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By : K éz ia So uz a 🦴 Fisioterapia Musculoesquelética na Saúde do Adulto 🦴 Ossos: 1) Substância compacta 2) Substância esponjosa - Osteoblastos: produção; - Osteócitos: manutenção; - Osteoclastos: reabsorção/remodelação - Os ossos são revestidos externamente pelo periósteo, altamente vascularizado e inervado - E internamente pelo endósteo, importante para a vascularização do tecido ósseo e, principalmente, para o processo de consolidação de uma fratura. Cartilagem: Existem três tipos de cartilagem, são elas: a cartilagem hialina, a cartilagem elástica e a cartilagem fibrosa. ● A cartilagem hialina é encontrada em nossa traquéia, brônquios, pontas de nossos ossos. ● A cartilagem elástica pode ser encontrada formando nosso nariz e nossas orelhas. ● A cartilagem fibrosa é encontrada nos discos intervertebrais. ● A cartilagem de crescimento, presente nas epífises dos ossos ainda imaturos. REAÇÃO INFLAMATÓRIA: •Dor; •Limitação de movimento; •Edema; •Deformidades; •Diferentes níveis de incapacidades físicas Elementos primordiais que constituem a avaliação e o exame físico: - Anamnese Nesse momento, o examinador deve prestar atenção aos mínimos detalhes da história do paciente. E deve perguntar: • Como começou o problema? 1 By : K éz ia So uz a • Quando começou o problema? • Quais são os sintomas? Quando pioram? • Como é a dor (constante ou intermitente)? • Em quais posições piora? • Já houveram outros episódios prévios? - Inspeção O examinador deve iniciá-la desde o primeiro momento em que vir o paciente, observando como entrou na sala e sua expressão facial. O paciente deve ser posicionado no meio da sala e deve ser examinado de maneira global, em todas as vistas (anterior, lateral e posterior). O exame deve ser feito de forma lógica, no sentido crânio podálico (ou seja, da cabeça em direção aos pés). A simetria entre os lados deve ser analisada e alterações como edemas, escoriações e coloração devem ser observadas. Além disso, as massas musculares devem ser observadas e a presença de atrofia, hipotrofia ou hipertrofia muscular deve ser investigada. - Exame dos movimentos Após o exame físico estático, deve-se iniciar o exame dos movimentos. Primeiramente, o examinador deve solicitar ao paciente que realize os movimentos de forma ativa. Então, o examinador deve observar o ritmo, a força despendida, a flexibilidade, a velocidade e a amplitude. Feito isso, o ideal é quantificar a amplitude por meio do goniômetro. ● Goniômetro (instrumento de medir ângulos) * Em seguida, o examinador deve realizar os movimentos de forma passiva, principalmente quando perceber dificuldade de o paciente executar ativamente. Devem ser observadas as estruturas anatômicas limitantes e os sinais de dores. Por fim, os movimentos devem ser realizados contra resistência. Nesse caso, o paciente deve ser instruído a realizar a contração isométrica (sem movimento articular), até chegar à contração máxima progressivamente. Nesse teste, é possível identificar o processo inflamatório nos músculos e tendões. - Outros procedimentos No exame físico também podem ser realizados: • Teste de estiramento tendinoso 2 By : K éz ia So uz a • Teste de sensibilidade • Teste de estiramento nervoso • Teste de compressão e distração • Palpação - Fraturas ° As fraturas são definidas pela perda ou ruptura completa ou incompleta da continuidade do osso ° As fraturas podem ocorrer tanto por traumas quanto por diminuição da resistência do osso. ° Dentre os principais sintomas e sinais de fratura estão a dor, o edema, a limitação de movimento e a crepitação no local lesionado. ° Pode ser tanto cirúrgico quanto conservador. O tratamento conservador utiliza, primeiramente, a imobilização gessada e, em seguida, o tratamento fisioterapêutico. Na fisioterapia, usa-se os exercícios terapêuticos passivos, ativos, ativos assistidos e resistidos, alongamento muscular, mobilizações e trações articulares, exercícios de propriocepção e de equilíbrio, técnicas miofasciais. Além da cinesioterapia, também existem os recursos eletroterápicos, a crioterapia e o calor profundo e superficial. - Osteopenia e osteoporose ° A osteopenia se trata da redução da massa óssea, que ocorre por desequilíbrio nas funções das células ósseas em sintetizar e absorver tecido ósseo, enquanto a osteoporose é a aceleração do processo de osteopenia, sendo então consequência desta, quando não tratada. ° Na osteoporose, o osso fica tão poroso devido à deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, que fica suscetível às fraturas. ° As causas mais comuns são: osteoporose senil (ocorre com o avançar da idade); atividade física reduzida; hipocalcemia (o nível adequado de cálcio no sangue evita a reabsorção óssea exagerada); alterações hormonais; outras patologias. ° No caso da osteopenia, o ideal é que se faça a prevenção com exercícios de fortalecimento periodicamente. Uma vez instalada a osteoporose, o tratamento se torna mais difícil, porém existem diversos recursos fisioterapêuticos, como os exercícios ativos isométricos e isotônicos de fortalecimento muscular, dentre outros. 