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Doenças do Trigo Thaísa Muriel Mioranza Introdução • 1° cultura domesticada pelo homem • Centro de origem: região da Mesopotâmia • 3° cultura mais produzida no mundo (superada pelo milho e arroz) • No Brasil: – Primeiramente cultivada apenas na região sul – Expansão para centro-oeste e sudeste (melhoramento genético) Fonte: FAOSTAT 2015 Fonte: FAOSTAT 2015 Estado Produção (t) Paraná 3. 720.582 Rio Grande do Sul 1.670.623 Santa Catarina 261.308 São Paulo 231.371 Minas Gerais 204.225 Goiás 43.353 Mato Grosso 24.572 No Brasil – Safra 2014 Fonte: IBGE 2015 Triticum aestivum Trigo comum Triticum durum Triticum compactum Doenças • Doenças do sistema radicular – Podridão comum do trigo – Mal do pé • Doenças da parte aérea – Oídio – Ferrugem da folha e do colmo – Manchas • Mancha amarela • Helmintosporiose/mancha marrom • Septoriose (Mancha da gluma e Septoria da folha) • Brusone • Giberela – Estria Bacteriana – Mosaico comum do trigo – Carvão – Nanismo amarelo da cevada Podridão comum de raízes Doença presente em todas as regiões tritícolas do Brasil Agente causal: Bipolaris sorokiniana* e Fusarium graminearum Etiologia: – Doença mais frequente em clima seco – Transmissão pela semente Sintomas Planta Sadia Planta doente Descoloração dos tecidos radiculares que se tornam pardos Métodos de controle • Tratamento de sementes com fungicidas – Iprodione + thiram – Triadimenol – Difenoconazol – Flutriafol *para Fusarium graminearum justifica-se o tratamento quando a incidência for maior que 10% = carbendazim • Rotação de cultura Ocorre principalmente na região Sul No Paraná, perdas significativas em condições de excesso de chuvas e monocultura Agente causal: Gaeumannomyces graminis var. tritici Etiologia: – Formam peritécios escuros na bainha das folhas – Ascósporos são hialinos, delgados, com 3 – 7 septos. – Patógeno sobrevive em restos culturais de trigo, centeio, cevada e triticale. – Alta umidade e solos mal drenados = favorecem – pH do solo próximo a neutralidade e baixa fertilidade = favorecem – Favorecido por temperaturas amenas = 12 – 20°C Mal do pé Sintomas Fonte: Mathre (2000) Ascos e ascosporos de Gaeumannomyces graminis var. tritici Sintomas: Raízes necrosadas. Os sintomas aparecem em reboleiras. Nas raízes sintomáticas, ocorre o descamamento do córtex radicular. As plantas apresentam redução no crescimento, com progressiva seca da planta toda, iniciando pelas folhas mais baixas. Tecidos ficam com coloração enegrecida. Métodos de controle • Rotação de cultura (principal medida) com espécies de inverno não suscetíveis: – Aveia – Ervilhaca – Colza – Nabo forrageiro – Tremoço Oídio • É de maior importância na região Sul ou em cultivos sob irrigação • Perdas de rendimento de grãos até 40% se não controlada Agente causal: Blumeria graminis f. sp. tritici Oidium monilioides (anamorfo) Etiologia: Conídios elipsoidais a ovais, hialinos e unicelulares. É favorecido por temperaturas amenas (15 – 22°C) Pouca umidade relativa = favorece Sintomas Cleistotécio – resultante da reprodução sexuada Sinais do patógeno – estruturas vegetativas e reprodutivas Fonte: Uniprot.org Fonte: George Barron (2013) Sintomas: Ocorre em diferentes regiões da planta – folhas, bainhas, colmos e espigas. Massa pulvurulenta, de coloração branca. Com o avanço da colonização, os tecidos apresentam-se amarelados – clorose . Em ataque intenso, o patógeno pode recobrir toda a planta. Só ataca a epiderme da planta, porém o tecido morre. Métodos de controle • Uso de cultivares resistentes (medida preferencial) • Tratamento de sementes com fungicida sistêmico (triadimenol – 40-60 dias de proteção) • Aplicação na parte aérea de fungicidas sistêmicos (triadimenol, propiconazole e tebuconazole) Fonte: Correa