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Insuficiência Mitral

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Etiologia e Fisiopatologia 
➤ Pode resultar da anormalidade ou processo de 
doença que afete um ou mais dos cinco componentes 
funcionais do aparato valvar mitral (cúspides, anel, 
cordas tendíneas, músculos papilares e miocárdio 
subjacente); 
➤ IM primária: folhetos e/ou a cordoalha tendínea são 
os principais responsáveis pelo funcionamento anormal 
da valva; 
➤ IM secundária (funcional) folhetos e a cordoalha 
tendínea têm estrutura normal, mas a regurgitação é 
causada por remodelamento do VE com aumento do 
anel, deslocamento do músculo papilar, fixação dos 
folhetos ou uma combinação dessas causas; 
➤ IM crônica grave: volume regurgitante > ou = 
60mL/batimento, uma FR > ou = 50% e uma área 
efetiva do orifício insuficiente > ou = 0,40 cm². 
Evoluem com grande dilatação do AE e aumento na 
sua complacência e pouco ou nenhum aumento nas 
pressões venosa pulmonar e no AE em função de 
qualquer aumento no volume do AE. Há queixa de 
fadiga intensa e exaustão secundárias ao baixo DC 
anterógrado com FA quase invariavelmente presente, 
uma vez que há dilatação significativa do AE; 
➤ IM aguda grave: o volume regurgitante entra em 
um AE de tamanho normal com complacência normal 
ou reduzida. Como resultado, as pressões no AE 
aumentam de forma marcante em decorrência de 
qualquer aumento no volume do AE. A função sistólica 
pode ser normal, hiperdinâmica ou estar reduzida, 
dependendo do contexto clínico; 
Sintomas 
➤ Pacientes com IM isolada crônica leve a moderada 
costumam ser assintomáticos; 
➤ Fadiga, dispneia aos esforços e ortopneia são as 
queixas mais importantes nos pacientes com IM crônica 
grave; 
➤ Palpitações são comuns, podendo significar a 
instalação de FA; 
➤ Nos pacientes com IM aguda grave é frequente a 
ocorrência de edema agudo de pulmão; 
➤ Achados Físicos: 
 → IM crônica grave: pressão arterial em geral 
está normal, ainda que o pulso arterial carotídeo possa 
apresentar uma fase de ascensão aguda de baixo 
volume em razão da redução no DC anterógrado. B1 
geralmente está ausente, é suave ou encoberta pelo 
sopro holossistólico. B3 pode ser seguida por um ruflar 
mesodiastólico curto mesmo na ausência de EM 
estrutural. Achado mais característico é um sopro 
sistólico com graduação de pelo menos III/VI, 
costumando ser mais audível no ápice com irradiação 
para a axila; 
 → IM aguda grave: pressão arterial pode estar 
reduzida com estreitamento da pressão de pulso, a 
pressão venosa jugular e o formato de onda podem 
se mostrar normais ou aumentados, o ictus cordis não 
se apresenta deslocado, e os sinais de congestão 
pulmonar são evidentes. Uma quarta bulha (B4) muitas 
vezes é audível (se ritmo sinusal). 
Exames Complementares 
➤ ECG: nos pacientes com ritmo sinusal, observam-se 
evidências de aumento do AE, todavia, em muitos 
pacientes, não existe evidência de aumento de 
qualquer um dos ventrículos. 
➤ ECO: ETT está indicado para avaliar o mecanismo 
responsável pela IM e sua gravidade hemodinâmica; 
➤ Radiografia de tórax: nos estágios tardios da 
doença, o AE pode estar maciçamente aumentado, 
formando a borda direita da silhueta cardíaca; 
Tratamento 
Tratamento Clínico – 
Insuficiência Mitral 
 
Cardiologia 
 
 
➤ Anticoagulação com varfarina ou com um agente 
oral direto deve ser administrada se houver FA, 
conforme orientado pelo escore de risco CHA²DS²-
VASc 
➤ Cardioversão pode ser considerada dependendo do 
quadro clínico, presença de FA, cronicidade e tamanho 
do AE; 
➤ Pacientes assintomáticos, com IM grave, ritmo 
sinusal e VE de tamanho e função sistólica normais, 
devem evitar exercícios isométricos; 
➤ Pacientes com IM aguda grave precisam ser 
estabilizados e preparados com urgência para cirurgia; 
Tratamento cirúrgico 
➤ O reparo costuma ser feito com reconstrução da 
valva, utilizando diversas técnicas de valvoplastia e 
inserção de um anel de anuloplastia; 
➤ Nos casos de IM primária crônica grave, a cirurgia 
está indicada tão logo surjam sintomas, em especial se 
o reparo da valva for viável. Também está 
recomendada para assintomáticos com disfunção do 
VE caracterizada por uma FE < 60% ou uma 
dimensão sistólica final do VE (DSFVE) > 40mm. 
➤ Outras indicações: FA de início recente (<3meses); 
hipertensão pulmonar (definida como pressão sistólica 
na AP > ou igual a 50mmHg em repouso ou > ou 
igual a 60mmHg com exercício; redução progressiva 
da FEVE ou amento na DSFVE em exames de 
imagem seriados; 
REFERÊNCIA: 
JAMESON, J. L.; et al. Medicina Interna de 
Harrison. 20ª ed. Porto Alegre: AMGH, 
2020

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