3 By : K éz ia So uz a - Tumores ósseos ° Os tumores que acometem o sistema ósseo podem ser tanto benignos quanto malignos. ° E o tratamento fisioterapêutico desses tumores depende do tipo de tumor, do tratamento médico e das sequelas. Nem todos os tumores ósseos são malignos e, inclusive, estes são bem menos frequentes do que os benignos. Quando se fala em câncer ósseo, contudo, trata-se dos tumores malignos que causam a destruição dos tecidos ósseos saudáveis. Os tipos mais comuns de câncer ósseo incluem: ● Osteossarcoma Este é, sem dúvida, o tipo mais comum de câncer ósseo tratado pelos ortopedistas oncologistas. É o mais frequente na fase infanto juvenil, desenvolvendo-se em crianças e jovens adultos entre 10 e 30 anos, sendo o terceiro câncer mais comum em adolescentes. Contudo, cerca de 10% dos casos ocorrem em pessoas entre 60 e 70 anos. Os principais ossos afetados pelo osteossarcoma são dos joelhos, ombros e quadris, tendo início nas células ósseas, que são as formadoras de ossos. ● Condrossarcoma Enquanto o osteossarcoma acomete principalmente jovens adultos, o condrossarcoma se desenvolve geralmente em adultos. Esse tipo de câncer ósseo é formador de cartilagem e tem início justamente nas células da cartilagem. Posteriormente, move-se para os ossos, principalmente dos braços, coxas e bacia. O prognóstico do condrossarcoma depende de alguns fatores, como se houve metástase ou não. - Sarcoma de Ewing O sarcoma de Ewing é o terceiro tipo de câncer ósseo mais comum que pode ser tratado pelos ortopedistas oncologistas, acometendo geralmente crianças, adolescentes e jovens adultos, sendo raro em pessoas com mais de 30 anos. Na maior parte dos casos, esse tumor se desenvolve diretamente nos ossos, porém ele também pode ter origem em outros órgãos e tecidos. Os ossos mais frequentemente afetados são os das coxas, braços, pernas e bacia. ° Como dito anteriormente, o cancro nos ossos pode ser secundário, isto é, metastático. Em diversos casos, o tumor ósseo teve origem em outra parte do corpo e não no sistema músculo esquelético. Entre os tipos de câncer que normalmente se propagam aos ossos, destacam-se: - Câncer de próstata; - Câncer de pulmão; - Câncer de mama. ° Além dos tipos de câncer ósseo maligno, existem, ainda, os tumores ósseos benignos, que podem ter diversas causas, como traumas, infecções, inflamação e outras. Entre os principais tipos de tumores ósseos benignos, estão: ° Encondroma: aparece, normalmente nos ossos da mão e do pé; ° Osteocondroma: acomete principalmente adolescentes e crianças; ° Tumor ósseo de células gigantes: afeta, normalmente, o fêmur ou as tíbias (ossos da canela); 4 https://www.danielrebolledo.com.br https://www.danielrebolledo.com.br https://www.danielrebolledo.com.br https://www.danielrebolledo.com.br https://www.danielrebolledo.com.br/encondroma https://www.danielrebolledo.com.br/osteocondromahttps://www.danielrebolledo.com.br/tumor-celulas-gigantes By : K éz ia So uz a ° Osteoma osteóide: comum em ossos longos de pacientes adultos; ° Osteoblastoma: pode afetar ossos longos, porém geralmente aparece na coluna vertebral. - Osteoartrose ° A osteoartrose é uma doença crônica que acomete a cartilagem das articulações e leva à incapacidade funcional. ° A articulação mais acometida é a do joelho devido à sobrecarga do peso corporal e sua incidência aumenta com o avançar da idade. ° Os principais sinais e sintomas da osteoartrose são dor localizada e rigidez articular com crepitação. ° Nos casos mais leves o tratamento deve ser conservador, objetivando a redução da dor, da inflamação e o retardo da progressão de degeneração da cartilagem. A fisioterapia pode intervir tanto com a cinesioterapia, com exercícios terapêuticos de alongamento e fortalecimento, quanto com recursos eletroterápicos. - Entorse ° Ocorre quando há o estiramento ou ruptura (rompimento) de fibras ligamentares das articulações. ° Entorse leve: Nesse caso, a lesão não tem grande importância clínica e nem instabilidade articular. O tratamento deve ser a aplicação da crioterapia nas primeiras 48 horas após a lesão e repouso relativo. Podem ser prescritos contensão elástica para a imobilização da articulação e exercícios terapêuticos. ° Moderada: Ocorre o esgarçamento da cápsula e estiramento dos ligamentos, podendo haver ou não pequena instabilidade articular. O tratamento é parecido com o tipo leve, porém o repouso deve ser mais rigoroso e intercalado com os exercícios terapêuticos. ° Grave: Ocorre a ruptura completa de um ou mais ligamentos, com presença de instabilidade articular. O tratamento deve ser cirúrgico para a reconstrução ligamentar. Quanto ao tratamento fisioterapêutico, deve ser utilizado desde a cinesioterapia com equipamentos, exercícios terapêuticos para o fortalecimento articular até os recursos eletroterápicos. - Luxação ° Ocorre quando o osso se desloca e perde o contato com a cavidade articular e tem a perda da congruência articular. ° Os principais sinais e sintomas são dor, edema, inflamação, contratura muscular e bloqueio do movimento articular ° O tratamento fisioterapêutico deve contemplar: exercícios terapêuticos, cinesioterapia e recursos eletroterápicos. O fortalecimento muscular é de extrema importância, pois são os músculos que auxiliam a estabilidade articular. As doenças que acometem o tendão podem ser denominadas de: 5 https://www.danielrebolledo.com.br/osteoma-osteoide By : K éz ia So uz a ° Tendinoses ° Tendinites ° Tendinopatias A tendinite pode ter dois tipos de mecanismos patogênicos: físico e de origem vascular. -No caso do tipo físico, a tendinite pode ser causada por fadiga, despreparo físico e incoordenação motora nos movimentos, traumas, situações estas que provocam forças biomecânicas em excesso nas fibras tendíneas, que levam à sua degeneração e consequente inflamação. -A tendinite causada pelo fator vascular