et a. (2013) Estrobirulinas: ainda não recomendados para oídio, porém possuem efeito Ferrugem da folha do trigo Doença mais comum da cultura, podendo chegar a perdas de rendimento de grãos de 50% Agente causal: Puccinia triticina Etiologia: – Uredósporos globóides e pardovermelhos, parede equinulada. – Teliósporos arredondados ou achatados no ápice – 20°C e mais de 6 h de molhamento foliar = favorece – Pode ocorrer desde planta jovem até a fase adulta Sintomas Pústulas arredondadas, amarelo alaranjadas, localizada na parte SUPERIOR das folhas, estendendo-se às bainhas. Com o desenvolvimento, essas pústulas ficam pretas e ovais. Métodos de controle • Resistência genética (cultivares resistentes) é a medida preferencial – RPA (resistência da planta adulta) • Eliminação de plantas voluntárias • Aplicações aéreas de fungicidas sistêmicos (triazóis e estrobirulinas) nos primeiros sintomas. *Não se deve fazer a aplicação no estádio de grão leitoso, porque o grão já está praticamente formado, reduzindo eficácia e acumulando resíduos do fungicida no grão, inviabilizando sua utilização como alimento Ferrugem do colmo do trigo Os cultivares recomendados no Brasil apresentam grau satisfatório de resistência Agente causal: Puccinia graminis f. sp. tritici Etiologia: – Uredóporos vermelho-alaranjados, oblongo-ovais com paredes equinuladas. – Teliósporos bicelulares, elipsóides, paredes lisas e espessas. – Sobrevive parasitando plantas secundárias e como esporos (teliósporos) – Inúmeras raças virulentas – 18 a 26 °C e 8-10 h de molhamento foliar = infecção • Vídeo “The life cycle of wheat stem rust” Sintomas e sinais Equinulados Fonte: apsnet.org Fonte:Petr Kosina/CIMMYT Fonte: apsnet.org Teliósporos Sintomas: Início dos sintomas ocorre de 2-3 dias após a infecção. Iniciam com pequenas pontuações amareladas, aumentando para manchas alongadas, no sentido das nervuras, formando pústulas (urédio) até o rompimento da epiderme e liberação de uredósporos. Os urédios são ovais e com bordas elevadas. Com a senescência da planta, surge o télio, semelhante ao urédio, de coloração negra, que rompe a epiderme e libera os teliósporos (negros). Métodos de controle • Preferencialmente por resistência genética (cultivares resistentes) • Eliminação de hospedeiros Voluntários e Berberis vulgaris (uva espim) • Aplicações na parte aérea com fungicidas triazóis+estrobirulinas Mancha amarela Mancha foliar mais importante Aumento da doença em SPD e monocultura Agente causal: Drechslera tritici-repentis Etiologia: – Conídios retos ou ligeiramente curvos, hialinos a pardacentos – Pseudotécio eruptivos, negros, com setas compridas – Ascósporos ovais a globosos, aspecto amarelo – Infectam outros cereais, como aveia, centeio, triticale e cevada – Se disseminam a longas distâncias via semente Sintomas Fonte: Dirceugaussen.com Sintomas: Surgem logo após a emergência do trigo. Inicia com pequenas manchas cloróticas, que com o tempo expandem-se, apresentando a região central necrosada de cor parda. Essas lesões são de forma elíptica e circundada por um halo amarelo. Conidióforos e conídios são formados no centro das lesões. Métodos de controle • Tratamento de sementes com fungicidas: – Carboxim + thiram – Triadimenol • Rotação de cultura • Eliminação de plantas voluntárias • Aplicação de fungicida sistêmico na parte aérea (triazois e estrobirulinas) • No Brasil, poucas cultivares com níveis satisfatórios de resistência Helmintosporiose/Mancha marrom Ocorre nas regiões tritícolas mais quente Pode causar até 80% de perdas de produção Agente causal: Bipolaris sorokiniana Etiologia: – Conídios elipsoides, pardo-escuros,retos ou ligeiramente curvos – Inóculo primário de B. sorokiniana são as sementes, restos de culturas, plantas voluntárias , hospedeiros alternativos