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Litiase Renal - RESUMO

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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre
1
Litías� Rena�
O que é?
Massa cristalina que se forma nos rins e tem tamanho suficiente para ser clinicamente
identificável por sintomas ou por imagem.
Desequilíbrio na concentração de certas substâncias na urina -> supersaturada e
cristalúria
Por que estudar?
prevalência alta de 20% nos homens e 10% nas mulheres de até 70 anos, 30% dos
portadores precisam de hospitalização, 15% são submetidos a cirurgia e 50% têm
recorrência.
FATORES DE RISCO
Intrinsecos - sexo masculino, brancos, alterações anatômicas, 3a a 4a década de vida,
genética, distúrbios metabólicos e endocrinos e pH urnario.
Extrínsecos - ingesta hídrica, dieta, ocupação, sedentarismo, clima quente, uso de
drogas litogênicas.
QUAIS OS TIPOS?
Cálcio: Oxalato: 70-80% | Fosfato: 15%. Supersaturação/desidratação; hipercalciuria,
hiperparatireoidismo, sarcoidose, intoxicação por vit D, acidose tubular renal e
neoplasias.
Ácido Úrico: produto do metabolismo das purinas, responsáveis pelos cristais em 8%
dos casos, mais persistente em homens, pH ácido, desidratação/supersaturação. Gota,
acidose tubular renal e quimioterapia.
Estruvita: 1% dos pacientes, cálculo infeccioso 0 Coraliformes. Único de pH básico
precisa de bactérias produtoras de UREASE. Acomete mulheres com infecção urinária
de recorrência.
Cistina: 1-2%, rara, hereditária, relacionada a presença de cistinúria com deposição
(aminoácido). Rara doença autossômica recessiva em que a reabsorção renal tubular
proximal dos aminoácidos dibásicos filtrados é deficiente.
Com menor frequência, os cálculos podem ser compostos pelo uso de medicamentos,
como o aciclovir, o indinavir e o trianterene.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Cólica Renal: dor lancinante e súbita
Pródromos frequentes: náuseas e vômitos, hipotensão, hipersudorese, sialorréia
Características típicas: carácter ondulante, sem posição de alívio, localização mal
definida, visceral, piora com ingesta hídrica, irradiação inguinal ou genital homolateral.
MANIFESTAÇÃO x LOCALIZAÇÃO
Rim → nefrolitíase: cólica renal (nem sempre tem, presente se tiver > 10mm, na pelve
renal); hematúria e infecção urinária
Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre
2
Ureter → cólica renal, distensão do ureter, dor irradiada para região inguinal e
testículos, hematúria macro e microscópica, cistite, reflexo vasovagal. Dor lombar e
flanco direito (próximo ao rim); dor lombar + fossa ilíaca (perto bexiga) e dor em fossa
ilíaca + sintomas cistite (bexiga)
Bexiga → dor ao urinar, sintomas de obstrução, hematúria e cistite
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
lombalgia osteomuscular, hidronefrose de outras causas, pielonefrite aguda, abdome
agudo (colecistite, pancreatite, apendicite), drogas ginecológicas, dor nevrálgica
(herpes, lombociatalgia), dor reflexa (orquiepididimite)
EXAME FÍSICO
Sinais gerais e dados vitais
Posição antálgica (inclinação para o lado afetado)
Sinal de Giordano (inespecífico)
Outros diagnósticos diferenciais
LABORATÓRIO
Sumário de urina (cristalúria e hematúria) e Urocultura, Hemograma completo, VHS e
PCR (podem estar aumentados devido quadro inflamatório, mas não infeccioso),
Função renal e eletrólitos
IMAGEM
Rx de abdome (incluir bacia): método mais simples, natureza química de litíase
(presumível), progressão dos cálculos, eficácia das terapêuticas
US: identificar maior parte das litíases NO RIM, pode mostrar repercussões crônicas,
infecções, alterações estruturais, gestantes ou suspeitas
TC (padrão ouro): exame de escolha, normalmente não precisa de contraste,
visualização de cálculos radiotransparentes/radiopacos, localização de cálculos em
todo o trajeto do ureter, bom para visualização de complicações
Urografia excretora e ressonância: usar apenas se TC e US indisponíveis, difícil
disponibilidade
TRATAMENTO
tratamento conservador, tratamento minimamente invasivo, tratamento cirúrgico e medidas
preventivas (desidratação, sedentarismo).
CONSERVADOR:
- Manejo da dor: anti-inflamatórios não esteroidais que atuam no mecanismo da
dor, relaxamento da m.lisa ureteral. Opióides (se contraindicação AINE)
- Expulsão do Cálculo: depende do tamanho e do local do cálculo. Pedras < 5mm:
passagem espontânea. Pedras 5-10 mm alfa bloqueadores TANSULOSINA |
DOXAZOSINA. Pedras > 10mm tratamento intervencionista
MINIMAMENTE INVASIVO
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO) - aproximar a ampola
mais próxima do cálculo -> aumenta probabilidade de eficiência - cálculos mais
altos. Utilizado para cálculos < 2cm, pedra uretral superior
- Ureteroscopia com remoção por pinça ou fragmentação in situ (pedras < 2cm,
pedra uretral inferior)
Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre
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- Nefrolitotomia percutânea.
CIRÚRGICO
- Ureteroscopia com remoção por pinça (endoscopia pela uretra) - cálculos mais
baixos
- Nefrolitotomia percutânea (punção percutânea na pelve renal quebrando o
cálculo). Remoção pedra > 2cm, complexos, pedra de cistina.
- abrir pelve renal para abordagem cirúrgica quando os minimamente invasivos
não são suficientes
MEDIDAS PREVENTIVAS (desidratação, sedentarismo).
Todos os tipos -> reforço hídrico, evitar ITU
Cálculos cálcio -> dieta pobre em proteínas, Na e oxalatos | Rica em K, ingesta normal
de Ca, Tiazídicos e Citrato de K (sal que evita efeito calciúria)
Cálculos ác.úrico -> dieta pobre purinas, Alopurinol (reduzir a excreção urinária de
ácido úrico em até 50%), alcalinização urina -> citrato de K
Cálculos de Cistina -> manter níveis baixos de cistina urinária: água e
tiopronin/penicilamina
Cálculos de Estruvita -> antibioticoterapia profilática
FATORES DE RISCO
Em contraste, suplementos de cálcio aumentam risco de formação de cálculos
A maior ingestão de proteína de origem animal pode aumentar a concentração urinária
de cálcio e a excreção de ácido úrico e diminuir os níveis de citrato na urina, elevando
o risco de formação de cálculos.
Ao contrário do que se pensa, beber água durante crises de pedra nos rins não é
recomendável. A ingestão de água é uma das principais recomendações para prevenir
crises de cólica renal, mas não quando o problema já está instalado.

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