pode ser provocada por isquemia, reperfusão e anóxia; geralmente ocorrem em situações de prática de atividades esportivas excessivas e de movimentos repetitivos, que levam a microlesões nas fibras tendíneas e nos vasos sanguíneos, prejudicando a vascularização do tendão. Também podemos classificar a origem da tendinite em extrínseca e intrínseca. -Extrínseca: Causada por forças compressivas externas (de um objeto externo), aplicadas diretamente sobre o tendão, ou por alteração no alinhamento anatômico de uma determinada estrutura, causando também a compressão do tendão. Pode ser causada, por exemplo, por cadarços apertados sobre os tendões extensores na articulação do tornozelo, levando à origem da tenossinovite dos tendões. -Intrínseca: Causada por cargas excessivas aplicadas sobre o tendão durante atividades funcionais, ou seja, excesso de carga funcional, por exemplo, as lesões do tendão do calcâneo em corredores. Um exemplo é a lesão do tendão patelar em atletas que saltam, como é o caso dos jogadores de vôlei e basquete. As lesões dos tendões podem ainda ser classificadas em agudas e crônicas. Na tendinite aguda, a causa e o tempo da lesão são conhecidos, incluindo as rupturas parcial ou completa do tendão. • Sintomas: dor, edema e alteração de sensibilidade. Na tendinite crônica, a lesão é causada por uso excessivo com cargas repetitivas, o momento da lesão é desconhecido e os sintomas surgem de forma gradual e progressiva. • Sintomas: iniciam com a dor durante as atividades, com alteração de sensibilidade e espessamento do tendão. - Diagnóstico O diagnóstico da tendinite pode ser feito por meio do exame de ultrassonografia que demonstra o grau de comprometimento das fibras tendíneas. O processo de reparo da lesão apresenta a seguinte sequência: hemorragia, inflamação seguida de proliferação de fibroblastos, com produção de colágeno e consequente remodelação. - Tratamento 6 By : K éz ia So uz a O tratamento das tendinopatias pode ser tanto cirúrgico quanto conservador, o que vai decidir é a avaliação médica criteriosa de exames de imagem. Geralmente o tratamento cirúrgico é indicado nos casos de ruptura completa ou grave do tendão. *Os traumatismos da coluna vertebral no adulto são causa importante de morbidade e mortalidade na população mundial. Muitos deles são causados por atos de violência e por acidentes, principalmente os provocados no trânsito. As lesões traumáticas da coluna cervical são divididas em regiões. - Fratura tipo I Fratura impactada do côndilo occipital; o mecanismo de trauma é a sobrecarga axial do crânio sobre o atlas. Pode haver o mínimo de desvio dos fragmentos ósseos em direção ao forame magno; os ligamentos locais se encontram intactos mantendo a fratura estável. - Fratura tipo II Fratura do côndilo occipital associada a fratura da base do crânio, com traço em direção ao forame magno; o mecanismo da lesão é o trauma direto na região afetada. Os ligamentos locais se preservam intactos e por isso se trata de uma fratura estável. - Fratura tipo III Fratura com avulsão do côndilo occipital provocada pelo ligamento alar. Seu mecanismo é a rotação ou inclinação lateral da cabeça ou pela associação desses movimentos. Neste caso, a fratura é instável devido à lesão do ligamento alar contralateral e da membrana tectorial. Os três tipos de fraturas comumente são acompanhados de traumatismo cranioencefálico, o que influencia no quadro clínico e dificulta o diagnóstico e, muitas vezes, é causa de óbito. Para seu diagnóstico o ideal é a realização da tomografia computadorizada (TC), que permite a reconstrução das imagens. Do atlas: Geralmente ocorre pelo mecanismo de compressão do crânio sobre o atlas, provocando a ruptura nos pontos mais fracos. Também podem acontecer fraturas isoladas do arco posterior devido à sobrecarga. Além das fraturas, o mecanismo de lesão também pode provocar a ruptura do ligamento transverso, o qual é responsável pela estabilidade anterior do atlas, impedindo-o de escorregar sobre o áxis. 7 By : K éz ia So uz a Luxação atlantoaxial: São raríssimas e dificilmente o indivíduo a elas sobrevive, assim como no caso de luxações em C1-C2 sem fratura do dente do áxis; ocorrem devido ao mecanismo de flexão com ruptura do ligamento transverso, com projeção do dente do áxis para o canal vertebral e consequente lesão da medula espinal. As subluxações mais frequentes que acontecem nesta região são causadas pela instabilidade preexistente. Do dente do áxis: Podem ou não apresentar desvio do dente do áxis, ocorrendo geralmente por cisalhamento. A direção do desvio pode ser anterior quando o mecanismo de lesão estiver em hiperflexão, e quando está associado com o deslocamento anterior do atlas na fratura-luxação em C1-C2. Caso o mecanismo esteja em hiperextensão, o desvio é posterior. Do enforcado: Também denominada espondilolistese traumática do áxis, é causada pelo mecanismo de hiperextensão-distração com fratura dos pedículos de C2, com consequente deslizamento do seucorpo vertebral sobre a C3. Geralmente não compromete a medula espinhal, pois causa o alargamento do canal vertebral sem comprometê-la. As fraturas e luxações da cervical baixa (C3-C7) estão divididas em seis tipos. ° Compressão-flexão ° Compressão-vertical ° Distração-flexão ° Compressão-extensão ° Distração-extensão ° Flexão lateral O segmento da coluna vertebral mais afetado pelas fraturas é o toracolombar, e o menos afetado é o que compõe o sacro e o cóccix. A – Compressão Força de compressão axial que pode estar associada ou não à flexão. B – Distração Flexão-distração (B1 e B2) e hiperextensão (alongamento e ruptura anterior). C – Rotação Causada pelo mecanismo de cisalhamento associado à rotação. ° O traumatismo raquimedular ocorre em cerca de 15% a 20% das lesões traumáticas da coluna vertebral e é causado por acidentes automobilísticos ou por mergulho em águas rasas, quedas de alturas e ferimentos por arma branca. Na fisiopatologia da lesão medular ocorre ruptura dos axônios, lesão das células nervosas e rupturas dos vasos sanguíneos. A lesão medular pode ser completa ou incompleta. Também pode haver o choque medular, que é caracterizado pela cessação transitória de toda a atividade neurológica, inclusive as autonômicas. 