e conídios dormentes no solo – Disseminados por sementes, vento e respingos de chuva Sintomas Fonte: Dirceugassen.com Sintomas: Iniciam logo nas primeiras folhas, pois são transmitidos por sementes. São lesões necróticas escuras de 1-2 cm. Dependendo do clima: 2 tipos de lesões - Regiões frias: lesões retangulares e escuras - Regiões quentes: elípticas e acinzentadas Em clima úmido, pode aparecer frutificações do patógeno no centro das lesões. Métodos de controle • Tratamento de sementes com fungicidas: – Carboxim + thiram – Triadimenol – Difenoconazol – Fluatrifol • Aplicação na parte aérea das plantas com fungicidas sistêmicos triazóis e estrobirulinas (faixa de 70 a 80% de incidência). • Eliminação de restos de culturas • Rotação de cultura • Não há cultivares com resistência satisfatória Doença importante em monocultura na região Sul, onde tem sido relatados perdas de 30-60% Agente causal: Stagonospora nodorum Etiologia: – Formam picnídios – Conídios hialinos, retos, com 3 septos na maioria – Formam ascocarpos, castanho-escuros a negros, que produzem ascósporos com 3 septos – Sobrevive em restos de culturas e sementes – Necessita 20 -25 °C e 48-72 h de molhamento contínuo para haver infecção Septoriose da gluma Sintomas Fonte: ohioline.osu.edu Fonte: uniprot.org Fonte: plantevaernonline.dlbr.dk Sintomas: Inicia com manchas cloróticas nas folhas jovens. As lesões expandem-se tornando-se elípticas. São levemente aquosas, tornando-se secas, amarelas e pardas. Picnídios são facilmente observados no centro das lesões. Na gluma, os sintomas são necroses escuras à violáceas, a partir da ponta estendendo-se até a sua metade. Métodos de controle • Tratamento de sementes com fungicidas: – Iprodione + thiram – Triadimenol • Rotação de culturas • Resistencia genética (cv resistentes) • Aplicação na parte aérea das plantas com fungicidas sistêmicos triazóis e estrobirulinas (faixa de 70 a 80% de incidência). Mancha salpicada da folha • Importância secundária • Temperaturas favorável: – 15-20°C • + de 72 h de molhamento • Controle: mesmo da Mancha da gluma • Vídeo Fonte:agriculture.voc.gov.au Fonte: gmopundit.blogspot.com.br Referência para cultivares, fungicidas e cálculos de LDE • Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis e Stagonospora nodorum • LDE ID = [Cc/(Pp*Cd)]*Ec Onde: ID = incidência de doença Cc = custo de controle Pp = preço da tonelada do produto Cd = coeficiente de dano ajustado para o potencial produtivo da lavoura (Ex: 3 t ha-1 X 5,57 = 16,71/1000 = 0,01671 t de dano para 1% de incidência foliar) Ec = eficiência de controle (depende da cultura) Momento de controle de manchas foliares LDE - exemplo ID = [Cc/(Pp*Cd)]*Ec Supondo-se: Cc = R$ 150,00 Pp = R$ 35,00 sc – ou 1,0 t do produto – R$ 700,00 Cd = 0,01671 t Ec = 6% para doenças foliares – 0,6% ID = [150/(700*0,01671)]*0,6 ID = 7,69 Esta é a intensidade máxima das manchas foliares do trigo tolerável economicamente numa lavoura. Valores superiores a 7,69% de incidência determinam perdas (R$) irreversíveis na lavoura. Fonte: EMBRAPA Trigo e Triticale, 2012 Ocorre principalmente no norte do PR e sul de SP e MS. Perda de 11% no rendimento de grãos Agente causal: Pyricularia grisea Etiologia: – Ampla gama de hospedeiro, com destaque arroz e trigo – Conídios piriformes, normalmente de 2 septos, hialinos, – Necessita temperaturas > 25°C e 10 h de molhamento para infecção – Sobrevive em forma de micélio ou conídio em restos culturais, sementes, plantas alternativas Brusone Sintomas Fonte: br.viarural.com Sintomas: Ocorre em toda a parte aérea, desde os estágios iniciais de desenvolvimento até a produção de grãos. Nas folhas: iniciam com pequenos pontos de coloração castanha, elípticas, crescem no sentido da nervura, apresentando um centro cinza