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Mirelly da Trindade Almeida BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Leptospirose: diagnóstico e manejo clínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/leptospirose- diagnostico-manejo-clinico2.pdf> Acesso em 20 de junho de 2022. Leptospirose Agente etiológico ➔ Espiroqueta (bactéria) do gênero Leptospira. Transmissão ➔ Contato de pele não íntegra e/ou mucosas com a urina de animais infectados, especialmente dos ratos da espécie Rattus norvegicus (rato de esgoto). ➔ Outros animais (pequenos mamíferos, bovinos e animais domésticos) também podem ser portadores crônicos da Leptospira. ➔ Aumento das transmissões durante o verão. o Alagamentos e inundações favorecem o contato com a urina de ratos. Quadros clínicos ➔ Quadro clínico diferenciado. ➔ Formas assintomáticas. ➔ Forma sintomática mais frequente. o Inicialmente quadro semelhante a dengue, com febre aguda (38ºC a 40ºC), cefaleia, calafrios, mialgia, dor abdominal e náuseas. o Sintomas como a hiperemia ocular (vermelhidão nos olhos) e dor muscular (principalmente na panturrilha e lombar) são achados típicos da leptospirose, mas estão presentes em uma pequena minoria dos casos. o Geralmente, esses sintomas apresentam boa resolução em até 5-7 dias. ➔ Forma grave. o Evolução com acometimento renal, hepático e pulmonar e diátese hemorrágica. ➔ Forma gravíssima -> Síndrome de Weil. o Evolução fulminante, com falência hepática, insuficiência renal aguda, pneumonite hemorrágica, arritmia cardíaca e colapso circulatório. Diagnóstico ➔ Testes sorológicos. o Detectam anticorpos produzidos contra o agente infeccioso a partir do 5º dia da doença. Alterações laboratoriais ➔ Plaquetopenia, anemia e leucocitose. ➔ Exame do sedimento urinário. o Piuria (presença excessiva de glóbulos brancos na urina). o Proteinúria leve (excesso de proteínas), com ou sem hematúria (presença de sangue). o Cilindros hialinos ou granulosos. ➔ Formas graves -> elevação de ureia, creatinina e bilirrubinas, e aumento moderado dos níveis de aminotransferases. Obs.: O hemograma pode auxiliar no diagnóstico diferencial entre dengue e leptospirose, uma vez que, na primeira, observa-se, normalmente, leucopenia. Tratamentos ➔ Instaurado mediante suspeita clínica- epidemiológica da doença. ➔ Casos leves. o Tratamento ambulatorial. o Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 5-7 dias ou amoxilina 500mg, VO, 6/6h, 5-7 dias. ➔ Casos moderados ou graves. o Penicilina cristalina 1,5 milhões UI, IV, 6/6h, ou ceftriaxona 1g, IV, 1x/dia. ➔ Não administrar ácido acetilsalicílico e aspirina; evitar anti-inflamatórios não esteroides. Prevenção ➔ Educação em saúde. ➔ Descartar alimentos que tenham entrado em contato com água contaminada. ➔ Limpar domicílios e/ou reservatórios inundados com água sanitária a 2-2,5%. ➔ Não nadar ou brincar em água/lama de enchente; ➔ Utilizar botas, luvas e máscara se for necessário entrar em contato com água/lama contaminada. Na ausência de equipamentos de proteção, bota e luva podem ser substituídas por plástico e máscara por pano/lenço limpo.
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