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Atividade Prática Supervisionada – APS 5º Semestre – Microbiologia Geral e Ambiental DISCENTES: Aline Oshiro Yumi – N596AG7 Ana Carolina C. Andreoli – N560010 Johnny Henrique F. Pinto – N634DF0 Karen Vitoria S. Cassemiro - N5403E3 Paloma Honório da Silva – F305FC0 Rômulo P. Monteiro Amaral – N5709J4 Vitória de Souza Vieira - N631481 CURSO: Ciências Biológicas, CAMPUS: Tatuapé TURMA: CB5P33 ORIENTADORA: Prof.ª Ma. Patrícia O. Moura 2022 São Paulo - SP As necessidades básicas da habitação urbana incluem a coleta e tratamento de esgoto e o abastecimento de água potável. Mesmo tratando-se de necessidades básicas, o Brasil não atingiu a totalidade desses serviços. O Instituto Trata Brasil coletou informações úteis sobre essa questão fundamental, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e cerca de 100 milhões não têm acesso a coletores de esgoto. Esses números são expressivos, principalmente se levarmos em conta os riscos que essa situação representa para as populações sem acesso a esses serviços. A falta de saneamento está diretamente relacionada à contaminação por DTHA (doenças transmitidas pela água e pelos alimentos), e a exposição à água e esgoto não tratados é uma via de transmissão de várias doenças bacterianas e virais, como poliomielite (pólio), doença diarreica aguda (causada por rotavírus) e Hepatite A, doenças importantes a qual faremos abordagem nesse texto. Hepatite A A hepatite A pertence à família Picornaviridae e pertence ao gênero Hepatovirus, e seu RNA viral é de fita simples e possui significado positivo. Atualmente, sabemos que existem sete genótipos, três dos quais infectam naturalmente primatas não humanos e quatro em humanos. Os genótipos frequentemente encontrados em infecções humanas são os genótipos I e III. Sua estrutura é composta por três proteínas principais, a saber, VP1, VP2, VP3 e VP4, que são derivadas de proteínas primárias, clivadas pela protease 3C, codificadas na região P3, e codificam a proteína Vpg, que se liga ao RNA. A transmissão se dá pela via fecal-oral, ou seja, além de possíveis contaminantes na circulação, alimentos mal preparados e água que estão contaminados com fezes contendo o vírus. Pode ocorrer em surtos epidêmicos (água contaminada), associados a menores condições socioeconômicas de escolaridade, ou em populações homossexuais , por meio do contato oral-anal, e podendo afetar grupo de crianças em situação e vulnerabilidade. O vírus é ingerido através de alimentos ou água. O período de incubação dura cerca de um mês. No intestino, infecta os enterócitos da mucosa onde se reproduz. A partir daí, ele se espalha pela corrente sanguínea e infecta principalmente as células pelas quais mostra preferência, os hepatócitos do fígado. Rotavírus O Rotavírus pertence à família Reoviridae e esse vírus é causador de doenças que causam problemas gastrointestinais, e sendo grande responsável pelo DDA (doença diarréica aguda) e pela gastroenterite aguda. Em relação a determinação dos genótipos de Rotavírus, foi possível a descoberta de 4 genótipos G (G1,G2,G3 e G9) sendo maior a predominância em G1 e G2 e dois genótipos P (P4 e P6). A transmissão é pela via fecal-oral por contato pessoa a pessoa, através de objetos contaminados e provavelmente por propagação aérea, via aerossóis. Há grande concentração desse vírus em fezes de crianças infectadas, os sintomas estão relacionadas como vômito, diarreia grave presença de febre podendo se apresentar e formas assintomáticas na fase neonatal, formas leves e subclínicas nos adultos, e fatais em criança. Os rotavírus representam a causa mais comum de diarreia grave na infância em todo o mundo. Nos países em desenvolvimento, particularmente, estima-se que as gastroenterites associadas a esses agentes virais determinem 600.000 a 870.000 mortes a cada ano, cifras que refletem 20 a 25% do total de óbitos por doença diarréica, bem como 6% da mortalidade global entre crianças com idades inferiores a cinco anos. Em cifras mais eloquentes, morrem a cada dia 2.000 crianças com quadro diarreico causado por esses patógenos (de Zoysa & Feachem, 1985; Institute of Medicine, 1986). Poliomelite Outra doença de grande importância quando é tratado o assunto da falta de saneamento no nosso país, é a Poliomielite apesar de ser uma doença erradicada desde 1994 no Brasil graças ao programa de vacinação oferecido por nosso SUS, a poliomielite em 2022 começou a acender alerta por conta da diminuição da vacinação que nunca esteve tão baixa: foi de 96,55% em 2012 para 67,71% em 2021(g1). Os Pais precisam levar filhos para tomar as três doses da vacina e eliminar o risco de retorno dos casos de paralisia infantil, que não é registrada no Brasil há mais de 30 anos. A Poliomielite que tem o vírus Poliovírus cuja família é Picornaviridae, Sua estrutura genômica consiste em uma fita simples de RNA, de polaridade positiva, que funciona como RNAm, e a transmissão pode