e bordos marrom- avermelhados. No centro do tecido necrosado encontra-se estruturas do patógeno. No colmo, os danos são parecidos com as lesões foliares. Na espiga, a doença pode atingir o raque, ramificações e nó basal. No raque e ramificações: manchas marrons que originam grãos chochos. No nó basal: lesão marrom levando ao chochamento total dos grãos. Métodos de controle Doença de difícil controle • Resistência genética (cv resistentes) • Escalonamento de plantio • Controle químico não é muito eficiente. Se feito, com fungicidas (estrobirulinas e triazóis), de forma preventiva, antes de emitir a espiga, quando as condições climáticas estiverem favoráveis. Giberela Doença mais comum em regiões mais quentes, onde a floração coincide com longos períodos de chuva. Perdas até 12% de rendimento de grãos Agente causal: Fusarium graminearum Etiologia: – Conídios falciformes – Peritécios de coloração púrpura a preto, ascósporos hialinos (Giberella zeae) – Sobrevive em restos de cultura, solo, sementes e hospedeiros secundários – Disseminação por respingos de chuva e vento – Ampla gama de hospedeiros – Principal sítio de infecção são as anteras – Necessita 30 h de molhamento a temperatura média de 20 °C Sintomas Fonte: laguiasata.com Fonte: apsnet.org Fonte: Naturalhistorymag.comc Fonte: Dirceugassen.com Sintomas: O fungo infecta a flor. Podem destruir toda a flor e nem chegar a formar o grão (abortamento). Mas se o desenvolvimento do patógeno for lento, forma grãos enrugados, leves, chochos, ásperos e róseos. Parte desses grãos são eliminados na colheita – processo de trilha. As espiguetas ficam esbranquiçadas ou cor palha. Em clima úmido, há a formação de estruturas do patógeno, de coloração rósea. Danos indiretos: Micotoxinas = tóxicas a humanos e animais Métodos de controle Difícil controle • Rotação de cultura (pouco eficiente) • Resistencia genética (sem cv muito eficientes) • Fungicidas (pouco eficientes): – Período de pré disposição da infecção: início da floração até o grão leitoso – Aplicação somente se houver, no período de pré disposição, condições ambientais favoráveis – Se houver necessidade de reaplicação (chuvas), após 15 dias • Escape Fonte: Embrapa 2015 Trifloxistrobina+ Fox 87,5 SC 0,5 Bayer Protioconazol 75,0 SC Estria bacteriana Ocorre principalmente no norte do PR e sul de SP e MS. Redução no rendimento de grãos pode chegar a 40%. Agente causal: Xanthomonas campestris pv. undulosa Etiologia: – Sobrevive em restos culturais, outras gramíneas e sementes – Semente é o principal agente de disseminação – Favorecida por temperaturas entre 18-20 °C e molhamento foliar Sintomas Fonte: (R. T. Casa e E. M. Reis) Sintomas: Sobre as folhas são observados lesões aquosas, estreitas e longas. Lesões coalescem, ficam pardo-avermelhadas e pode matar toda a folha. No pedúnculo, lesões mais ou menos circulares, com centro amarelo e bordas pardas. Métodos de controle • Produção de sementes livres de bactérias • Rotação de culturas • Termoterapia (70 - 80°C por 7-14 h) – para pequena quantidade de sementes Mosaico comum do trigo Mais importante doença virótica. Mais comum no RS e PR. Agente causal: Soil-bome wheat mosaic virus – SBWMV Etiologia: – Transmitido pelo fungo Polymixa graminis – Necessita alta umidade no solo – Infecta centeio, cevada e triticale – O vírus sobrevive no solo por vários anos – Infecta as raízes do trigo sob baixas temperaturas (16 °C) – Disseminação do vetor ocorre por enxurrada, implementos e ventos Sintomas Foto: Douglas Lau Foto: Douglas Lau Fonte: Bob Mulrooney. Viruses in winterwheat Sintomas: Ocorre principalmente nos estádios iniciais da cultura, raramente após o espigamento. Estrias amareladas, paralelas as nervuras, com alternância de áreas verdes e amareladas. Plantas atacadas