8 By : K éz ia So uz a A classificação neurológica em padrões do TRM foi desenvolvida em 1992 pela ASIA (American Spine Injure Association – Associação Americana do Trauma Raquimedular) e é utilizada até hoje. ° Lesão completa (A) Não existe função motora ou sensitiva nos segmentos sacrais S4 e S5. ° Lesão completa (B) Preservação da sensibilidade e perda da força motora abaixo do nível neurológico, estendendo-se até os segmentos sacrais S4 e S5. ° Lesão completa C A função motora é preservada abaixo do nível neurológico, e a maioria dos músculos abaixo desse nível possui grau menor ou igual a 3. ° Lesão completa (D) A função motora é preservada abaixo do nível neurológico, e a maioria dos músculos abaixo desse nível possui grau maior ou igual a 3. ° Normal (E) Sensibilidade e força motora normais. Reabilitação fisioterapêutica dos traumatismos da coluna vertebral O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, conforme o tipo e o grau de comprometimento das estruturas anatômicas. Um dos principais objetivos desse tratamento é o alívio da dor. Para o alívio da dor, existem diferentes recursos. ° Termoterapia Pode ser profunda e superficial. A superficial é indicada nos casos de fases subagudas das lesões, aquecendo apenas os tecidos superficiais, enquanto o calor profundo alcança os mais profundos. ° Eletroterapia Recurso que pode ser utilizado para o alívio da dor, pois age por meio de estímulos repetitivos, ativa mecanismos inibidores, bloqueia os estímulos nociceptivos da medula espinal e leva à analgesia. ° Correção mecânica postural Deve ser realizada por meio de técnicas de reequilíbrio muscular do tronco e de condicionamento físico. ° Exercício físico 9 By : K éz ia So uz a Tem como objetivos aumentar a força e a resistência muscular do tronco, corrigir a postura, reduzir o estresse mecânico e diminuir a incapacidade funcional. O tratamento fisioterapêutico na fase pós-cirúrgica da coluna vertebral tem como objetivos, nas 4 primeiras semanas, o controle da dor, a manutenção da mobilidade articular e da força muscular e o retorno progressivo às atividades de vida diárias. Nas orientações deve constar o emprego correto das posições sentado, deitado e em pé; nenhuma destas deve ser mantida por tempo prolongado. A segunda fase pós-cirúrgica ocorre em médio prazo, de 5 a 12 semanas, e longo prazo, a partir de 12 semanas. Os objetivos são melhorar a mobilidade e a força muscular do tronco e dos membros inferiores e o condicionamento físico aeróbico e incentivar o retorno ou o início de atividades esportivas com o intuito de melhorar a qualidade de vida pós-cirúrgica. Exercícios de fortalecimento e de estabilização do tronco, de equilíbrio e de propriocepção devem ser prescritos. O retorno às atividades dependerá da avaliação dessa consolidação óssea, que é realizada pelo médico ortopedista responsável. A prática de atividade física que promove o fortalecimento físico deve ser incentivada assim que houver a liberação médica e fisioterapêutica, e é ideal que faça parte da rotina diária do paciente. ° Côndilo occipital Fraturas dos tipos I e II - colar rígido. Tipo III - artrodese occipitocervical, com placa cervical, parafuso de massa lateral de C1 e parafuso pedicular ou lâminas de C2. ° Luxação atlanto-occipital Suporte Avançado de vida no Trauma (SAvT/ATLS); não utilizar tração; Artrodese occipto cervical quando houver condição clínica para o procedimento. ° Do atlas Para fraturas estáveis, o tratamento é conservador com órtese cervicotorácica rígida, com apoio occipital e mentoniano por 3 meses. Para fraturas instáveis, indica-se tratamento cirúrgico de artrodese. ° Luxação atlantoaxial E também subluxação atlantoaxial: tratamento conservador com colar, analgésicos e anti-inflamatórios inicialmente. Tração com halo craniano e artrodese são alternativas reservadas aos casos mais graves e quando o tratamento inicial não obteve sucesso. ° Do dente do áxis Dos tipos I e III, são conduzidas de forma conservadora (gesso tipo minerva ou órtese rígida). A artrodese entre C1 e C2 é reservada para as fraturas mais instáveis, cominutas, com lesões ligamentares associadas e para a pseudartrose. A fratura do tipo II é tratada com fixação direta com um parafuso para traços de fratura favorável, ou artrodese C1-C2 nas fraturas de traço desfavorável. O tratamento fisioterapêutico na reabilitação da lesão medular (TRM) tem como principal objetivo a sobrevivência, que é mantida por meio de procedimentos médicos e terapêuticos que visam prevenir as lesões secundárias. O acompanhamento do paciente 10 By : K éz ia So uz a deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, e a intervenção fisioterapêutica deve ser precoce. No TRM, quanto mais alto for o nível da lesão, mais