseado na concepção de que as doenças surgem de múltiplas causas, algumas atuando mais proximais ou distais ao processo de adoecer. Por fim, o modelo sistêmico explica os processos de adoecimento de uma forma “orgânica”, articulando todas as dimensões dos indivíduos, desde as biológicas (ligadas ao organismo humano e suas funções) passando por aquelas ligadas à vida dos indivíduos e à família, até as mais gerais vinculadas à estrutura da sociedade. Baseia-se na suposição de que as causas das doenças estão em diferentes sistemas de organização, desde o celular até o social, passando por níveis intermediários, como órgãos e os indivíduos. Ou seja, essa noção de sistema incorpora a ideia de todo, de contribuição de diferentes elementos do ecossistema no processo saúde-doença, fazendo assim um contraponto à visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico. Só para ter um exemplo, veja o sinergismo multifatorial na determinação das doenças diarreicas: Embora esse modelo não cita claramente os fatores etiológicos passíveis de intervenção, como nos modelos ecológicos e de rede de causas, ele traz uma visão mais holística do processo saúde-doença, ao clarificar uma estruturahierárquica entre os níveis de atuação das causas. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 5 45 DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE E DOENÇA Os fatores determinantes e condicionantes do processo saúde-doença vão ao encontro do modelo sistêmico e é conhecido como modelo de Dahlgren e Whitehead (bemmmmm famoso em provas). O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. Note que os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. Na camada imediatamente externa aparecem o comportamento e os estilos de vida individuais. Esta camada está situada no limiar entre os fatores individuais e os DSS, já que os comportamentos, muitas vezes entendidos apenas como de responsabilidade individual, dependentes de opções feitas pelo livre arbítrio das pessoas, na realidade podem também ser considerados parte dos DSS, já que essas opções estão fortemente condicionadas por determinantes sociais - como informações, propaganda, pressão dos pares, possibilidades de acesso a alimentos saudáveis e espaços de lazer etc. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 6 45 A camada seguinte destaca a influência das redes comunitárias e de apoio, cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que, como vimos, é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo. No próximo nível estão representados os fatores relacionados a condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços essenciais, como saúde e educação, indicando que as pessoas em desvantagem social correm um risco diferenciado, criado por condições habitacionais mais humildes, exposição a condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços. Finalmente, no último nível estão situados os macrodeterminantes relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem grande influência sobre as demais camadas. ISSO, É BOM MEMORIZAR! 1ª Camada: Idade, sexo e fatores hereditários 2ª Camada: Estilo de vida dos indivíduos 3ª Camada: Redes sociais e comunitárias 4ª Camada: Condições de vida e de trabalho 5ª (e última) Camada: Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais. Só para retomar de forma resumida: MICRODETERMINANTES • Características genéticas e imunológicas; • Renda; • Acesso a serviços de saúde; • Escolaridade/educação; • Posição na sociedade; • Personalidade; • Hábitos; • Cuidados em terceira idade e outros. MACRODETERMINANTES • Políticas públicas; • Desenvolvimento sustentável; • Produto nacional bruto; • Desigualdades de renda; • Ambiente social; • Iniquidades sociais; • Posição hierárquica. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Para entender as relações entre os diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível, o esquema tradicional é a denominada cadeia epidemiológica, também conhecida como cadeia de infecção. O esquema procura organizar os chamados elos que Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 7 45 identificam os pontos principais da sequência contínua da interação entre o agente, o hospedeiro e o meio. Sendo: ✓ Ambiente: Físico, social, econômico, político, biológico, cultural. ✓ Agente: Biológico, químico, físico, nutricional, mecânico. ✓ Hospedeiro: Idade, sexo, raça, hábitos, costumes, outros. A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA é o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção. O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro suscetível a um agente causal e termina com a recuperação, deficiência ou óbito. A ilustração que representa o modelo tradicional da história natural da doença e sua relação com os níveis de prevenção é proposta por Level e Clark. Olhando a imagem (que está logo abaixo da tabela) de baixo para cima, note que o PERÍODO PRÉ PATOGÊNICO coincide com a PREVENÇÃO PRIMÁRIA que inclui a promoção da saúde e a proteção específica e engloba o período antes da doença em si, onde há uma interação entre o agente, o hospedeiro e o meio. Na sequência, o PERÍODO PATOGÊNICO engloba a prevenção secundária e terciária. A PREVENÇÃO SECUNDÁRIA inclui o diagnóstico precoce e tratamento imediato e, ainda, a limitação do dano. Nisso, o curso da doença já está na ativa, passando pelo período de latência, manifestação dos sinais e sintomas, alterações tissulares e até dano. Por fim, a PREVENÇÃO TERCIÁRIA diz respeito à reabilitação. O curso da doença pode finalizar com a cura, imunidade, cronicidade ou com o óbito. PERÍODO PRÉ PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Promoção da Saúde Proteção Específica Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação do dano Reabilitação NÍVEIS DE PREVENÇÃO PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 8 45 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_2.pdf CADEIA EPIDEMIOLÓGICA em esquema Detalhando... 1. AGENTE CAUSAL Um agente é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença, de modo geral, um agente é considerado uma causa necessária, porém não suficiente para a produção da doença. Os agentes podem ser divididos em biológicos e não biológicos (químicos e físicos). Agentes Biológicos: Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 9 45 → Ex. artrópodes, metazoários, protozoários, fungos, bactérias, vírus etc. Agentes Não Biológicos: → Químicos: Ex. pesticidas, aditivos de alimentos etc. → Físicos: Ex. força, calor, luz, radiação, ruído. Uma característica dos agentes microbianos relacionada com o hospedeiro é a habilidade de induzir imunidade específica, que também é denominada antigenicidade ou imunogenicidade. Outra propriedade importante do agente é a sua vulnerabilidade ao ambiente às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos. As populações (cepas) de espécies microbianas estão sujeitas a mudanças imprevisíveis, o que leva à seleção natural de formas (seja por mutação ou por mudanças nos equilíbrios da população microbiana) que podem sobreviver e as quais com frequência resultam em cepas resistentes aos medicamentos. HOSPEDEIRO É uma pessoa ou animal vivo, incluindo as aves e os artrópodes que, em circunstâncias naturais, permite a subsistência e o alojamento de um agente infeccioso. A entrada do agente, biológico ou não biológico, no hospedeiro inicia o processo de infecção ou o período de latência nas doenças não transmissíveis. Somente a presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em peças de roupas de vestir, brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como água, leite ou alimentos, não constituem infecção senão contaminação dessas superfícies. O desenvolvimento sobreo corpo de agentes patogênicos (ex: piolhos) chama-se infestação. A medida básica de infectividade é o número mínimo de partículas infecciosas que são necessárias para produzir uma infecção (dose infectante mínima). Para um agente microbiano determinado, esse número pode variar muito de um hospedeiro para outro e dentro de uma mesma espécie, de acordo com a porta de entrada, a idade e outras características do hospedeiro. As comparações exatas e diretas de infectividade, em geral podem ser feitas somente em animais, sob condições laboratoriais. O sarampo e a varicela são exemplos de máxima infectividade; a caxumba e a rubéola, de infectividade intermediária; e a lepra, de infectividade relativamente baixa. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e pelo vírus da hepatite B (VHB) representam outro exemplo de diferentes graus de infectividade. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira ==1215d4== 10 45 A capacidade de produzir doenças depende de uma variedade de fatores, tais como a rapidez e o grau do dano tissular causado pela multiplicação do agente e o fato de que esse possa produzir uma toxina específica, como fazem os bacilos da febre tifoide e do tétano. Infecção inaparente: é a presença de um agente infeccioso em um hospedeiro sem que apareçam sinais ou sintomas clínicos manifestos. Só podem ser identificados por métodos de laboratório ou pela manifestação de reatividade positiva nos testes cutâneos específicos (sinônimo: infecção subclínica, assintomática ou oculta). No espectro de uma doença infecciosa segundo sua história natural, a gravidade pode ser representada de forma esquemática como segue: INFECÇÃO INAPARENTE APARENTE MODERADA GRAVE FATAL 2. RESERVATÓRIO Os germes, patógenos ou não, habitam, se multiplicam e se mantêm em nichos naturais específicos. O habitat normal em que vive, se multiplica e/ou cresce um agente infeccioso, é denominado reservatório. Reservatório (humano ou não humano) de agentes infecciosos: é qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada, onde normalmente vive e se multiplica um agente infeccioso e do qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível. PORTADOR: é um indivíduo (ou animal) infectado, que abriga um agente infeccioso específico de uma doença, sem apresentar sintomas ou sinais clínicos desta e constitui uma fonte potencial de infecção para o ser humano. O estado de portador pode ocorrer em um indivíduo de diversas formas: portador assintomático (ou sadio), durante o curso de uma infecção subclínica; portador em incubação, durante o período de incubação; e portador convalescente, na fase de convalescência e de pós-convalescência das infecções que se manifestam clinicamente. 3. PORTAS DE ELIMINAÇÃO OU SAÍDA DO AGENTE Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 11 45 O caminho pelo qual um agente infeccioso sai do seu hospedeiro é, geralmente, denominado como porta de saída. As principais são: → Respiratórias: as doenças que utilizam esta porta de saída são as de maior difusão e as mais difíceis de controlar (tuberculose, influenza, sarampo etc.). → Geniturinárias: leptospirose, sífilis, AIDS, gonorreia e outras doenças de transmissão sexual. → Digestivas: próprias da febre tifoide, hepatite A e E, cólera e amebíase. → Pele: através de contato direto com lesões superficiais, como na varicela, herpes zoster e sífilis. → Por picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha contato com sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, febre amarela, hepatite B etc. → Placentária: em geral, a placenta é uma barreira efetiva de proteção do feto contra infecções da mãe; no entanto, não é totalmente efetiva para alguns agentes infecciosos como os da sífilis, rubéola, toxoplasmose, AIDS e doença de Chagas. 4. MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE O modo de transmissão é a forma em que o agente infeccioso se transporta do reservatório ao hospedeiro. Os principais mecanismos são os seguintes: 1. Transmissão direta: É a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa efetuar a infecção. É denominada também transmissão de pessoa a pessoa. Isso pode acontecer através da dispersão de gotículas (perdigotos) nas conjuntivas ou nas membranas mucosas do nariz ou da boca ao espirrar, tossir, cuspir, falar ou cantar, e pelo contato direto como tocar, beijar, ou ter relações sexuais. 2. Transmissão indireta: Mediante veículos de transmissão ou fômites: através de objetos ou materiais contaminados, tais como brinquedos, lenços, instrumentos cirúrgicos, água, alimentos, leite, produtos biológicos, incluindo soro e plasma. O agente pode ou não ter se multiplicado ou desenvolvido no veículo antes de ser transmitido. 3. Por meio de um vetor: Inseto ou qualquer portador vivo que transporta um agente infeccioso desde um indivíduo ou seus excrementos até um indivíduo suscetível, sua comida ou seu ambiente imediato. O agente pode ou não se desenvolver, propagar ou multiplicar dentro do vetor. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 12 45 O artrópode, por exemplo, torna-se infectante somente depois que o agente passa por um período de incubação (extrínseco) depois da infecção. O agente infeccioso pode transmitir em forma vertical às gerações sucessivas do vetor, bem como aos estágios sucessivos do ciclo biológico do vetor, como a passagem da crisálida à fase adulta. A transmissão pode ocorrer através da saliva durante a picada (como na malária, dengue e febre amarela), por regurgitação (como na peste) ou ao depositar sobre a pele os agentes infecciosos com a defecação do artrópode vetor (como na doença de Chagas), que podem entrar pela ferida da picada ou ao coçar-se. a) Através do ar: é a disseminação de aerossóis microbianos transportados por uma porta de entrada apropriada, geralmente o trato respiratório. 5. PORTAS DE ENTRADA NO HOSPEDEIRO As portas de entrada de um germe no novo hospedeiro são, na maioria dos casos, basicamente as mesmas usadas para a saída do hospedeiro prévio. Por exemplo, nas doenças respiratórias, a via aérea é utilizada como porta de saída e porta de entrada entre as pessoas. Em outras doenças, as portas de saída e de entrada podem ser diferentes. Como exemplo, nas intoxicações alimentares por estafilococos, o agente é eliminado através de uma lesão aberta da pele e entra no novo hospedeiro através de alimentos contaminados com secreção da lesão. 6. SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA No âmbito das doenças transmissíveis, as consequências da interação entre o hospedeiro e o agente são extremamente variáveis e é importante considerar, além do que foi ressaltado, outras características do hospedeiro que contribuem para essa grande variabilidade. Entre elas, a suscetibilidade e a resistência são de especial relevância. Suscetível: é qualquer pessoa ou animal que não possui suficiente resistência contra um determinado agente patógeno que o proteja contra a doença caso chegue a ter contato com esse agente. A suscetibilidade do hospedeiro depende de fatores genéticos, de fatores gerais de resistência às doenças e das condições de imunidade específica para cada doença. Os fatores genéticos, que são denominados imunidade genética, constituem uma “memória celular” herdada através de gerações.Isso facilitaria a produção de anticorpos, enquanto naqueles grupos humanos carentes desta experiência, não se produziria esta reação específica ante determinada doença. São bem Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 13 45 conhecidos os exemplos acerca do impacto que tiveram a varíola, o sarampo, a tuberculose e a influenza naqueles grupos indígenas que se mantiveram isolados das populações e civilizações onde essas doenças ocorreram através de gerações. Resistência: é o conjunto de mecanismos corporais que servem de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes infecciosos, ou contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. IMUNIDADE A pessoa imune possui anticorpos protetores específicos e/ou imunidade celular, como consequência de uma infecção ou imunização anterior. Desse modo, ela pode estar preparada para responder eficazmente à doença, produzindo anticorpos suficientes. Imunidade: é o estado de resistência geralmente associado à presença de anticorpos e citocinas que possuem ação específica sobre o micro-organismo responsável por uma doença infecciosa específica ou sobre suas toxinas. Uma classificação muito usada da imunidade indica dois tipos: imunidade ativa e imunidade passiva. A IMUNIDADE ATIVA, que costuma durar anos, é adquirida naturalmente como consequência de uma infecção, clínica ou subclínica, ou artificialmente por inoculação de frações ou produtos de um agente infeccioso, ou do mesmo agente, morto, atenuado ou recombinado a partir de técnicas da engenharia genética. A IMUNIDADE PASSIVA, de curta duração (de alguns dias a vários meses) é obtida naturalmente por transmissão materna (através da placenta) ou artificialmente por inoculação de anticorpos IMUNIDADE ATIVA PASSIVA NATURAL - doença ARTIFICIAL - vacina NATURAL - transplacentária ARTIFICIAL - soros Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 14 45 protetores específicos (soro de convalescente ou de pessoa imune ou soroglobulina imune humana, soro antitetânico, soro antidiftérico, gamaglobulina etc.). Agora, vejamos acerca dos indicadores: TERMINOLOGIAS IMPORTANTES PERÍODOS DE LATÊNCIA, INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE Nas doenças transmissíveis, o período de latência é o tempo que transcorre desde a infecção até que a pessoa se torne infectada. No caso das doenças não transmissíveis, a terminologia difere um pouco e se considera que o período de latência corresponde ao período que transcorre entre o desenvolvimento da doença subclínica até a apresentação de sintomas. O período de incubação é o tempo que transcorre desde a infecção até a apresentação dos sintomas. Como regra geral, a maioria das doenças não é transmissível durante a fase inicial do período de incubação, nem depois do completo restabelecimento do doente. Período de transmissibilidade ou infeccioso: é o intervalo de tempo durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido direta ou indiretamente de uma pessoa infectada a outra pessoa, de um animal infectado ao ser humano ou de um ser humano infectado a um animal, inclusive artrópodes. CURVA EPIDÊMICA O instrumento básico para caracterizar um surto no tempo é a curva epidêmica. A curva epidêmica é a representação gráfica geral de uma situação epidêmica. Mostra o período de tempo no qual as pessoas suscetíveis se expuseram ao fator de risco, podendo ser visualizados os períodos mínimo, mediano e máximo de incubação. A duração de um surto ou epidemia depende, basicamente, dos seguintes fatores: • A velocidade do surto, em relação à infectividade do agente e modo de transmissão. • O tamanho da população suscetível. • A intensidade de exposição da população suscetível. • O período de incubação da doença. • A efetividade das medidas de controle imediato. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 15 45 Exemplo: PROGRESSÃO: ramo ascendente da curva epidêmica, termina quando o processo epidêmico atinge seu “clímax” (pico epidêmico). → Incidência progressivamente crescente, acima do limiar epidêmico; → Sugere a ocorrência de um desequilíbrio permanentemente ou continuamente crescente na estrutura epidemiológica vigente → Evento inesperado e fora de controle REGRESSÃO: é a última fase na evolução de uma epidemia. O processo tende: → Retornar aos valores iniciais de incidência; → Estabilizar-se num patamar endêmico, abaixo ou acima do patamar inicial; → Regredir até incidência nula, incluída aí a eliminação ou erradicação. EGRESSÃO: inicia no surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidência for nula ou quando o processo se estabilizar num dado patamar de endemicidade, caracterizando uma endemia. INFECTIVIDADE, PATOGENICIDADE, VIRULÊNCIA INFECTIVIDADE: Infectividade é o nome que se dá à capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção. Nesse caso, o agente etiológico é também chamado de agente infeccioso. Há agentes dotados de alta infectividade que facilmente se transmite às pessoas suscetíveis. Tome-se como exemplo o vírus da gripe. Já os fungos em geral caracterizam-se por sua baixa infectividade; embora bastante difundidos no ambiente, dificilmente se instalam e se multiplicam no organismo do homem, produzindo infecção. PATOGENICIDADE: Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 16 45 É a qualidade que tem o agente infeccioso de uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. Há agentes dotados de alta patogenicidade, como é o caso do vírus do sarampo. Nesse caso, praticamente todos os infectados desenvolvem sintomas e sinais específicos. VIRULÊNCIA: É a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais. Alta virulência indica uma grande proporção de casos fatais ou graves. A virulência está associada às propriedades bioquímicas do agente relacionada à produção de toxinas, e a sua capacidade de multiplicação no organismo parasitado, o que o torna metabolicamente exigente, com prejuízo do parasitado. LETALIDADE: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos fatais. A letalidade é uma característica frequentemente usada para descrever a gravidade de uma epidemia. A medida da letalidade é o número de casos fatais em proporção ao número total de casos aparentes (usualmente os diagnosticados) no mesmo período. ENDEMIAS, EPIDEMIAS, SURTOS E PANDEMIAS ENDEMIA: definida como a presença habitual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica, por um período ilimitado. Pode, também, referir-se à ocorrência usual de uma determinada doença, dentro de uma área. EPIDEMIA: definida como a ocorrência em uma comunidade ou região, de um grupo de doenças de natureza similar, excedendo claramente a expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação. Resulta, portanto, em um “claro excesso de casos em relação ao esperado” quando comparado à frequência esperada (ou habitual) de uma doença em uma determinada população, em um período determinado, não sendo necessariamente a “ocorrência de muitos casos”. Indo mais a fundo: Ligia Carvalheiro Aula 06SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 17 45 Vale ressaltar que as epidemias podem ser classificadas didaticamente quanto à origem e quanto à duração. ORIGEM DURAÇÃO Fonte Comum Pontual Fonte Comum Propagada Explosivas Lentas Caracteriza-se pela inexistência de propagação da doença entre as pessoas. A fonte é representada, em geral, por veículos que contém o agente como águas, alimentos ou ar. Caracteriza-se pela transmissão direta ou vetor. Existe uma única fonte de contaminação, a qual as pessoas são expostas por um período maior de tempo Caracteriza-se pelo alcance da incidência máxima em curto intervalo de tempo. Ex. intoxicação alimentar em festa. Caracterizam-se pelo alcance da incidência máxima em forma muito lenta. Em geral, os casos se sucedem mas não ocorrem ao mesmo tempo. A ocorrência de um único caso autóctone em uma região onde nunca tenha ocorrido ou que esteja há muitos anos livre de uma determinada doença, representa uma epidemia, pois demonstra uma alteração substantiva na estrutura epidemiológica relacionada à doença. CURIOSIDADE Qual diferença entre os casos autóctones e casos alóctones? Os casos autóctones são aqueles oriundos do mesmo local onde ocorreram. Já os casos alóctones são aqueles casos importados de outras localidades. PANDEMIA: refere-se a uma epidemia de grandes proporções geográficas, ou seja, atingindo vários países, inclusive mais de um continente. Como exemplo, podemos citar a doença influenza A (H1N1) no ano de 2009, cujos primeiros casos ocorreram no México, expandindo-se para Europa, América do Sul, América Central, África e Ásia. SURTO: consiste em uma ocorrência epidêmica, em que todos os casos estão relacionados entre si, acometendo uma área geográfica pequena e delimitada (como vilas ou bairros) ou uma população institucionalizada (como creches, asilos, escolas e presídios). Podemos citar como exemplo, a ocorrência de inúmeros casos de intoxicação alimentar em um asilo, após ingestão de alimentos contaminados. As etapas de investigação de epidemia ou surto incluem: Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 18 45 Se o surto já foi confirmado, a equipe local já está organizada e já foi estabelecida uma definição operacional de caso, o próximo passo, é buscar os casos, o que representa literalmente o trabalho de campo. A primeira medida para aumentar a identificação de casos é pôr em prática um sistema de vigilância intensificada que possa incluir a conversão da vigilância passiva para vigilância ativa, a ampliação da frequência e modo de notificação (normalmente diária e telefônica), a inclusão de fichas de investigação de caso e contatos e outras ações imediatas. INDICADORES DE SAÚDE A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação e da precisão dos sistemas de informação empregados. Atente-se ao que segue: A validade de um indicador é determinada por sua sensibilidade (capacidade de detectar somente o fenômeno analisado) e especificidade (capacidade de detectar o fenômeno analisado). Em publicação da Organização Pan-Americana de Saúde sobre indicadores básicos de saúde para o Brasil, produzidos pela Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), são utilizados os seguintes agrupamentos: VALIDADE Capacidade de medir o que se pretende Capacidade de reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares CONFIABILIDADE ETAPA 1: Confirmação do diagnóstico da doença ETAPA 2: Confirmação da existência de epidemia ou surto ETAPA 3: Caracterização da epidemia ETAPA 4: Formulação de hipóteses preliminares ETAPA 5: Análises parciais ETAPA 6: Busca ativa de casos ETAPA 7: Busca de dados adicionais ETAPA 8: Análise final ETAPA 9: Medidas de controle ETAPA 10: Relatório final ETAPA 11: Divulgação Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 19 45 ✓ Indicadores demográficos: medem a distribuição de fatores determinantes da situação de saúde relacionados à dinâmica populacional na área geográfica referida. ✓ Indicadores socioeconômicos: medem a distribuição dos fatores determinantes da situação de saúde relacionados ao perfil econômico e social da população residente na área geográfica referida. ✓ Indicadores de mortalidade: informam a ocorrência e distribuição das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente na área geográfica referida. ✓ Indicadores de morbidade: informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida. ✓ Indicadores de fatores de risco/fatores de proteção: medem os fatores de risco (ex.: tabaco, álcool) e/ou proteção (ex.: alimentação saudável, atividade física, aleitamento) que predispõem a doenças e agravos ou protegem das doenças e agravos. ✓ Indicadores de recursos: medem a oferta e a demanda de recursos humanos, físicos e financeiros para atendimento às necessidades básicas de saúde da população na área geográfica referida. ✓ Indicadores de cobertura: medem o grau de utilização dos meios oferecidos pelo setor público e pelo setor privado para atender às necessidades de saúde da população na área geográfica referida. A utilização de indicadores de saúde é necessária para: Podem ser expressos em números absolutos, ex. contagem do número de casos novos, num período de um evento de saúde-doença, contagem do número de pessoas expostas a um risco, em função de um hábito ou podem ser construídos por meio de razões (frequências relativas), em forma de proporções ou coeficientes. O denominador do coeficiente representa a população exposta ao risco de sofrer o evento que está no numerador. Exceções são o coeficiente de mortalidade infantil – CMI – e de mortalidade materna – CMM – para os quais o denominador utilizado (nascidos vivos) é uma estimativa tanto do número de menores de 1 ano, como de gestantes, parturientes e puérperas expostos ao risco do evento óbito. Analisar a situação atual de saúde Fazer comparações Avaliar mudanças ao longo do tempo Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 20 45 COEFICIENTES DE MORBIDADE (DOENÇAS) Morbidade é um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos. Medir