normalmente não produzem espigas. Doença ocorre em reboleiras. Métodos de controle • Resistência genética (cv resistentes) • Rotação de cultura (ajuda a diminuir) Carvão do trigo Doença de importância secundária Agente causal: Ustilago tritici Etiologia: – Ocorre em trigo, triticale e cevada. – Sobrevivem na forma de teliósporos no solo ou micélio dormente no interior da semente – Os grãos são preenchidos por esporos, que ao se romper, liberam os teliósporos para o ambiente. Sintomas Métodos de controle • Tratamento de sementes com fungicidas sistêmicos • Virose mais comum e mais importante encontrada nos cultivos de aveia, trigo e cevada. • Sintomas em reboleiras Agente causal: Barley yellow dwarf virus – BYDV • Etiologia: – Vírus transmitidos por pulgões e afídeos (Hemiptera, Aphididae) – Temperaturas 25-30 °C – favorecem a atividade dos pulgões Nanismo amarelo da cevada Sintomas Folha clorótica, amarelo intensa se tornando roxo-avermelhada Normalmente se desenvolve da parte mediana da folha para a extremidade Foto: José Roberto Salvadori Foto: Douglas Lau Foto: Douglas Lau Fonte: Reis, E.M.; Zoldan, S.; Bianchin, V.; Danelli, A.L.D. Virose do nanismo amarelo da cevada em cereais de inverno – Ciclo da doença. OR Melhoramento de sementes ltda. On-line. Disponível em: http://www.orsementes.com.br/sistema/anexos/artigos/17/Ciclo%20da%20VNAC.pdf Fonte:Bokorni, T.R.; Schneider, S.; Gassen, D.N. Avaliação de danos do Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC) em trigo. Revista Plantio Direto, edição 99, maio/junho de 2007. Aldeia Norte Editora, Passo Fundo, RS. Métodos de controle “Não há medidas de controle após a infecção” • Cultivares tolerantes • Controle biológico e químico do vetor (PREVENTIVA) Fonte: Embrapa 2015 Doenças abióticas • Melanose • Necrose da ponta da folha • Lesão prateada da folha • Retenção da espiga • Lesões cloróticas em folhas • Injúria causada por fungicida • Injuria causada por defensivos • Injuria causada por frio e geada Fotos: CASA,, R.T.; REIS, E.M. Doenças do trigo: guia de campo para identificação e controle Melanose Produção e expressão dos pigmentos. Manifesta-se em resposta à estresse não específico. Próximo à maturação aumenta a visibilidade dos sintomas. As descolorações manifestam-se em colmos, entre-nós, pedúnculos e nas glumas. Necrose da ponta da folha Quando ocorre ventos quentes e fortes procedendo a ocorrência de chuvas, levando a despigmentação ou a dilaceração do seu ápice. Lesão prateada da folha Lesões de aspecto prateado na folha causada pelo percevejo raspador Colaria scenica. Podem ser confundidas com manchas foliares, principalmente oídio. Retenção da espiga de milho Espiga curvada com aristas presa na bainha da folha bandeira em virtude do dobramento dessa folha pela ocorrência de ventos fortes. Lesões cloróticas em folhas Algumas cultivares de trigo apresentam reação à ferrugem da folha do tipo resistência apresentando lesões cloróticas nas folhas. Aparecimento gradual dos sintomas em função do crescimento e maturação das plantas. Injúria causada por fungicida Lesões cloróticas, de cor branca, levemente amarelada e cilíndrica nas folhas. Ocorre pela sensibilidade das plantas por alguns fungicidas triazóis. Ocorre 3-5 dias após aplicação. Folhas injuriadas são as do terço superior e o sintoma é uniforme na lavoura. Injúrias causadas por defensivos Uso excessivo de misturas de fungicidas, inseticidas e óleos, em sequencia a aplicação de herbicidas, pode causar bronzeamento e queima das folhas. Lesões cilíndricas ou alongadas, cloróticas que se tornam bronzeadas podendo evoluir para necrose. Injúria causada por frio e geada Ventos frios e geadas podem ocasionar queima das folhas e afilamento de suas pontas
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