grave serão as alterações. Dentre os benefícios do tratamento fisioterapêutico precoce no TRM estão: ° Alongamento e aumento da força muscular ° Coordenação ° Aumento da densidade óssea ° Manutenção da frequência cardíaca ° Manutenção da pressão arterial ° Manutenção do consumo máximo de oxigênio -Os exercícios ativos são realizados pelo próprio paciente e devem ser prescritos desde movimentos simples até os mais complexos com combinações de movimentos. Dependendo do nível da lesão, esses exercícios se tornam muito difíceis de se realizar e, por esse motivo, o comando verbal do terapeuta, junto de palavras motivadoras, é essencial para o seu sucesso. -Os exercícios ativos-assistidos devem ser realizados quando o paciente começa a apresentar os movimentos ativos ou quando a lesão é incompleta e ele ainda apresenta alguns movimentos. -Os exercícios respiratórios também devem ser prescritos; podem ser realizados pela cinesioterapia, com os movimentos dos membros superiores associados aos movimentos respiratórios de inspiração e expiração, e também com o auxílio dos diversos dispositivos respiratórios fisioterapêuticos disponíveis. Proporcionam o aumento da capacidade de reserva funcional dos pulmões, com consequente melhoria das trocas gasosas e aumento da eficiência de contração dos músculos respiratórios. Membros superiores Os membros superiores apresentam funções de fornecer estabilidade e movimentos ao corpo como um todo e são especializados em realizar movimentos amplos e complexos. Isso só é possível graças às suas estruturas articulares e musculares, associadas aos ossos, que juntos promovem a estabilidade adequada para a realização desses movimentos. As fraturas da escápula são classificadas conforme a região acometida. ° Acrômio Subdivididas em 3 tipos: Tipo I: apresenta mínimo de desvio; Tipo II: apresenta deslocamento, porém sem reduzir o espaço subacromial; e Tipo III: apresenta deslocamento com redução do espaço subacromial.° Processo coracóide Subdivididas em 2 tipos: Tipo I: a fratura é proximal à inserção dos ligamentos coracoclaviculares; e Tipo II: a fratura é distal à inserção dos ligamentos coracoclaviculares 11 By : K éz ia So uz a ° Colo da glenóide Subdivididas em 2 tipos: Tipo I: a fratura é extrarticular da glenoide, sem associação com fraturas de clavícula ou luxação acromioclavicular; e Tipo II: a fratura é extrarticular da glenoide, associada com fraturas de clavícula ou luxação acromioclavicular ° Corpo da escápula Subdivididas em 2 tipos: Tipo I: fratura simples; e Tipo II: fratura cominutiva. ° Articulares da glenóide Subdivididas em 6 tipos, conforme a localização (transversas ou oblíquas). Em luxações esternoclaviculares, o mecanismo da lesão pode ser por força direta ou indireta. Quando o trauma é direto, pode resultar em deslocamento posterior da clavícula; já os traumas indiretos são mais comuns e, dependendo do sentido da força, o desvio da clavícula pode ser anterior ou posterior. Essas luxações são classificadas de acordo com o tempo de lesão aguda ou crônica, e de acordo com o desvio da clavícula em anterior ou posterior. Em luxações acromioclaviculares, o mecanismo de lesão mais comum é o trauma direto sobre a região póstero superior da escápula, que pode ser causado por quedas em atividades esportivas e em acidentes gerais. A classificação se dá conforme a descrição da lesão presente e auxilia na orientação do tratamento adequado ao tipo de lesão. As fraturas do úmero podem acontecer em toda sua extensão. ° Extremidade proximal O mecanismo do trauma mais comum é o indireto, que se caracteriza pela queda no chão com apoio da mão, com o cotovelo em extensão. A cabeça do úmero é pressionada contra a cavidade glenóide. É classificada de acordo com Neer, que divide a região em 4 partes: epífise, tubérculo maior, tubérculo menor e diáfise. ° Glenoumeral traumática Normalmente as luxações agudas do ombro ocorrem por traumas durante a prática de atividades esportivas e em acidentes variados. A luxação anterior é a mais comum, causada por trauma indireto com o ombro em abdução e rotação externa, cotovelo em flexão e força sobre o antebraço ou mão. Na luxação posterior o mecanismo do trauma acontece com o ombro em flexão, adução e rotação interna, com a carga axial aplicada posteriormente. ° Da diáfise do úmero São classificadas de acordo com a localização do traço da fratura; são elas: proximal à inserção do músculo peitoral maior, entre as inserções dos músculos peitoral maior e deltóide, e distal à inserção do músculo deltóide. ° Do cotovelo Geralmente o mecanismo das fraturas do cotovelo é por impacto direto sobre o cotovelo em flexão em 90º ou mais. ° Côndilo umeral 12 By : K éz ia So uz a Ocorrem com mais frequência no lateral, e geralmente são causadas por forças em valgo, que fratura o côndilo lateral, e em varo, com fratura no medial. Há ainda as fraturas dos epicôndilos – acometem mais o medial, e o mecanismo da lesão geralmente é por trauma direto –; do capítulo do úmero – podem ou não estar associadas à luxação do cotovelo e à fratura da cabeça do rádio –; do olécrano – por trauma direto, resultando em fraturas cominutivas –; da cabeça do rádio – causadas por queda com apoio do corpo sobre a mão espalmada com o antebraço em pronação. A fratura do escafóide é a mais comum entre os ossos do carpo… Classificação de Herbert para as fraturas do escafóide – Tipo A Classificação de Herbert para as fraturas do escafóide – Tipo B Classificação de Herbert para as fraturas do escafóide – Tipo C Classificação de Herbert para as fraturas do escafóide – Tipo D Reabilitação fisioterapêutica dos traumatismos de membro superior • Na avaliação do paciente, além dos dados gerais, é importante indagá-lo sobre as limitações e as dificuldades que ele apresenta para realizar as atividades da vida diária (AVD). Para a exclusão da presença de lesões de outros segmentos, deve-se investigar, por meio de exames de imagem, a integridade da coluna cervicotorácica, pois esta pode comprometer a função do ombro. • A função motora deve ser avaliada com o auxílio da palpação durante a realização dos movimentos e também pela eletromiografia superficial. • Já o desempenho muscular pode ser testado pelos testes de força disponíveis na literatura. 