morbidade nem sempre é uma tarefa fácil, pois são muitas as limitações que contribuem para essa dificuldade, como, subnotificação. Entenda esses conceitos: A incidência representa a frequência com que surgem novos casos de uma determinada doença num intervalo de tempo. Considerada medida dinâmica. Ou seja, os casos novos, ou incidentes, são aqueles que não estavam doentes no início do período de observação (tempo analisado), mas que adoeceram no decorrer desse período. INCIDÊNCIA = Número de casos NOVOS num determinado período Número de pessoas expostas ao risco no mesmo período A prevalência representa a proporção de indivíduos de uma população que é acometido por uma determinada doença ou agravo em um determinado momento, é análogo a uma fotografia. Ela engloba tanto os casos novos que ocorreram no período quanto os casos pré-existentes. É consideradauma medida estática. PREVALÊNCIA = Número de casos EXISTENTES num determinado período Número de pessoas na população no mesmo período Para compararmos o risco de ocorrência de doenças entre populações usamos, dessa forma, o coeficiente de incidência, pois este estima o risco de novos casos da doença em uma população. Entre os fatores que AUMENTAM A PREVALÊNCIA, podemos citar: a) a maior frequência com que surgem novos casos (incidência); b) melhoria no tratamento, prolongando-se o tempo de sobrevivência, porém sem levar à cura (aumento da duração da doença). A DIMINUIÇÃO DA PREVALÊNCIA pode ser devido à/ao: Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 21 45 a) redução no número de casos novos, atingida mediante a prevenção primária (conjunto de ações que atuam sobre os fatores de risco e que visam evitar a instalação das doenças na população através de medidas de promoção da saúde e proteção específica); b) redução no tempo de duração dos casos, atingida através da prevenção secundária ou em razão do óbito mais precoce pela doença; c) Coeficiente de letalidade: representa a proporção de óbitos entre os casos da doença, sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. Isso pode ser uma característica da própria doença (por exemplo, a raiva humana é uma doença que apresenta 100% de letalidade, pois todos os casos morrem) ou de fatores que aumentam ou diminuem a letalidade da doença na população (condições socioeconômicas, estado nutricional, acesso a medicamentos, por exemplo). É dado pela relação: COEFICIENTE DE LETALIDADE = Mortes devido à doença "x" em determinada comunidade e tempo Casos da doença "x" na mesma área e tempo COEFICIENTES DE MORTALIDADE Outro indicador de saúde tradicional na saúde coletiva é o coeficiente de mortalidade, o qual é determinado de forma genérica pelo número de óbitos dividido pela população exposta (total da população em questão). Ex.: Coeficiente de Mortalidade Geral; Coeficiente de Mortalidade por causas; Coeficiente de Letalidade; Coeficiente de Mortalidade Infantil. Retomando para não confundir: Mortalidade: é uma medida muito utilizada como indicador de saúde; é calculada dividindo-se o número de óbitos pela população em risco. Letalidade: é uma medida da gravidade da doença, calculada dividindo-se o número de óbitos por determinada doença pelo número de casos da mesma doença. Algumas doenças apresentam letalidade nula, como, por exemplo, escabiose; já para outras, a letalidade é igual ou próxima de 100%, como a raiva humana. Quais definições de coeficientes de mortalidade deve-se memorizar? Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 22 45 COEFICIENTE DESCRIÇÃO Mortalidade geral Número de óbitos totais em todas as faixas etárias, na população residente, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mortalidade infantil Número de óbitos menores de 1 ano por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mortalidade neonatal precoce Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mortalidade neonatal tardia Número de óbitos de 7 a 27 dias de vida completos por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mortalidade neonatal pós- natal Número de óbitos de 28 a 364 dias de vida completos por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mortalidade materna Número de óbitos maternos, por 100 nascidos por mil nascidos vivos de mães residentes, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mortalidade - específicos Distribuição percentual de óbitos por grupo de causas definidas, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Agora treine o que é cobrado acerca do que vimos: LISTA DE QUESTÕES Ano: 2019 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC A maior parte dos surtos é de etiologia infecciosa e transmissível e muitas vezes representam razões para a realização de investigação sistemática com vistas à identificação da fonte de infecção e adoção das medidas de controle e elaboração de recomendações adicionais. Considerando o exposto, qual a importância da curva epidêmica na caracterização do surto? A A curva mostra o período no qual as pessoas suscetíveis se expuseram ao fator de risco, podendo ser visualizados os períodos mínimo, mediano e máximo de incubação. B A importância consiste na definição de um conjunto de critérios científicos que permitem incluir quais pessoas têm ou tiveram a doença. C A definição da curva epidêmica possibilita a identificação do paciente zero, que é o paciente inicial em uma população que está sob investigação epidemiológica. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 23 45 D A depender das características do evento de saúde, a curva epidêmica permite agregar os dispositivos que serão necessários para a realização da investigação, a saber: laboratórios de saúde pública e/ou laboratórios de referência; vigilância ambiental em saúde; e vigilância sanitária. E É uma ferramenta que permite a investigação sistematizada do surto com base em três tipos de atividades: a investigação epidemiológica, a investigação ambiental; e a interação e comunicação com a população e com a imprensa e, em alguns casos, com órgão de controle social (sistema legal). Ano: 2019 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ Dentre os principais indicadores de saúde coletiva, aquele cujos índices permitem conhecer quais doenças existem habitualmente na área, no período e na população estudada (prevalência), e quais os novos casos das doenças na mesma área, período e população (incidência) é conhecido como: A mortalidade B letalidade C morbidade D infectividade Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP O processo de transição demográfica e transição epidemiológica, no Brasil, configura-se por A lenta transição demográfica, com manutenção das taxas de fertilidade e singela diminuição das taxas de mortalidade decorrente da ampliação das políticas públicas, e inversão epidemiológica, com a erradicação de condições infectocontagiosas e aumento da expectativa de vida. B acelerada transição demográfica, com aumento significativo da população idosa, e acumulação epidemiológica, ou dupla carga de doenças, caracterizada pela persistência de doenças infecciosas e desnutrição e pela escalada rápida das doenças crônicas. C acelerada transição demográfica, com aumento significativo da população com menos de 30 anos, e transição epidemiológica marcada por amplo processo de estabilização e enfrentamento das doenças crônicas associado a menor índice de episódios agudos. D inversão da pirâmide demográfica, com a base, representada por pessoas com menos de 30 anos, mais estreita que o topo, representado por pessoas com mais de 80 anos, e transição epidemiológica marcada pelo avanço das deficiências e condições crônicas de saúde, advindas do envelhecimento. E lenta transição demográfica, tendo o Brasil uma das menores projeções de envelhecimento do mundo, e lenta transição epidemiológica, com manutenção de altas taxas de episódios agudos e traumáticos e doenças infecciosas, com baixos índices de doenças crônicas. Ano: 2014 Banca:CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 24 45 Com relação à transição demográfica e epidemiológica, julgue o item seguinte. Os indicadores empregados na avaliação da transição demográfica de uma população em um período de tempo determinado incluem a taxa de mortalidade e a taxa de fecundidade. Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Em epidemiologia, o termo virulência refere-se à: A qualidade do vírus de penetrar e se desenvolver no novo hospedeiro, ocasionando infecção. B capacidade de um agente etiológico produzir casos graves ou fatais. C quantidade do agente etiológico necessária para iniciar uma infecção. D condição em que o sistema de defesa impede a difusão ou multiplicação do vírus. E capacidade do microrganismo de produzir doença. Ano: 2019 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ Dentre os principais indicadores de saúde utilizados na Saúde Coletiva, aquele que permite conhecer a gravidade de uma doença, considerando-se seu maior ou menor poder para causar a morte é denominado: A incidência B letalidade C morbidade D mortalidade Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: SES-PR Dentre os indicadores de saúde utilizados para avaliar as condições de saúde populacional, os indicadores que são utilizados para avaliar as taxas de ocorrência e o comportamento das doenças e seus agravos a uma população exposta, denominam-se: A Indicadores de mortalidade. B Indicadores de morbidade. C Indicadores de transcendência. D Indicadores de severidade. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Considere o gráfico abaixo. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 25 45 Uma explicação plausível para os dados é que houve A aumento do número de filhos por mulher em idade fértil somado ao declínio da Taxa de Mortalidade Infantil para a taxa das duas últimas décadas. B aumento da Taxa de Natalidade e diminuição na Taxa de Mortalidade para as taxas das últimas 4 décadas. C declínio da Taxa de Morbidade e Taxa de Mortalidade para a taxa da penúltima década. D declínio da Taxa de Mortalidade Infantil e Taxa de Morbidade para a taxa da última década. E declínio na Taxa de Fecundidade para a taxa relativa à última década. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequência de ocorrência de novos acidentes de trabalho com perfurocortantes entre os técnicos de enfermagem em um ano, está considerando uma medida epidemiológica de: A Razão. B Incidência. C Prevalência. D Padronização de risco. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Macapá – AP O gestor de uma unidade de saúde decide medir o número de casos de AIDS existente na população do sexo masculino e na do sexo feminino em sua comunidade. Em epidemiologia, essa medida de frequência de um grupo de eventos relativa à frequência de outro, é denominada A prevalência. B letalidade. C razão. D taxa de ataque. E taxa de incidência. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 26 45 A Taxa de mortalidade neonatal precoce (Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce) objetiva analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade neonatal precoce, identificando tendências e situações de desigualdade que demandem ações e estudos específicos. (BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2017) Considerando os indicadores básicos de saúde no Brasil, a taxa de mortalidade neonatal precoce é calculada pelo: A Número de óbitos de zero a seis dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. B Número de óbitos de 1 a 40 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. C Número de óbitos de 0 a 28 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. D Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequência de ocorrência de novos acidentes de trabalho com perfurocortantes entre os técnicos de enfermagem em um ano, está considerando uma medida epidemiológica de: A Razão. B Incidência. C Prevalência. D Padronização de risco. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IFF A respeito da vigilância em saúde e seus indicadores, julgue o item que se segue. I A morbidade refere-se ao comportamento das doenças em uma população que se encontre exposta ao adoecimento e pode estar relacionada a surtos, endemia, epidemia e pandemia. II A letalidade é definida como a relação entre o número de óbitos e o número de pessoas expostas ao risco de morte. III A incidência indica o número de casos existentes (novos e velhos) de uma doença em um determinado ponto do tempo. Assinale a opção correta. A Apenas o item I está certo. B Apenas o item II está certo. C Apenas os itens I e III estão certos. D Apenas os itens II e III estão certos. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 27 45 E Todos os itens estão certos. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Entre os indicadores de saúde de uma população, podem ser citados os coeficientes de morbidade, que mostram: A as taxas de natalidade e de mortalidade ao longo do tempo. B a incidência e a prevalência de uma determinada doença. C os índices de nascidos vivos, óbito fetal e óbito neonatal. D a cobertura vacinal infantil e de gestantes. E as médias anuais de consultas nas especialidades médicas por habitante. Ano: 2019 Banca: CONSULPAM Órgão: Prefeitura de Resende - RJ A capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais, de produzir toxinas, de se multiplicar, é denominada de: A Patogenicidade. B Virulência. C Infectividade. D Imunogenicidade. Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFSBA Sobre medidas de ocorrência de eventos em saúde, é correto afirmar: A Prevalência é mais útil em estudos de causalidade. B Incidência estima a probabilidade de a população estar doente no período do tempo em que o estudo está sendo realizado. C Incidência é o número de novos casos de doença durante um período específico. D Prevalência expressa o risco de tornar-se doente. Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Cascavel - PR Muitas doenças cursam um estado epidêmico no Brasil. Sobre essa dinâmica de ocorrência de doenças, é correto afirmar que uma epidemia é: A Contabilizada igual a um estado endêmico. B A ocorrência abaixo do limiar endêmico de uma doença. C O fluxo dentro da normalidade de ocorrência de uma doença. D O aumento do número de casos de uma doença, além dos limites estabelecidos. E A ocorrência acima da média, porém abaixo de dois desvios-padrão estipulados como um limiar dentro de um diagrama de controle. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433- Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 28 45 Ano: 2014 Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraquara - PR Em termos gerais, os indicadores de saúde são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. A respeito dos indicadores de saúde, é INCORRETO afirmar: A O Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce é o número de óbitos de 0 a 28 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. B Taxas brutas de mortalidade elevadas podem estar associadas a baixas condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na população total. C O Coeficiente de Mortalidade Materna é o número de óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos de mães residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado. D Taxas elevadas de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal até a assistência ao parto e ao puerpério. E O Coeficiente de Mortalidade Infantil estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. Ano: 2015 Banca: FUNCERN Órgão: IF-RN Em relação às medidas utilizadas como indicadores de saúde, é correto afirmar: A o coeficiente de morbidade expressa o número de indivíduos da população que adoeceram durante um período de tempo especificado. B a incidência é a proporção de indivíduos de uma população que apresentam determinada característica associada a uma doença em um intervalo de tempo. C a prevalência quantifica o número de casos novos de determinada doença em uma população sob risco durante um intervalo de tempo. D o coeficiente de letalidade expressa a razão entre o número de indivíduos que morreram em consequência de uma doença em relação à população total. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP Sobre os coeficientes, índices e indicadores de saúde da população, assinale a alternativa incorreta: A A prevalência não mede o risco de ocorrência de uma doença na população. B O coeficiente de natalidade está relacionado com o número de mulheres em idade fértil. C Quanto melhores as condições de vida e de saúde, será menor a mortalidade infantil proporcional e maior o valor do Indicador de Swaroop e Uemura. D O coeficiente de mortalidade por uma doença não reflete necessariamente sua gravidade. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 29 45 E O coeficiente geral de mortalidade não é muito utilizado para comparar o nível de saúde de diferentes populações, pois não leva em consideração a estrutura etária dessas populações. Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: INCA Para a ocorrência da transmissão de agentes infecciosos em ambientes hospitalares, três elementos são necessários: uma fonte de agentes infecciosos, um hospedeiro suscetível e um modo de transmissão para o agente. A respeito desse assunto e das recomendações referentes à transmissão de microrganismos, bem como das precauções para preveni-la, julgue o item que se segue. Constituem fatores de baixa relevância no desfecho em um processo infeccioso: o estado imune do paciente no momento da exposição a determinado agente infeccioso, fatores de virulência do agente e o modo de transmissão do agente. Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) O Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, tem alta infectividade e baixa patogenicidade. A interpretação para essa afirmativa é que o agente etiológico A multiplica-se rapidamente no meio ambiente e o aparecimento da doença ocorre após um curto período de incubação. B tem alto poder de provocar a doença na pessoa infectada, de forma gradual. C tem alto poder de provocar a doença na pessoa infectada e baixa letalidade. D infecta muitas pessoas, muitas adoecem e poucas falecem. E infecta muitas pessoas, no entanto, só poucas adoecem. Ano: 2016 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Considere as seguintes assertivas sobre os Determinantes Sociais na Saúde. I. O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, desde uma camada mais próxima aos determinantes individuais até uma camada distal onde se situam os macrodeterminantes. II. Segundo o modelo de Dahlgren e Whitehead, os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. III. Desigualdades e iniquidades são sinônimos e referem-se a situações relevantes e evitáveis. Assinale a alternativa em que (todas) a(s) afirmativa(s) está(ão) CORRETA(S): A Apenas I. B Apenas II. C Apenas I e II. D Apenas II e III. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 30 45 E I, II e III. Ano: 2015 Banca: REIS & REIS Órgão: Prefeitura de Santana do Jacaré - MG É a capacidade do agente invasor em causar doença com suas manifestações clínicas entre os hospedeiros suscetíveis. A Infectividade; B Patogenicidade; C Incidência; D Virulência. Ano: 2010 Banca: COVEST-COPSET Órgão: É a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais, este é o conceito de: A patogenicidade. B virulência. C poder invasivo. D dose infectante. E infectividade. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR O modelo na imagem ao lado foi proposto por Dahlgren e Whitehead e adotado pela OMS para explicar o processo de determinação social da saúde. Nesse modelo, os determinantes sociais da saúde são abordados em camadas. Na base do processo de determinação social, encontra- se/encontram-se: A as condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais. B as redes sociais comunitárias. C o estilo de vida dos indivíduos. D a idade, o sexo e os fatores hereditários. E o Sistema Único de Saúde (SUS). Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH O modelo de Dahlgren e Whitehead dispõe os determinantes sociais de Saúde em diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, desde uma camada mais próxima aos determinantes individuais (exemplos: idade e sexo) até a camada mais distal, em que se situam: A Condições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade B Redes sociais e comunitárias C Fatores étnicos e genéticos D Condições de vida e trabalho Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 31 45 E Comportamento e os estilos de vida individuais Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Define-se doença emergente como um novo problema de saúde pública, introduzido através de novo agente infeccioso, que promove significativo impacto, devido à sua gravidade. Já a doença reemergente é aquela anteriormente controlada, que volta a representar ameaça à saúde humana, após um período de declínio, e com risco de novo aumento de sua ação. Das doenças abaixo, indique a que representa uma doença reemergente: A Febre hemorrágica (vírus Ebola). B AIDS. C Febre amarela. D Influenza Aviária. E Chikungunya. Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI A globalização da economia é um dos fatores determinantes para o movimento observado atualmente da epidemia do tabagismo e de doenças relacionadas ao tabaco de países desenvolvidos para países em desenvolvimento. Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Cascavel - PR O coeficientede mortalidade geral é um indicador de saúde global; apresenta um panorama básico sobre a mortalidade local, porém NÃO revela: A O número de habitantes. B O número total de óbitos. C Uma frequência absoluta de óbitos. D Uma frequência relativa entre óbitos por habitantes. E As causas de óbito e nem as faixas etárias envolvidas. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 1. Ano: 2019 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC A maior parte dos surtos é de etiologia infecciosa e transmissível e muitas vezes representam razões para a realização de investigação sistemática com vistas à identificação da fonte de infecção Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 32 45 e adoção das medidas de controle e elaboração de recomendações adicionais. Considerando o exposto, qual a importância da curva epidêmica na caracterização do surto? A A curva mostra o período no qual as pessoas suscetíveis se expuseram ao fator de risco, podendo ser visualizados os períodos mínimo, mediano e máximo de incubação. B A importância consiste na definição de um conjunto de critérios científicos que permitem incluir quais pessoas têm ou tiveram a doença. C A definição da curva epidêmica possibilita a identificação do paciente zero, que é o paciente inicial em uma população que está sob investigação epidemiológica. D A depender das características do evento de saúde, a curva epidêmica permite agregar os dispositivos que serão necessários para a realização da investigação, a saber: laboratórios de saúde pública e/ou laboratórios de referência; vigilância ambiental em saúde; e vigilância sanitária. E É uma ferramenta que permite a investigação sistematizada do surto com base em três tipos de atividades: a investigação epidemiológica, a investigação ambiental; e a interação e comunicação com a população e com a imprensa e, em alguns casos, com órgão de controle social (sistema legal). Resposta A curva epidêmica é a representação gráfica geral de uma situação epidêmica. Mostra o período de tempo no qual as pessoas suscetíveis se expuseram ao fator de risco, podendo ser visualizados os períodos mínimo, mediano e máximo de incubação. Alternativa: A 2. Ano: 2019 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ Dentre os principais indicadores de saúde coletiva, aquele cujos índices permitem conhecer quais doenças existem habitualmente na área, no período e na população estudada (prevalência), e quais os novos casos das doenças na mesma área, período e população (incidência) é conhecido como: A mortalidade B letalidade C morbidade D infectividade Resposta Coeficiente de morbidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento. Alternativa: C. 3. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP O processo de transição demográfica e transição epidemiológica, no Brasil, configura-se por Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 33 45 A lenta transição demográfica, com manutenção das taxas de fertilidade e singela diminuição das taxas de mortalidade decorrente da ampliação das políticas públicas, e inversão epidemiológica, com a erradicação de condições infectocontagiosas e aumento da expectativa de vida. B acelerada transição demográfica, com aumento significativo da população idosa, e acumulação epidemiológica, ou dupla carga de doenças, caracterizada pela persistência de doenças infecciosas e desnutrição e pela escalada rápida das doenças crônicas. C acelerada transição demográfica, com aumento significativo da população com menos de 30 anos, e transição epidemiológica marcada por amplo processo de estabilização e enfrentamento das doenças crônicas associado a menor índice de episódios agudos. D inversão da pirâmide demográfica, com a base, representada por pessoas com menos de 30 anos, mais estreita que o topo, representado por pessoas com mais de 80 anos, e transição epidemiológica marcada pelo avanço das deficiências e condições crônicas de saúde, advindas do envelhecimento. E lenta transição demográfica, tendo o Brasil uma das menores projeções de envelhecimento do mundo, e lenta transição epidemiológica, com manutenção de altas taxas de episódios agudos e traumáticos e doenças infecciosas, com baixos índices de doenças crônicas. Resposta A transição tem sido acelerada, o aumento é da população idosa. Aqui não se citou o aumento dos acidentes, o que é uma realidade e se soma a "dupla carga de doenças", mas as outras alternativas dão "bola fora" até na faixa etária. Alternativa: B. 4. Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Com relação à transição demográfica e epidemiológica, julgue o item seguinte. Os indicadores empregados na avaliação da transição demográfica de uma população em um período de tempo determinado incluem a taxa de mortalidade e a taxa de fecundidade. Resposta Exato. A taxa de fecundidade representa a condição reprodutiva relevante como indicador da dinâmica demográfica. Alternativa: Certa. 5. Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Em epidemiologia, o termo virulência refere-se à: A qualidade do vírus de penetrar e se desenvolver no novo hospedeiro, ocasionando infecção. B capacidade de um agente etiológico produzir casos graves ou fatais. C quantidade do agente etiológico necessária para iniciar uma infecção. D condição em que o sistema de defesa impede a difusão ou multiplicação do vírus. E capacidade do microrganismo de produzir doença. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 34 45 Resposta Virulência é a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais. Alternativa: B. 6. Ano: 2019 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ Dentre os principais indicadores de saúde utilizados na Saúde Coletiva, aquele que permite conhecer a gravidade de uma doença, considerando-se seu maior ou menor poder para causar a morte é denominado: A incidência B letalidade C morbidade D mortalidade Resposta A) Errada. Incidência refere-se apenas aos novos casos. B) Certa. C) Errada. Morbidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento. D) Errada. Mortalidade representa o número de óbitos ocorridos no período de um ano. Alternativa: B. 7. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: SES-PR Dentre os indicadores de saúde utilizados para avaliar as condições de saúde populacional, os indicadores que são utilizados para avaliar as taxas de ocorrência e o comportamento das doenças e seus agravos a uma população exposta, denominam-se: A Indicadores de mortalidade. B Indicadores de morbidade. C Indicadores de transcendência. D Indicadores de severidade. Resposta Indicadores de morbidade são casos de uma dada doença ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos. Alternativa: B. 8. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Considere o gráfico abaixo. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 35 45 Uma explicação plausível para os dados é que houve A aumento do número de filhos por mulher em idade fértil somado ao declínio da Taxa de Mortalidade Infantil para a taxa das duas últimas décadas.B aumento da Taxa de Natalidade e diminuição na Taxa de Mortalidade para as taxas das últimas 4 décadas. C declínio da Taxa de Morbidade e Taxa de Mortalidade para a taxa da penúltima década. D declínio da Taxa de Mortalidade Infantil e Taxa de Morbidade para a taxa da última década. E declínio na Taxa de Fecundidade para a taxa relativa à última década. Resposta Veja que se fala em crescimento populacional. Logo, como as barras declinaram na última década, percebe-se que a taxa de fecundidade reduziu. Alternativa: E. 9. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequência de ocorrência de novos acidentes de trabalho com perfurocortantes entre os técnicos de enfermagem em um ano, está considerando uma medida epidemiológica de: A Razão. B Incidência. C Prevalência. D Padronização de risco. Resposta Recapitulando: incidência é o número de casos novos de uma doença em um dado local e período, relativo a uma população exposta. Reflete a intensidade com que acontece uma doença em uma população e, dessa maneira, mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de casos novos dessa doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. Alternativa: B. 10. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Macapá – AP Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 36 45 O gestor de uma unidade de saúde decide medir o número de casos de AIDS existente na população do sexo masculino e na do sexo feminino em sua comunidade. Em epidemiologia, essa medida de frequência de um grupo de eventos relativa à frequência de outro, é denominada A prevalência. B letalidade. C razão. D taxa de ataque. E taxa de incidência. Resposta Um evento em RELAÇÃO a outro, quer dizer RAZÃO. Alternativa: C. 11. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA A Taxa de mortalidade neonatal precoce (Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce) objetiva analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade neonatal precoce, identificando tendências e situações de desigualdade que demandem ações e estudos específicos. (BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2017) Considerando os indicadores básicos de saúde no Brasil, a taxa de mortalidade neonatal precoce é calculada pelo: A Número de óbitos de zero a seis dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. B Número de óbitos de 1 a 40 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. C Número de óbitos de 0 a 28 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. D Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Resposta Vamos lembrar: Mortalidade neonatal: (1) mortalidade neonatal: óbito ocorrido entre 0 e 28 dias incompletos; (2) mortalidade neonatal precoce: óbito de RN entre 0 e 6 dias (<7d); (3) mortalidade neonatal tardia: óbito de RN entre 7 e 27 dias (<28 dias); (4) mortalidade pós-neonatal: óbito de criança entre 28 dias e 1 ano incompleto. Alternativa: A 12. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 37 45 Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequência de ocorrência de novos acidentes de trabalho com perfurocortantes entre os técnicos de enfermagem em um ano, está considerando uma medida epidemiológica de: A Razão. B Incidência. C Prevalência. D Padronização de risco. Resposta A palavra-chave é NOVOS, ou seja, estamos se tratamento de INCIDÊNCIA. Alternativa: B. 13. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IFF A respeito da vigilância em saúde e seus indicadores, julgue o item que se segue. I A morbidade refere-se ao comportamento das doenças em uma população que se encontre exposta ao adoecimento e pode estar relacionada a surtos, endemia, epidemia e pandemia. II A letalidade é definida como a relação entre o número de óbitos e o número de pessoas expostas ao risco de morte. III A incidência indica o número de casos existentes (novos e velhos) de uma doença em um determinado ponto do tempo. Assinale a opção correta. A Apenas o item I está certo. B Apenas o item II está certo. C Apenas os itens I e III estão certos. D Apenas os itens II e III estão certos. E Todos os itens estão certos. Resposta I – Certa II – ERRADA. Está descrito acerca da mortalidade III – ERRADA. Está descrito acerca de prevalência. Alternativa: A. 14. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Entre os indicadores de saúde de uma população, podem ser citados os coeficientes de morbidade, que mostram: A as taxas de natalidade e de mortalidade ao longo do tempo. B a incidência e a prevalência de uma determinada doença. C os índices de nascidos vivos, óbito fetal e óbito neonatal. D a cobertura vacinal infantil e de gestantes. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 38 45 E as médias anuais de consultas nas especialidades médicas por habitante. Resposta A morbidade é a variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças (ou determinadas doenças) num dado intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. Mostram a incidência e a prevalência de uma determinada doença. Alternativa: B. 15. Ano: 2019 Banca: CONSULPAM Órgão: Prefeitura de Resende - RJ A capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais, de produzir toxinas, de se multiplicar, é denominada de: A Patogenicidade. B Virulência. C Infectividade. D Imunogenicidade. Resposta Virulência é a capacidade infecciosa de um micro-organismo, medida pela mortalidade que ele produz e/ou por seu poder de invadir tecidos, logo, é o que buscamos. Alternativa: B. 16. Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFSBA Sobre medidas de ocorrência de eventos em saúde, é correto afirmar: A Prevalência é mais útil em estudos de causalidade. B Incidência estima a probabilidade de a população estar doente no período do tempo em que o estudo está sendo realizado. C Incidência é o número de novos casos de doença durante um período específico. D Prevalência expressa o risco de tornar-se doente. Resposta a) Errada. A incidência é mais útil em estudos de causalidade. b) Errada. INCIDÊNCIA: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população particular, durante um período específico. PREVALÊNCIA: número de casos clínicos ou de portadores existentes em um determinado momento, em uma comunidade, dando uma ideia estática da ocorrência do fenômeno. Pode ser expressa em números absolutos ou em coeficientes. c) CERTA d) Errada. Incidência expressa o risco de tornar-se doente. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 39 45 Alternativa: C. 17. Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Cascavel - PR Muitas doenças cursam um estado epidêmico no Brasil. Sobre essa dinâmica de ocorrência de doenças, é correto afirmar que uma epidemia é:A Contabilizada igual a um estado endêmico. B A ocorrência abaixo do limiar endêmico de uma doença. C O fluxo dentro da normalidade de ocorrência de uma doença. D O aumento do número de casos de uma doença, além dos limites estabelecidos. E A ocorrência acima da média, porém abaixo de dois desvios-padrão estipulados como um limiar dentro de um diagrama de controle. Resposta Recorde: PANDEMIA - nº de casos acima do esperado, afeta países e continentes. ENDEMIA - casos controlados em determinada região. EPIDEMIA - aumento de casos , muito acima do esperado e não delimitado a uma região. Alternativa: D. 18. Ano: 2014 Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraquara - PR Em termos gerais, os indicadores de saúde são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. A respeito dos indicadores de saúde, é INCORRETO afirmar: A O Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce é o número de óbitos de 0 a 28 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. B Taxas brutas de mortalidade elevadas podem estar associadas a baixas condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na população total. C O Coeficiente de Mortalidade Materna é o número de óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos de mães residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado. D Taxas elevadas de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal até a assistência ao parto e ao puerpério. E O Coeficiente de Mortalidade Infantil estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. Resposta A correção está na primeira, pois o número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Alternativa: A. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 40 45 19. Ano: 2015 Banca: FUNCERN Órgão: IF-RN Em relação às medidas utilizadas como indicadores de saúde, é correto afirmar: A o coeficiente de morbidade expressa o número de indivíduos da população que adoeceram durante um período de tempo especificado. B a incidência é a proporção de indivíduos de uma população que apresentam determinada característica associada a uma doença em um intervalo de tempo. C a prevalência quantifica o número de casos novos de determinada doença em uma população sob risco durante um intervalo de tempo. D o coeficiente de letalidade expressa a razão entre o número de indivíduos que morreram em consequência de uma doença em relação à população total. Resposta A. Certa. B. Errada. Incidência - medida pela freqüência absoluta de casos NOVOS relacionados à unidade de intervalo de tempo. C. Errada. Prevalência - o nº de casos CONHECIDOS de uma doença. D. Errada. Letalidade - o maior ou menor poder que tem uma doença em provocar a morte das pessoas que adoecem por esta doença. Permite avaliar a gravidade de uma doença, considerando as variáveis idade, sexo e condições socioeconômicas DA REGIÃO ONDE OCORRE. Alternativa: A. 20. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP Sobre os coeficientes, índices e indicadores de saúde da população, assinale a alternativa incorreta: A A prevalência não mede o risco de ocorrência de uma doença na população. B O coeficiente de natalidade está relacionado com o número de mulheres em idade fértil. C Quanto melhores as condições de vida e de saúde, será menor a mortalidade infantil proporcional e maior o valor do Indicador de Swaroop e Uemura. D O coeficiente de mortalidade por uma doença não reflete necessariamente sua gravidade. E O coeficiente geral de mortalidade não é muito utilizado para comparar o nível de saúde de diferentes populações, pois não leva em consideração a estrutura etária dessas populações. Resposta Olha a correção da "B". O coeficiente de fecundidade está relacionado com o número de mulheres em estado fértil. Alternativa: B. 21. Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: INCA Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 41 45 Para a ocorrência da transmissão de agentes infecciosos em ambientes hospitalares, três elementos são necessários: uma fonte de agentes infecciosos, um hospedeiro suscetível e um modo de transmissão para o agente. A respeito desse assunto e das recomendações referentes à transmissão de microrganismos, bem como das precauções para preveni-la, julgue o item que se segue. Constituem fatores de baixa relevância no desfecho em um processo infeccioso: o estado imune do paciente no momento da exposição a determinado agente infeccioso, fatores de virulência do agente e o modo de transmissão do agente. Resposta O erro está em dizer que é de baixa relevância, visto que é exatamente oposto! Alternativa: Errada. 22. Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) O Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, tem alta infectividade e baixa patogenicidade. A interpretação para essa afirmativa é que o agente etiológico A multiplica-se rapidamente no meio ambiente e o aparecimento da doença ocorre após um curto período de incubação. B tem alto poder de provocar a doença na pessoa infectada, de forma gradual. C tem alto poder de provocar a doença na pessoa infectada e baixa letalidade. D infecta muitas pessoas, muitas adoecem e poucas falecem. E infecta muitas pessoas, no entanto, só poucas adoecem. Resposta Alta infectividade quer dizer que infecta muitas pessoas e baixa patogenicidade, que poucas pessoas adoecem. Alternativa: E. 23. Ano: 2016 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Considere as seguintes assertivas sobre os Determinantes Sociais na Saúde. I. O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, desde uma camada mais próxima aos determinantes individuais até uma camada distal onde se situam os macrodeterminantes. II. Segundo o modelo de Dahlgren e Whitehead, os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. III. Desigualdades e iniquidades são sinônimos e referem-se a situações relevantes e evitáveis. Assinale a alternativa em que (todas) a(s) afirmativa(s) está(ão) CORRETA(S): A Apenas I. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 42 45 B Apenas II. C Apenas I e II. D Apenas II e III. E I, II e III. Resposta O erro está só na última. Iniquidades em saúde referem-se a diferenças desnecessárias e evitáveis e que são ao mesmo tempo consideradas injustas e indesejáveis. Alternativa: C. 24. Ano: 2015 Banca: REIS & REIS Órgão: Prefeitura de Santana do Jacaré - MG É a capacidade do agente invasor em causar doença com suas manifestações clínicas entre os hospedeiros suscetíveis. A Infectividade; B Patogenicidade; C Incidência; D Virulência. Resposta Patogenicidade é a capacidade do agente invasor em causar doença com suas manifestações clínicas entre os hospedeiros suscetíveis. Alternativa: B. 25. Ano: 2010 Banca: COVEST-COPSET Órgão: É a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais, este é o conceito de: A patogenicidade. B virulência. C poder invasivo. D dose infectante. Einfectividade. Resposta A Errada. Patogenecidade: é a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais (doença). B Certa. C Errada. Poder invasivo: é a capacidade que tem o parasita de se difundir, através de tecidos, órgãos e sistemas anatomofisiológicos do hospedeiro. D Errada. Dose infectante: é a quantidade do agente etiológico necessária para iniciar uma infecção. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 43 45 E Errada. Infectividade: é a capacidade de certos organismos de penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro hospedeiro ocasionando uma infecção. Alternativa: B. 26. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR O modelo na imagem ao lado foi proposto por Dahlgren e Whitehead e adotado pela OMS para explicar o processo de determinação social da saúde. Nesse modelo, os determinantes sociais da saúde são abordados em camadas. Na base do processo de determinação social, encontra- se/encontram-se: A as condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais. B as redes sociais comunitárias. C o estilo de vida dos indivíduos. D a idade, o sexo e os fatores hereditários. E o Sistema Único de Saúde (SUS). Resposta Os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. Alternativa: D. 27. Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH O modelo de Dahlgren e Whitehead dispõe os determinantes sociais de Saúde em diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, desde uma camada mais próxima aos determinantes individuais (exemplos: idade e sexo) até a camada mais distal, em que se situam: A Condições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade B Redes sociais e comunitárias C Fatores étnicos e genéticos D Condições de vida e trabalho E Comportamento e os estilos de vida individuais Resposta A camada distal se refere aos macrodeterminantes, que possuem grande influência sobre as demais camadas e estão relacionados às condições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade. Alternativa: E. 28. Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Define-se doença emergente como um novo problema de saúde pública, introduzido através de novo agente infeccioso, que promove significativo impacto, devido à sua gravidade. Já a doença Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 44 45 reemergente é aquela anteriormente controlada, que volta a representar ameaça à saúde humana, após um período de declínio, e com risco de novo aumento de sua ação. Das doenças abaixo, indique a que representa uma doença reemergente: A Febre hemorrágica (vírus Ebola). B AIDS. C Febre amarela. D Influenza Aviária. E Chikungunya. Resposta As doenças reemergentes ou resistentes às drogas são as que reaparecem após período de declínio significativo, como cólera e dengue no Brasil, ou ameaçam aumentar em futuro próximo. A febre amarela é o clássico exemplo de doença reemergente. Os fatores de risco para a reurbanização da febre amarela no Brasil são: → presença do A. egypti e do A. albopictu; → cidades infestadas pelos vetores e próximas de área rural endêmica de febre amarela silvestre; → baixa cobertura vacinal da população das áreas urbanas infestadas. Alternativa: C. 29. Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI A globalização da economia é um dos fatores determinantes para o movimento observado atualmente da epidemia do tabagismo e de doenças relacionadas ao tabaco de países desenvolvidos para países em desenvolvimento. Resposta Ao longo das últimas décadas, a globalização da economia contribuiu para a expansão desse comércio. O contexto econômico criado através da globalização tem permitido que as grandes companhias transnacionais de tabaco possam dirigir seus esforços de expansão para países com baixo custo de produção e com um elevado potencial de consumo. Alternativa: Certa. 30. Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Cascavel - PR O coeficiente de mortalidade geral é um indicador de saúde global; apresenta um panorama básico sobre a mortalidade local, porém NÃO revela: A O número de habitantes. B O número total de óbitos. C Uma frequência absoluta de óbitos. D Uma frequência relativa entre óbitos por habitantes. E As causas de óbito e nem as faixas etárias envolvidas. Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira 45 45 Resposta O coeficiente é quantitativo. As causas podem ser interpretadas após a análises de todos os fatores que circundam o tema, mas não são expressas pelo coeficiente. Alternativa: E. Grande abraço! Bons estudos Prof. Lígia Carvalheiro Ligia Carvalheiro Aula 06 SUS p/ Prefeitura Municipal de Palmares- PE - Com videoaulas- Pós- Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1185236 10125491433 - Ricardo Alecsander de Queiroz Oliveira