ocorrer, principalmente, de forma oral-oral, através de secreções nasofaringes, ou através de objetos, água e alimentos contaminados com fezes de doentes ou portadores e esse vírus é capaz de acarretar uma desordem do sistema nervoso central, mais especificamente, desenvolve uma disfunção dos neurônios motores inferiores e, apresen ta sintomas específicos dessa problemática, como fadiga, dores musculares, dores articulares, fraqueza muscular progressiva, bem como dificuldades respiratórias e na deglutição. O saneamento Básico é um assunto, no qual não deveria mais ser tratado com tantas diferenças substanciais, visto que as regiões de mais de vulnerabilidade social estão mais expostas e não só a essas doenças virais, mas o Brasil ainda enfrenta esse obstáculo gigante que é o enfrentamento pelo saneamento básico. porque é claro para a comunidade cientifica que a melhor forma sempre é a prevenção. Mas no cenário atual que o Brasil se encontra, de sucateamento, e investimentos baixos na ciência, a vacinação é a melhor forma de proteção da população, e com ela é importante também a disseminação de boas informações da comunidade científica para a população em geral, para combater outro mal do século que é as Fakes News. A divulgação científica de qualidade, tem um papel importantíssimo em conciliar o mundo acadêmico que por vezes aparenta estar distante à população em geral, no Fact checking de possíveis fake news e na conscientização das populações que estão mais expostas a esses movimentos do como realmente funcionam as vacinas, sua importância para a saúde individual e pública e que são em muitos casos a melhor maneira de prevenção de diversas doenças e de possíveis surtos. REFERÊNCIAS 1. ALBUQUERQUE, C. Com fake news, discurso antivacina se espalha nas redes.Portal Fio Cruz, 2020. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/com- fake-news-discurso-antivacina-se- espalha-nas-redes Acesso: em: 30/04/2022. 2. MOROSINI, L. Queda de Vacinas. Revista Radis - Portal Fio Cruz, 2018. Disponível em: https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/noticias/queda-de- vacinas#access-content Acesso em: 30/04/2022. 3. JORGE, A. A queda da imunização no Brasil. Portal Conass, 2017. Disponíel em: https://www.conass.org.br/consensus/queda-da-imunizacao-brasil/ 4. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt- br/publico-geral/hv/o-que-sao- hepatites/hepatite Acesso em: 30/04/2022. 5. PEREIRA, F; GONÇALVES, C. Hepatite A. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/T7s8rdtsbh6GybHqxJcxxwk/?lang=pt Acesso em: 30/04/2022. 6. BIERNATH, A. Como Brasil entrou em lista de ‘alto risco’ devolta da pólio. Portal G1 –Saúde, 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/14/como-brasil-entrou- em-lista-de- alto-risco-de-volta-da-polio.ghtml Acesso em: 30/04/2022. 7. PEIXOTO, ISABELA BRANDÃO Estudo e caracterização molecular do Rotavírus Humano na cidade de Salvador (BA) 2013. https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/16432/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_IC S_%20%20Isabela%20Brand%C3%A3o%20Peixoto.pdf Acesso em: 10/05/2022 8. Secretaria de Estado de Saúde – Rotavírus https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7644-rotav%C3%ADrus Acesso em: 10/05/2022 9. Blibioteca Virtual em Saúde – Poliomelite paralisia infantil. https://bvsms.saude.gov.br/poliomielite-paralisia-infantil/ Acesso em 10/05/2022 https://portal.fiocruz.br/noticia/com-fake-news-discurso-antivacina-se-%20espalha-nas-redes https://portal.fiocruz.br/noticia/com-fake-news-discurso-antivacina-se-%20espalha-nas-redes https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/noticias/queda-de-vacinas#access-content https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/noticias/queda-de-vacinas#access-content https://www.conass.org.br/consensus/queda-da-imunizacao-brasil/ http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-%20hepatites/hepatite http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-%20hepatites/hepatite https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/T7s8rdtsbh6GybHqxJcxxwk/?lang=pt https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/14/como-brasil-entrou-em-lista-de-alto-risco-de-volta-da-polio.ghtml https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/14/como-brasil-entrou-em-lista-de-alto-risco-de-volta-da-polio.ghtml https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/14/como-brasil-entrou-em-lista-de-alto-risco-de-volta-da-polio.ghtml https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/16432/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_ICS_%20%20Isabela%20Brand%C3%A3o%20Peixoto.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/16432/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_ICS_%20%20Isabela%20Brand%C3%A3o%20Peixoto.pdf https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7644-rotav%C3%ADrus https://bvsms.saude.gov.br/poliomielite-paralisia-infantil/