13 By : K éz ia So uz a • Os principais músculos dessa região que devem ser testados são: deltóide, rotadores laterais e mediais do ombro, trapézio, serrátil anterior, rombóides, levantador da escápula, peitoral maior e latíssimo do dorso. • A dor deve ser avaliada durante todo o processo do exame funcional; a palpação auxiliará a verificação de tensão tecidual, temperatura, tumefação e provocação da dor. • Os testes de integridade dos nervos periféricos e os testes resistidos podem diagnosticar o padrão de fraqueza muscular provocado pelo envolvimento de um nervo periférico. • A amplitude de movimento e a postura também devem ser avaliadas. Após a avaliação, o fisioterapeuta deve traçar os objetivos e o plano de tratamento mais adequado. No tratamento, as mais diversas técnicas disponíveis podem ser utilizadas. Para a redução da dor são indicados: massagem, alongamento, recursos eletroterápicos de analgesia e agentes físicos como a crioterapia e o calor. Fraturas da clavícula O tratamento dos grupos I, II e III, sem desvios, é conservador. São prescritos tipoia para imobilização e recursos analgésicos por algumas semanas. Deve ser feito o controle radiológico da consolidação da fratura e, na melhora da dor no calo ósseo, já são permitidos a retirada da imobilização e o início da reabilitação fisioterapêutica com a cinesioterapia. Nos casos de fraturas de clavícula com desvio ou cominuição, o tratamento é cirúrgico e o objetivo é restaurar o alinhamento anatômico. Fraturas da escápula O tratamento será definido conforme o tipo da fratura. Na maioria dos tipos, aceita-se o método conservador, porém quando existem desvios significativos o procedimento cirúrgico é indicado. São prescritos uso de tipoia e recursos analgésicos. Com a redução da dor inicia-se a cinesioterapia com os exercícios passivos para ganho de ADM - amplitude de movimento - e, em seguida, são introduzidos movimentos ativos e exercícios para recuperação da força muscular. Luxações esternoclaviculares No caso das luxações esternoclaviculares agudas, o tratamento inicial é a redução sob o efeito de anestesia local. Além disso, são realizadas manobras por técnicas indiretas ou mesmo pela manipulação direta da clavícula. A redução cirúrgica é indicada nos casos de luxações irredutíveis. O uso de tipoia deve ser orientado e, após liberação médica, é permitido iniciar a reabilitação fisioterapêutica com a cinesioterapia e recursos analgésicos. Luxações acromioclaviculares Nas luxações acromioclaviculares dos tipos I e II, independentemente da idade, e do tipo III, em pacientes idosos e com déficit funcionais, o tratamento é conservador, com imobilização com tipóia por um tempo, em média de 3 a 6 semanas, e crioterapia na primeira semana. O cirúrgico é indicado nos tipos IV e V em pacientes jovens e idosos. Após reduzir a dor, deve-se iniciar a cinesioterapia, com exercícios passivos e ativos do ombro e, em seguida, os resistidos para fortalecimento da musculatura que foi comprometida. 14 https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S1/index.html# By : K éz ia So uz a - MMII Fraturas do acetábulo As fraturas do acetábulo (estrutura óssea formada pela junção dos três ossos do quadril – ílio, ísquio e púbis) geralmenteocorrem por mecanismo de alta energia, principalmente em acidentes automobilísticos, em construções civis e em indústrias. Pelo fato desse tipo de fratura ser articular, se a redução não for realizada corretamente, podem ocorrer complicações como a osteoartrose pós-traumática, resultando em incapacidades funcionais. Existem diversas classificações das fraturas do acetábulo, porém a mais utilizada é a proposta pelo AO/OTA (Orthopaedic Trauma Association), que classifica as fraturas por meio de um sistema alfanumérico, que leva em consideração os traços da fratura. Em sua divisão, o acetábulo forma dois pilares ou colunas, que dão a característica do formato em Y invertido, onde os ramos constituem as colunas anterior e posterior. Fraturas da epífise proximal do fêmur As fraturas proximais do fêmur podem ser transtrocantéricas ou do colo. Nesses casos, o mecanismo do trauma geralmente é de alta energia em acidentes, principalmente automobilísticos. Além disso, essas fraturas atingem, em sua maioria, os idosos, devido à presença de osteoporose. Em situações como essa, o mecanismo quase sempre é por quedas. Existem várias classificações das fraturas e a mais utilizada é a do AO/OTA, que as classificam da seguinte forma: ● A região proximal do fêmur recebe o número 31. ● A trocantérica é descrita pela letra A. ● O colo, pela letra B. ● A cabeça, pela letra C. Fraturas trocantéricas 31-A são divididas em 3 subgrupos: • tipo 31-A1: definida pela fratura simples, em duas partes, sem fragmentos. São estáveis após a realização da redução e fixação. • tipo 31-A2: são fraturas multifragmentadas e instáveis. • Tipo 31-A3: fraturas com traço reverso são instáveis. É importante separá-las em estável, instável e traço reverso, pois essa diferença influenciará no tipo de tratamento a ser realizado. 15 By : K éz ia So uz a Fratura do colo do fêmur: a classificação de Garden é a mais utilizada de acordo com o desvio e com relação às trabéculas de compressão primária com as do acetábulo, que são analisados a partir dos resultados da radiografia na incidência AP. As fraturas sem desvio apresentam boa consolidação, já as com desvio apresentam maior risco de falha na consolidação e de necrose avascular da cabeça do fêmur. Fraturas da diáfise do fêmur Geralmente o mecanismo do trauma é de alto impacto e direto. Devido à grande quantidade de massa muscular presente na região é difícil que essa fratura seja exposta, porém, dependendo da gravidade, pode comprometer grandes vasos e causar hemorragia. Existem vários tipos de classificação para fraturas da diáfise do fêmur, porém, a mais usada é a AO/OTA, que utiliza o sistema alfanumérico onde o fêmur recebe o número 3 e a diáfise, o número 2, e os traços da fratura são classificados em: A (traço simples); B (multifragmentada em cunha); C (multifragmentada complexa). Também é importante avaliar o comprometimento e a presença de lesão dos tecidos moles. Reabilitação dos traumatismos de MMII - Fraturas do fêmur (acetábulo, colo, epífise proximal, diáfise e epífise distal) Nesses tipos de traumatismo o ideal é que o diagnóstico preciso e a avaliação do médico ortopedista sejam embasados nos achados radiológicos e na tomografia computadorizada. O tipo de tratamento depende da idade do paciente e da extensão da lesão e instabilidade articular do quadril. As fraturas do acetábulo e do colo do fêmur ocorrem geralmente por traumas causados em acidentes automobilísticos, resultando em lesões extensas que necessitam de tratamento cirúrgico com a redução anatômica e fixação interna. Também ocorrem em pacientes idosos que apresentam certo grau elevado de osteoporose e, dependendo da fratura, o tratamento pode ser conservador. No tratamento cirúrgico podem ocorrer complicações pós-cirúrgicas como: • A osteoartrose do quadril 16 By : K éz ia So uz a • A osteonecrose do quadril • A calcificação heterotópica Essas complicações podem evoluir para a artroplastia do quadril. O tratamento cirúrgico é recomendado para: -Realinhamento da superfície articular. -Restauração da estabilidade articular. -Remoção de corpos estranhos presentes na articulação. O fisioterapeuta deve realizar uma avaliação fisioterapêutica assim que o paciente for liberado para iniciar a fisioterapia. Avaliação coluna lombar Avaliação marcha Força muscular Testes especiais Os principais objetivos do tratamento fisioterapêutico das fraturas do fêmur, em geral, são: a analgesia, melhora da função muscular, retorno da deambulação e das atividades da vida diária (AVD) e a prevenção de deformidades. Os recursos para analgesia que podem ser prescritos são a neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS) e a crioterapia. Mobilização A mobilização precoce deve compreender o plano terapêutico para o retorno o quanto antes das funções. Ela pode ser realizada por meio da cinesioterapia com seus diversos exercícios, iniciando com a mobilização passiva, que deverá evoluir para a ativa-assistida, ativa e resistida, e descarga de peso na posição em pé. Exercícios Os exercícios de mobilização ativa, associados ao alongamento, resultarão em aumento da amplitude de movimento (ADM) e na prevenção de contratura e encurtamento muscular, além de prevenir a instalação de deformidades. Hidroterapia A hidroterapia e exercícios aeróbicos, quando já liberados, são importantes para a capacidade de deambulação. Ademais, os exercícios isométricos ajudarão na formação do calo ósseo e na recuperação da fratura. 17 https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U3/S3/index.html# By : K éz ia So uz a Quando o tratamento das fraturas que acometem o quadril é cirúrgico, alguns cuidados são importantes, como evitar a amplitude de movimento (ADM) excessiva, que pode ser por meio de uma tala que limite o movimento, e evitar a rotação externa excessiva. As contrações isométricas de quadríceps, glúteos, adutores e abdutores de quadril são indicadas precocemente para prevenir atrofia muscular. No caso das fraturas do colo do fêmur, que evoluem para o tratamento cirúrgico e mais precisamente para a artroplastia do quadril, na reabilitação fisioterapêutica deve-se prescrever, ainda no hospital, a utilização de meia de compressão para evitar trombose. Além disso, devem ser realizados todos os testes e as medições do exame funcional, a fim de traçar os objetivos e o plano de tratamento de acordo com os achados no exame. É de extrema importância nestes casos de artroplastia do quadril, tanto o acompanhamento, quanto às orientações do profissional fisioterapeuta. Nas fraturas cominutivas da diáfise do fêmur e com desvio dos fragmentos, o tratamento é cirúrgico e pode ser por fixação interna com haste intramedular. Principais doenças reumáticas Agentes externos desencadeadores de processos autoimunes: Luz ultravioleta Lúpus eritematoso sistêmico Trauma mecânico Fasciíte eosinofílica Tricloroetileno, Bleomicina Quadro de esclerodermia-símile L-triptofano Síndrome eosinofilia-mialgia Vírus da hepatite C Crioglobulinemia mista, vasculite e diversas manifestações autoimunes -Artropatias endócrinas Dentre as doenças degenerativas e metabólicas, destacamos as principais artropatias endócrinas. Diabetes mellitus:as manifestações reumáticas na DM são na maioria secundárias às alterações neuropáticas da diabetes ou em decorrência do excessivo depósito de tecido conjuntivo por isquemia local. As alterações mais comuns são capsulite adesiva (ombro congelado), dedo em gatilho, artropatia de Charcot, periartrite calcificada do ombro e síndrome do túnel do carpo. Acromegalia: ocorre por produção excessiva de hormônio do crescimento devido à presença de adenoma na hipófise anterior, resultando na estimulação crônica de fibroblastos, osteoblastos e condrócitos. Devido ao aumento desses elementos, ocorre hipertrofia da cartilagem articular e calcificações de tecidos moles periarticulares. Hipotireoidismo: a redução dos hormônios tireoidianos gera dor, edema e rigidez articular. 18 https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# By : K éz ia So uz a Hipertireoidismo: provoca periostite principalmente nos ossos da mão, com edema e baqueteamento digital. Disfunções de paratireóide: a hiperfunção causa o aumento do paratormônio, que leva à desmineralização óssea e deformidades. A hipofunção causa hipocalcemia e consequente fraqueza muscular. Disfunções suprarrenais: na hiperfunção ocorre hipercortisolismo endógeno, que resulta em osteoporose e necrose avascular do osso. A hipofunção causa a doença de Addison, com mialgia devido à contratura em flexão de quadril e joelhos. Artrite reumatoide Doença sistêmica do tecido conjuntivo que afeta as estruturas articulares, periarticulares e tendinosas; por ser sistêmica, vários sistemas além do esquelético e muscular são acometidos. Pode ser causada por fatores genéticos, autoimunes, hormonais e ambientais. Síndrome de Sjögren Doença inflamatória crônica e autoimune de evolução progressiva é caracterizada por infiltrado linfocitário que acomete as glândulas exócrinas, especialmente as salivares e as lacrimais; como também afeta outros órgãos, é considerada sistêmica. Entero Artropatia Doença reumática inflamatória intestinal que acomete qualquer parte do trato gastrointestinal. Lúpus eritematoso sistêmico Doença reumática inflamatória crônica que acomete vários sistemas, com alteração imunológica e presença de anticorpos que combatem as proteínas próprias do organismo. Sua etiologia ainda é muito discutida e provavelmente seja multifatorial. Vários estudos demonstram interação de fatores genéticos, ambientais e hormonais. O indivíduo afetado apresenta fadiga, perda do apetite, febre, mialgia, dor articular, perda de peso, dentre outros sintomas. Esclerose sistêmica Doença poligênica que acomete indivíduos geneticamente predispostos. É uma doença inflamatória idiopática que afeta o tecido conectivo e acomete o endotélio dos vasos sanguíneos. Existem ainda síndromes dolorosas regionais e sistêmicas que acometem apenas determinada região do corpo. Em todos os casos, o papel do especialista reumatologista é, além de tratar, estimular o paciente a conviver melhor com a doença e buscar a melhora. Sugere-se também acompanhamento psicológico para redução de ansiedade e depressão. -Avaliação do paciente reumático 19 https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html# By : K éz ia So uz a Durante a anamnese, além da identificação do paciente, devem ser registrados alguns elementos. ● Queixa principal ● Sinais e sintomas ● História clínica ● Interrogatório ● Antecedentes Fazer também uma avaliação de cada movimento e observar os exames complementares. Tratamento das doenças reumáticas Tipos de medicamentos usados no tratamento de doenças reumáticas e suas características: Esteroidais Também chamados corticosteroides; são derivados de esteróides, corticóides ou cortisonas, e atuam sobre as fosfolipases, impedindo a cascata do processo inflamatório. AINEs Anti-inflamatórios não esteroidais compostos de ácidos orgânicos fracos e facilmente absorvidos pelo trato gastrointestinal. DMCDs Utilizadas nos casos de doenças que evoluem por anos e que têm processo inflamatório crônico. Apresentam diversos mecanismos de ação, sendo muito indicadas para o tratamento da artrite reumatoide, espondiloartrite, lesão por esforço repetitivo e vasculite, e tendo como objetivo a diminuição da dor e da inflamação. Imunossupressores Drogas citotóxicas que atuam no sistema imune e promovem a imunossupressão, interferindo tanto na multiplicação celular quanto na biossíntese. Imunobiológicos Desenvolvidos a partir de seres vivos com mecanismos que têm efeitos sobre componentes do sistema imune, sendo geralmente prescritos para o tratamento de AR, espondiloartrites, artrite idiopática juvenil, LES e osteoporose. Para a reabilitação adequada do paciente, além do tratamento medicamentoso recomenda-se a prática de exercícios físicos e fisioterapia, sempre com acompanhamento de profissionais qualificados (médico ortopedista, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo, enfermeiro, fonoaudiólogo, assistente social). Cada profissional, em sua área, contribui para a melhora da qualidade de vida do paciente. 20 https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S3/index.html# By : K éz ia So uz a 21 https://conteudo.avaeduc.com.br/201702/INTERATIVAS_2_0/FISIOTERAPIA_MUSCULOESQUELETICA_NA_SAUDE_DO_ADULTO/U4/S1/index.html#
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